domingo, 12 de março de 2017

Torneio Apertura 2017 - Sétima Rodada - 12/03/2017

Finalmente, o fim do primeiro turno! O domingo de sol forte e muito calor não foi impeditivo para  os torcedores comparecerem em ótimo número ao Itaquá Dome, pois além dos jogos encerrarem a sétima rodada do Apertura, as partidas prometiam emoção para a formação da tabela. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 3x4 INDEPENDIENTE

O San Lorenzo vinha de duas derrotas e tomando 4 gols em cada uma (1x4 Racing e 2x4 Boca), mas a ascensão da equipe era latente com o novo esquema 4-3-3. Para esse jogo, Nilson optou por Reynoso e Tellechea na cabeça de área, pois o Independiente joga mais com seus atacantes. Do outro lado, apreensão. As duas derrotas anteriores (2x3 Estudiantes e 2x4 Velez) acenderam o sinal de alerta de quem pretendia encerrar o primeiro turno na liderança. Uma derrota poderia significar virar o turno fora da zona de classificação, mas uma vitória poderia fazer o time chegar até à vice-liderança.

O jogo começou meio zoneado, com as duas equipes buscando seu espaço em campo. O San Lorenzo teve um ligeiro domínio, chegando ao ataque em duas ocasiões, mas sem levar perigo. Até que, aos 2 minutos, Navarro cobrou tiro de meta na direção de Gracián, no meio de campo. O camisa 19 avançou sem oposição até a intermediária, de onde levantou a cabeça e viu Silvera entrando na área. O passe foi preciso e o camisa 11 chutou de primeira, de pé esquerdo, para vencer Migliore e fazer Independiente 1x0.

O empate do San Lorenzo veio aos 4 minutos. Na saída de bola, uma bela jogada ensaiada foi criada, quando Romagnoli tocou a Tellechea e correu para a esquerda. O camisa 20, no entanto, jogou para o outro lado. Da direita, Johnathan Ferrari invadiu a área em velocidade e Hilário Navarro o derrubou. Romagnoli cobrou o pênalti à meia altura, no canto direito de Navarro, que se esticou todo e não alcançou. Ato contínuo, Romagnoli bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

O jogo ficou bom e o San Lorenzo começou a perceber que poderia vencer. Com isso, ocupou o campo de ataque e passou a circular a área do time de Avellaneda. Mas o Independiente jamais pode ser dado como morto, pois consegue tirar coelhos da cartola com precisão impar. Aos 9 minutos, Gracián apareceu de surpresa para roubar a bola de Stracqualursi e tocar para Montenegro. O camisa 5 abriu na esquerda para Busse, que devolveu a Gracián. O camisa 19 viu Silvera livre na esquerda e lançou a bola. O passe foi preciso e o camisa 11 se livrou da marcação de Tulla, trazendo a bola pro pé direito antes de desferir belo chute em arco e fazer Independiente 2x1.

No intervalo, Nilson trocou Stracqualursi e Luciatti por Erviti e Buffarini, promovendo uma revolução tática. Buffarini iria para a lateral direita, Ferrari para a esquerda, Bordagaray jogaria de centroavante e Erviti faria a ponta esquerda. Ainda teria opções para modificar as laterais, pois Ferrari poderia voltar à lateral direita e Erviti ou Tellechea poderia ir para a esquerda, passando Buffarini para o meio. Já Bayer mudou o lado direito. Tirou Fredes e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin.

A mudança de Nilson foi completamente equivocada. Tirando Ferrari da direita, ele mexeu no melhor jogador de seu time e, de quebra, modificou o meio e o ataque, fazendo com que o Independiente ocupasse melhor o campo de jogo. Assim, aos 3 minutos, o time de Avellaneda se aproveitou do buraco deixado por Buffarini e contra atacou pela esquerda, quando Tuzzio recuperou bola na defesa. Ele passou a Montenegro, que abriu a Mareque na esquerda e o camisa 3 tocou no corredor para Silvera. Sem oposição, o camisa 11 avançou e, do bico da área, chutou de pé esquerdo e venceu Migliore, fazendo o seu hat trick: Independiente 3x1.

O San Lorenzo descontou na saída de bola. Romagnoli fez o 'toca y me voy' com Bordagaray, recebeu na esquerda e viu Navarro tentando voltar desesperadamente pro gol. Rápido, o camisa 10 chutou por baixo e surpreendeu o goleiro do Independiente, para bater no peito, apontar ao chão e fazer, novamente, a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x3, aos 4 minutos.

O jogo ganhou em emoção, com o San Lorenzo buscando o empate desordenadamente e o Independiente apostando em contra ataques. Melhor para o time de Almagro, que conseguiu empatar aos 7 minutos, em linda jogada coletiva que começou na defesa, com Tellechea. O camisa 20 tocou a Romagnoli no meio e o camisa 10 inverteu o jogo para o lado direito, Bordagaray fez o trabalho de pivô e tocou a Erviti na esquerda. O camisa 11 tocou a Raul 'Pipa' Estevez e saiu da ponta para o meio, recebendo de volta e desferindo potente chute, que entrou no ângulo de Navarro: San Lorenzo 3x3.

A partir daí, a partida ficou eletrizante. Foi um toma lá dá cá impressionante, com bolas na trave e boas defesas dos goleiros. E só nos acréscimos a partida foi decidida. Após Romagnoli ser desarmado por Acevedo, o Independiente partiu em contra ataque pela direita. Gandin tocou a Gracián, que foi ao fundo e cruzou para a área. Vella apareceu de surpresa e desferiu linda cabeçada, fazendo Independiente 4x3.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Em partida emocionante, o hat trick do camisa 11 foi crucial para sua equipe sair vitoriosa.

BOCA JUNIORS 2x4 RACING

O último jogo do turno prometia fortes emoções. O Boca vinha de vitória (4x2 no San Lorenzo) e, pressionado por sua exigente torcida, precisava vencer um rival direto, podendo virar o turno até na vice liderança. Boatos dizem que Madeirite só não será demitido se vencer o campeonato, mas já há nomes circulando nos bastidores do clube. Já o Racing vem em ascensão. As duas vitórias seguidas (4x1 no San Lorenzo e 2x1 no Huracán) colocaram a equipe em quinto e uma vitória sobre o Boca lhes colocaria na zona de classificação.

O jogo foi espetacular, com as duas equipes partindo para o ataque e buscando o gol. O Boca se apoiava no seu trio ofensivo (Riquelme, Palacio e Palermo), que funcionava em ótimas tabelas. O Racing, por seu turno, atacava com quatro jogadores (Martin Simeone, Ruben Capria, Latorre e Acosta), mas de forma desordenada.

O primeiro gol veio aos 2 minutos, em jogada de inversão de posições. A bola saiu para lateral e Ruben Capria fez as vezes de lateral esquerdo, cobrando para Enrique, que fez as vezes de armador. Com um preciso passe, ele devolveu ao camisa 10, que saiu da ponta para o meio, driblou Serna e, da entrada da área, chutou com precisão para vencer Abbondanzieri: Racing 1x0.

O Boca empatou aos 4 minutos, em jogada parecida. Arruabarrena avançou pela esquerda e tocou a Palermo mais à frente. O camisa 9 deu um toque para o meio e encontrou Riquelme livre, na entrada da área. O camisa 10 chutou com extrema categoria e acertou o ângulo de Saja, fazendo Boca 1x1.

O jogo continuou eletrizante e as duas equipes continuaram desperdiçando chances. O Racing voltou a ficar na frente aos 7, em jogada de manual. Saja cobrou o tiro de meta no meio de campo para Ruben Capria, que usou o seu olhar cirúrgico para perceber Acosta entrando na área em meio a três marcadores. Usando seu passe igualmente cirúrgico, o camisa 10 deixou Acosta livre dentro da área e o camisa 9 só esperou Abbondanzieri sair do gol para tocar e fazer Racing 2x1.

Mas o Boca continuou em cima e conseguiu empatar aos 9 minutos. Serna roubou bola de Latorre e tocou a Ibarra na direita. O camisa 4 fez um lançamento primoroso para Cagna, que recebeu no bico da área. O camisa 8 girou sobre a marcação de Pocchetino no bico da área e chutou cruzado para vencer Saja, fazendo Boca 2x2.

No intervalo, Madeirite tirou Serna e colocou Battaglia. Palermo passou a ser o capitão, como forma de incentivá-lo ainda mais. Já Paralelo tirou Diego Capria e Latorre e colocou Fariña e Hauche.

O Racing apostava no camisa 13, que marcou o gol da vitória sobre o Huracán, para voltar a vencer. O foco, então, passou a ser passar para ele. Mas a pressão parecia grande demais para Hauche, em um time que tinha Simeone, Capria, Acosta e tantos outros. Ele desperdiçou algumas chances até os 7 minutos, quando enfim desencantou, em erro do rival.

Abbondanzieri cobrou tiro de meta no meio para Riquelme e o camisa 10 recuou a Basualdo. O camisa 11 tinha três opções: devolver a Riquelme para ele armar o jogo; abrir na esquerda para Arruabarrena, para o camisa 3 avançar pela ponta; ou armar o jogo ele mesmo e passar para Palermo no ataque. Mas Basualdo optou pela alternativa D (se livrar da bola) e mandou nos pés de Fariña. O camisa 12 tocou a Ruben Capria no meio. O camisa 10 passou rápido para Acosta na direita, livre de marcação (onde Basualdo devia estar). Com isso, Battaglia correu para cobrir o camisa 11, mas Acosta foi mais inteligente e inverteu o jogo rápido para a esquerda. Hauche dominou, invadiu a área e, de pé direito, tocou na saída de Abbondanzieri, fazendo Racing 3x2.

O erro de Basualdo desmontou de vez o time do Boca, que ainda tentava atacar, mas de forma desordenada. Melhor para o Racing, que foi se organizando nos contra ataques e conseguiu finalizar a partida aos 9 minutos. Ruben Capria avançou pelo meio e tocou na esquerda para Hauche, correndo para a área. O camisa 13, no entanto, tocou para trás, em lugar onde ninguém aparecia. Mas Enrique veio correndo e chutou de primeira. A bola foi no ângulo de Abbondanzieri, tocou no travessão e morreu no fundo das redes, no gol mais bonito do jogo: Racing 4x2.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Além de marcar o primeiro gol, iniciou a jogada dos outros três, contribuindo para mais uma vitória de sua equipe. Ao assumir, novamente, o protagonismo em campo, Ruben Capria é o principal responsável pela arrancada do Racing no campeonato.

CLASSIFICAÇÃO
1° River Plate - 16 pontos
2° Velez Sarsfield - 12 pontos, 18 gols pró
3° Independiente - 12 pontos, 17 gols pró
4° Racing - 12 pontos, 15 gols pró
5° Boca Juniors - 10 pontos
6° Estudiantes - 6 pontos
7° San Lorenzo - 5 pontos
8° Huracán - 4 pontos

ARTILHARIA
1° David Trezeguet (River Plate) - 13 gols
2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors) e Nestor Silvera (Independiente) - 6 gols

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!