sábado, 13 de outubro de 2018

Arte e Botões - Inglaterra 2006 - 13/10/2018

A FIFUBO está preparando um grande jogo, mas o calendário está adiando, dia após dia, a partida surpresa. Talvez neste domingo, talvez durante a próxima semana. Enquanto o jogo não vem, vamos mostrar mais uma arte. Desta vez, vamos falar da Inglaterra de 2006!

Quem lê este blog frequentemente sabe da minha admiração pela English Premier League. O campeonato inglês tem um toque de tradição, misturado a uma organização impecável e bons jogadores, resultando num campeonato sensacional de se ver. Até a metade da primeira década do novo milênio, o campeonato virou a liga número 1 do mundo e fez seus times entrarem de vez no mapa do futebol. Naquela época, ainda não havia a invasão estrangeira que vemos hoje e isso permitiu aos ingleses montarem uma geração fantástica, uma das melhores de sua História. Infelizmente, sempre tem um fator (normalmente extracampo) que impede os ingleses de levarem um troféu e com esta geração não foi diferente. A contratação de um treinador estrangeiro (Sven Goran Ericksson) e suas escolhas pra lá de equivocadas acabaram com a grande chance inglesa de levar a Copa do Mundo. Com a dupla de ataque, formada por Owen e Rooney, lesionada, o sueco surpreendeu o mundo ao convocar Theo Walcott, que jamais tinha jogado sequer uma partida de primeira ou segunda divisão, deixando atletas como o artilheiro Defoe de fora do torneio.

Para mim, o fracasso daquele time foi uma decepção. Mas a ideia de que eles podiam formar vários timaços permaneceu e, quando resolvi mergulhar de cabeça no Projeto Copa do Mundo, a Inglaterra era obrigatória. E foi daí que surgiu o time, com o qual ganhei meu primeiro jogo na FMN, uma incrível goleada de 6x2 contra a seleção brasileira do Elias, com direito a hat trick de Owen. Mas as regras da FIFUBO, que só permitem dois reservas por equipe, tornou-se uma dor de cabeça para que eu montasse o English Team. Como deixar Lennon de fora? Mas como ele ia jogar, se o titular é David Beckham? Com dor no coração, escolhi os 12 jogadores de linha. Mas, como as dores não paravam, resolvi aproveitar a mesma arte e fazer uma segunda seleção. Vou apresentar as duas e falar um pouquinho delas.

A Inglaterra que eu fiz e jogo é a equipe titular da Copa de 2006, com uma única mudança na lateral direita. Na equipe original, o veterano Gary Neville era o titular da camisa 2. Mas eu achava um crime a Inglaterra ter dois laterais esquerdos tão bons e só poder usar um. Apesar de gostar muito de Wayne Bridge, ele não pode barrar Ashley Cole de maneira alguma, pois o camisa 3 é um dos melhores da posição que eu já vi jogar. A solução foi colocar Bridge na lateral direita e fazer uma coisa ímpar no futebol: colocar um canhoto para jogar pelo lado direito. O pior é que Bridge vem dando conta do recado, cortando para dentro para bater de esquerda e, com isso, é um dos destaques da equipe.

Com eles, a linha de defesa é formada por Rio Ferdinand e o capitão, John Terry. Jamie Carragher foi o escolhido para a reserva, por sua versatilidade. Zagueiro de origem, pode jogar nas laterais também, mas quando entra para jogar pela lateral, faz a direita, pois a esquerda tem duas opções.

O meio, também em linha, conta com David Beckham aberto pela direita, fazendo lançamentos e aparecendo bem para a conclusão. No extremo esquerdo, Joe Cole joga em velocidade e é o jogador que mais se aproxima do ataque. Pelo centro, enquanto Gerrard fica mais preso à defesa, Lampard é quem arma o jogo e, desta forma, é um dos maiores destaques desta equipe.

O ataque tem três jogadores disputando posição. Michael Owen é o artilheiro da equipe e, por isso, é titular absoluto. A outra posição tem uma disputa entre Wayne Rooney e Peter Crouch. O gigante da camisa 15 leva vantagem, pois Rooney tem um estilo semelhante ao de Owen, de velocidade, enquanto Crouch é mais centroavante, fazendo a parede, cadenciando o jogo e concluindo de dentro da área.


A seleção B também joga no 4-4-2 em linha e, já que no time A temos dois laterais esquerdos jogando, aqui há dois laterais direitos. A defesa tem Micah Richards, Danny Mills, Ledley King e Lescott. Richards e Mills jogam na lateral direita, então qualquer um pode ser deslocado para a esquerda. Não são jogadores de velocidade e apoio; são mais defensivos. King é outro que pode jogar na lateral, mas é preferível deixá-lo na zaga, com Lescott (absoluto no lado esquerdo), pela altura de ambos. O reserva, Anton Ferdinand, é como seu irmão do time A, Rio. Zagueiro central puro. Quando ele entra, outro jogador tem que ser deslocado para a lateral.

O setor de meio de campo começa com Aaron Lennon aberto na direita. Jogador de incrível habilidade, o camisa 7 joga com velocidade, abrindo a defesa adversária e cavando muitas faltas. Do outro lado, Shawn Wright-Phillips tem a mesma característica, embora não tão habilidoso quanto seu colega do outro extremo. O centro deste meio de campo é composto por James Milner e Joey Barton, dois mestres na armação de jogada e organização da equipe. Barton faz mais o estilo de Gerrard, atuando mais recuado, enquanto Milner copia o estilo de Lampard, de atuar mais próximo do campo de ataque. A única diferença da equipe A para a B aqui é o lado direito. Enquanto Beckham é um jogador mais de passe, Lennon é condutor de bola.

O ataque é idêntico ao do time A. Defoe é o jogador baixinho, habilidoso, veloz e com um faro de gol incrível, como Owen; enquanto Andy Carroll faz o estilo Crouch: jogador alto, lento, mas que protege bem a bola, faz o pivô e conclui muito bem de dentro da área. A reserva é que é diferente. Alan Smith é um craque completo. Pode jogar tanto no meio de campo, pelos extremos ou pelo centro, recuado ou mais avançado na armação; quanto no ataque, pelas pontas ou pelo meio, como centroavante.

Aí estão 24 jogadores daquela extraordinária geração. Ainda deixei muitos de fora, como os irmãos Neville, Jermaine Jenas, Kieron Dyer, Stewart Downing, Theo Walcott e tantos outros, mas acho que estes 24 mostram bem a fartura de craques que os ingleses produziram. É só escolher e montar seu próprio time.

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