O domingo começou um pouco nublado e logo as nuvens se mandaram, dando lugar a um dia de céu azul e temperatura muito agradável, um dia perfeito para lotar o Imperatriz Arena e assistir aos dois primeiros duelos de volta das quartas de final do Troféu do Presidente. Vamos conhecer os dois primeiros semifinalistas!
ALEMANHA 2x2 INGLATERRA
Derrotados no jogo de ida (2x3), os alemães precisavam vencer por dois gols de diferença para avançar. Vitória por um gol levava o jogo para os pênaltis. O treinador Lothar Matthaus dizia que sua equipe poderia muito bem alcançar o resultado, já que tinha endurecido o jogo anterior. O técnico não iria fazer marcação especial sobre Peter Crouch, alegando possuir zagueiros altos para impedir a aproximação do perigoso adversário. Já os ingleses poderiam até empatar para avançar, mas não queriam ficar se segurando lá atrás. Alex Ferguson manteve a equipe que venceu o jogo de ida e apostava na surpresa ao adversário, com um futebol ofensivo.
Tal qual no jogo de ida, as duas equipes fizeram uma boa partida. Desde o início, os dois partiram para cima e alternaram bons momentos no ataque. Com 3 minutos de jogo, Miroslav Klose cobrou escanteio para a área e Thomas Muller apareceu cabeceando com força para vencer Paul Robinson: Alemanha 1x0.
A Inglaterra viu sua vantagem ser pulverizada logo no início do jogo, mas não quis saber de recuar. Os alemães apertaram a marcação e afastaram Peter Crouch da área. Mas o craque inglês não é do tipo que aceita ser marcado com facilidade. O camisa 15 começou a se movimentar e quando David Beckham se preparou para cobrar um lateral no meio de campo e viu que Owen e Lampard não se mexiam, Crouch saiu da área e se apresentou para receber a bola. O camisa 7 inglês tocou para seu centroavante, que girou com a bola, avançou até a intermediária sem ser incomodado, viu o posicionamento de Neuer e acertou um chute em arco, com a parte de fora do pé. A bola subiu, encobriu o goleiro e foi morrer no fundo do gol alemão: Inglaterra 1x1, aos 7 minutos.
No intervalo, Lothar Matthaus resolveu levar o time à frente. Tirou Reus e Podolski e colocou Draxler e Mario Goetze. Alex Ferguson tirou Rio Ferdinand e Michael Owen (novamente nulo) e colocou Carragher e Wayne Rooney.
Com a entrada do camisa 9 pelo lado esquerdo do ataque, Crouch passou a jogar do lado direito. Com isso, a Inglaterra ganhou o meio de campo e passou a se movimentar bem melhor no campo de ataque. Com apenas um minuto, Lampard desarmou Muller e tocou a Crouch no campo de ataque. O camisa 15 atraiu a marcação e, com um toque por entre os zagueiros, encontrou Beckham livre. O camisa 7 invadiu a área pela diagonal e chutou cruzado para vencer Neuer e fazer Inglaterra 2x1.
Neste momento, os ingleses eram muito melhores em campo. A equipe fazia triangulações pela direita, com Gerrard, Beckham e Crouch, e pela esquerda, com Lampard, Joe Cole e Rooney. Neuer era obrigado a operar verdadeiros milagres para evitar algo muito pior. Os alemães não conseguiram jogar no segundo tempo com as mudanças de Alex Ferguson.
Mas, aos 8 minutos, o jogo ganhou muita emoção. Após um cruzamento na área alemã não encontrar ninguém, Lahm pegou a bola na esquerda e puxou o contra ataque. Ele passou mais na intermediária defensiva para Kroos, que fez um lançamento magistral para o campo de ataque, encontrando Klose na meia lua. De costas pro gol, o camisa 11 abriu na direita para Hummels e correu para a área. O camisa 6 cruzou na medida e Klose cabeceou sem chances para Robinson, finalizando uma jogada coletiva muito bonita: Alemanha 2x2.
A Alemanha passou os dois minutos seguintes recorrendo a lançamentos longos, mas a defesa inglesa estava muito bem postada. Com Wayne Bridge e Ashley Cole voltando para ajudar na marcação, a Inglaterra segurou o empate e saiu com a vaga.
JAPÃO 2x2 ARGENTINA
Após vencer o jogo de ida (2x0), o Japão podia até perder por um gol de diferença, que avançaria. Sr Mikami manteve o mesmo time, apostando no entrosamento. Já a Argentina precisava devolver o placar para levar para os pênaltis ou uma vitória a partir de três gols de diferença para avançar. Carlos Bianchi barrou Alario e colocou Tevez, apostando em ataques de velocidade e também na velocidade para recompor.
A ideia inicial de Bianchi foi muito boa. A Argentina pressionou desde o início, ocupando o campo de ataque. Enquanto Conca e Di Maria se ocupavam da armação, Messi se movia pelo campo de ataque e, com uma dupla de frente leve, conseguia boas tabelas com Scocco e Tevez. O camisa 11, recebendo sua chance no time titular, perdeu duas ótimas oportunidades no início do jogo.
O primeiro gol veio aos 6 minutos, quando Conca abriu a Tevez na direita, o camisa 11 trouxe para o meio e inverteu para o lado esquerdo, encontrando Messi. Com um drible desmoralizante, o camisa 10 tirou Hiroshi da jogada, invadiu a área e tocou na saída de Wakabayashi, fazendo Argentina 1x0.
Os sulamericanos eram melhores e não deixavam os asiáticos jogarem. Aos 9 minutos, Scocco recebeu de Di Maria no comando de ataque e avançou em direção à área, sendo derrubado por Shingo Aoi na meia lua. Messi ajeitou e, na hora da cobrança, percebeu que Wakabayashi sairia para trás da barreira, esperando uma batida por cima da mesma. Então, o camisa 10 cobrou por baixo, no lado onde Wakabayashi estava anteriormente. Quando o goleiro japonês percebeu, a bola já ultrapassava a linha fatal e a Argentina comemorava o 2x0.
No intervalo, Carlos Bianchi resolveu partir para cima em busca da classificação direta. Tirou Mercado e Di Maria e colocou Kranevitter e Alario. Assim, iria para um 3-4-3, com Demichelis, Gabriel Milito e Vangioni fazendo a defesa; Mascherano e Kranevitter de volantes; Messi e Conca armando; Tevez e Scocco nas pontas e Alario no ataque. Sr Mikami tratou de levantar a moral dos japoneses, após ver a sua vantagem ser pulverizada. Tirou Sawada e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, reforçando a marcação no meio para liberar Jun Misugi de vez para o ataque.
Apesar de uma ideia interessante de Bianchi, foi a mudança de Mikami quem mudou o jogo. Os japoneses ganharam o meio de campo e passaram a ter mais movimentação no campo de ataque, tendo mais oportunidades de gol. Aos 4 minutos, saiu o gol que devolvia a vantagem aos asiáticos. Tsubasa pegou a bola no meio e lançou para a ponta direita, encontrando Shun Nitta. O camisa 13 procurava Hyuga na área, mas o centroavante era marcado por 2 oponentes. A solução, então, foi Nitta cortar para o meio. Jun Misugi percebeu a jogada e correu para a meia lua, recebendo do camisa 13. Misugi pegou a bola com 3 argentinos à sua frente, mas a genialidade que o levou a ser eleito o melhor da Copa do Mundo falou mais alto. Com um tapa rápido, o camisa 8 mandou uma bola rasteira no canto esquerdo de Abbondanzieri e fez Japão 1x2.
Os argentinos precisavam de um gol para levar a partida aos pênaltis e os japoneses, vendo os adversários se lançando ao ataque, se posicionaram e esperaram o melhor momento para sair no contra ataque. A entrada de Matsuyama melhorou a marcação no meio e permitiu aos japoneses evitar as conclusões argentinas. Aos 8 minutos, o golpe de misericórdia foi dado, quando uma linda jogada coletiva, de toques de primeira, desmontou a defesa rival. Tsubasa tocou a Nitta no meio e o camisa 13 abriu a Misugi na direita. O camisa 8 buscou Hyuga no lado esquerdo da área e o camisa 9 voltou a bola para o lado direito, encontrando Ishizaki. O camisa 2 só teve que empurrar para o gol, pois os argentinos todos já haviam caído, correndo de um lado para o outro: Japão 2x2.
A Argentina desanimou de vez e não conseguiu mais se organizar para conseguir dois gols em dois minutos. O Japão tocou a bola e esperou o juiz Leonardo Gaciba apitar o final do jogo e a classificação nipônica às semifinais.
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