O domingo de céu azul e temperatura em elevação encerra o feriado da Independência e traz as semifinais da Copa do Rei 2018. O público lotou o Itaquá Dome e foi brindado com duas partidas espetaculares, que deixaram todos extasiados após o encerramento da rodada. Vamos conhecer os finalistas!
INGLATERRA 1x3 ALEMANHA
Reedição da disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo, quando os ingleses saíram vitoriosos (3x0), as duas equipes voltam a se enfrentar, por um lugar na final da Copa do Rei. Favoritos ao título, os ingleses provaram contra Camarões (4x0) que podem, realmente, chegar à conquista. Alex Ferguson mantém Crouch como titular, para pontuar que sua equipe precisa de uma base titular forte. A Alemanha, por sua vez, quer acabar com a fama de não se importar com os jogos. Lothar Matthaus pede seriedade e concentração à equipe, mas tem problemas. Expulso contra a França (2x2, com classificação nos pênaltis), Podolski desfalca a equipe pelo resto da competição. Em seu lugar, joga Mario Gotze.
O jogo foi espetacular desde o início. As duas equipes jogaram para a frente, com inteligência, chegando ao ataque com jogadas de pé em pé e boas conclusões. Mas o gol não saía de forma alguma. A FIFUBO, no entanto, se notabiliza por ser uma máquina de raios que gostam de cair no mesmo lugar. E, aqui, não foi diferente.
Aos 8 minutos, Crouch esticou uma bola para Owen na área e Neuer saiu arrojadamente, afastando para bem longe. A bola correu o campo todo e sobrou para Klose, no campo de ataque alemão. O camisa 11 tinha uma boa situação para chutar a gol, mas se atrapalhou com a bola e acabou fazendo falta tripla, recebendo o cartão vermelho direto. Pela segunda vez em dois jogos nesta Copa, um atacante alemão é expulso por falta no campo de ataque. Lampard cobrou para Beckham no meio de campo e o camisa 7, com sua habilidade fora do comum nos passes, deu um ótimo lançamento para Joe Cole, entre dois marcadores. Em sua característica de velocidade e habilidade, o camisa 11 se livrou da marcação dupla, invadiu a área e chutou na saída de Neuer, para fazer Inglaterra 1x0.
No intervalo, Alex Ferguson mudou visando os contra ataques. Tirou Bridge e Crouch para colocar Carragher e Rooney. A ideia era reforçar a marcação e ter velocidade para contragolpear. Lothar Matthaus foi muito ousado. Com um a menos, fez uma revolução tática. Tirou Lahm e colocou Draxler em seu lugar, partindo para um 3-5-1. Mertesacker, Hummels e Badstuber fariam o trio de zaga; Schweinsteiger (novo capitão) e Reus fariam a dupla de volantes, com Kroos e Draxler mais à frente e Muller centralizado no meio de campo; no ataque, Gotze ficaria sozinho no centro.
O fato é que Ferguson errou feio e Matthaus foi muito feliz na sua ousadia. A Inglaterra, além da soberba de achar a fatura liquidada, foi vítima das próprias mudanças. Carragher não conseguiu reforçar a defesa e Rooney até foi mais presente no ataque, mas Owen estava muito infeliz no jogo e não conseguia dar sequência aos lances. Imprescindível na armação, Lampard se limitou a defender. A Inglaterra tentou atacar pelas pontas, espaço dado pelos alemães, mas Ashley Cole errava tudo e irritava os torcedores. Com o jogo concentrado pelo meio, a Alemanha conseguiu se agrupar, marcar forte e sair para o ataque de forma organizada. E é neste momento, que a Lei do Um a Menos voltou a aparecer no Itaquá Dome.
Aos 4 minutos, Owen tentou a arrancada pela direita e perdeu a bola para Badstuber, que tocou a Reus na esquerda. O camisa 4 tocou a Kroos mais à frente e o camisa 8 procurou Gotze no ataque. Cercado por 4 adversários, o camisa 9 recuou a bola. Thomas Muller apareceu feito um foguete e disparou um chute muito forte. A bola ganhou altura, triscou o travessão e morreu no fundo das redes de Paul Robinson: Alemanha 1x1.
A Inglaterra tentou se organizar novamente, para buscar a vantagem no placar, mas a Alemanha cresceu com a mudança tática. Os ingleses erraram novamente aos 6 minutos, quando Gerrard se lançou ao ataque para tabelar com Beckahm e tentar fazer Owen voltar a jogar. Mas o camisa 10, ao receber no comando de ataque, errou de novo e perdeu a bola para Hummels. O camisa 6 reiniciou com Schweinsteiger no meio. O camisa 7 procurou Draxler na direita e o camisa 14 fez um excelente lançamento para o lado esquerdo. Mario Gotze recebeu livre, sem marcação alguma, e chutou na saída de Robinson para virar o jogo: Alemanha 2x1.
Atônitos, os jogadores e torcedores ingleses tentavam entender o que houve. A equipe parou de jogar, nada mais dava certo. A Alemanha, por sua vez, se agigantou e dominou as ações de vez, colocando o time adversário na roda. De pé em pé, chegaram ao terceiro gol aos 8 minutos, em uma jogada que passou do lado esquerdo para o direito e voltou, deixando tontos os jogadores ingleses. No final, Kroos inverteu da esquerda para o outro lado, onde Draxler recebeu sem marcação já dentro da área e só precisou empurrar para o gol e levar a Alemanha à final: 3x1.
Alex Ferguson conhece seu primeiro revés no comando inglês, muito por decisões equivocadas. Já Lothar Matthaus sai de campo consagrado, mas tem problemas para a final, pois não terá os dois atacantes titulares na decisão. Terá que promover nova revolução tática, mas trabalhar o físico, já que não terá reservas para a grande final.
BRASIL 3x4 ARGENTINA
O Superclássico das Américas é a outra semifinal, trazendo duas equipes em ascensão. O Brasil de Dorival Junior é outra equipe, com um novo esquema e muito mais atitude, o treinador conseguiu fazer os super craques brasileiros jogarem, mas tem do outro lado um adversário que o Brasil ainda não venceu. Superadas as crises políticas, os argentinos jogaram muito bem nas quartas de final e se classificaram com autoridade. Carlos Bianchi conseguiu juntar os jogadores em torno de si e criar um bom ambiente, onde a bola é a protagonista.
Pode-se dizer que foi a melhor partida do torneio e isso quer dizer muito, já que o nível técnico das partidas aqui é altíssimo. Sobrou emoção desde o início do jogo e os torcedores, ao final, aplaudiram de pé o espetáculo dado pelos atletas.
O Brasil abriu o marcador logo a um minuto, em excelente jogada coletiva. Kleberson tocou a Juninho na meia esquerda e o camisa 19 fez um ótimo passe para Ronaldo. O Fenômeno recebeu na entrada da área, pelo lado direito e, com um passe para o lado esquerdo, encontrou Rivaldo. O camisa 10 só precisou dar um toque e sair para o abraço: Brasil 1x0.
A Argentina não ficou atrás e buscou a igualdade logo. Com velocidade, aparecia no ataque com boas tramas, mas a defesa brasileira estava atenta para afastar. O problema era o goleiro. Carlos Germano estava em uma tarde muito infeliz. Aos 4 minutos, Mascherano desarmou Ronaldinho e tocou a Messi no meio. O camisa 10 abriu na esquerda para Di Maria, que deu um ótimo passe para Scocco. Carlos Germano saiu para fechar o ângulo, mas deixou o lado direito aberto. Com um drible para fora, Scocco aumentou o ângulo e viu Carlos Germano esticar a perna para tentar bloqueá-lo. O camisa 9 argentino, então, tocou a bola por entre as pernas do goleiro, que engoliu um frango incrível: Argentina 1x1.
O Brasil costuma tremer um pouco quando enfrenta a Argentina. Com um frango daqueles, fica mais fácil a tremedeira aparecer. Os argentinos se aproveitaram disso e partiram com tudo para a virada. Aos 6 minutos, Mercado pegou bola que ia para Denilson e tocou a Messi no meio. O camisa 10 avançou com a bola dominada e, com a chegada da marcação, abriu na esquerda para Di Maria. Livre, o camisa 7 ajeitou e soltou seu costumeiro chute forte para vencer Carlos Germano e fazer Argentina 2x1.
Ali, os brasileiros jogaram a toalha de vez e os argentinos aproveitaram para desenhar um massacre. Poucos eram os jogadores do Brasil que ainda lutavam, principalmente Lucio e Kleberson na defesa. Mas só dois contra o rolo compressor argentino era muito pouco e ainda tinha Carlos Germano no gol. Aos 9 minutos, novo contra ataque argentino e ótima triangulação pela esquerda, envolvendo Messi, Scocco e Di Maria. O camisa 7 recebeu, preparou um chute cruzado e deu um peteleco. Carlos Germano engoliu novo frango e a Argentina abria 3x1.
No intervalo, Dorival Junior tentava a todo custo levantar o ânimo dos brasileiros. Dizia que ainda restavam 10 minutos para fazerem dois gols e que era possível fazer acontecer. Tirou Cafu e Ronaldinho Gaucho, péssimos em campo, para colocar Roque Junior e Romário. Kleberson iria para a lateral direita, Edmilson para volante, Roque Junior faria a dupla de zaga com Lucio, que seria o capitão. Na frente, Romário iria para o lado esquerdo e Denilson, para a direita, ora atuando como armador, ora como ponta direita. Carlos Bianchi apostou nos contra ataques. Tirou Conca (que não repetiu a boa atuação da véspera) e Alario para colocar Kranevitter e Tevez. Reforçaria a marcação e tentaria os contra ataques em velocidade.
As mudanças de Dorival foram boas para o Brasil. Edmilson melhorou a marcação na entrada da área. Kleberson foi muito bem na lateral. Denilson jogou pela ponta, no espaço deixado por Di Maria e Scocco. E Ronaldo fez o que sabe melhor: gol. Aos 2 minutos, Rivaldo abriu na direita para Denilson, que puxou dois marcadores. Kleberson avançou pela ponta e, no último momento, cortou para o meio, recebendo o passe de Denilson. A marcação saiu da ponta para o meio e, neste momento, Kleberson deu um toque para dentro da área, do lado direito. Ronaldo recebeu livre, girou e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri: Brasil 2x3.
O jogo melhorou. A Argentina tentava segurar a vantagem e o Brasil partia desesperadamente em busca da igualdade. Aos 8 minutos, Kleberson fez ótimo lançamento para a meia esquerda de ataque, onde Rivaldo pegou. O camisa 10 viu Ronaldo na área e tocou. Ao verem a bola chegando ao centroavante, os marcadores argentinos fizeram uma barreira à sua volta, mas Ronaldo não é o Fenômeno à toa. Com um toque para trás, o camisa 9 descobriu Roberto Carlos livre para soltar a famosa bomba e vencer Abbondanzieri, empatando o jogo: Brasil 3x3.
A igualdade fazia justiça a um jogo onde a Argentina dominou o primeiro tempo e o Brasil, o segundo. Mas do lado brasileiro tinha Carlos Germano. Na saída de bola, aos 9 minutos, Messi e Di Maria foram tabelando em direção à linha de fundo e, quando perceberam, estavam sem opções de ataque. Di Maria resolveu tentar um giro para dentro da área e contou com a péssima exibição do goleiro brasileiro. Carlos Germano saiu de forma atabalhoada e atropelou o camisa 7. Messi cobrou o pênalti no canto esquerdo, deslocando o goleiro brasileiro e fazendo Argentina 4x3.
O azar dos brasileiros em ter Carlos Germano se opunha à sorte argentina de ter Abbondanzieri. O Brasil pressionou até o último lance, quando Kleberson chutou de fora da área e Abbondanzieri foi no ângulo espalmar a última chance do Brasil.
Os brasileiros lamentam a má sorte e deixam a competição com mais uma derrota para os rivais. A Argentina, por sua vez, embala de vez para buscar o título, com Di Maria saindo de campo aplaudido pelos torcedores.
NOTAS RÁPIDAS
- Com essas duas partidas, a jornada esportiva do feriado chega ao fim. A final entre Argentina e Alemanha será, possivelmente, no próximo domingo e, até lá, os torcedores terão uma semana para comentarem os jogos da Copa até aqui.
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