domingo, 25 de novembro de 2018

Arte e Botões - Sendas - 25/11/2018

Conforme prometido, mais uma arte para alegrar o dia de todos. Vamos fazer um link com a arte de ontem e formar um clássico dos bilhões. Hoje vamos falar do Sendas Esporte Clube!

Criado em 2005 com a mesma ideia do Pão de Açúcar, o Sendas se limitava a ter equipes de categorias de base, com o intuito de fazer um projeto social e revelar jogadores. Só que, ao contrário do seu rival paulista, a base era o subúrbio do Rio, em São João de Meriti. Logo no seu ano de estreia, ficou com o vice campeonato estadual juvenil, ao perder a final para o Madureira. Dois anos depois, o projeto cresceu de tal forma que formou uma equipe profissional. Até 2011, a equipe profissional foi ganhando até subir à segunda divisão estadual, enquanto a base conquistava títulos e vice campeonatos. Em 2011, já com a fusão dos grupos Sendas e Pão de Açúcar, mudou de nome para Audax Rio e, já com este nome, chega à série A do estadual. Em 2013, o grupo Casino (que controla tanto o grupo Sendas quanto o Pão de Açúcar) alegou muitas despesas para os dois Audax, já que ambos disputavam a elite de seus estados. Desta forma, o Bradesco comprou os dois times e formou o que hoje se denomina Grêmio Osasco Audax.

Durante toda a sua trajetória, por lá passaram jogadores como Yamada, Fabiano Eller, Anderson Luis, Wellington Monteiro, Leandro Bonfim e outros. Também teve treinadores conhecidos, como Maurício Barbieri, Valber, Ailton e outros. Até hoje, a equipe tem o estádio Arthur Sendas, também conhecido como Sendolão, com capacidade para mil pessoas. Tal qual o Pão de Açúcar, acho muito interessante esta ideia pioneira de Arthur Sendas, de fazer um projeto social para atender jovens carentes, formar jogadores e manter viva a fonte de grandes craques de nosso futebol.

E já que a ideia é fazer um repeteco da postagem do Pão de Açúcar, a brincadeira é a seguinte: vamos imaginar a grande amizade entre Abílio Diniz e Arthur Sendas. Os dois são ricos, empresários de sucesso, que usaram seus impérios para manter viva sua grande paixão: o futebol. Assim, cada um montou um time, um em São Paulo e outro no Rio. Cada um investe na formação de seus atletas e abastece o futebol profissional em seu estado. Mas, uma vez ao ano, os dois se juntam para um desafio. Com um jogo no Abilião e outro no Sendão, as duas equipes se enfrentam e o vencedor ganha um troféu e a oportunidade de tirar sarro do amigo pelo resto do ano. Essa ideia foi copiada do que os chefes dos cartéis de drogas da Colômbia faziam, quando tiravam seus times do campeonato nacional só para um "jogo contra" pela hegemonia de suas equipes. Mas, ao contrários dos narcos, o Desafio dos Mercados é totalmente lícito e tem como grande objetivo dar ritmo aos seus atletas.

Se o time montado por Abílio Diniz era uma crítica ao sucateamento das divisões de base do Vasco, a equipe de Arthur Sendas é bem diferente. O mecenas, vascaíno de coração mas apaixonado pelos grandes craques do Rio, montou uma equipe com os filhos dos principais jogadores que já passaram pelos nossos gramados, filhos estes que penam por sair da sombra do pai. Vamos ver como ficou o sonho de Sendas?



No gol, aquele que já é realidade no Botafogo. Gatito Fernandez é filho de Gato Fernandez, que jogou no Cerro Porteño e Internacional-RS. No Botafogo, já vem se destacando e os torcedores, cada vez mais maravilhados com suas atuações, começam a esquecer de Jefferson.

Na lateral direita, Claudio Winck. Sobrinho de Luis Carlos Winck (ex lateral de Inter, Vasco, Flamengo e outros), o camisa 2 do Sendas tenta seguir os passos do tio famoso, tanto que iniciou a carreira no Internacional. Mas não teve muitas oportunidades e acabou sendo jogado daqui pra lá, entre Hellas Verona, Grêmio, Chapecoense e Sport, onde está atualmente.

A lateral esquerda tem um dos nomes mais curiosos dessa lista. Trata-se de Josimar Júnior, filho de quem o nome sugere, o ex lateral de Flamengo e Botafogo. Josimar Júnior começou sua carreira no Cruzeiro e já passou por Paulista, CFZ, América, Volta Redonda, Nacional de Patos, Fast Club, Águia Negra, Queimados e Prudentópolis, até chegar ao Batel, do Paraná, onde está até hoje.

A zaga começa com Ricardo Rocha Filho, cujo pai também dispensa apresentações. Zagueiraço de São Paulo, Vasco, Fluminense, Flamengo, capitão de seleção, o folclórico jogador nos apresenta seu filho, que começou a carreira no Náutico e passou por Rio Claro, Red Bull, CFZ e Juventude até chegar ao Valletta, de Malta, seu último clube.

Ao seu lado, Matheus Mancini, filho de Wagner Mancini, ex jogador da Portuguesa. Matheus começou a carreira no Comercial-SP e passou por Grêmio, Botafogo-SP e Atlético-MG até chegar ao Londrina, onde está até hoje.

O primeiro volante é Fábio Braga, filho do técnico Abel Braga. Ex jogador de Fluminense, América-RN, CSMS (Romênia), Coritiba e Ponte Preta, não teve muito sucesso no futebol.

Ao seu lado, um dos maiores desperdícios da base vascaína. Andrey é filho de Geovani, o Pequeno Príncipe que tanto sucesso fez com a camisa cruzmaltina. Não herdou do pai apenas a cara, mas também o trato com a bola. Quem o viu jogar nas divisões de base sabe das suas habilidades. Em 2013, o então treinador do time de cima, Ricardo Gomes, o chamou para completar uns treinos e ficou impressionado com a forma como ele jogava. Mas o Vasco acabou achando melhor deixá-lo treinar separadamente (e por conta própria) em Vitória-ES, enquanto esperavam o que fazer com ele. Um desperdício sem paralelo...

Na armação, começamos com Renan. O meia atacante é filho de Donizete Pantera e, aproveitando do sucesso do pai, começou sua carreira na base do Vasco. Mas Donizete arrumou tanta confusão lá que acabou levando o filho para o Flamengo. De lá, o clube rubro negro o emprestou para Boavista e América e não parece disposto a dar-lhe chance no time principal.

Completando o meio de campo e encostando nos atacantes, Rodrigo Dinamite também trai quem é seu pai. Roberto brilhou com a camisa do Vasco, entre outras tantas, e se despediu dos gramados num amistoso em São Januário, contra o La Coruña (0x2). No vestiário, antes de entrar em campo, posou para fotos com um bebê recém nascido. Era Rodrigo, que no Vasco, no Oeste-SP, no Duque de Caxias e no River-PI, ainda não conseguiu mostrar que talento vem de sangue.

Se a equipe já empolgou até aqui, esperem a dupla de ataque! O camisa 7 é ninguém mais, ninguém menos que Mattheus Oliveira. Quem não reconheceu pelo nome basta ver a comemoração de Bebeto ao marcar contra a Holanda na copa de 94, que já se encontra rapidinho na história. Após fazer a base inteira pelo Flamengo se sustentando com o nome, acabou desistindo do futebol. Seu pai conseguiu levá-lo para o Estoril Praia, de Portugal, e ele se manteve por lá, jogando por Sporting Lisboa e Vitória de Guimarães.

Seu companheiro de frente é Romarinho, filho de quem o nome sugere. Depois de tentar, sem sucesso, trilhar o caminho no Vasco, acabou indo para o Brasiliense. De lá, foi para o Zweigen Kanazawa do Japão, Macaé, Tupi e Figueirense, sempre com pouquíssimos (ou nenhum) gols, mostrando que é bem diferente de seu pai.

A equipe ainda tem um reserva, que joga de meia atacante. Seu nome é Lucas Surcin e ele é filho de Marcelinho Carioca. Dizem ter um talento para cobrar faltas, mas nem de longe lembra o pai. Lucas jogou no São Caetano, Marília, Tupã, Maracaju, Vitória das Tabocas, CSA, Gama, Taboão da Serra e, vejam que coincidência, Audax Rio.

E como não podia deixar de ter nesse jogo tão importante, o dono do time faz as vezes de treinador ou fica lá na sede social, tomando um uísque com Abílio Diniz, enquanto a bola rola no gramado lá embaixo. Arthur Sendas dá as caras nesta arte e nós temos pronto o Desafio dos Mercados.

Lógico que a maioria desses jogadores já não é jovem de divisão de base. Alguns, inclusive, já se aposentaram. Mas o tempo para no futibou de butaum e, por esse motivo, todos os jogadores citados acima ainda estão saindo da base. Coloque a imaginação para funcionar, não custa nada!

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