A chuva deu uma trégua, o sol saiu, o céu ficou azul e o Imperatriz Arena lotou para o primeiro jogo da final do Troféu do Presidente. Curiosamente, um torneio para celebrar a república tem como finalistas duas monarquias. Acasos do futibou de butaum ficam de lado nessas horas. Vamos ver como ficou a primeira partida da decisão!
JAPÃO 0x2 INGLATERRA
Voltando a recuperar o bom futebol que os levou ao título mundial, os japoneses estão muito burocráticos nesta competição. Fazem o resultado no jogo de ida e garantem o empate na volta. A ideia é a mesma aqui. Feliz com o desempenho que levou à classificação à final, o senhor Mikami promoveu a volta de Taro Misaki ao ataque, no lugar de Shun Nitta. A Inglaterra também se garante no jogo de ida para empatar o de volta, mas exibe um futebol muito mais completo e se garante de forma convincente, como na primeira semifinal (4x0 Brasil). A preocupação dos europeus, porém, é com a suspensão de Alex Ferguson, que está fora dos dois jogos finais. Assim, Kevin Keegan fica na beira do campo, com foco principalmente em Peter Crouch, que não balançou as redes nos dois últimos jogos, apesar de ter feito quatro gols nas quartas de final.
O jogo começou bom, com as duas equipes buscando espaços e tocando a bola. Mas os japoneses, apesar de já terem vencido uma Copa do Mundo, ainda sentem quando chegam a uma decisão e costumam falhar nos momentos decisivos. Contavam 3 minutos de jogo quando uma ótima jogada de ataque começou a ser tramada entre Tsubasa e Hyuga. Percebendo que a marcação iria em cima da dupla, o camisa 9 japonês inverteu o jogo para o lado direito, encontrando Taro Misaki com um único marcador pela frente. O problema é que este jogador era John Terry, que tomou a frente do camisa 11 adversário e deixou o corpo para levar a falta. Misaki caiu na artimanha de seu adversário e cometeu a infração, próximo à entrada da área inglesa. Terry repôs para Joe Cole, que tabelou com Lampard no meio e abriu a Owen na direita. O camisa 10 fez que ia à linha de fundo para cruzar para Crouch, mas o camisa 15 correu para a entrada da área e recebeu rasteiro. No dois-um, Crouch devolveu a Owen já dentro da área, pelo lado direito e o camisa 10 só teve que tocar na saída de Wakabayashi e fazer Inglaterra 1x0.
O erro no último toque, resultando em contra ataque e gol do rival, desmontou de vez a equipe japonesa. Os asiáticos não conseguiam se articular na frente e, quando tinham um mínimo de organização, pegavam uma Inglaterra muito bem postada, forçando o erro e saindo para o ataque. Os europeus se fartaram de perder oportunidades, tanto pelo meio quanto pelas pontas, mas pareciam ter um repertório inesgotável.
Aos 8 minutos, o nervosismo japonês voltou a se fazer presente. Gerrard esticou uma bola errada e Hiroshi dominou a bola na lateral da área para sair jogando. Mas, percebendo a chegada de Joe Cole (para quem o passe de Gerrard iria), o camisa 3 japonês resolveu proteger a bola e, com o ombro, acabou derrubando o camisa 11 adversário. O árbitro Anderson Daronco apitou a infração. Cometer uma falta na lateral da área é ruim; se o cobrador é David Beckham, é pior ainda. A cobrança do camisa 7 foi perfeita, por cima da barreira, e entrou no canto de Wakabayashi, que nada pôde fazer: Inglaterra 2x0.
Foi só depois do segundo gol inglês que os japoneses conseguiram dar seu primeiro chute a gol no jogo. Mas a conclusão de Tsubasa foi tão fraca, que Robinson defendeu sem nenhuma dificuldade.
No intervalo, Sr Mikami tirou os dois responsáveis pelos gols do adversário. Saíram Hiroshi e Misaki e entraram Matsuyama e Shun Nitta, visando dar velocidade ao time. Kevin Keegan resolveu reforçar a defesa e usar a velocidade no ataque, tirando Bridge e Crouch para colocar Carragher e Rooney.
O Japão até veio melhor para o segundo tempo e perdeu ótima chance no início do jogo, quando Misugi chutou por cima da entrada da área. Mas, aos poucos, estava clara a superioridade enorme dos ingleses. Com sua defesa bem postada, eles tomavam a frente do adversário e forçavam o erro, saindo em contra ataques com muita categoria, de pé em pé. Rooney concluiu ótima jogada que teve a participação de metade do time, mas Wakabayashi fez uma defesa milagrosa, aos 4 minutos. Aos 9, em nova falta na entrada da área, Beckham acertou a trave. O placar não se alterou.
A Inglaterra abre uma vantagem considerável e pode ser campeã até com derrota por um gol de diferença. Aos japoneses, levar o Troféu do Presidente só será possível se vencerem por três ou mais gols de diferença. Se o Japão ganhar com vantagem de dois gols, o campeão será decidido nos pênaltis.
NOTAS RÁPIDAS
- O jogo de volta da final do Troféu do Presidente será neste domingo, com mando da Inglaterra. Teremos aquela cobertura especial, com direito a fotos e celebridades no Imperatriz Arena.
- Os dados do computador foram perdidos, numa ação completamente irresponsável do técnico que cuidava da manutenção. Mas, recuperados, trouxeram mais um milestone. Como jogos internacionais contam para estatística e River e Boca andaram jogando partidas na FMN, Riquelme marcou e chegou a 70 gols com a camisa do Boca.
- A irresponsabilidade do técnico também custou duas semanas da seção Arte e Botões, que voltará normalmente (espero) na próxima semana.
- Na tarde deste sábado teríamos a final da Copa Libertadores da América, entre Boca e River. O jogo foi adiado para o domingo, por conta das fortes chuvas em Buenos Aires. Para não ficarmos no prejuízo de um Superclássico, tivemos tal jogo pela primeira vez no Imperatriz Arena, de forma amistosa. O River venceu por 3x0, com dois gols de Trezeguet e um de Coudet.
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