domingo, 14 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Final - 14/07/2019

Domingo, 14 de julho de 2019, meio dia. Um lindo dia de sol, temperatura em elevação e Imperatriz Arena totalmente lotado. Torcedores comuns se misturavam a celebridades do mundo esportivo, políticos, monarcas e todo tipo de gente, tudo isso por um único motivo: a final do Mundial de Futibou de Butaum 2019! Japão e Brasil repetiam a final de 2018, quando a vitória por 4x2 deu aos japoneses o primeiro título mundial da História da FIFUBO. Em 2019, as duas equipes tinham trajetória muito semelhante, ficando impossível dar um palpite sobre quem levaria o Mundial deste ano.

O Imperatriz Arena, esperando a grande decisão.

O Japão, campeão em 2018, foi cabeça de chave do grupo B. Após estrear com um empate em 1x1 com Camarões, derrotou a França por 2x0 e conquistou a vaga às semifinais, onde derrotou a Argentina por 3x1, com grande autoridade. Com duas vitórias e um empate, seis gols marcados e dois sofridos, o time asiático tem dois dos três artilheiros do Mundial. Hyuga e Tsubasa têm três gols cada e carregam em seus pés a esperança do bicampeonato mundial.

O Japão foi a campo com 1. Wakabayashi (c); 2. Ishizaki, 3. Hiroshi, 4. Takasugi, 6. Soda; 5. Shingo Aoi, 8. Jun Misugi, 7. Sawada, 10. Tsubasa; 11. Taro Misaki, 9. Hyuga. O técnico, Tetsuo Mikami, armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Shiroyama Tadashi, tinha no banco de reservas 12. Matsuyama e 13. Shun Nitta. 

O Brasil, vice campeão em 2018, foi o cabeça de chave do grupo A. Estreou vencendo a Holanda por 3x1 e, na sequência, venceu a Argentina por 2x1, classificando-se em primeiro lugar em seu grupo. Nas semifinais, foi dominado pela Coreia do Sul, mas soube se segurar e, com um empate em 2x2, levou a vaga nos pênaltis, ao vencer por 4x3. Com duas vitórias e um empate, sete gols marcados e quatro gols sofridos, tem o outro artilheiro do Mundial. Ronaldo tem três gols e é nele que os brasileiros depositam a esperança de vingar a derrota de 2018 e, enfim, levar um título.

O Brasil foi a campo com 1. Carlos Germano; 2. Cafu (c), 3. Lucio, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos; 15. Kleberson, 8. Zé Roberto, 7. Alex, 10. Rivaldo; 9. Ronaldo, 17. Denilson. O técnico Dorival Junior armou a equipe num 4-4-2 tradicional e, auxiliado por Ivo Wortmann, tinha no banco de reservas 4. Roque Junior e 11. Ronaldinho Gaúcho.

A arbitragem ficou a cargo de Aristeu Tavares, que já atuou em duas partidas deste Mundial, ambas como auxiliar: Japão 2x0 França e Alemanha 2x2 Coreia do Sul. O auxiliar seria Chris Kavanagh, que só atuou em uma partida, como árbitro em Argentina 2x1 Holanda, quando foi suspenso por uma rodada.

O árbitro do jogo, Aristeu Tavares, com seu auxiliar, Chris Kavanagh.

Antes do jogo, o campeão da Copa do Mundo de Ciclismo da LMC, Fabio Aru, foi ao gramado com o troféu de campeão mundial, para dar o pontapé inicial da partida.

O ciclista italiano Fabio Aru, da Liquigás, dá o pontapé inicial da decisão.

Com isso, só faltava encerrar todo o protocolo pré-jogo e partir para a grande decisão. E aí, quem leva o título mundial, Japão ou Brasil? Vamos conferir tudo o que aconteceu no último espetáculo do Mundial de Futibou de Butaum 2019!

Equipes prontas, a saída pertenceu ao Japão.

JAPÃO 2x3 BRASIL

Foi, realmente, um espetáculo à altura do que o Mundial de Futibou de Butaum representa. Duas equipes excepcionais, muito técnicas, com táticas bem definidas e craques de lado a lado se apresentando para o jogo. Ninguém fugiu à responsabilidade de jogar a final e, a cada posse de bola, a torcida se levantava para ver um lance de perigo. Um jogo parelho desde o início, onde era impossível saber quem levaria a melhor.

O Brasil criava bem pelo lado esquerdo, onde Zé Roberto ajudava Rivaldo na armação e Denilson infernizava a defesa adversária, com dribles e arrancadas. O Japão era melhor justamente do outro lado, onde Jun Misugi armava o jogo e Tsubasa aparecia bem para a conclusão. Alex estava sumido da armação, pois marcava Hyuga, impedindo o camisa 9 de jogar.

As coisas ficaram boas para o Brasil aos 4 minutos, quando mais uma boa jogada foi tramada pela esquerda, entre Zé Roberto e Rivaldo. O camisa 10 ia avançando pela ponta quando Taro Misaki tentou roubar a bola e o derrubou. A falta era um pouco longe do gol, mas Roberto Carlos se apresentou para a cobrança. Com seu característico chute forte e com efeito, fez a bola passar pela barreira, fazer uma curva e entrar no canto direito de Wakabayashi, que se esticou, mas não alcançou: Brasil 1x0.

O gol deu ao Brasil a tranquilidade para fazer o seu jogo, mas os japoneses não ficaram atrás. Se mantendo fiéis à tática traçada por Sr. Mikami, os Samurais botaram a bola no chão e criaram suas jogadas. O jogo continuou de altíssimo nível.

Aos 8 minutos, Alex abriu na direita para Ronaldo e Lucio resolveu correr ao ataque para tentar a conclusão. Mas Takasugi lhe tomou a frente e o camisa 3 brasileiro o empurrou, fazendo falta. Tsubasa voltou à área japonesa para cobrar a infração e, lá de trás, começou a tabelar. Na saída da área, tabelou com Shingo Aoi; no meio de campo, com Sawada; a partir da intermediária, com Hyuga. A dupla japonesa se aproveitou do buraco deixado por Lucio na defesa e foi lá que eles criaram. Cafu correu para tentar cobrir a falta de Lucio, mas Tsubasa, esperto, passou a bola pelo meio dos defensores. Hyuga entrou em diagonal e, de pé esquerdo, deu um chute forte e alto para vencer Carlos Germano e fazer Japão 1x1.

No intervalo, Sr. Mikami mudou o lado direito, porque era ali onde o Brasil criava suas jogadas. Tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Assim, pretendia reforçar a marcação por aquele lado e colocar um atacante para jogar em velocidade, aproveitando os espaços. Dorival Junior tirou Lucio e Alex para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Lucio, mais uma vez, falhou na marcação e Alex, embora bem na marcação a Hyuga, esteve mal na criação. Além disso, Roque Junior tem entrado bem e sua entrada, aqui, serviria para acabar com a farra de Tsubasa e Misugi pelo lado esquerdo da defesa brasileira.

Mais uma vez, Dorival Junior fez uma mexida tática muito feliz. O Brasil esteve mais bem posicionado no segundo tempo e seus jogadores, mais próximos, conseguiram trocar passes e levar a equipe à frente. Além disso, quando um jogador saía da sua posição, outro fazia a cobertura.

O segundo gol brasileiro veio aos 3 minutos, quando Denilson arrancava para o ataque, driblando a defesa japonesa até ser atingido por Hiroshi na intermediária. Roberto Carlos foi para a cobrança da falta e, com um chute forte e rasteiro, venceu Wakabayashi e fez seu segundo gol no jogo: Brasil 2x1.

Lá foram os japoneses, novamente, tentar o empate. Mas, como dito anteriormente, a mudança tática de Dorival Junior fez toda a diferença. Aos 6 minutos, Roque Junior e Kleberson trocaram de posição e o camisa 4 interceptou um passe de Tsubasa para Hyuga pelo meio da defesa. Abrindo na direita, Roque encontrou Cafu, que puxou o contra ataque em velocidade e passou a Ronaldinho na ponta. O camisa 11 começou a tabelar com Ronaldo e os dois foram levando a bola pelo campo de ataque, abrindo a defesa, até que Ronaldinho deu um passe pelo meio da zaga e encontrou Ronaldo livre dentro da área. O camisa 9 virou o pé e deslocou Wakabayashi para fazer Brasil 3x1.

Naquele momento, o sentimento era de que o Brasil já era campeão. Com dois gols de vantagem no placar, quatro minutos por jogar e a equipe bem postada em campo, era só tocar a bola e esperar o apito final. Os japoneses, enfim, abandonaram a disciplina e passaram a jogar de qualquer maneira, tentando o ataque a todo custo. Foi comum ver Hiroshi e Takasugi irem ao ataque, deixando enormes buracos na defesa, onde Shingo Aoi teve que se multiplicar para impedir os contra ataques brasileiros.

Aos 9 minutos, a persistência japonesa foi premiada. Jun Misugi tocou no comando de ataque para Tsubasa e Kleberson apareceu para impedir o avanço do camisa 10. Hyuga partia pela direita, mas Roque Junior e Roberto Carlos o marcavam. A solução foi abrir na esquerda. Makoto Soda apareceu feito um foguete, livre de marcação, para chutar de primeira e fazer o último gol do Mundial, lembrando Carlos Alberto Torres em 1970: Japão 2x3.

Destaque do jogo: Roberto Carlos. Embora a maioria dos jogadores tenha atuado muito bem e Denilson tenha feito um jogo espetacular, os dois gols do lateral brasileiro fizeram toda a diferença na conquista do título. Bem na defesa, Roberto Carlos não deixou espaços e só foi ao ataque para cobrar as duas faltas com perfeição e dar o título ao Brasil.

BRASIL CAMPEÃO DO MUNDIAL DE FUTIBOU DE BUTAUM 2019

O Brasil acaba de vez com o fantasma do vice campeonato de 2018. Vinga não só a derrota para o mesmo Japão na Copa do Mundo 2018, mas também a sofrida para a França na Jarra Tropon daquele ano. O Brasil conquista seu primeiro título na FIFUBO e coroa o jogo espetacular apresentado na competição.

PREMIAÇÃO

  • Bola de Ouro de Artilheiro - Ronaldo (Brasil) e Kojiro Hyuga (Japão) - 4 gols.

O eterno artilheiro do Dallas Stars, Mike Modano, entrega a Bola de Ouro de Artilheiro a Ronaldo e Hyuga.
"De um camisa 9, se esperam gols. Mas é especial marcar com a camisa da seleção, fazer gol em final, sair como campeão e artilheiro. Estou nas nuvens!" - Ronaldo, ao receber a Bola de Ouro de Artilheiro do Mundial.
Os artilheiros do Mundial 2019, Ronaldo e Hyuga, com a Bola de Ouro.
"Este prêmio só reforça aquilo que eu disse desde a  minha primeira partida. Vim aqui para marcar meu nome como um dos maiores centroavantes de todos os tempos. Fico feliz em ganhar o prêmio de maior goleador pelo segundo Mundial consecutivo e muito feliz por fazer um gol na final. Mas trocaria isso tudo pelo título..." - Hyuga, ao receber a Bola de Ouro de Artilheiro do Mundial. 

  • Bola de Ouro de MVP - Oliver Tsubasa (Japão)

O diretor de seleções da FIFUBO, Sr. Concha Marítima, entrega a Bola de Ouro de melhor jogador a Oliver Tsubasa.
A regra da FIFUBO diz que, em cada jogo, um e somente um jogador deve ser escolhido como destaque. Ao final da competição, aquele que tiver sido escolhido mais vezes o destaque do jogo é o MVP. Ao contrário do prêmio de artilheiro, que pode ser dividido entre os tantos jogadores empatados no topo da lista, o prêmio de MVP é dado a somente um jogador. Por isso, se houver empate entre dois ou mais jogadores, uma Junta Técnica da FIFUBO vota e o MVP é aquele que tiver mais votos. No Mundial, Tsubasa (Japão) e Jayeon (Coreia do Sul) ficaram empatados, cada um com duas indicações como destaque. A Junta no Mundial era composta pelo presidente da FIFUBO Gabriel Batistuta, o vice Ruben Paz, o diretor de seleções, Sr. Concha Marítima, e o diretor técnico, Sr. Alemanha. Foram necessários três turnos de votação, pois nos dois anteriores, houve empate em 2x2. No terceiro, ficou decidido que Tsubasa se destacou mais na competição.

Oliver Tsubasa posa com a Bola de Ouro de MVP da competição.
"Todos sabem o quanto eu gosto de jogar O Futebol, é o que mais amo no mundo. Quando entro em campo, dou o máximo de mim e, aqui, não foi diferente. Vestir a camisa da seleção de meu país é motivo de orgulho e eu vou procurar sempre fazer de tudo para sair com a vitória. Talvez por isso tenha sido eleito o MVP do Mundial. Gostaria de ter saído com o bicampeonato, mas não deu para derrotar a grande seleção brasileira. Então, sair com a medalha de prata e a Bola de Ouro é um feito e tanto. Estou muito feliz!" - Oliver Tsubasa, ao receber a Bola de Ouro como MVP do Mundial.


  • Medalha de bronze - Coreia do Sul.

Jogadores e comissão técnica da Coreia do Sul, após receberem as medalhas de bronze.
"Se você perguntar a mim se estou feliz, estou. Em nosso primeiro Mundial, cair num grupo difícil, derrotar favoritos ao título e já ganhar uma medalha de bronze de forma invicta, isso é motivo de felicidade. Mas se você perguntar se estou satisfeito, não estou. Jogamos bem, mas tivemos diversas falhas, que devem ser corrigidas. Não aceitei entrar para este projeto para participar. Eu venho para ganhar, para revelar os melhores jogadores, para consagrar meu trabalho. Que sirva de lição para as  competições futuras." - Kozo Kira, treinador da Coreia do Sul.

  • Medalha de prata - Japão

Jogadores e comissão técnica do Japão posam após receberem a medalha de prata. Em destaque, as Bolas de Ouro de Artilheiro e MVP com Hyuga e Tsubasa, respectivamente.
"É triste chegar à final e perder. Mas são dois mundiais e duas finais japonesas. O Projeto Supercampeões mostra que está no caminho certo. Seguimos evoluindo e buscando as melhores formas de fazer de nossos jogadores os principais atletas do mundo. Hoje, o Brasil foi melhor e merece o crédito por isso. Mas amanhã, o Japão vai triunfar, vocês vão ver!" - Tetsuo Mikami, treinador do Japão.
  • Medalha de ouro - Brasil.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entre os troféus de campeão do Mundial de Futibou de Butaum 2019 ao capitão do Brasil, Cafu.
"Vestir a camisa da seleção brasileira é uma honra enorme. Ser capitão da seleção brasileira é uma honra indescritível. Levantar o troféu de campeão do mundo pelo Brasil? Não tenho palavras!" - Cafu, capitão da seleção brasileira, após erguer os dois troféus do Mundial 2019.
Jogadores e comissão técnica do Brasil posam com as medalhas de ouro e os dois troféus do Mundial de Futibou de Butaum. Em destaque, a Bola de Ouro de Artilheiro, para Ronaldo.
"Quando fui chamado a assumir a seleção brasileira, tendo Ivo Wortmann como auxiliar, sabia que teria um desafio enorme, mas teria gente capacitada ao meu lado para enfrentá-lo. A conversa com os profissionais envolvidos foi ótima e eu me senti seguro para continuar. Apresentei meu projeto, expus o que achava certo, pedi as peças certas e o resto foi só colocar em campo e confiar no talento. O orgulho brasileiro está resgatado e este título mundial é só o começo. Agora? Agora é só comemorar!" - Dorival Junior, técnico da seleção brasileira.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Roberto Carlos. Com as duas cobranças de falta perfeitas contra o Japão, o lateral chegou a 10 gols com a camisa do Brasil.
  • O Mundial de Futibou de Butaum 2019 se encerra, os prêmios foram distribuídos e o campeão foi coroado. Durante a semana, teremos uma postagem especial com o relatório final da competição.
  • Vale lembrar que, em anos de Copa do Mundo de Futebol, a FIFUBO apresenta a Copa do Mundo de Futibou de Butaum, que dá ao seu campeão o troféu da Copa FIFA. Em anos em que não tem Copa do Mundo, a FIFUBO apresenta o Mundial de Futibou de Butaum, que dá ao seu campeão os dois troféus da antiga Copa Toyota (ou Mundial Interclubes). Na nomenclatura, são três anos de Mundial para um de Copa. Mas, na prática, todos são o mundial da FIFUBO.
  • As atenções agora se voltam para o reinício da Liga FIFUBO. Provavelmente, teremos o início da sexta rodada durante a semana. Se isso não ocorrer, o campeonato recomeça no final de semana que vem.
  • Já a LMC está na dependência de algumas coisas para poder fazer o Tour de France. Tão logo resolva suas pendências, a competição começa.

O último ato do Mundial de Futibou de Butaum 2019: os jogadores e a comissão técnica do Brasil dão a volta olímpica no gramado do Imperatriz Arena com os troféus.


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