sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Supercopa FIFUBO - 21/12/2018

Quase no apagar das luzes chega o torneio que encerra o ano da FIFUBO, o campeonato que reúne os clubes campeões da temporada, a Supercopa FIFUBO! O Imperatriz Arena lotou nesta sexta-feira meio nublada e com temperatura alta (porém controlada), para assistir aos dois primeiros jogos da competição. Antes de vermos como se desenrolaram as partidas, vamos explicar o formato do torneio deste ano.

Tradicionalmente, classificam-se para a Supercopa os campeões das duas ligas (Apertura e Clausura) e das copas (Copa Olé, Copa Rio e Copa 3 Corações). Até o ano passado, o vencedor da Copa 3 Corações fazia um jogo preliminar contra o campeão da Copa Rio, classificando-se para enfrentar os campeões dos outros torneios em semifinais. Como esse ano não tivemos nenhuma liga, os vencedores das três copas se classificaram e vieram para um triangular. Um sorteio definiu o primeiro jogo; o perdedor desta partida enfrenta a equipe que ficou de fora; o vencedor da primeira partida enfrenta a equipe que ficou de fora do primeiro jogo.

Quem marcar mais pontos é o campeão. Se houver empate em pontos, o campeão é aquele que marcar mais gols e, persistindo o empate, o campeão é aquele que sofrer menos gols. Se o empate persistir após estes três critérios, com duas equipes na disputa, teremos um jogo extra. Se as três equipes empatarem em tudo, o título é dividido entre todas.

Pelo sorteio, Independiente e Imperatriz fariam o primeiro jogo. Logo, o perdedor deste jogo enfrentaria o Vasco na sequência. No domingo, o vencedor do primeiro jogo enfrenta o Vasco e o campeão será coroado. Se Independiente e Imperatriz empatassem, o Imperatriz enfrentaria o Vasco na sequência, porque o mando do primeiro jogo é do Independiente. Cada equipe será mandante uma vez na competição. Explicado o regulamento, vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 1x2 IMPERATRIZ

Campeão da Copa Olé, o Independiente é o grande favorito ao título da Supercopa, por ter a equipe já entrosada e melhor fisicamente. Mas não joga desde o primeiro semestre e a falta de ritmo pode dificultar. Já o Imperatriz encara a Supercopa quase como uma preparação para a temporada seguinte. Campeão da Copa Rio, o verde e branco de Niterói mudou o elenco, contratou novos jogadores e teve somente um jogo (2x2 com o CROL, na quinta-feira) para tentar algum entrosamento. Para piorar, a equipe precisou passar pelo Recuva, o método de recondicionamento físico da FIFUBO, na sexta-feira para ter um preparo mínimo para  a competição. A real condição física dos jogadores do Imperatriz é uma incógnita.

Iniciado o jogo, ficou bem clara a proposta de cada equipe. Ainda longe da forma ideal, os jogadores do Imperatriz mostraram que o Recuva deu algum resultado e, com isso, conseguiram apresentar alguma coisa. Dominaram o jogo desde o início e ocuparam o campo de ataque. O Independiente atuou fechado, à espera de contra ataques. Sabendo que a forma física do adversário não é das melhores, pretendia jogar em velocidade, aproveitando o cansaço dos brasileiros.

E a estratégia dos argentinos deu certo. Aos 7 minutos, Montenegro afastou da área e a bola sobrou para Gracián no meio. O camisa 19 abriu na ponta direita para Busse, que avançou em velocidade. Antes da chegada de Juan, o camisa 8 conseguiu um cruzamento para a área. Silvera subiu na marca do pênalti e cabeceou no canto de Charlie Brown, fazendo Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer tratou de reforçar a estratégia. Tirou Mareque e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin. A marcação ficaria mais apertada e os contra ataques seriam mais velozes. Já Dircys tirou Mendieta e Maikon Leite, para colocar Yago Pikachu e Dagoberto. A equipe teria mais força ofensiva.

O panorama do jogo não mudou. O Imperatriz continuava ocupando o campo do Independiente, que se fechava e buscava os contra ataques. Mas a defesa do Imperatriz melhorou e impediu os adversários de concluir as jogadas. Claudio Winck esteve em uma forma particularmente sensacional, afastando o perigo e reiniciando o jogo pela ponta direita. A entrada de Yago Pikachu também foi boa, pois permitiu a Douglas atuar mais adiantado, próximo aos atacantes.

E assim o Imperatriz conseguiu ficar mais no ataque e chegou à igualdade aos 5 minutos. Dagoberto fez boa jogada pela ponta esquerda e rolou para Suker na área. O camisa 9 chutou de primeira e, finalmente, venceu Navarro: Imperatriz 1x1.

Naquele momento, o time brasileiro era melhor e se inflamou com a igualdade. Mas o Independiente estava mais inteiro fisicamente e passou a buscar também o jogo. Mas a defesa do Imperatriz cresceu no jogo. Victor Ramos e Luan afastavam o perigo sem brincar e os laterais começavam a se soltar.

Quando o jogo já estava nos acréscimos, a virada aconteceu. Luan interceptou bola que ia para Gandin e abriu na esquerda para Juan. O camisa 6 trouxe a bola pelo meio e avançou, como um armador. Com um passe pelo centro, encontrou Douglas já no campo de ataque. O camisa 10 mostrou toda a sua genialidade ao dar um passe perfeito, no meio da defesa, encontrando Dagoberto já dentro da área. Com um toque de primeira, o camisa 11 bateu na saída de Navarro e deu números finais ao confronto: Imperatriz 2x1.

O Independiente pagou pelo defensivismo exagerado e, agora, vai ter que correr atrás do resultado. Com uma vitória simples, torce para o Vasco também vencer de forma simples o Imperatriz para conseguir dividir triplamente o título. Ou terá que vencer o Vasco por boa diferença de gols e torcer para a equipe da Colina fazer o mesmo contra o Imperatriz.

O Imperatriz superou as dificuldades físicas e mostrou que tem qualidade para vencer. Douglas e Dagoberto foram os principais destaques. O camisa 10 atuou o tempo todo no campo de ataque, distribuiu bolas, concluiu, acertou a trave, foi incrível. Já o camisa 11 entrou no segundo tempo, deu o passe para o primeiro gol e fez o segundo.

VASCO 3x1 INDEPENDIENTE

Campeão da Copa 3 Corações, o Vasco também trocou o elenco após 16 anos de muitos jogos. Os novos jogadores chegaram mostrando técnica apuradíssima, mas também estão com problemas físicos e, assim, tiveram que passar pelo Recuva. Mais incógnita quanto à capacidade física de jogadores. O Independiente não tem outra alternativa a não ser buscar a vitória. Para esta partida, Bayer deixou Gracián no banco e lançou Mauro Burruchaga, que não é tão bom na armação, mas excelente na condução de bola e, além de tudo, é xodó da torcida.

Realmente, a entrada de Burruchaga muda os ânimos do Independiente. Desde o início, o camisa 10 buscou o jogo, circulou pelo campo de ataque e concluiu com perigo. Os jogadores do Vasco estão numa situação física melhor que os do Imperatriz, mas ainda assim longe do ideal. Mesmo assim, foi o Vasco quem dominou as ações, mas sempre pecando no último passe e vendo o adversário sair em perigosos contra ataques.

Tal qual o jogo anterior, o Independiente esperou o momento certo para dar o bote e inaugurar o marcador. E, tal qual o jogo anterior, o fez aos 7 minutos. Nilton errou o posicionamento na saída de bola e perdeu para Facundo Parra na direita. O camisa 17 rolou para Mauro Burruchaga na meia lua. Sem a marcação de Nilton, o camisa 10 teve tempo de dominar, olhar o posicionamento de Carlos Germano e acertar um lindo chute colocado no canto do goleiro vascaíno: Independiente 1x0.

O jogo ficou do jeito que os argentinos queriam. O Vasco precisaria sair pro jogo e deixaria espaços para os contra ataques. Mas ninguém contava com a habilidade fora do comum dos vascaínos, que nem se abalaram em estar atrás no placar. Ali começava um verdadeiro pesadelo para Hilário Navarro, que teve que operar alguns milagres.

Não conseguiu, porém, evitar a igualdade nos acréscimos. Matheu afastou para lateral, que Adriano repôs rápido para Juninho. O camisa 8 recebeu na meia lua, fez que ia chutar cruzado e, no último momento, virou o pé, deslocando Navarro e fazendo um gol de pura classe: Vasco 1x1.

No intervalo, Bayer teve que colocar a equipe para a frente. Tirou Busse e Parra para colocar Gracián e Gandin. Burruchaga faria a volância pelo lado esquerdo, mas jogaria mais adiantado, quase como um segundo armador. Já Antonio Lopes tirou Nilton e Eder Luis para colocar Allan e Bernardo. Assim, o Vasco jogaria no 4-5-1 sem a bola e no 4-3-3 com a mesma.

A estratégia de Lopes foi perfeita, pois o Independiente partiu para cima, mas encontrou 5 jogadores marcando bem no meio. O Vasco pegava a bola e se lançava, trançando de um lado a outro do campo. Assim, não foi surpresa quando a virada veio aos 3 minutos.

Juninho desarmou Gracián quando este tentava ir para o campo de ataque. O camisa 8 tocou a Diego Souza na ponta esquerda. O camisa 10 vascaíno deu a quebra de asa, trouxe para o pé direito e rolou para Adriano no meio. O imperador se livrou da marcação de Tuzzio, invadiu a área e acertou um forte chute de pé esquerdo para vencer Navarro, fazendo Vasco 2x1.

Agora o panorama era completamente diferente. O Independiente se lançou ao campo de ataque desesperadamente, pois só a vitória os mantinha com chances de título. O Vasco soube se segurar e esperar o momento certo de matar o jogo. Aos 8 minutos, Carlos Germano repôs para Juninho no meio e o camisa 8 fez um passe na ponta esquerda para Diego Souza, por trás dos zagueiros. O camisa 10 invadiu a área em diagonal, trouxe para o pé direito e chutou cruzado, vencendo Navarro e dando números finais ao confronto: Vasco 3x1.

O Vasco mostrou que tem talento e está bem fisicamente. Juninho teve uma tarde de gala no Imperatriz Arena, dominando as ações no campo inteiro e participando dos três gols. Adriano também esteve muito bem, mostrando que toda a operação para fazer do ex flamenguista um ídolo vascaíno deu resultado. Diego Souza, Felipe, Anderson Martins e Ramon também estiveram muito bem.

Já o Independiente dá adeus à competição com duas decepcionantes derrotas. A estratégia de jogar no contra ataque não funcionou. Pesou também a falta de ritmo de jogo. Mesmo assim, a equipe tem o que comemorar e fecha o ano com o troféu da Copa Olé.

NOTAS RÁPIDAS

  • No domingo, a maior rivalidade da FIFUBO voltará a dar as caras em uma final. Vasco e Imperatriz trocam os elencos mas mantêm a rivalidade e decidirão quem leva o título da Supercopa.
  • Por ter marcado 3 gols, contra 2 dos rivais, o Vasco será campeão com vitória ou empate. O Imperatriz só será campeão se derrotar o adversário. Prenúncio de jogão!
  • O Independiente deu um adeus precoce à competição, mas teve um motivo monstruoso para comemorar sua participação na Supercopa. Ao fazer o primeiro gol do torneio, Nestor Silvera chegou à incrível marca de 100 gols com a camisa do Independiente. Ele se junta a Mike Modano, Zenden, Trezeguet, Palermo e Romagnoli no seleto grupo dos jogadores que passaram da marca centenária.
  • Outro milestone aconteceu nos últimos dias, mas na FMN. O Racing foi jogar no Praia Clube e Acosta marcou um dos gols da equipe, chegando a 50 com a famosa camisa azul e branca.

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