O natal bate às portas de todos e a FIFUBO antecipa o presente, com o último jogo da Supercopa. O Imperatriz Arena lotou, não tinha lugar para uma mosca e o público que encarou o calor deste final de ano sabia que o sacrifício valeria a pena, pois o jogo que se avizinhava era um espetáculo daqueles de marcar época, afinal, trata-se do maior clássico da FIFUBO, eternizado na música Autorretrato, de Kleiton e Kledir. Imperatriz e Vasco renovavam elencos e vinham para a grande decisão do maior torneio da Federação.
Tricampeão da Supercopa (2003, 2010 e 2015), o Imperatriz derrotou o Independiente na primeira partida (2x1) e, por ter feito um gol a menos que o Vasco, precisava da vitória para sair com o título. A equipe ainda precisa lidar com as questões físicas, mas compensa na técnica e na boa tática armada por Dircys.
Bicampeão da Supercopa (2004 e 2005), o Vasco também derrotou o Independiente na sexta-feira (3x1) e, como tinha um gol a mais que o Imperatriz, jogava por vitória ou empate para ser campeão. Antonio Lopes sabe das dificuldades que uma equipe tem quando pode jogar pelo empate e, por isso, quer sua equipe atenta desde o início, para não dar chances ao rival.
A arbitragem ficou com Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Leonardo Gaciba |
Com todos os artistas já no palco dos grandes espetáculos, só nos resta ver como foi a grande decisão entre os dois eternos rivais. Quem leva o troféu?
A saída pertenceu ao Imperatriz |
IMPERATRIZ 0x4 VASCO
Quem olha o placar acha que foi um passeio, mas não foi nada disso. Desde o início, o Imperatriz propôs o jogo, se apresentou mais no ataque, teve mais organização. Com Douglas distribuindo o jogo pelas pontas, Robinho e Maikon Leite infernizavam a defesa do Vasco. Suker recebia em ótimas condições, mas Carlos Germano operava verdadeiros milagres debaixo das traves. Desorganizado, o Vasco demorou a se encontrar, principalmente porque a defesa deixava buracos lá atrás, notadamente no lado direito, com Fagner e Dedé. Assim, o Vasco desenhou uma estratégia de jogar nos contra ataques e foi desta forma que a vitória apareceu.
Aos 5 minutos, Nilton cortou um cruzamento que foi parar na lateral esquerda com Ramon. O camisa 33 tocou a Felipe na ponta e viu o camisa 6 fazer boa jogada, se livrando de Claudio Winck e indo á ponta para cruzar. O cruzamento veio rasteiro e Diego Souza, de primeira, desviou de Charlie Brown para fazer Vasco 1x0.
O gol obrigava o Imperatriz a virar o jogo e, com isso, a equipe se abriu ainda mais. Douglas e Suker tentavam, mas Carlos Germano continuava fazendo ótimas defesas e, com isso, o Vasco conseguia mais contra ataques. Já nos acréscimos do primeiro tempo, novamente um cruzamento para a área foi afastado, desta vez por Anderson Martins. Ramon pegou novamente na lateral esquerda e esticou na ponta, desta vez para Diego Souza. O camisa 10 passou como quis por Claudio Winck, trouxe para o pé direito e cruzou para a área. Adriano cabeceou da marca do pênalti, com força, para vencer Charlie Brown e fazer Vasco 2x0.
No intervalo, Dircys colocou o time pra frente, pois sua equipe precisaria de 3 gols para conquistar a Supercopa. Tirou Claudio Winck e Maikon Leite para colocar Yago Pikachu e Dagoberto. Já Antonio Lopes resolveu segurar o resultado, mudando o lado direito. Tirou Fagner e Eder Luis para colocar Allan e Bernardo, visando dar maior poder de marcação ao time.
O Imperatriz melhorou com Dagoberto na esquerda. Ganhou em armação e presença de área. Mas a defesa vascaína também melhorou e, assim, afastou as oportunidades criadas por seus adversários. O terceiro gol saiu de uma bela jogada que começou lá na defesa, aos 6 minutos. Juninho desarmou Dagoberto com maestria e tocou a Dedé na área. O camisa 26 tocou a Allan na direita e o camisa 2 esticou para Bernardo no meio de campo. O camisa 11 trouxe a bola para o meio, chamou a defesa e deu ótimo passe na direita para Adriano. O camisa 9 recebeu livre, invadiu a área, trouxe para o pé esquerdo e chutou forte para vencer Charlie Brown novamente e fazer Vasco 3x0.
Com apenas 4 minutos por jogar e precisando fazer 4 gols, o Imperatriz jogou a toalha. Ainda teve algumas chances, mas desperdiçou todas. O Vasco, então, dominou o jogo e tocou a bola, enquanto a torcida gritava 'olé' e cantava 'é campeão'. E foi assim, de pé em pé, que o Vasco chamou a goleada. Aos 9 minutos, Dedé tocou a Nilton na cabeça de área, o camisa 5 abriu na esquerda para Ramon, que tocou a Diego Souza na ponta. O camisa 10 recuou a Felipe, que inverteu a bola para o lado direito, encontrando Bernardo livre. O camisa 11 trouxe para o meio e tocou a Juninho no lado esquerdo. Da entrada da área, o Reizinho da Colina fez a "Figura 8" com Bernardo, trouxe para a meia lua e chutou no canto de Charlie Brown, finalizando com maestria uma bela jogada coletiva: Vasco 4x0.
VASCO CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2018
O Gigante da Colina conquista um título logo na estreia de seu novo time. Os jogadores mostraram por que são considerados um elenco estelar e dominaram amplamente seus adversários, vencendo os dois jogos, marcando 7 gols e sofrendo somente 1. A equipe superou as limitações físicas já no início do campeonato e trouxe ao seu torcedor uma alegria ímpar às vésperas do natal com o tricampeonato da Supercopa FIFUBO.
Quando a equipe foi apresentada, muitos jornalistas queriam saber sobre Juninho e Adriano, no que Antonio Lopes disse que o craque da equipe seria Diego Souza. Ao final do jogo, com o camisa 10 eleito o melhor em campo, os jornalistas o questionaram sobre isso, no que Diego Souza disse:
"Fico feliz de saber que o treinador tem confiança em mim e, também, fico lisonjeado com os elogios. Mas entre ser craque e campeão, prefiro a segunda opção."
O melhor jogador da competição, no entanto, foi Juninho Pernambucano. O Reizinho da Colina chegou como capitão, virou o maestro da equipe e saiu consagrado, nos braços da torcida. Ele falou após a conquista do título:
"Só quem torce para este time sabe o orgulho que é vestir essa camisa, entrar em campo, vencer e sair ovacionado. É uma emoção muito grande ser capitão e levantar o troféu logo na primeira competição. O torcedor vascaíno pode esperar, que este é o primeiro de muitos títulos que iremos conquistar."
Adriano foi o artilheiro da Supercopa, anotando 3 gols em 2 jogos. Foi chamado ao Tapete Vermelho da Vitória e saiu de lá emocionado.
O vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, parabeniza o Imperador Adriano, artilheiro da Supercopa |
"Eu já sabia que o meu passado flamenguista chamaria a atenção quando eu vestisse essa camisa. Mas o projeto da diretoria me agradou, sou profissional e encaro a chance de jogar pelo Vasco como um orgulho, um grande desafio. Sabia que a torcida me abraçaria logo de cara, assim como sabia que faria muitos gols e orgulharia os torcedores." - Adriano, após ser consagrado artilheiro da Supercopa FIFUBO.
O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entrega o troféu de campeão da Supercopa FIFUBO ao capitão do Vasco, Juninho Pernambucano. |
E assim, o Vasco encerra o ano da forma como começou: conquistando um título. Este novo triunfo faz com que a equipe volte a levantar a Supercopa após 13 anos. Agora, o Vasco tem 14 títulos na FIFUBO, apenas um atrás do Imperatriz, que ainda é o maior vencedor da Federação. Mas isso pode mudar no ano que vem, quando os dois rivais disputarão mais troféus. A FIFUBO encerra suas atividades de 2018 oficialmente. Teremos, ainda, algumas peladas de fim de ano, mas não serão registradas por não fazerem parte do calendário oficial. Assim, o blog volta em 2019. Em nome de todos que participaram e colaboraram com este mágico ano de 2018, deixo aqui o meu muito obrigado. Obrigado pela ajuda, obrigado pelas partidas, obrigado pela audiência. Que 2019 seja melhor do que foi 2018 e que possamos continuar juntos, com muito futibou de butaum na veia!
Encerramos 2018 com a foto oficial do Vasco, campeão da Supercopa FIFUBO! |
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