sábado, 7 de março de 2015

Torneio Apertura 2015 - Terceira Rodada - 07/03/2015

Mais um mutirão foi feito para recolocar a tabela do Apertura dentro das datas previstas. A terceira rodada do Apertura foi toda realizada neste sábado. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome e foi brindado com a rodada das goleadas dos visitantes. Ainda teve o Superclássico para abrir os trabalhos! O tempo estava fechado, uma ameaça constante de chuva, que só foi cair nos dois jogos finais. Vamos conferir mais esse mutirão!

BOCA JUNIORS 1x4 RIVER PLATE

Nada melhor que abrir uma rodada do que um Superclássico, o primeiro de 2015! O Boca, vindo de empate com o Racing (2x2) tinha como missão apertar a marcação para evitar o toque de bola do rival, forçando-lhes a primeira derrota no ano e terminando um jejum incômodo: desde 27/07/2013, o Boca não derrota o maior rival. Já o River queria a terceira vitória em três jogos para se isolar de vez na liderança. Vindos de vitória sobre o San Lorenzo (6x2), os jogadores estavam empolgados e a torcida os empurraria para a frente de vez.

O início do jogo deu a impressão que a streak cairia. O Boca marcava em cima e roubava a bola, saindo rápido em contra ataques. Mas as conclusões, a maioria de Riquelme, paravam em defesas de Carrizzo. Aos 3 minutos, não teve jeito. Após Riquelme chutar e Carrizzo espalmar maravilhosamente a córner, Palacio cobrou no segundo pau. Desta vez, Riquelme cabeceou cruzado, sem chances para Carrizzo e fez Boca 1x0.

Esperava-se que o Boca partiria para cima para acabar com o jejum de 7 jogos sem vencer um Superclássico. Mas a equipe recuou e se limitou a marcar em seu campo. O River não fazia boa partida e errava tudo o que tentava. O toque de bola não funcionava e, por isso, o ataque não recebia em condições. Então a solução teria que vir da defesa. Após Buonanotte ir ao fundo e cruzar, a zaga afastou. Ferrari pegou o rebote e chutou com força. A bola ganhou altura e morreu no fundo das redes de Abbondanzieri aos 7 minutos: River 1x1.

A improvável virada do River veio aos 9 minutos, na única vez que a equipe conseguiu impor seu ritmo. Após Almeyda interceptar passe que ia para Palermo, o toque acabou encontrando Barrado. O camisa 19 tocou a Berizzo, que tocou no meio para Gallardo. O camisa 11 abriu na ponta para Ortega, que avançou pela direita e chutou cruzado, vencendo Abbondanzieri e fazendo River 2x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna e Palacio para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Também ficou um bom tempo conversando com seus 5 homens de frente. Já Francescoli tirou Gallardo e Trezeguet, disparados os piores em campo, para colocar Coudet e Funes Mori. Com 3 volantes em campo, a intenção era reforçar a marcação. Coudet jogaria um pouco mais adiantado, para tentar armar o jogo, mas não tanto quanto Gallardo jogava.

O River voltou um pouco melhor, mas ainda muito aquém de seu potencial. A sorte deles é que o Boca não jogava nada desde que marcou seu gol. Dando espaços, a equipe xeneize viu o River ganhar terreno e chegar ao terceiro gol aos 5 minutos. Coudet abriu na ponta para Berizzo, que tabelou com Buonanotte. O camisa 30 recebeu a última bola já invadindo a área e chutando cruzado. Abbondanzieri se esticou, mas não alcançou: River 3x1.

O time de Nuñez passou a tocar a bola e esperar o fim do jogo. E foi tocando que chegou ao quarto gol, aos 9 minutos. Almeyda, Barrado, Coudet, Berizzo, Buonanotte, Ortega. Todos eles trocaram passes, até que o camisa 10 tocou na direita para Funes Mori. O camisa 9 invadiu a área e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri: River 4x1.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. O time marcou 4 gols, mas não jogou para isso. A vitória nesse Superclássico só foi possível graças às defesas milagrosas de seu camisa 1, muitas delas no primeiro tempo, quando o Boca ameaçou e poderia ter goleado.

VELEZ SARSFIELD 1x4 RACING

Vindo de uma impressionante vitória sobre o Independiente (3x0), o time do Velez vinha empolgado para encerrar seu tour por Avellaneda mais próximo da liderança. Turco Assad voltava ao time. Também empolgado pelas boas atuações, mas vindo de empate com o Boca (2x2), seu único ponto no campeonato até aqui, o Racing precisava começar a vencer para se firmar no grupo de cima.

Desde o início, o Racing se impôs. Marcando forte e tocando com maestria, o time de Avellaneda saía organizado e atacava com firmeza. O primeiro gol veio aos 2 minutos, após Ruben Capria receber de Martin Simeone, tirar dois marcadores e passar no meio da zaga para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e deslocou Sosa para fazer Racing 1x0.

O gol empolgou a equipe de Avellaneda, que tomou conta do jogo de vez. Aos 5 minutos, Acosta recuperou bola perdida e viu Ruben Capria se movendo no meio da zaga. Retribuindo o belo passe 3 minutos antes, o camisa 9 tocou para o 10, que trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, fazendo Racing 2x0.

Ainda dava tempo para mais um e ele veio nos acréscimos, em boa jogada de contra ataque. Após Pocchetino desarmar Dario Hussain e tocar para Enrique, o camisa 3 avançou em velocidade, fez o um-dois com Martin Simeone, recebeu na frente e chutou da entrada da área para fazer Racing 3x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Paralelo tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O panorama não mudou. O Velez errava e irritava a torcida; o Racing dominava e encantava o público presente ao Itaquá Dome. O quarto gol veio aos 3 minutos, em cobrança de córner de Acosta para Hauche. O camisa 13 percebeu Ruben Capria entrando na área e deu um leve toque para seu camisa 10, que chutou de primeira e venceu Sosa, fazendo Racing 4x0.

O Velez descontou nos acréscimos. Insua lançou Peruzzi na direita e o camisa 2 cruzou na medida para Lucas Pratto cabecear sem chances para Saja, fazendo Velez 1x4, mas era tarde.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Com dois gols e passe para outro, o camisa 10 foi o grande nome do jogo, além de ditar o ritmo da partida comandando as ações do meio de campo para a frente.

ESTUDIANTES 1x5 INDEPENDIENTE

Empolgados pela goleada sobre o Huracán (7x3), os jogadores do Estudiantes queriam mais, mirando o andar de cima da competição. Do lado do Independiente, o último lugar, com duas derrotas em dois jogos, era motivo de preocupação. Se esperava uma campanha parecida com a do Clausura após o início ruim, principalmente após a derrota para o Velez (0x3).

O jogo foi o pior da rodada, com muitos erros de passe, muito por conta da chuva que começou a cair no Itaquá Dome com mais intensidade. O chamado "passe para a zona morta" (quando se passa atrás do jogador ou para cima do adversário) era constantemente visto e as torcidas se impacientaram. Mesmo assim, o Independiente chegou quando quis mostrar um pingo de organização, principalmente com Busse. Aos 4 minutos, o camisa 7 passou para Gracián, que se atrapalhou. Busse correu e recuperou a bola, dando um passe em profundidade para Facundo Parra, que invadiu a área pela direita e encobriu Andujar quando este saiu: Independiente 1x0.

O jogo continuou ruim, com erros de ambos os lados, mas com o Estudiantes se lançando ao ataque para buscar o empate. Mesmo assim, os erros de passe da equipe de La Plata tornava suas tentativas inócuas, apenas servindo para abrir o campo de defesa para os contra ataques do Independiente. Foi assim que, aos 7 minutos, Tuzzio aliviou bola para esquerda e encontrou Mareque e Busse, que foram tabelando até a área do Estudiantes. Coube a Busse receber em condições e chutar cruzado para vencer Andujar e fazer Independiente 2x0.

O jogo ruim de ambos os lados contrastava com o 2x0 no placar, mas ainda tinha mais. Nos acréscimos, Facundo Parra recebeu de Vella e fez linda jogada individual, driblando vários marcadores até ser derrubado pelo goleiro. Pênalti, que Silvera cobrou no canto esquerdo, com Andujar indo para o direito. A bola ainda tocou na trave antes de entrar: Independiente 3x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Hernan Rodrigo Lopez para colocar Mathias Sanchez e Boselli. Já Bayer não estava feliz, mesmo com o 3x0. Ele tirou Fredes (em má forma física) e Gracián (o pior da equipe) para colocar Acevedo e Gandin. Enquanto colocava um atacante para jogar na armação, mais adiantado, colocava um volante mais marcador, para segurar o adversário.

As mudanças surtiram efeito e o Independiente voltou melhor, dominando o jogo. Tudo bem que marcar um gol aos 27 segundos ajuda muito. Gandin fez o "toca y me voy" com Busse, recebeu mais à frente, na lateral da área e chutou cruzado, com curva, fazendo o gol mais bonito do jogo: Independiente 4x0.

As coisas estavam ótimas para o Independiente, que tocou a bola bem e desperdiçou chances. Mas, aos 5 minutos, não havia como perder. Em linda jogada coletiva, Gandin tocou a Busse, que tirou o goleiro e tocou a Parra. Com o gol aberto, o camisa 17 só teve que empurrar e sair para comemorar: Independiente 5x0.

Totalmente entregue, o Estudiantes fez seu gol de honra aos 8 minutos. Leandro Benítez fez boa jogada e foi derrubado por Tuzzio. Pênalti que Verón cobrou no canto direito, com Navarro indo para o lado esquerdo: Estudiantes 1x5.

Destaque do jogo: Walter Busse. Tudo bem que Parra fez dois gols, mas o Independiente jamais teria vencido sem a organização de seu camisa 7, que colocou a bola no chão e acalmou seus jogadores, organizando o time. Deu assistências e ainda fez o seu em linda tabela com Mareque.

HURACÁN 1x4 SAN LORENZO

Os dois times que fechavam a rodada eram aqueles que haviam sido goleados na rodada anterior. O Huracán, vindo de uma derrota para o Estudiantes (3x7), queria voltar aos trilhos da vitória. Já o San Lorenzo, vindo de derrota para o River (2x6), queria mostrar que perder pro River é normal, mas que sua equipe está pronta para alçar voos mais altos no campeonato.

A chuva que caía com força no jogo anterior virou temporal aqui e o público, que já estava escasso, deixou de vez o Itaquá Dome. Quem começou melhor foi o San Lorenzo. Com uma marcação impecável, a equipe não deu espaços para o Huracán e ainda saía organizado para o ataque, com toques curtos. O Huracán insistia em lançamentos e correria, que não dava certo no campo encharcado.

Não foi surpresa que o San Lorenzo abriu o marcador logo aos 2 minutos. Após falta na direita, Raul 'Pipa' Estevez inverteu o jogo e encontrou Luciatti. Chamando a marcação, o camisa 6 deu um pequeno toque para o meio, por onde Romagnoli entrou. Ele trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, vencendo Islas para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

A equipe de Almagro continuou em cima e o segundo gol não tardou a chegar. Aos 5 minutos, Piatti tabelou com Romagnoli e deu um passe no meio da zaga para Raul 'Pipa' Estevez. O camisa 7 invadiu a área e chutou cruzado para vencer Islas e fazer San Lorenzo 2x0.

Se o resultado já era dos sonhos, um terceiro gol seria a glória. E ele veio aos 8 minutos, após uma linda jogada tática do San Lorenzo. Percebendo Cigogna isolado no ataque, Romagnoli voltou para formar uma linha com Buffarini e Piatti no meio, atraindo a atenção da marcação. Migliore percebeu a genialidade do camisa 10 e lançou rápido para o campo de ataque. Stracqualursi recebeu, girou, trouxe para o pé direito e chutou forte, sem chances para Islas: San Lorenzo 3x0.

O Huracán ainda descontou no último lance do primeiro tempo. Milano fez boa jogada, invadiu a área e foi derrubado por Migliore. Cigogna cobrou o penal com força no canto direito, mas Migliore não alcançou: Huracán 1x3.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Nilson resolveu mudar as laterais, tirando Johnathan Ferrari e Luciatti, para colocar Tellechea e Erviti. Só fez a mudança por conta do estado do campo, que poderia provocar lesões.

O San Lorenzo diminuiu um pouco o ritmo, mas continuou dominando por completo o adversário. Fez mais um gol aos 5 minutos, com Reynoso, em linda jogada. O camisa 5 saiu da defesa tabelando primeiro com Romagnoli, depois com Piatti. Ao receber na esquerda, Reynoso trouxe para o pé direito e chutou cruzado, acertando o ângulo oposto de Islas e fazendo San Lorenzo 4x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Além de abrir o marcador e participar de todas as jogadas de ataque de sua equipe, mostrou todo o seu senso tático ao voltar para marcar e formar uma linha com Buffarini e Piatti, que impedia os toques para Cigogna.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 9 pontos
2° San Lorenzo - 6 pontos
3° Racing - 4 pontos, 10 gols pró
4° Boca Juniors - 4 pontos, 8 gols pró
5° Estudiantes - 3 pontos, 9 gols pró
6° Independiente - 3 pontos, 8 gols pró
7° Huracán - 3 pontos, 7 gols pró
8° Velez Sarsfield - 3 pontos, 5 gols pró

ARTILHARIA

1° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
2° Ruben Capria (Racing) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O mutirão se encerra nessa semana. No domingo, dois jogos começam a quarta rodada e, na terça, mais dois jogos para encerrar. No próximo final de semana, o campeonato volta ao ritmo normal.
  • Dois jogadores atingiram milestones. A derrota num Superclássico é dolorosa, mas o gol marcado por Riquelme foi o de número 50 dele com a camisa 10 do Boca. Já Verón também não teve motivos para comemorar com a derrota de seu time. Mas a cobrança perfeita de pênalti lhe rendeu o gol de número 30 com a camisa do Estudiantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!