sexta-feira, 19 de julho de 2019

Arte e Botões - Americano de Campos - 19/07/2019

Uma pequena reforma pós-Mundial pode impedir o retorno da Liga neste sábado. Ainda estamos na dependência da liberação da sala para a bola rolar. Mas nada impede de movimentar o blog com o retorno das artes. Desta vez, vamos apresentar o Americano de Campos!

Gosto desta equipe desde o campeonato carioca de 1990, quando ouvi falar da mesma pela primeira vez. Achei estranho que o Vasco ia jogar com o Americano. Será que tinham falado errado o nome do América? Aquele campeonato também tinha o América de Três Rios, olha que confusão! Mas aí eu vi a camisa listrada de branco e preto, o time era do interior do estado e, sim, se chamava Americano. Gostei na hora. Os anos foram passando e a paixão do presidente da FERJ, Eduardo Viana, pelo Americano já não era segredo para ninguém. Da Federação, vinha aquela mão amiga e, mesmo que o time fosse bom, só ganhava porque a arbitragem dava aquela ajudinha. O Americano disputava a série B do campeonato brasileiro, mas foi definhando até sumir do cenário nacional e ser rebaixado para a B estadual. Os dias de glória acabaram, mas a fantasia nunca morrerá!

Então a brincadeira é a seguinte: mais petróleo foi descoberto na Bacia de Campos, a cidade virou o eldorado petroleiro do país e um sheik brasileiro fez muito dinheiro com isso. Morador de Campos, torcedor fanático do Americano, resolveu virar mecenas e comprou a equipe. Sua petroleira patrocina o clube inteiro. Ele comprou um terreno enorme e construiu um estádio para 50 mil pessoas. Talvez por se chamar "Estádio Municipal Eduardo Viana", talvez por ser em formato retangular e ter a fachada lembrando madeira escura, o estádio acabou ganhando o apelido de "Caixão". Lá, o mecenas, conhecido como o "Roman Abramovich de Campos" abriu os cofres para pagar por bons jogadores, com contratos de três anos e bônus por produtividade. Aqui, a meta é ganhar a série D em 2019, a C em 2020 e a B em 2021, levando o Americano à elite do futebol brasileiro e, lá, fazendo novas metas. A brincadeira segue aquela que eu fiz com o Madureira no início do ano (e você confere aqui) Então, vamos conhecer os eleitos banhados pelo petróleo campista!



A ideia aqui era mesclar talentos já consagrados no futebol nacional com promessas que já começam a dar sinais de vida. Como futibou de butaum é fantasia, peço ao amigo leitor que não veja os jogadores como quem são hoje, mas sim com a capacidade que lhes foi projetada.

Visando aproveitar os novos jogadores com os consagrados e montar uma equipe vencedora, foi escolhido como treinador ninguém mais ninguém menos que o nosso querido Emerson Leão, um grande entendedor do futebol, bom montador de equipes (vide Sport Recife no início do século) e com olho apurado para garimpar talentos.

O goleiro é o pegador de pênaltis Victor, do Atlético Mineiro, um jogador que passa tranquilidade entre as traves. Na lateral direita, Marcos Rocha foi escolhido por ser, talvez, o melhor da posição no país hoje. A zaga é formada por Leonardo Silva, do Atlético-MG, e Breno, do Vasco (lembrem, eles estão em ótima forma), uma dupla com bom entrosamento e respeitada. A lateral esquerda é uma aposta. Revelado pelo Fluminense e atualmente no Bahia, Léo Pelé tem futuro, ou não se chamaria Pelé...

A dupla de volantes tem Eduardo Costa e Elias. Enquanto o primeiro se posiciona bem à frente da zaga, o segundo sabe sair pro jogo, o que é muito importante quando se tem dois armadores que jogam bem próximos do campo de ataque. Thiago Neves e Valdívia são bons condutores de bola e ótimos na finalização, além de completarem bem o estilo do outro.

No ataque, Luan tem a chance de desenvolver seu futebol e mostrar que pode jogar em um estilo bem parecido com o de Cristiano Ronaldo. Além disso, pode compor uma linha de três com os armadores. E o homem-gol é Gilberto. Com boas passagens no Vasco, nos EUA e no Bahia, o camisa 9 já mostrou saber o caminho das redes.

Por falar em Vasco, foi das divisões de base do clube que Leão trouxe os dois reservas. Luiz Gustavo pode jogar em qualquer posição do setor defensivo. Zagueiro de origem, se sai bem nas laterais e como primeiro volante. Lucas Santos faz o mesmo, só que no ataque. Pode jogar tanto na armação quanto pelas pontas, sempre em velocidade e com habilidade.

Então está aí o Americano, pronto para alçar voos grandiosos e inverter a ordem do futebol brasileiro. Vale lembrar que sou carioca, então tenho mais tendência a explorar as equipes de meu estado. Mas a brincadeira de imaginar investimento pesado em equipes pequenas é muito divertida. A próxima será de um time paulista. Estou entre dois e, até a semana que vem, devo me decidir, fazer a arte e postar.

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