Domingo, 07/10/2018, um dia especial para todos nós, brasileiros. Nos encaminhamos às urnas para eleger nossos representantes pelos próximos 4 anos e, ao voltar, temos uma arte prontinha para curtir.
A minha ideia inicial era fazer uma arte política. Eu iria pegar os candidatos à presidência da república, fazer uma arte com o número de cada um nas urnas; no lugar do fornecedor de material esportivo, iria colocar o símbolo de seu partido; e colocar o escudo do time que cada um torce. A ideia era deixar a arte para quem quiser jogar com os políticos, colocá-los como dirigentes em seus times, ou fazer peças para um jogo de tabuleiros, tipo damas. Mas, hoje, é perigoso falar de política. Os ânimos estão exaltados, qualquer fagulha vira um incêndio e isso porque dizem que somos uma democracia! Então, a arte política foi deixada de lado e, para não passar a data em branco, vamos fazer algo genuinamente nacional e que tanto orgulho nos traz: o futsal!
Ali no final dos anos 90, o futsal sofreu muitas transformações. A FIFA pegou o futebol de salão e o transformou no futsal, mudando algumas coisas na regra, tornando o jogo mais dinâmico e atraente e, com isso, conseguiu dar uma popularidade enorme ao jogo. Até a metade da primeira década do novo século, o Brasil dominou por completo o esporte, com uma legião de craques incríveis, que encantavam o mundo. A criação da Liga Futsal fez com que o esporte ganhasse muitos fãs, que lotavam ginásios para assistir aos craques e suas equipes. Algumas eram tradicionais do futebol (Vasco, Inter, Flamengo, São Paulo, Atlético-MG, Corinthians, só para citar alguns), enquanto outras eram exclusivas do futsal (Ulbra, Carlos Barbosa, Jaraguá...), que entraram para o nosso vocabulário futebolístico.
Mas o brasileiro é desorganizado, não sabe fazer algo lucrar e virar um fenômeno e essa desorganização acaba custando caro. Para citar um exemplo, o timaço do Inter ganhou um campeonato e, no ano seguinte, quem ganhou foi a Ulbra. No ano seguinte, o time do Inter-Ulbra vencia. Em 3 anos, 3 camisa diferentes, mas o mesmo elenco. O Inter resolvia não investir mais no futsal, depois a Ulbra teve dificuldades e se fundiu com o Inter... Isso só servia para confundir o torcedor. Os espanhóis, encantados com esta variação do futsal, injetaram dinheiro e criaram uma liga atraente, levando a maioria dos craques brasileiros. Outros se espalharam pelo mundo (França, República Tcheca, Portugal, Itália, Japão...) e pouquíssimos ficaram por aqui. Isso derrubou a fantástica geração brasileira e deu aos espanhóis o protagonismo que era nosso.
Tenho uma teoria de que o futebol ainda vai acabar seguindo o handebol, o hóquei e o vôlei, que eram esportes de campo (disputados com 11 jogadores) e migraram para versões mais compactas, de quadra, que acabaram extinguindo a versão original. Acho que o futebol de campo ainda tem muita força e fãs, mas se você reparar que uma equipe de futsal gasta menos (são 5 titulares, contra 11 do futebol), ocupa um espaço menor e seus ginásios podem muito bem suportar um dia inteiro de jogos (no futebol, o gramado precisa de uma semana de recuperação), acho que algum dia os gastos do futebol vão ser tão exorbitantes, que o futsal ocupará o espaço. Alguns países, como o Japão, mergulharam nessa febre ao descobrirem como utilizar o topo de prédios, transformando-os em quadras e alugando.
Fico muito triste ao ver que a nossa Liga Futsal não desperta mais o interesse que já teve entre os torcedores. Na minha cabeça, se bem gerida, a nossa LNF poderia ser a NBA do futsal e, por incompetência dos gestores, não é. Sempre tive vontade de ter algo desses craques, mas nunca soube como aproveitar. Agora, tive essa ideia com os botões.
São 27 jogadores de linha do período citado acima (final dos anos 90 e metade da primeira década de 2000), que podem ser sorteados e divididos em vários times, para você formar sua própria Liga Futsal, ou juntá-los em dois times (com reservas) de futebol de botão. Muitos têm números repetidos, justamente para colocá-los em diferentes times de futsal e formar a Liga. E, como a ideia é fazer da LNF a NBA do futsal, também temos dois craques internacionais: o português Ricardinho (o melhor jogador do mundo) e o iraniano Hossein Tayebi (um dos melhores da atualidade), pois a melhor Liga do mundo desperta a atenção dos grandes craques internacionais, certo? Não coloquei goleiros para poder aproveitar ao máximo a folha com jogadores de linha. Afinal, se é futsal, joga-se com um gol menor. Aí, podemos fazer goleiros de caixinha de fósforo e decorá-los com os escudos dos principais times.
A prioridade era escolher imagens dos jogadores com camisas de clubes. Mas a maioria saiu com a camisa da seleção. A arte é padrão, todos da mesma cor e com o mesmo símbolo da LNF, justamente para podermos sortear e trocar livremente os jogadores entre os times. Então, é só escolher a bolinha pesada, colocar na mesa de futsal e se divertir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A FIFUBO quer te ouvir!