sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Arte e Botões - Ciclismo - 21/09/2018

O final de semana já está todo rifado. A semana foi pesada, dificultando a criação da arte que estava planejando. Então vou deixar aquela arte para a próxima semana e, nesta, vamos fazer uma coisa diferente. Vamos falar de ciclismo! E sim, vamos ter arte de ciclismo...

Eu gosto muito de esporte, mas tem quatro que são os meus favoritos: futebol, handebol, luta livre e ciclismo. O futebol é óbvio; 99% dos brasileiros são varridos por essa onda. Handebol é porque é o mesmo do futebol, só que com as mãos. Plástico, técnico, emocionante. Luta livre é uma paixão que me fisgou quando tinha apenas 4 anos de idade. Todo aquele negócio de ter uma história por trás do combate, invasões, máscaras, personagens... e o ciclismo... bom, o ciclismo é um caso à parte. Uma vez vi um Tour de France e me encantei. Aquelas equipes pedalando juntas milhares de quilômetros, as estratégias, os ciclistas... sei lá por que. Mas me apaixonei. Vou tentar explicar um pouco antes de apresentar as artes (sim, são duas!). Existem várias modalidades de ciclismo, sendo as mais conhecidas o mountain bike, o ciclismo de pista e o ciclismo de estrada. É este último que me encanta.

O ciclismo de estrada é conhecido como o "mais individual dos esportes coletivos" ou o "mais coletivo dos esportes individuais", por ser uma corrida de bicicletas, onde cada ciclista corre sozinho, mas tem toda uma equipe envolvida na competição. Uma prova de ciclismo pode ser, basicamente, dividida em corrida por etapas ou uma clássica. A clássica é uma prova só, onde o que chegar em primeiro é o vencedor. Na corrida por etapas, várias provas são disputadas e, após a última delas, o ciclista que cruzar a linha de chegada com o menor tempo no somatório é o vencedor geral. Além deste, há outros prêmios em disputa. Entre eles, só para simplificar a postagem, há o vencedor por pontos e o vencedor de montanha.

A corrida por etapas se divide, basicamente, em dois tipos: contra relógio e corrida tradicional. O contra relógio é uma etapa curta, a maioria tem menos de 40 quilômetros. Cada ciclista larga sozinho (normalmente, com 90 segundos de diferença um para o outro) e vence aquele que fizer o percurso em menos tempo. A corrida tradicional é longa, com mais de 100 quilômetros e algumas ultrapassando os 200 quilômetros. Pode ter tanto trechos planos quanto inclinados, com chegada no plano (em sprint) ou no alto (etapa de montanha). Aqui, os ciclistas largam juntos e vence quem cruzar a linha de chegada em primeiro. Nas provas tradicionais, há pontos em que o ciclistas que cruzarem primeiro conquistam pontos (meta volante) ou pontos de montanha (meta de montanha), que valem para as respectivas classificações. Por isso simplifiquei anteriormente, para explicar somente a pontuação do velocista e do montanhista...

As clássicas, como explicado anteriormente, são provas únicas, sem somar pontos ou pontos de montanha. São caracterizadas por, na maioria dos casos, apresentarem condições mais difíceis para os ciclistas: tempo mais frio ou chuvoso, piso de terra ou paralelepípedo.

Uma equipe de ciclismo que disputa uma prova ou prova por etapas tem suas posições bem definidas. Cada ciclista tem uma função dentro da equipe, por isso se diz que é o "mais coletivo dos esportes individuais". Basicamente, há quatro posições dentro de uma equipe: líder, sprinter, gregário e corredor livre.


  • O líder é, como se fosse no futebol, o capitão do time. Tudo gira em torno dele. Os ciclistas o protegem durante as provas, para que ele esteja sempre bem posicionado. O líder é aquele que irá disputar o título da classificação geral. Sua posição é tão importante, que se estiver disputando classificação contra um companheiro de time e atacar (correr sozinho, se destacando do pelotão), o seu companheiro não pode contra atacar (devolver o ataque, correndo atrás do atacante). Normalmente, são ciclistas bons em contra relógio, montanhas e resistentes.
  • O sprinter poderia ser definido como o artilheiro do time de futebol. Os ciclistas fazem todo o trabalho, enquanto o sprinter descansa para correr os últimos metros. Com boa explosão, arranca após o último quilômetro para vencer a corrida. Sua única especialidade é decidir num sprint; nas montanhas fica bem atrás dos outros corredores e, no contra relógio, só faz figuração.
  • O gregário é, tipo, o volante do futebol. Ele é quem faz o trabalho pesado: protege o líder e o sprinter para que eles não peguem vento, dita o ritmo do pelotão, é responsável por voltar para fazer vácuo para um corredor importante que ficou para trás, vai para o fim do pelotão pegar água... um gregário não se importa em vencer, apenas garantir os objetivos da equipe.
  • O corredor livre é aquele que não tem função definida na equipe, podendo ser comparado àquele atacante veloz e habilidoso, que é dispensado da marcação para infernizar a defesa adversária. O corredor livre não tem que proteger outro ciclista, é livre para fazer o que quiser. Normalmente, são aqueles que atacam no início da corrida e correm atrás das metas volante e dos pontos de montanha.


Explicadas as posições, só falta uma pequena explanação sobre a especialidade de cada ciclista. Como no futebol há aqueles que são bons de marcação, de passe, de finalização, etc, no ciclismo também há essas especialidades. Um ciclista de ponta, que atue numa das grandes equipes da UCI (a entidade máxima do ciclismo), tem pelo menos uma habilidade, tal qual em um jogo de RPG (magia, ataque, defesa, etc). Vamos limitar bem as habilidades, colocando somente as principais, que estão presentes nos ciclistas desta postagem. São elas sprint, montanha, contra relógio, corredor de clássicas e corredor por etapas.


  • Sprint é a habilidade do ciclista de decidir, em uma arrancada, a prova com chegada no plano. Normalmente, um sprinter é um ciclista baixo e forte, com explosão para acelerar no último quilômetro e, também, se posicionar durante a disputa final.
  • Montanha é a habilidade do ciclista de escalar, de aguentar bem uma subida, não importa a inclinação. Normalmente, um escalador é um ciclista magro, de pernas compridas, que tem grande resistência e pouca velocidade.
  • Contra relógio é a habilidade do ciclista de manter um ritmo forte e constante em uma prova curta. As provas de contra relógio são curtas e exigem que o ciclista seja veloz o tempo todo. Os contra relogistas, na maioria dos casos, só servem para este tipo de prova, já que não possuem resistência para serem considerados favoritos em provas longas, nem têm a explosão para ganhar uma corrida em sprint.
  • Corredor de clássicas é aquele ciclista que tem boa resistência em condições adversas. Resistente ao frio, bom em terrenos acidentados (terra, paralelo, etc), habilidoso na chuva.
  • Corredor por etapas é um ciclista que não tem uma das habilidades anteriores como especialidade, mas é bom em todas elas. Normalmente, é fraco no sprint, bom na montanha e muito bom em contra relógio, mas sem ser excelente em nenhuma. Justamente por misturar bem os estilos, um corredor por etapas é o líder da equipe numa prova, já que consegue tirar o melhor de cada etapa para estar sempre entre os primeiros.


Com esta breve (longa) apresentação do mundo do ciclismo, vamos às artes. São 30 ciclistas, divididos em duas folhas de arte, com os maiores nomes dos últimos 15 anos do ciclismo mundial. Não vou me alongar muito no histórico de cada um, nem citar as polêmicas de doping. Vou apenas dizer o nome do ciclista, sua nacionalidade, a(s) habilidade(s) presente e a equipe que escolhi para ele (dentre as várias que ele já defendeu) Seguirei a ordem da esquerda para a direita, começando pela linha de cima.

  1. Lance Armstrong - O famoso ciclista dos Estados Unidos é um corredor por etapas, aqui na equipe USPS;
  2. Fabian Cancellara - O ciclista da Suiça é uma lenda do contra relógio, aqui correndo pela Saxo Bank;
  3. Oscar Pereiro Sio - O ciclista da Espanha é um corredor por etapas, aqui representando as cores da Caisse D'Erpagne;
  4. Tom Boonen - O ciclista da Bélgica é um sprinter, correndo pela Quickstep;
  5. Oscar Freire - Ciclista da Espanha, sprinter da equipe Rabobank;
  6. Andy Schleck - Ciclista de Luxemburgo, é um montanhista que corre pela Saxo Bank;
  7. Mark Cavendish - Ciclista da Inglaterra, sprinter lendário, aqui na equipe T-Mobile;
  8. Bauke Mollema - Ciclista da Holanda, corredor por etapas com habilidades de montanhista. Corre pela Rabobank;
  9. Alberto Contador - Ciclista da Espanha, corredor por etapas. Defende as cores da Astana;
  10. Thor Hushovd - Ciclista da Noruega, foi sprinter a maior parte da carreira, depois se especializou em contra relógio. Aqui, atua na Credite Agricole;
  11. Frank Schleck - Irmão mais velho de Andy, também é de Luxemburgo e também é especialista em montanhas. E também é da Saxo Bank.
  12. Luciano Pagliarini - Ciclista brasileiro, corredor por etapas. Aqui, na Saunier Duval;
  13. Sylvain Chavanel - Ciclista francês, corredor por etapas, defende a Quick Step;
  14. Damiano Cunego - Ciclista italiano, montanhista. Defende a Lampre;
  15. Danilo di Luca - Lendário ciclista italiano, quase completo. Excelente montanhista, bom corredor por etapas e bom no sprint também. Aqui, defendendo as cores da Liquigás.
  1. Vincenzo Nibli - Ciclista italiano, montanhista e com certa habilidade de corredor por etapas. Defende a Astana;
  2. Fernando Gaviria - Ciclista colombiano da nova geração, sprinter que atua pela Quick Step;
  3. Romain Bardet - Ciclista francês, especialista em contra relógio e com certa habilidade de corredor por etapas. Defende a AG2R;
  4. Phillip Gilbert - Ciclista belga, corredor por etapas, mediano no contra relógio e nas montanhas. Defende a Lotto Belisol;
  5. Chris Froome - A sensação do ciclismo mundial na atualidade, é um atleta inglês. Excelente corredor por etapas, com um contra relógio muito bom e excelente nas montanhas. Defende as cores da Sky;
  6. Thibault Pinot - Ciclista francês, corredor por etapas. Defende a Française De Jeux;
  7. Marcel Kittel - Ciclista alemão, sprinter. Defende a Dimension Data;
  8. Peter Sagan - Ao lado de Froome, a grande sensação do ciclismo mundial na atualidade. O ciclista da Eslováquia é um excelente sprinter, dono da linha de chegada na UCI. Atua pela Bora;
  9. Tom Dumolin - Ciclista da Holanda, é especialista em contra relógio e, ao contrário do que dita a regra para contra relogistas, é bom também nas montanhas. Corre pela Sunweb;
  10. Andre Greipel - Ciclista da Alemanha, sprinter. Defende a Lotto Belisol;
  11. Julian Alaphilippe - Ciclista da França, montanhista. Corre pela Quick Step;
  12. Fabio Aru - Ciclista da Itália, é um corredor por etapas com boa habilidade nas montanhas. Atua pela Liquigás;
  13. Domenico Pozzovivo - Ciclista italiano, é habilidoso nas montanhas. Atua pela AG2R;
  14. Murilo Fischer - Ciclista do Brasil, é um sprinter que atua pela Française De Jeux;
  15. Francisco Chamorro - Ciclista da Argentina, é um sprinter que não fez sucesso no circuito mundial, mas de grande sucesso aqui no Brasil. Nesta arte, atua pela Credite Agricole.

Aí estão os 30 ciclistas que escolhi para estas duas artes. Para os que gostam de jogar futebol de botão com uma arte alternativa ao futebol, é uma boa opção, dá para fazer 3 times. Para os que não gostam de misturar as coisas, você pode utilizar como botões para jogos de tabuleiro de corrida; fazer uma corrida escolhendo um circuito no chão e dando palhetadas; ou simplesmente fazendo botões decorativos. Deixe a imaginação fluir e se divirta!

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