sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Arte e Botões - Rockgol - 19/10/2018

Antecipando a arte dessa semana, porque no sábado e domingo a FIFUBO terá mais um torneio de seleções e o computador só deve voltar na semana que vem. Então, vamos a uma arte muito especial: vamos falar de Rockgol!

O Rockgol foi um torneio criado pela MTV brasileira nos anos 90. De início, uma grande galhofa, com as equipes formadas por bandas do rock nacional, um festival de caneladas. Aos poucos, foi caindo no gosto do público, que via nascer personagens folclóricos e até bons jogadores. A dupla de narração, Paulo Bonfá e Marco Bianchi, dava um sabor extra às transmissões, inventando apelidos que persistem até hoje, criando mitos (Clééééééééééston!), fazendo estatísticas esdrúxulas e outras coisas mais. E assim, o Rockgol se tornou uma lenda da TV brasileira até a MTV começar a se autoboicotar, seja transmitindo o programa depois de meia noite, seja deixando de passar o torneio ao vivo para transmiti-lo em VT 6 meses depois.

Mas a ideia e as boas lembranças permaneceram. Eu sempre quis colocar alguns dos astros daquele torneio em algum time meu. Agora, faço em arte para, quem sabe, algum dia produzir os botões. Como eram muitos nomes, escolhi os melhores e montei uma equipe com 11 mais a dupla de narradores como técnicos. E já que a fantasia rola solta, resolvi montar também um time da MTV americana, com os maiores nomes da História do rock mundial. Os goleiros estão em formato de botão também, pois não foi possível achar imagens que pemitissem criá-los no formato retangular. Então, vamos ver como seria este duelo épico:

A MTV Brasil começa com aquele que, talvez, seja o maior mito já criado pelo Rockgol. O goleiro Cleston surgiu fazendo defesas incríveis e, para muitos, poderia se encaixar em qualquer equipe profissional de futebol. Seu nome, na verdade, é Cleyston, DJ da banda Detonautas, mas os gritos de Bonfá e Bianchi (Clééééééééééston!), repetidos à exaustão, mudaram o nome do nosso paredão.

A defesa começa com o Tiozão do Churrasco na lateral direita. Originalmente Eliaquim Guilherme (!), baterista da banda Catedral, recebeu o famoso apelido por conta de sua cara de tiozão, reforçada pelo cabelo inteiramente branco. Um defensor de primeira e bom na saída de bola. A dupla de zaga é formada por Jesus e Jesus Jr porque, apesar de não serem bons de bola, quando o ataque pressiona, eles são a salvação, capazes de verdadeiros milagres. Jesus é o apelido de Luis Mariutti, baixista do Angra e do Shaman; Jesus Jr é, na verdade, o irmão de Luis. Hugo Mariutti era guitarrista nas mesmas bandas. Os dois eram alvo de comentários infames como "Jesus está pregado em campo" e "querem crucificar Jesus pela derrota". A defesa se completa com Japinha na lateral esquerda. O bateirista do CPM22, de nome Ricardo di Roberto, era um jogador veloz e habilidoso, bom para jogar pelos lados do campo.

O meio de campo começa com Canibal, vocalista do Devotos do Ódio. Jogador raçudo, bom marcador e também habilidoso, é um excelente volante, bom para desarmar o adversário e levar o time à frente. Ao seu lado, a "volância" é completa por Juninho Bill, que ficou famoso no Trem da Alegria e, depois, virou produtor musical. Há quem diga que também se aventurou profissionalmente no mundo da bola, o que pode explicar seu jeito de jogador profissional. Com boa marcação, vigor invejável e boa condução de bola, leva a camisa 8 de nosso time. A armação tem em Samuel Rosa seu camisa 7. Integrante da primeira dinastia do Rockgol, o vocalista do Skank era bom de bola. Sabia armar uma equipe e chegar ao ataque para concluir. Ao seu lado, completando o meio e ostentando com justiça a camisa 10, está Supla. Divide com Cleston as discussões sobre quem seria o maior jogador da História do torneio. Juninho Papito é um meia canhoto muito habilidoso. Sabe conduzir a bola, sabe organizar um time, tem bom passe, excelente conclusão, cobra faltas e pênaltis... um jogador completo. Não esconde de ninguém que viu as video aulas do Pelé e aprendeu os fundamentos do futebol com o Rei. Se aventurou no Santos e, quando foi aos Estados Unidos, ganhou dinheiro dando aulas de futebol e jogando em ligas amadoras.

A dupla de ataque começa Igor Cavalera, com a camisa 11. O bateirista do Sepultura surpreendeu muita gente quando entrou em campo a primeira vez. Com sua cara (e fama) de mal, esperava-se alguém chutando canelas e furando a bola para não deixar ninguém brincar. Quando a bola chegou aos seus pés, se provou um habilidoso atacante, no melhor estilo Kleber Gladiador (mas sem as expulsões). Seu companheiro de ataque e homem-gol da equipe brasileira é Toni Garrido. O vocalista do Cidade Negra se provou um centroavante espetacular, com boa presença na área e um faro de gol incrível.

Como não poderiam ficar de fora, Paulo Bonfá e Marco Bianchi se fazem presentes nesta arte. O narrador é o treinador da equipe, enquanto o comentarista fica com a preparação física, aplicando suas técnicas de calistenia, ao som de "dancing in the swimming pool".



A MTV USA tem um time que, se não é bom com a bola nos pés, é lendário no mundo da música. Começamos com Alice Cooper no gol. O tresloucado cantor assusta qualquer um que chega na sua área.

A defesa é toda montada pela "cozinha" do Guns N Roses, apostando no entrosamento dos músicos. O lateral direito é Izzy Stradlin, segundo guitarrista da banda. Acostumado a ficar em segundo plano e segurar as pontas, vai ter que segurar a ponta direita aqui. A dupla de zaga é formada pelos dois bateristas clássicos do Guns. Steven Adler e Matt Sorum formam a bateria antiaérea do time estrangeiro. Completando o setor, o tecladista Dizzy Reed é o lateral esquerdo. Ele sempre segurou as pontas para os "solos" de Axl Rose ao piano e, agora, segurará a ponta esquerda para que o vocalista possa brilhar novamente.

O meio de campo começa com Steven Tyler, do Aerosmith. Ele é meio "crazy", mas vocês verão como é "amazing" na proteção à zaga. Ao seu lado, o baixista do Guns Duff Mckagan. Um homem talentoso, que sabe organizar as coisas. Na armação, o Guns volta a atacar (já deu para perceber que a base do time é desta banda). Começamos com o lendário guitarrista do Guns, Slash. Tal qual nos palcos, se esconde atrás de sua cabeleira e ninguém sabe para onde está olhando ou no que está pensando e é neste momento que ele tira uma mágica de sua famosa cartola. A camisa 10 não podia ser de outro que não Axl Rose. Com seu jeitão bandido, mas um talento enorme, é a estrela da equipe.

O ataque começa com Jon Bon Jovi com a camisa 9. Sempre tentam usar seu jeitinho de galã para diminuí-lo. Mas, tal qual na discografia, ele possui um enorme repertório de jogadas e os elogios que recebe até hoje são mais do que justos. Ao seu lado, o ex Nirvana e atual Foo Fighter Dave Grohl. Tem um jeito meio louco, mas é capaz de andar milhas e milhas, aprender a voar e, por que não, fazer gols.

Como as lendas da música mundial são muitas, aqui teremos um trio no banco de reservas. O treinador é o eterno Kurt Cobain, do Nirvana. Mas ele não costuma aparecer muito nos treinos hoje em dia, então a MTV americana chamou para ficar como "co-treinador" o lendário Eric Clapton. A forma como lida com a guitarra em muito se assemelha a um treinador mexendo as peças em sua prancheta, criando a estratégia perfeita para a vitória. E, já que estamos falando em guitarra, o auxiliar dessa turma é ninguém mais ninguém menos do que Carlos Santana. O mexicano vem trazer um pouco do tempero latino a esta equipe e consegue entrosar a sua guitarra com a de Clapton muito bem, produzindo o tom perfeito para a equipe jogar por música.

É lógico que outras lendas ficaram de fora, mas a ideia era fazer dois times para um "jogo contra", ou um clássico anual. Peço perdão aos fãs de outros músicos que não se viram representados aqui. Quem sabe, no futuro, as lendas excluídas não formam uma nova banda, digo, time, para desafiar os que aqui estão?

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