domingo, 5 de março de 2017

Torneio Apertura 2017 - Sexta Rodada - 05/03/2017

Já faz tempo que o carnaval não acaba na quarta-feira de cinzas. O domingo seguinte é o verdadeiro ponto final da folia. Com a FIFUBO não foi diferente. Este domingo encerrou não só a sexta rodada, como a maratona de futibou de butaum da FIFUBO, com 3 rodadas em uma semana agitadíssima. E os dois jogos foram de pura emoção, para deixar o carnaval com muitas saudades.

RIVER PLATE 4x2 ESTUDIANTES

Os outros dois times argolados, Boca e Independiente, tiveram um carnaval negro, com duas rodadas sem vencer, nas três disputadas. Ambos enfrentaram o Estudiantes, sendo que o Boca empatou (1x1) e o Independiente perdeu (2x3). Com esses dados, o sinal de alerta estava ligado em Nuñez. O River precisava vencer, pois o empate na última rodada (3x3 com o Huracán) possibilitou ao Velez chegar à liderança, lugar que o River gostaria de voltar a ocupar. Do outro lado, a empolgação com o carnaval estava altíssima. O Estudiantes finalizava sua tour argolada, onde ainda não havia perdido. Para barrar o fenômeno David Trezeguet, Cristaldo destacou Rodrigo Braña para marcá-lo individualmente, recuando Enzo Perez para ajudar Verón na armação e avançando Benítez para ajudar Gastón Fernandez e Mauro Boselli.

O esquema do Estudiantes foi perfeito. Com essa nova tática de embolar o meio de campo e sair em contra ataques, o time de La Plata impedia o toque de bola do River. Quando Trezeguet recebia a bola, Rodrigo Braña logo aparecia para desarmá-lo. Enzo Perez e Verón ajudavam a fechar o meio de campo e os contra ataques eram mortais. Aos 3 minutos, Rodrigo Braña desarmou Trezeguet e tocou no meio para Enzo Perez. O camisa 7 abriu na esquerda para Boselli, que tocou no meio para Leandro Benítez. Se livrando da marcação de Almeyda, o camisa 8 ficou de frente pro gol e desferiu belo chute no ângulo de Carrizzo, para fazer Estudiantes 1x0.

O gol fez o River ficar mais agitado e se abrir em busca do empate e o Estudiantes ficou com o jogo à sua feição, para explorar os contra ataques. Assim foi aos 6 minutos, quando Buonanotte adiantou a bola e Desábato roubou. Ele tocou a Braña no meio, que deu mais atrás a Federico Fernandez. O camisa 4 procurou Marco Rojo na esquerda e o camisa 6 tocou no corredor para Boselli. O camisa 9 invadiu a área com a bola e chutou na saída de Carrizzo, fazendo Estudiantes 2x0.

O jogo de sonhos do Estudiantes contrastava com o sangue nos olhos de Trezeguet. O camisa 7 percebeu que somente quando conseguisse se desmarcar o River produziria alguma coisa. Aos 8 minutos, após a bola sair no meio de campo, Trezeguet correu para receber a reposição. Ferrari cobrou para ele e o camisa 7 correu pelo meio, procurando Rodrigo Braña, como se o desafiasse. Braña veio para o desarme, mas Trezeguet levou a melhor, com um belo drible para a direita e, com potente chute da entrada da área, descontou para a sua equipe: River 1x2.

A demonstração de raça de Trezeguet fez os jogadores do River acordarem e partirem em busca do empate. Aos 9 minutos, o Estudiantes rifou a bola para o campo de ataque e Placente pegou, reiniciando a jogada pela direita com Ferrari. Ortega se desmarcou e pediu a bola, mas o camisa 2 percebeu Trezeguet correndo do meio para a ponta direita, dentro da área. O lançamento foi primoroso e Trezeguet chegou antes de Braña, chutando de primeira e pegando Andujar no contrapé: River 2x2.

No intervalo, Francescoli trocou o lado direito. Tirou Ferrari e Ortega e colocou Coudet e Funes Mori, visando levar a equipe à frente. Já Cristaldo percebeu que Rodrigo Braña começava a perder a batalha contra Trezeguet e resolveu melhorar a marcação. Tirou Enzo Perez e colocou Mathias Sanchez, com a explícita ordem de destacar dois jogadores para marcar o camisa 7.

O jogo melhorou para o River no segundo tempo. Preocupado com a marcação, o Estudiantes não conseguiu mais atacar e o time de Buenos Aires dominou as ações, desperdiçando várias chances. Apareceu o futebol de toque de bola e Gallardo começou a se movimentar melhor, aproveitando-se da cobertura de Almeyda, Barrado e Coudet. Funes Mori e Buonanotte desperdiçaram chances, até que aos 7 minutos Berizzo reiniciou jogada de ataque para Buonanotte no meio. O camisa 30 viu Trezeguet saindo do meio para a esquerda e tocou a bola para ele. O camisa 7 percebeu a marcação se aproximando e tocou no meio rapidamente. Gallardo apareceu como elemento surpresa, invadiu a área e foi derrubado por Andujar. Sem Ferrari (o cobrador oficial), a torcida pediu por Trezeguet, para vê-lo fazer o hat trick. Mas quem cobrou foi Almeyda, à meia altura, no canto direito de Andujar. O goleiro até tentou chegar, mas a bola foi bem no canto: River 3x2.

A virada fez o Estudiantes abandonar a marcação e partir desenfreadamente para o ataque. Mas, com 3 volantes, ficava difícil armar boas jogadas. As coisas ficaram piores aos 9 minutos, quando Marco Rojo fez falta tripla e foi expulso. Dali, o River construiu sua melhor jogada, Coudet cobrou a falta para Almeyda no meio e o camisa 5 procurou Gallardo mais à frente. O camisa 11 abriu a Funes Mori na direita e o camisa 9 tocou a Trezeguet no meio e o camisa 7 invadiu a área puxando para o lado direito e chutando cruzado, sem chances para Andujar, para enfim fazer seu hat trick: River 4x2.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Quando um jogador faz um hat trick, dificilmente não leva o prêmio de melhor em campo. Quando esse jogador faz o hat trick para liderar uma virada espetacular de sua equipe, que perdia por 2x0 e virou para 4x2, as chances aumentam para 99,9%. Se esse jogador foi o grande nome, ajudando na defesa, voltando para armar o jogo e decidindo sozinho, não dá para não premiá-lo.

RACING 2x1 HURACÁN

Embalados pela goleada na rodada passada (4x1 no San Lorenzo), os jogadores do Racing começam a mirar a zona de classificação, ainda mais com o tropeço do Independiente. Do outro lado, apesar do empate com o River ter sido considerado uma vitória (o Huracán perdia por 3x1 e arrancou o empate no último minuto), a campanha incomoda, pois o Huracán é o único time que ainda não venceu. A marcação teria que ser mais forte ainda e os contra ataques teriam que aparecer.

O jogo foi bem truncado, de marcação forte de ambos os lados e muitos erros de passe. O jogo se concentrou nas intermediárias e poucas jogadas de ataque foram vistas. Ao menos o Huracán conseguia marcar de forma organizada, a espera do contra ataque fatal. E ele veio aos 5 minutos. Latorre perdeu a bola para Alexis Ferrero, que tocou no meio para Barrientos. O camisa 5 tocou mais á frente para Ruben Masantonio, que fez belo passe em profundidade para Milano. O camisa 7 invadiu a área pelo meio e chutou na saída de Saja, fazendo Huracán 1x0.

No intervalo, Paralelo tirou Diego Capria e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Sr Rabina, por sua vez, tirou Danelon e colocou Erramuspe.

O Racing voltou mais organizado e conseguiu empatar logo a um minuto. Após errar a saída de bola, a equipe viu o Huracán partir para o contra ataque, mas Fariña roubou a bola quando Centurión tentava passá-la a Cigogna. O camisa 12 tocou a Quiroz no meio, que inverteu na esquerda para Enrique. O camisa 3 tocou a Ruben Capria no meio, que inverteu para Martin Simeone na direita. O camisa 8 recebeu no bico da área e chutou forte e cruzado para fazer Racing 1x1.

O gol fez o Racing se organizar melhor para buscar a virada e o Huracán se fechou mais ainda, abdicando totalmente do ataque, já que Cigogna era bem marcado. Por outro lado, enquanto Gamboa, Pocchetino, Quiroz, Fariña e Pelletieri se ocupavam da marcação, Martin Simeone, Ruben Capria, Acosta e Hauche se movimentavam pelo campo de ataque, em busca de jogadas. O Racing foi premiado aos 9 minutos, quando Saja cobrou tiro de meta para o meio de campo, buscando Martin Simeone. O camisa 8 tocou mais à frente para Ruben Capria que, com tempo e visão, pôde passar a Hauche na esquerda. O camisa 13 ganhou de Barrientos no corpo, invadiu a área e chutou à meia altura, sem chance para Islas, fazendo Racing 2x1.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Mesmo quando a equipe não conseguia sair da marcação do Huracán, o camisa 8 se movimentava e buscava tabelas. Jogou mais como armador do que como volante e foi premiado com um gol.

CLASSIFICAÇÃO
1° River Plate - 13 pontos
2° Velez Sarsfield - 12 pontos
3° Boca Juniors - 10 pontos
4° Independiente - 9 pontos, 13 gols pró
5° Racing - 9 pontos, 11 gols pró
6° San Lorenzo - 5 pontos, 13 gols pró
7° Estudiantes - 5 pontos, 11 gols pró
8° Huracán - 3 pontos

ARTILHARIA
1° David Trezeguet (River Plate) - 12 gols
2° José Basualdo (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols
3° Daniel Cigogna (Huracán) e Federico Insua (Velez Sarsfield) - 5 gols

NOTAS RÁPIDAS
  • Após uma semana intensa, a FIFUBO conseguiu tirar o atraso de um mês e finalizou as três rodadas. A próxima rodada, a última do primeiro turno, será disputada no próximo final de semana.
  • Conforme o novo regulamento da FIFUBO, se o campeonato parar e chegar a junho desta forma, com o primeiro turno já encerrado, a temporada regular pode ser encerrada e partir para os playoffs sem cumprir toda a tabela. Mas isso só ocorrerá se a temporada regular não for encerrada até o início de junho.
  • Após a sétima rodada, uma postagem à parte será feita, com um balanço geral da competição e de cada clube.

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