terça-feira, 4 de julho de 2017

Copa Olé 2017 - Semifinais - 04/07/2017

Terça-feira, início de semana. Dia frio e chuvoso. A data perfeita para ficar em casa, mas as semifinais da Copa Olé tiraram os torcedores debaixo do edredom e os levaram para o Itaquá Dome, atrás de duas partidas que oporiam estilos. Vamos aquecer as coisas!

BOCA JUNIORS 3x2 RACING

O Boca venceu, mas não convenceu. O novo estilo aplicado por Sr Rússia ainda precisa de tempo para ser aperfeiçoado e assimilado pelos jogadores e isso se refletiu num sufoco nas quartas de final, apesar do placar (3x1 Estudiantes). A ordem era não cometer os mesmos erros, pois o adversário da vez seria implacável. O Racing venceu e convenceu, com a melhor atuação das quartas de final (3x0 Independiente), além da ótima temporada. O time de Avellaneda era franco favorito nessa partida.

E assim foi desde o início. Com Ruben Capria e Martin Simeone tabelando no campo de ataque, o Boca passou por maus bocados e sofreu o primeiro gol logo a um minuto. Após a bola ser isolada para o campo do Racing, Pocchetino pegou a sobra e tocou a Ruben Capria no meio. O camisa 10 abriu para Latorre na esquerda, que tocou de primeira para Martin Simeone. O camisa 8 recebeu sem marcação, invadiu a área e chutou alto na saída de Abbondanzieri, para fazer Racing 1x0.

O time de Avellaneda dominava o jogo e parecia que ia ganhar fácil, mas o Boca foi melhorando a marcação e impedindo os avanços do adversário. Ruben Capria não conseguiu dar sequência às jogadas, pois Serna grudou em cima do camisa 10 e estava sempre pronto a desarmá-lo. A isso, some-se o fato de que Riquelme começou a se movimentar pelo campo de ataque e o Boca reequilibrou a partida.

Aos 6 minutos, Pelletieri foi ao campo de ataque e fez falta em Arruabarrena. Basualdo cobrou rápido no meio para Cagna, que inverteu na direita para Riquelme. O camisa 10 recebeu no bico direito da grande área, ajeitou com categoria e chutou cruzado, sem chances para Saja, fazendo Boca 1x1.

O gol mostrou que a equipe de La Boca não iria se apequenar. Os jogadores ocuparam melhor o campo inteiro e impediram as principais jogadas do Racing, mas o primeiro tempo parecia querer terminar empatado. Isso foi até os acréscimos, quando Serna interceptou passe de Martin Simeone para Ruben Capria e tocou rápido na direita para Cagna. O camisa 8 abriu na ponta para Palacio, que foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para a entrada da área. Riquelme pegou de primeira e venceu Saja novamente: Boca 2x1.

No intervalo, Sr Rússia tirou Basualdo e Palermo para colocar Battaglia e Viatri. A intenção era reforçar a marcação e dar novo fôlego no ataque. Já Paralelo sacou Quiroz e Acosta e colocou Fariña e Hauche. Com a entrada do volante, tencionava impedir que Riquelme tivesse tanta liberdade, enquanto a entrada de Hauche visava dar mais opções na frente, já que Acosta foi nulo no primeiro tempo.

Percebe-se quem se equivoca e quem acerta nas mudanças quando as peças começam a se movimentar. Logo a um minuto, Riquelme recuou a Battaglia, para que o camisa 12 saísse jogando. Mas Battaglia errou o passe e agarrou Pelletieri, para que ele não puxasse o contra ataque. Mas o camisa 7 cobrou a falta rapidamente e Hauche recebeu no buraco deixado pelo marcador xeneize, invadiu a área e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri: Racing 2x2.

O jogo ficou equilibrado e ganhou em emoção. As duas equipes se fartaram de perder oportunidades, num toma lá dá cá frenético. Aos 7 minutos, o Boca finalmente acertou. Riquelme abriu na ponta para Palacio, que tocou no meio para Viatri. De costas para o gol, o camisa 7 viu Arruabarrena saindo da esquerda para o centro e lhe passou a bola, que veio muito próxima do pé. Arruabarrena deu um chute de bico, que ganhou efeito. Saja pulou para encaixar, mas a bola passou debaixo de seu corpo, num frango incrível: Boca 3x2.

O Racing ainda pressionou, mas o Boca tocou a bola para passar o tempo e comemorou muito a vaga na final. A equipe de La Boca finalmente começa a dar sinais de ter um novo ar. Já o Racing, anulado pela marcação do adversário, não deu sinais daquela equipe envolvente, que levou 5 atletas para a seleção do Apertura.

SAN LORENZO 3x3 RIVER PLATE

Com um futebol envolvente, o San Lorenzo derrotou o Huracán (3x1) e mostrou ter alternativas para Romagnoli. Nilson ousou e manteve o 4-3-3, ao contrário dos que esperavam uma formação mais cautelosa. Já o River parece cansado. Desde o intenso desgaste para conter o Racing e levar o título do Apertura, a equipe de Nuñez jogou em marcha lenta o All Star Game e, também, na vitória sobre o Velez (2x1) nas quartas de final. Francescoli pediu atenção aos seus jogadores, para evitar o susto que o Racing levou do Boca.

O San Lorenzo começou bem o jogo, trocando passes e buscando ocupar o campo de ataque, mas o River se posicionava bem, evitando maiores problemas. Aos poucos, o time de Nuñez começou a se espalhar e buscar as jogadas de ataque. Aos 3 minutos, Carrizzo cobrou tiro de meta para Gallardo no meio e o camisa 11 recuou a Barrado. O camisa 19 abriu na ponta direita para Ortega, que tocou no meio para Trezeguet. O camisa 7 recebeu a bola esticada já invadindo a área e chutou forte, sem chances para Migliore, fazendo River 1x0, em sua jogada mais que tradicional.

O gol assustou a equipe de Almagro, que conteve um pouco o ímpeto e isso se mostra fatal quando se enfrenta o River. A equipe de Nuñez ocupou de vez o campo de ataque e começou a pressionar o adversário. Aos 5 minutos, uma nova jogada coletiva começou quando Placente recuperou bola isolada. O camisa 3 tocou a Almeyda no meio e o camisa 5 abriu na esquerda para Berizzo. O camisa 6 tocou a Barrado no meio e o camisa 19 descobriu Buonanotte na esquerda. O camisa 30 avançou e, da entrada da área, chutou colocado e sem chances para Migliore, fazendo River 2x0.

A goleada começou a se desenhar, mas o River resolveu descansar e se poupar para o segundo tempo. Com isso, o San Lorenzo foi se soltando aos poucos. Aos 9 minutos, Romagnoli abriu na esquerda para Erviti e o camisa 11 tocou no corredor para Stracqualursi. O camisa  9 invadiu a área pela ponta e chutou forte, antes de Carrizzo fechar o ângulo: San Lorenzo 1x2.

No intervalo, Nilson sacou Buffarini e Raul Estevez para colocar Piatti e Bordagaray. Melhoraria a marcação do lado esquerdo e levaria o time de vez para o ataque. Já Francescoli poupou jogadores, tirando Almeyda e Ortega e colocando Coudet e Funes Mori. Ferrari passaria a ser o capitão.

As mudanças de Francescoli foram precipitadas, pois teve que recuar Barrado, que era o melhor em campo. Com isso, o San Lorenzo se lançou de vez para o campo de ataque. Mas também se abriu na defesa e o River, assim, exploraria os contra ataques. Logo aos 2 minutos, Paz desarmou Bordagaray e tocou a Berizzo na esquerda. O camisa 6 tocou a Coudet no meio e o camisa 8 deu lindo passe em profundidade para Gallardo. O camisa 11 recebeu próximo à entrada da área, driblou Reynoso e chutou em curva, vencendo Migliore e fazendo River 3x1.

Novamente, a goleada começou a se desenhar, mas o River voltou a se poupar e, com isso, o San Lorenzo partiu para o tudo ou nada. Aos 6 minutos, Reynoso sofreu falta no campo de defesa e tocou rápido a Johnathan Ferrari. O camisa 2 tocou a Romagnoli no meio e o camisa 10 abriu na direita para Bordagaray, que invadiu a área em velocidade, pela diagonal, e chutou. Carrizzo espalmou no susto para o meio da área e a bola sobrou pro próprio Bordagaray, que tocou para o gol vazio e fez San Lorenzo 2x3.

A partir daí, o San Lorenzo se lançou de vez para o ataque e o River se trancou na defesa, tocando a bola pro tempo passar. Trezeguet chutou prensado em Reynoso e a bola foi no lado oposto do goleiro, tocando caprichosamente na trave. Já nos acréscimos, Funes Mori recebeu na ponta e foi levando para o fundo, para gastar o tempo. Luciatti roubou-lhe a bola e foi derrubado pelo camisa 9. Luciatti resolveu chutar para a área e ver o que acontecia. A bola quicou à frente de Paz e sobrou para Tula, que tentava sua sorte na frente. O camisa 3 chutou de primeira na saída de Carrizzo e fez San Lorenzo 3x3, no último lance do jogo. O finalista seria decidido nos pênaltis!

Gallardo e Romagnoli acertaram o ângulo direito e fizeram 1x1. Buonanotte acertou o ângulo esquerdo e fez River 2x1. Piatti chutou na trave esquerda de Carrizzo, enquanto Coudet chutou fraco no canto direito para Migliore defender. Já Bordagaray deslocou Carrizzo, mas bateu para fora. Migliore chegou a tocar na bola chutada por Ferrari, mas ela entrou e o River fez 3x1. Na cobrança seguinte, Erviti acertou o ângulo direito de Carrizzo e fez San Lorenzo 2x3. Na última cobrança do River, Trezeguet chutou forte no canto esquerdo e fez River 4x2. Assim, não foi necessária a cobrança de Stracqualursi.

O River volta a dar sinais de cansaço e, novamente, vence. O San Lorenzo, eliminado, levanta a cabeça ao mostrar um bom futebol e não se apequenar.

NOTAS RÁPIDAS

  • Assim sendo, Boca Juniors e River Plate fazem a final da Copa Olé. Teremos Superclássico na quarta-feira!
  • O milestone da rodada vai para Romagnoli. Ao anotar duas vezes contra o Racing, ele chegou a 60 com a camisa 10 do Boca.
  • O Imperatriz sacudiu a FIFUBO nesta terça-feira. Mais detalhes nos próximos dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!