domingo, 25 de junho de 2017

Copa Olé 2017 - Quartas de final - 25/06/2017

O domingo chegou e, com ele, o sol. O céu azul trouxe um dia bonito, porém ainda frio. Mas isso não afugentou os torcedores, que lotaram o Itaquá Dome para o encerramento das quartas de final da Copa Olé 2017, porque o sorteio fez com que os jogos deste dia fossem uma repetição das semifinais do Apertura recém encerrado. Vamos vez as partidas de hoje.

INDEPENDIENTE 0x3 RACING

O Clássico de Avellaneda seria disputado pela quinta vez nesse ano e seria um tira-teima, já que o Independiente venceu duas (4x0 e 2x1) e o Racing, as outras duas (3x1 e 2x1). Terceiro colocado no Apertura, o Independiente não agradou aos seus torcedores, por conta da campanha irregular (9 vitórias e 7 derrotas em 16 jogos). O treinador Bayer prometia uma nova atitude. Já o Racing, vice campeão do Torneio Apertura, tem muito a comemorar, a despeito de não ter ficado com o título. Ao empatar os dois jogos finais, o time só perdeu o campeonato porque o River tinha melhor campanha, mas o Racing teve o maior número de jogadores na seleção do campeonato (5 de 13), o que mostra a força do conjunto de sua equipe. E ainda tem Ruben Capria em excelente forma.

E essa forma foi vista logo na saída de bola. O Racing precisou de apenas 20 segundos para mostrar todo o entrosamento que Paralelo deu ao time nesse ano, quando Ruben Capria fez o 'toca y me voy' e Martin Simeone devolveu a bola no local exato para o camisa 10 girar e trazer a bola pro pé esquerdo, antes de desferir um chute de extrema categoria para vencer Hilário Navarro: Racing 1x0.

O gol relâmpago seria surpreendente em qualquer jogo, mas aqui teve um impacto enorme. Além de já começar perdendo o clássico na primeira bola, o Independiente também apresentava seus problemas tradicionais. Não conseguia dar sequência a um lance sequer, não havia armação, errava passes em profusão e via o Racing jogar no seu campo o tempo inteiro. Em todo o primeiro tempo, o Independiente não deu um chute a gol.

Melhor pro Racing, que podia ter saído com uma goleada, mas se contentou em segurar após ampliar a vantagem, aos 6 minutos. Pocchetino recolheu mais um passe errado do Independiente e tocou para Martin Simeone na intermediária. O camisa 8 procurou Ruben Capria no campo de ataque e o camisa 10 deu um passe preciso para Latorre na esquerda. Já dentro da área, o camisa 11 ajeitou para o pé direito e chutou alto, sem chances para Navarro, fazendo Racing 2x0.

No intervalo, Bayer tirou Montenegro e Gracián para colocar Acevedo e Gandin. Ele podia escolher qualquer jogador, mas optou pelos dois principais meiocampistas, que não acertavam nada no jogo. Já Paralelo aproveitou o bom resultado para dar ritmo aos reservas. Tirou Diego Capria e Acosta e colocou Fariña e Hauche.

O segundo tempo foi um pouco diferente. O Independiente veio com nova atitude, a despeito de ainda não ter uma boa armação. Mas os reservas entraram com raça e contagiaram os outros jogadores. Gandin entrou improvisado como armador e logo se posicionou no ataque, sua posição de origem, conseguindo boas tabelas com Parra e Silvera. Atrás, Acevedo conseguiu trancar a intermediária, impedindo o Racing de tabelar à frente da área. Com isso, a equipe vermelha cresceu e chegou a concluir algumas vezes, acertando a trave do Racing por 3 vezes.

Mas o Racing tinha um bom resultado e conseguia controlar o jogo. Foi tocando para deixar o tempo passar e acabou ampliando na última bola. A torcida gritava olé enquanto o Racing tocava a bola no campo de ataque, até que Fariña resolveu chutar para longe, para acabar com o tempo. Mas, no meio do caminho, Pelletieri meteu o pé na bola e desviou para o lado esquerdo de Navarro, que foi pego no contrapé e nada pôde fazer: Racing 3x0.

Eliminado na primeira fase, o Independiente mostrou seu total desinteresse por derrotar o rival. Sem armação, os bons atacantes não podem fazer nada. A equipe erra passes desde o campo de defesa. Já o Racing continua sua boa carreira. Entrosado, o time sabe exatamente o que tem que fazer. Liderados por um Ruben Capria em excelente fase, podem chegar ao título com facilidade.

RIVER PLATE 2x1 VELEZ SARSFIELD

Time sensação da temporada, o River venceu tanto o Torneio Início quanto o Apertura com sobras. Francescoli diz que o Apertura é página virada. As festas já acabaram, zerou tudo e é hora de pensar na Copa Olé. Já o Velez quer acabar com o incômodo jejum. A equipe enfrentou o River 4 vezes esse ano e perdeu todas (1x3, 2x4, 1x2 e 3x4). Para o jogo de hoje, Tripa Seca chamou Gago e disse para ele esquecer o jogo e grudar em Trezeguet. A ordem era não deixar o camisa 7 jogar.

Logo no primeiro lance do jogo, a ordem de Tripa Seca foi seguida à risca. Trezeguet recebeu e adiantou a bola, mas Gago interceptou na sequência e reiniciou o jogo. Foi a única vez. Trezeguet passou a jogar livre, correndo pelos lados do campo e tabelando com Gallardo, mas sem conseguir uma boa chance de concluir. Quando percebeu que a marcação dobrou, o francês usou a inteligência e levou os marcadores para a ponta esquerda, deixando um buraco no meio. Gallardo abriu a Ferrari na direita e Ortega correu para o meio, recebendo o passe e entrando livre na área, para concluir na saída de Sosa e fazer River 1x0, aos 10 minutos.

No intervalo, Francescoli tirou Berizzo (que parecia disperso) e Buonanotte (pouco acionado) para colocar Coudet e Funes Mori. Barrado ia para a lateral esquerda e Coudet entraria de volante. Já Tripa Seca não gostou nem um pouco da apresentação de Gago, tirando-o junto com Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto.

O River ampliou logo na saída de bola. Gallardo fez a figura oito com Coudet e Trezeguet e coube a Coudet ficar com a bola, saindo da esquerda para a direita, driblando Insua e chutando de muito longe. A bola ganhou altura, perdeu força e morreu no fundo das redes de Sosa: River 2x0, aos 25 segundos.

O Velez partiu para o ataque e poderia ter descontado aos 2 minutos, em linda jogada de Romero para Insua, que invadiu a área e driblou Carrizzo. Mas o camisa 1 esticou a mão para tentar tirar a bola e acabou derrubando o 11. Lucas Pratto chamou a responsabilidade de cobrar o pênalti, o que fez com força no canto esquerdo de Carrizzo. Mas o goleiro pulou e espalmou para longe a penalidade.

O Velez foi se organizando aos poucos, com inversão de jogadas. Por vezes, Insua era visto ajudando Claudio Hussain na marcação a Trezeguet, o que fazia com que os laterais avançassem para armar o jogo. Assim, o Velez carimbou a trave do River uma vez com Romero e Carrizzo operou um milagre em chute de Turco Assad.

A equipe conseguiu descontar aos 6 minutos, quando a bola saiu da esquerda com Papa, passou a Romero, Insua, Claudio Hussain e chegou a Lucas Pratto na direita. O camisa 12 avançou e, da entrada da área, chutou cruzado. A bola ainda bateu na trave antes de entrar: Velez 1x2.

O Velez partiu com tudo em busca do empate e o River explorava os contra ataques. Assim, o jogo ficou dramático até o último lance, quando Turco Assad fez boa jogada pelo fundo e cruzou para trás. Romero chutou de primeira no ângulo, mas a bola bateu na trave e saiu.

O River avança sem ter mostrado seu jogo clássico de toque de bola para as pontas e procurando o centroavante, mas mostrou alternativas no jogo, com vários jogadores se revezando na armação de jogadas. Já o Velez demorou a entrar no jogo. Gago não fez a marcação que se esperava e Insua não atuou como gosta, com liberdade pelo meio campo. Quando o Velez entrou no jogo, já era tarde. O sonho do tri foi adiado.

NOTAS RÁPIDAS

  • Somente dois árbitros não apitaram ainda na Copa Olé, José Roberto Wright e Chico Lírio. Como as semifinais são uma nova rodada, o regulamento da FIFUBO dita que todos os árbitros irão para o sorteio. Mas a diretoria decidiu que esses dois serão os únicos concorrentes e apitarão nos jogos semifinais. Na final, o regulamento volta ao normal.
  • No sábado, não haverá jogos. Um esforço será feito para que as semifinais sejam disputadas no domingo e a grande final durante a semana. A conferir.

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