Copa do Rei 2020 - Final - 28/11/2020

É chegado o grande dia! O sábado de calor e céu azul iria revelar o campeão da Copa do Rei 2020! O Imperatriz Arena abriu as suas portas e recebeu um ótimo público para esta final.

Hoje é dia de final! Quem levará a Copa do Rei 2020?

Apesar de estar se preparando para a Supercopa FIFUBO em dezembro, o River Plate nunca entra em uma competição só para disputar. O River sempre quer ganhar. A equipe de Nuñez está invicta na competição, com 2 vitórias e 1 empate e quer evitar ser surpreendida pelo rival de hoje para conquistar mais um título e encostar de vez no Vasco, o segundo maior vencedor da FIFUBO. A campanha do River até a final foi: 2x2 Inglaterra, 3x1 Imperatriz e 3x0 Argentina.

O River foi a campo com 1. Carrizzo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet, 30. Buonanotte. O técnico Francescoli, auxiliado por Blue Steel, tinha no banco 8. Coudet, 9. Funes Mori e 23. Ponzio.

O CROL foi convidado para esta competição pela simpatia da equipe. Formado por meninos, o time do Rio do Ouro já disputou competições na FIFUBO, mas em 17 anos só conseguiu chegar em uma final de Torneio Início, ainda na primeira década do novo século. Com a nova estrutura montada pela dupla Romário e Juninho Paulista, o CROL cresceu e apareceu. Nesta Copa do Rei, de figurante passou a protagonista, sendo a única equipe com 100% de aproveitamento. A melhor competição já disputada pelo CROL aqui teve a seguinte campanha: 2x1 Argentina, 1x0 Áustria e 4x2 Inglaterra.

O CROL foi a campo com 1. Hobson; 2. Ma Luca, 3. Spina, 4. Rafinha, 6. Marquinhos; 5. Dr. L, 8. Nélcio, 11. Pablo, 10. Iverson (c); 9. Leozinho, 7. André. O técnico Madrepérola, auxiliado por Cinzerado, tinha no banco 12. Daniel, 13. T.V., 14. Matthaus, 15. Mosquito e 23. Rato.

A Copa do Rei é um torneio chamado de "extraoficial", pois não faz parte do calendário da FIFUBO, mas tem um status e conta para as estatísticas. Criado pela Liga dos Reinos, é promovido pelo monarca dominante do ano e este convida os demais Chefes de Estado da Liga dos Reinos para prestigiarem o evento, além de convidados especiais que dão as caras nas tribunas.

Ne edição deste ano, no espaço entre as semifinais e a final, houve uma notícia que abalou o mundo do futebol (e do futibou de butaum também), que foi o falecimento do craque argentino Diego Armando Maradona. Assim, o Imperador do Império Branco, monarca supremo em 2020, convidou Maradona para comparecer ao jogo e dar o pontapé inicial da partida final.

Da direita para a esquerda, a imperatriz, o imperador, o deus e o almirante.

Ovacionado ao pisar o gramado sagrado do Imperatriz Arena, Maradona dá o pontapé inicial da partida.

Superado o protocolo inicial, é hora de jogo! Quem será que levou o título da Copa do Rei 2020?

Jogadores em campo, a saída foi do River.

RIVER PLATE 2x1 CROL

A partida foi um pouco prejudicada por conta do estado do gramado. Como ventou um pouco antes do jogo, acabou que a superfície ficou com poeira, prejudicando o andamento dos atletas. Nada que não pudesse ser compensado pela habilidade de cada um. O River tinha uma marcação atenta, para evitar a surpresa do adversário. A equipe argentina saía jogando de pé em pé, tentando impor o seu estilo, mas sem se descuidar da defesa. Do lado do CROL, alguns jogadores pareciam nervosos com a possibilidade de conquistarem o primeiro troféu para a equipe brasileira aqui na FIFUBO e, assim, erravam jogadas bobas. O jogo foi emocionante desde o início, com as duas equipes se desdobrando para conseguirem a vantagem.

Se o River vinha de pé em pé, o CROL fazia uma marcação para evitar isso. Dr. L marcava Trezeguet individualmente, a fim de evitar aquele último passe na meia lua. A solução foi adicionar mais uma variante à jogada. Quando Trezeguet recebia, a marcação estava em cima, então ele recuava para Ortega, que abria mais à esquerda, para Buonanotte. Assim, o camisa 30 recebia mais livre e tentava a conclusão.

Se a marcação do River apertava, o CROL adicionava mais jogadores ao ataque. Os laterais Ma Luca e Marquinhos avançavam e faziam a ponta, deixando André e Leozinho mais centralizados. Com Iverson jogando no campo de ataque, as opções aumentavam e as conclusões chegavam. O grande nome da partida era Carrizzo, que já tinha abafado algumas boas jogadas.

Em uma dessas abafadas, Carrizzo dividiu com Leozinho e a bola sobrou para Berizzo na esquerda, aos 7 minutos. O camisa 6 tocou a Placente na entrada da área e o camisa 3 avançou até a intermediária defensiva. Com um lançamento magistral, mandou a bola para o campo de ataque. Trezeguet correu para a direita e puxou a marcação, deixando um buraco onde Placente passou. Ortega fez o caminho oposto, saindo da direita para o centro, recebendo a bola livre e avançando até a área sem ser incomodado. Pouco antes da marca do pênalti, o camisa 10 bateu forte no canto direito de Hobson e fez River 1x0.

O CROL tentou empatar logo, mas em uma final, experiência conta demais. Já corriam os acréscimos quando André recebeu de Marquinhos na esquerda e tentou o seu tradicional drible para fora. Experiente, Ferrari tomou-lhe a frente e roubou a bola, tocando a Carrizzo. O camisa 2 recuou a Carrizzo, que passou a Almeyda na meia lua de sua área. O camisa 5 tabelou com Gallardo para chegar ao meio de campo e com Ortega para chegar ao campo de ataque, pela ponta direita. Almeyda trouxe a bola para o centro e rolou para Trezeguet, na jogada tradicional do River. Dr. L sabia que isso aconteceria e correu para bloquear, mas Trezeguet deu um drible de corpo, deixou a bola correr mais um pouco e, de frente para o gol, deu um toque de extrema categoria no canto direito de Hobson. O goleiro até tocou na bola, mas não adiantou: River 2x0.

No intervalo, Francescoli tirou José Maria Paz (que tinha dificuldades com Leozinho) e Buonanotte (exausto) para colocar Ponzio e Funes Mori. Assim, o River teria na zaga um jogador com bom poder de marcação e bom passe, para reiniciar o jogo. E, na frente, teria Funes Mori como um segundo centroavante.

Madrepérola tirou André e Pablo para colocar Matthaus e Mosquito. Pablo pareceu sentir o clima da final, pouco produzia e já tinha um cartão amarelo. André não conseguia dar sequência às jogadas. O que parecia uma troca de seis por meia dúzia poderia ser, na verdade, o gás que o CROL precisava para empatar o jogo.

A equipe do Rio do Ouro voltou melhor para o segundo tempo. Logo de saída, uma boa jogada foi armada e Iverson recebeu dentro da área, driblou Carrizzo e chutou de pé direito. Infelizmente, o pé bom do camisa 10 é o esquerdo, então o chute acabou encontrando a trave. O River tinha jogadores cansados, mas compensava na habilidade e na entrega de alguém acostumado a jogar finais. Ortega e Trezeguet faziam boas jogadas e Funes Mori, vindo de trás, recebia quando a marcação apertava. Ferrari e Almeyda eram dois gigantes na defesa e Gallardo, o maestro da equipe.

A partida ganhou emoção aos 5 minutos, quando Ma Luca desarmou Funes Mori e tocou a Matthaus no meio de campo. O camisa 14 procurou Iverson já no campo de ataque e recebeu de volta para buscar Leozinho no ataque. Matthaus passava sempre um pouco atrás, querendo receber de volta para concluir. Leozinho pedia a bola mais à frente e, quando finalmente recebeu, driblou Ponzio para entrar na área e chutou bonito na saída de Carrizzo para fazer CROL 1x2. Na comemoração, apontou para Matthaus e disse que a função de concluir era do centroavante e não do meiocampista.

A partir daí, o CROL foi com tudo em busca do empate, mas o River usou toda a sua experiência para tocar a bola e deixar o relógio correr. No último lance da partida, Leozinho ganhou a disputa com Berizzo e chutou, mas Carrizzo voou e espalmou para longe a bola que levaria o jogo para os pênaltis.

RIVER PLATE CAMPEÃO DA COPA DO REI 2020

O River usou toda a sua experiência para controlar um jogo difícil contra um adversário surpreendente. Jamais fugiu às suas características de toque de bola eficiente, de pé em pé, para buscar a melhor forma de concluir. Os treinamentos da semana foram cumpridos à risca e a equipe, agora, levanta mais um título.

O CROL jogou sua melhor competição na FIFUBO em 17 anos de casa. Bateram seleções difíceis, como Argentina (então campeã) e Inglaterra (vice campeã da Liga FIFUBO), mostrou toda a habilidade dos seus jogadores, mas infelizmente sucumbiu à inexperiência. Pela primeira vez na Copa do Rei, saíram atrás no marcador e, nervosos, não souberam dar a volta. Mas caíram lutando duro e saíram de campo aplaudidos.

A Copa do Rei é um dos torneios extraoficiais mais conceituados pelos torcedores e equipes. Ser convidado para participar é uma honra; ganhar então... o River é a segunda equipe a conquistá-lo, depois da Argentina, em 2018 (não houve disputa em 2019 por conta do calendário). Este torneio é tão especial que é o único que não dá um troféu ao seu campeão, mas sim uma bandeira, réplica da que o Reino Supremo mantém durante o ano em que figura nesta condição. A Bandeira da Liga dos Reinos é entregue ao capitão da equipe vencedora e lá se mantém até a próxima competição. Os campeões entram para a galeria de campeões da Liga dos Reinos que, desde a virada do século, conta com os nomes dos vencedores das competições por ela promovida: luta livre (Coroa Jerry the King Lawler), handebol (Real Liga de Handebol), ciclismo (Real Liga de Ciclismo) e futebol (Copa do Rei).

O Imperador do Império Branco, Rei Supremo em 2020, entrega a Bandeira da Liga dos Reinos ao capitão do River Plate, Mathias Almeyda, pela conquista do título da Copa do Rei.

NOTAS RÁPIDAS

• O River Plate conquista o seu décimo terceiro título na FIFUBO, encostando de vez no Vasco, que tem 14. O maior vencedor ainda é o Imperatriz, com 21 conquistas.
• O River tem a chance de se igualar aos rivais do Rio de Janeiro em dezembro, quando disputará com o Imperatriz a Supercopa FIFUBO 2020. A equipe de Nuñez chega com a moral elevadíssima, depois de ter batido o próprio Imperatriz (3x1) e vencido a Copa do Rei.
• David Trezeguet também se consagrou aqui, mostrando que recuperou a velha forma. Com 7 gols em 4 jogos, foi o artilheiro da Copa do Rei.
• A FIFUBO ainda estuda a possibilidade de realizar um torneio triangular, envolvendo Boca Juniors, Independiente e Vasco, antes de fazer os seus últimos torneios do ano: Copa dos Campeões e Supercopa FIFUBO.
• O CROL pode ter amargado a derrota na final, mas já colhe os louros da sua belíssima campanha. A equipe foi convidada para disputar a Copa Olé 2020, no lugar do Estudiantes, que deve se desligar da FIFUBO.