sábado, 13 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Segunda Rodada - 13/07/2013

Neste lindo sábado de sol, céu azul e temperatura em elevação, foi finalizada a segunda rodada do Clausura 2013, com dois jogos de tirar o fôlego. O público, que compareceu em bom número ao Itaquá Dome, teve motivos de sobra para sorrir ao término de duas partidas eletrizantes. Vamos a elas!

INDEPENDIENTE 3x4 HURACÁN

O Independiente joga o futebol mais bonito e vistoso deste (re)início de temporada. Por este motivo, é franco favorito ao jogo. Bayer mantém a formação que derrotou o Racing na estréia, mantendo Gandín no banco. Já o Huracán, com novo recondicionamento físico e técnico marcado para a semana, tinha uma pedreira pela frente e apostava nos contra-ataques, motivo pelo qual Sr Rabina manteve a formação que derrotou o San Lorenzo na abertura do certame.

Enquanto o Independiente começou o jogo tocando bem a bola e tentando chegar ao ataque, o Huracán se ateve à sua tática, marcando forte e não dando espaços para o time vermelho se aproximar. Os contra-ataques sempre procuravam Cigogna e foi assim que o placar foi inaugurado, quando o mito recebeu uma bola um pouco esticada de Centurión e correu para a área, aos 3 minutos. Vendo que o goleiro saiu feito louco para a trombada, Cigogna preferiu o drible à estourada e foi derrubado por Navarro. Pênalti que o próprio Cigogna cobrou, com força no alto, tirando a bola de Navarro e fazendo Huracán 1x0.

A torcida do Huracán comemorava o belo resultado e a bela partida da equipe, que marcava forte e não deixava espaços para o Independiente jogar. Ruben Masantonio, que havia sido vaiado no primeiro jogo, se movimentava bem, criava boas oportunidades, mas ajudava muito na marcação também. Para o Independiente chegar ao empate, só um milagre. E ele aconteceu, aos 5 minutos. Busse não tinha opção de jogo, então preferiu recuar para Facundo Parra. O camisa 17 resolveu arriscar de longe, a bola fez uma curva e entrou no ângulo de Daniel Islas, um golaço! 1x1.

Com muita disposição,  o Independiente virou, aos 8 minutos, em falha dos irmãos Ferrero. A dupla de zaga ficou trocando passes inúteis até que Walter fez obstrução a Busse. O camisa 7 cobrou a falta em dois lances para Fredes, que surpreendeu Islas e virou para o Independiente: 2x1.

Quando parecia que a equipe de Avellaneda seguraria o resultado até o intervalo, uma pixotada incrível fez o Huracán empatar. Tuzzio tinha a bola dominada, adiantou um pouco e deu um violento carrinho para tirá-la da área. Mas no meio do caminho havia Centurión, que foi atingido pelo carrinho do adversário. Pênalti que Cigogna cobrou novamente com perfeição, no ângulo de Navarro, para fazer Huracán 2x2.

Com este resultado (até certo ponto inesperado) no intervalo, Bayer sacou Tuzzio pela besteira e lançou Acevedo na zaga. Com isso, Silvera passou a ser capitão e Bayer mostrou que não tem medo de tirar medalhão para melhorar a sua equipe. Já Sr Rabina tirou Villarruel e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Enquanto o defensor entrava no lugar do volante para melhorar a marcação, o atacante entrava mais para compor o meio do que ajudar Cigogna no ataque. Sr Rabina deixava clara a sua intenção de se segurar como podia para manter o resultado.

E o inesperado voltou a acontecer, aos 4 minutos. Já muito cansado, Centurión passou a correr menos e conduzir mais a bola. Ao receber lateral cobrado por Minici, o camisa 8 desistiu de tentar uma carreira pela ponta esquerda e tocou para trás, no meio. A manobra surpreendeu a zaga do Independiente, mas pegou Barrales de frente. O camisa 11 desferiu belo chute e colocou o Huracán na frente: 3x2.

Se os 3 gols da equipe de Buenos Aires já eram surpreendentes, o que dirá um quarto gol? Neste jogo do impossível, só faltava um gol de goleiro. Faltava! Busse tentou ir à frente, no desespero de empatar, e chutou rasteiro. Daniel Islas defendeu com os pés e bola cruzou o campo inteiro, mansamente, sem ser incomodada, até transpor a linha final do Independiente. O Huracán fazia 4x2 com gol de goleiro!

A partir daí, o Independiente perdeu as forças para reagir e o Huracán se deu por satisfeito. Com Barrales recuado para o meio, passou a jogar no 4-5-1 e até Cigogna recuou para segurar o resultado. Aos 9 minutos, no entanto, Silvera invadiu a área e foi derrubado por Islas. Pênalti que o próprio Silvera cobrou no canto e fez Independiente 3x4. Mas era tarde demais e o Huracán surpreendeu a melhor equipe do torneio até aqui.

O Independiente continua jogando bem, mas foi surpreendido pela forte marcação do Huracán e, por este motivo, não conseguiu organizar seu bom toque de bola, o famoso trik-trik. Já o Huracán mostrou muita raça e disposição. Barrales mostrou que a equipe não depende só de Cigogna e já coloca a pulga atrás da orelha de Sr Rabina para sacar Milano e lançá-lo na equipe. É a segunda vez que entra e entra bem.

Destaque do jogo: Centurión. Tudo bem que Cigogna anotou 2 gols na partida e quando o mito faz isso, não pode passar despercebido. Mas a partida maravilhosa que Centurión fez foi digna de nota, dando a ele o prêmio de melhor jogador. Marcou forte na defesa, saiu ao ataque para armar jogadas. Sofreu uma falta (que ele mesmo cobrou com perigo) e um penal e deu o passe para o terceiro gol. Só não fez chover porque não há uma nuvem no céu...

BOCA JUNIORS 3x2 RACING

O segundo jogo era de intensa pressão. Enquanto o Boca tinha a obrigação de ganhar para voltar à liderança (e Paralelo mantinha a formação que goleou o Estudiantes), o Racing vinha sendo pressionado pela sua torcida, pelo pobre jogo apresentado na estréia e pela pobre apresentação no Torneio Início. Madeirite mantinha o time que estreou contra o Independiente.
E bastaram dois minutos para o Racing mostrar  uma nova atitude para a sua torcida, mesmo que Martin Simeone e Ruben Capria ainda não estivessem ligados no jogo. Com as duas equipes completamente desarrumadas em campo e jogando no melhor estilo pelada, os outros dois integrantes do meio de campo do Racing arrumaram tudo. Quiroz roubou bola no meio e tocou em profundidade para Pelletieri. O camisa 7 invadiu a área pelo meio, sem ser incomodado, e chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

A partir do gol, a equipe de Avellaneda melhorou. Ruben Capria finalmente entrou na partida e passou a mandar no meio, criando boas jogadas e tabelando bem. A equipe acertou 3 bolas na trave nesse período. Já o Boca não conseguia armar jogadas de ataque porque Riquelme não tinha entrado em campo. Basualdo e Cagna, que normalmente pegariam a função, tinham que se desdobrar na marcação a Ruben Capria. Com isso, a bola não chegou a Palermo.

Só que o Racing mostrou que tem uma dependência do futebol de Martin Simeone. Quando ele joga, a equipe atua bem. Quando ele está mal, as coisas vão mal também. E foi assim que o Boca conseguiu um empate que lhe caiu do céu. Aos 9 minutos, Simeone foi trazendo a bola para recuar para o goleiro. Mas ficou na frente e Saja não conseguiu isolar a redonda para longe. A bola bateu em Simeone e sobrou limpa na entrada da área para Riquelme. Com gol aberto, o camisa 10 não precisava jogar bem para empatar e foi isso que ele fez: Boca 1x1.

No intervalo, ambos os treinadores (irritados) fizeram mudanças ousadas. Paralelo sacou Palacio e Riquelme (mesmo fazendo o gol foi barrado) e colocou Viatri e Guillermo Barros Schelloto. Madeirite, irritado com a atuação de Martin Simeone, o sacou, assim como Latorre.  Colocou Fariña e Hauche em seus lugares. Latorre atuava bem, se movimentava, mas Madeirite preferiu manter Acosta no ataque, pois tinha a esperança de que o camisa 9 apareceria, por ser contra o Boca.

Ele não apareceu, mas o Racing conseguiu fazer o segundo gol aos 2 minutos. Enrique apoiou bem o ataque, tabelou com Fariña e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 2x1.

O Racing continuava dominando o jogo. Fariña apareceu como Martin Simeone deveria: marcando e ajudando Ruben Capria na armação. Mas a equipe ainda desperdiçava as jogadas, pois Acosta não estava em um bom dia. Mesmo assim, o Boca só empatou em uma bola vadia, que foi a córner. Schelotto cobrou e Ibarra subiu de cabeça para fazer  Boca 2x2, aos 5 minutos.

A virada ocorreu na saída de bola. Ruben Capria tocou para Fariña, que tentou driblar Schelotto e perdeu. O camisa 13 do Boca avançou sem ser incomodado e deslocou Saja para fazer Boca 3x2.

O Racing ainda tentou alguns ataques, mas parou na defesa forte do Boca. No último lance, Ruben Capria ainda tentou chute cruzado, mas Abbondanzieri salvou e comemorou bastante a volta à liderança.

O Racing começa a mostrar o futebol que o levou a ser considerado o favorito número 1 à conquista do título, mas Martin Simeone ainda destoa do resto. Além de não atuar bem, ainda cedeu o empate no fim do primeiro tempo e levou muita bronca de Madeirite. Acosta foi outro que não atuou bem.

Já o Boca mostra um futebol que se não é eficiente, conta com a sorte. A segunda partida no campeonato mostra que, sim, o trabalho de Paralelo começa a ser notado. A equipe do Boca vai esquentando durante o jogo, atuando sem se importar com o resultado ou o adversário. Não é à toa que lidera o certame.

Destaque do jogo: Guillermo Barros Schelotto. Riquelme não foi o organizador que a equipe precisava para municiar o ataque, então entrou em ação o reserva imediato, que muitos torcedores cobram para que seja titular, no lugar de Palacio. Schelotto entrou e foi o responsável pelos dois gols que trouxeram o Boca à liderança, com uma assistência e o gol da vitória. Além disso, armou bem o jogo e fez os atacantes aparecerem mais, se movimentando por todo o campo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Boca Juniors - 6 pontos, 8 gols pró, 3 gols contra
2° Huracán - 6 pontos, 6 gols pró, 4 gols contra
3° Independiente - 3 pontos, 7 gols pró, 6 gols contra
4° River Plate - 3 pontos, 2 gols pró, 0 gol contra
5° Racing - 0 ponto, 4 gols pró, 7 gols contra
6° San Lorenzo - 0 ponto, 1 gol pró, 4 gols contra
7° Estudiantes - 0 ponto, 1 gol pró, 5 gols contra

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) e Nestor Silvera (Independiente) - 3 gols
Guillermo Barros Schelloto e Martin Palermo (Boca Juniors) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada ficou por conta de Guillermo Barros Schelloto. Além de ser eleito o melhor em campo, o camisa 13 do Boca chega aos 20 gols na carreira.
  • Nessa semana nova cartada será feita para tentar melhorar o rendimento de Huracán, Estudiantes e San Lorenzo, inclusive com tentativa de corrigir bainha. O médico chefe do Imperatriz F.B., o ex jogador Tostão, estará à frente da iniciativa. A FIFUBO pede que todos os amigos e fãs rezem pelo sucesso desta empreitada.
  • Dado curioso após a segunda rodada. Por ter descansado na primeira, o River só tem uma partida até o momento, mas só joga no sábado que vem, fechando a terceira rodada. Assim, o Racing (que joga na quarta-feira) e Boca e Huracán (que abrem os trabalhos no sábado) terão 3 partidas, enquanto o River terá apenas uma. Mesmo que vença o Estudiantes, a equipe de Nuñez não alcançará a vitória, pois se Boca e Huracán se enfrentam, enquanto o River pode chegar a 6 pontos, os dois oponentes que lideram podem chegar juntos a 7 ou um deles chegará a 9.

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