sábado, 1 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quarta Rodada - 01/03/2014

Alô Niterói! Alô resto do mundo! Olha o Torneio Apertura 2014 chegando! Valeu! Sábado de carnaval, dia meio nublado mas extremamente tranquilo. A cidade vazia, por conta da folia de Momo, mas o Itaquá Dome recebendo um bom público na abertura da quarta rodada do Apertura 2014. Foram dois jogos de pura emoção, vamos a eles!

HURACÁN 3x2 RACING

A tabela nos reservou mais um duelo de desesperados, tanto Huracán quanto Racing tinham 3 derrotas em igual número de jogos e precisavam desesperadamente pontuar, para ter com o que brigar neste campeonato. O Huracán voltou a treinar forte seu esquema de defesa atenta o jogo inteiro e contra ataque letal, mas o treinador, Sr Rabina, havia pedido atenção especial a todos os seus jogadores, pois foi em falhas individuais que as derrotas vieram. Já do lado do Racing, treinos mais fortes por parte de Madeirite. Ele está desesperado com o péssimo futebol apresentado pela sua equipe e já teme um novo vexame no campeonato.

E foi a bola rolar para se ver que os temores de Madeirite eram mais que reais. Bem marcado, o Racing não criou e ainda viu um Huracán agudo, partindo para cima desde o início. Com um minuto, Milano invadiu a área e chutou. Saja defendeu, a bola ganhou efeito e ia entrando, quando Saja deu um tapa na bola. Os jogadores pressionaram o árbitro, Juan Carlos Loustau, mas este disse que a bola não havia entrado.

Aos 5, no entanto, o gol foi incontestável. Em uma jogada arriscada, Walter Ferrero desarmou Acosta e tocou para Minici na esquerda. O camisa 6 deu a Centurión na meia esquerda e o camisa 8 avançou, para chutar forte da intermediária e vencer Saja: Huracán 1x0.

O gol não serviu para acordar o Racing, que continuava jogando mal e via o Huracán rondar sua área em contra ataques perigosos. Mas, aos poucos, a equipe de Avellaneda começou a se soltar mais e criar oportunidades e o gol de empate veio na única jogada bem articulada da equipe no primeiro tempo. Saja cobrou tiro de meta para Martin Simeone, que deu a Ruben Capria no meio. O camisa 10 recebeu, levantou a cabeça e viu Acosta entrando livre na área. Com belo passe no meio de três jogadores, Capria encontrou Acosta na área e o camisa 9 só precisou tirar de Islas para empatar o jogo: Racing 1x1.

O gol foi uma bênção para a equipe que era dominada em campo e assustou o Huracán, mas a equipe de Buenos Aires continuou dominando as ações. Só que a sorte resolveu dar uma mãozinha ao Racing. Quando Martin Simeone avançou pela meia esquerda e arriscou um chute fraco da intermediária, o que se esperava era uma defesa fácil de Daniel Islas, mas o goleiro se atrapalhou e engoliu um frango nos acréscimos, que levava sua equipe para o intervalo com a desvantagem e o velho fantasma das falhas individuais: Racing 2x1.

No intervalo, Sr Rabina trocou Danelon e Milano por Erramuspe e Barrales. Já Madeirite tirou Quiroz (falhando muito no jogo) e Latorre (figura nula) para colocar Fariña e Hauche.

Se a intenção de Madeirite era consertar a entrada da área com um segundo volante, o tiro foi dado no pé e ainda respingou na perna. Logo com um minuto, Fariña abandonou seu posto e tentou ir ao ataque tabelando com Martin Simeone. Ao errar o passe, viu Centurión tocar rápido para Ruben Masantonio e o camisa 10 ir tabelando com Villarruel até invadir a área. Masantonio tentou driblar Saja e foi derrubado por ele. Cigogna cobrou o penal à meia altura e empatou o jogo, a despeito de Saja se esticar todo: Huracán 2x2.

A partir daí, o jogo foi todo do Huracán. A equipe voltou a dominar e o Racing sumiu. Fariña não cumpriu sua função na cabeça de área e Saja teve que se desdobrar para não sair de campo derrotado. Aos 8 minutos, porém, um lance que mostrou o desinteresse do Racing na partida decidiu a fatura para o outro lado. Ruben Capria recebeu de Gamboa livre no meio, para avançar até a entrada da área e decidir o jogo. Completamente alheio ao jogo, o camisa 10 acabou adiantando demais a bola. Islas saiu do gol, deu um carrinho e dividiu a bola com Capria. A bola ganhou velocidade, cruzou todo o campo e entrou mansa no gol de Saja. Islas marca seu terceiro gol com a camisa do Huracán e decide a partida: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Lucas Villarruel. A equipe do Huracán funcionou desta vez, mas a maior parte deste mérito é de seu camisa 13. Jogando de volante, não permitiu que o Racing avançasse pelo lado esquerdo da defesa do Huracán. Teve personalidade suficiente para sair com a bola e ajudar na armação, sendo responsável direto pelo empate, ao tabelar com Masantonio para que este sofresse o pênalti. Se multiplicou em campo e sai consagrado.

BOCA JUNIORS 3x1 SAN LORENZO

De um lado o Boca. Em três jogos, a equipe venceu uma e perdeu duas. Joga um futebol fraco e seu treinador Paralelo já dá pistas de que não continuará na equipe ao final do certame. Do outro, o San Lorenzo. A equipe de Almagro é surpreendente, em três jogos venceu os três e atua com um futebol bonito e convincente.

Só que foi um jogo muito ruim. Parece que os atletas já estavam na quarta-feira de cinzas, pois o que se viu até os 5 minutos foi uma sucessão de passes errados, jogadores saindo com a bola pela linha lateral e nenhuma jogada de perigo.

Somente aos 5, quando Romagnoli iniciou jogada na meia direita e passou a Piatti no meio, uma jogada de classe foi criada. O camisa 12 deu a Stracqualursi na área pela esquerda, o camisa 9 levou mais à ponta e cruzou rasteiro para o meio da área. Romagnoli entrou chutando de primeira e venceu Abbondanzieri para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

A partir daí, o San Lorenzo começou a jogar melhor e rondar a área do Boca. Stracqualursi, Raul 'Pipa' Estevez e Piatti cansaram de chutar a gol, mas Abbondanzieri se destacou com lindas defesas. Do lado xeneize, Palácio e Ibarra erravam tanto que a torcida já vaiava quando eles tocavam na bola.

O gol do Boca só sairia na sorte e ela sorriu ao time. Nos acréscimos, Riquelme tentava organizar uma jogada de ataque quando viu que não tinha opções para passar. Para piorar, tinha 4 jogadores formando uma muralha à sua frente. Ele resolveu arriscar de muito longe, crendo na pouca visão do goleiro diante do paredão de defensores. A bola subiu, encobriu Migliore e entrou no ângulo dele: Boca 1x1.

No intervalo, um desesperado Paralelo tentava dar algum padrão de jogo à sua equipe. Tirou os criticados Ibarra e Palácio e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Nilson tentava entender por que a sua equipe não atuava bem. Tirou os dois laterais, Johnathan Ferrari e Luciatti e colocou Tellechea e Erviti. A entrada do camisa 11 também servia para ajudar na saída de bola, pois Luciatti era muito acionado e pouco produzia.

A conversa no intervalo surtiu efeito para o Boca, que voltou dominando e passou a criar oportunidades. Também se aproveitava dos erros do San Lorenzo, que deixava muitos espaços graças à desorganização inexplicável de sua equipe.

Assim, não foi surpresa quando o Boca passou a frente aos 4 minutos. Basualdo já havia sido lançado por Riquelme em contra ataque na direita e chutou com força. Migliore voou e mandou a bola para lateral. Riquelme repôs para Basualdo, que estava no mesmo lugar do primeiro chute, e o camisa 11 chutou ainda sem ser incomodado, para enfim vencer Migliore: Boca 2x1.

A partir daí, nada mais deu certo para o San Lorenzo. Romagnoli passou a sofrer marcação individual de Cagna, Piatti tinha liberdade mas jogava mal e Stracqualursi se movimentava em vão. Foi em uma dessas, aos 8 minutos, que Arruabarrena desarmou o camisa 9 do San Lorenzo e tocou para Basualdo. O camisa recuou a Riquelme no meio e o camisa 10 tocou para Palermo na entrada da área. O centroavante dominou, girou e chutou forte para vencer Migliore e dar números finais ao confronto: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Ao lado de Abbondanzieri, único sobrevivente do péssimo primeiro tempo de sua equipe. Riquelme correu, buscou o jogo, mas não teve opções de passe. Assim sendo, resolveu sozinho a parada e empatou a partida. No segundo tempo, com mais liberdade, foi o maestro que se espera e deu o passe para os outros dois gols de sua equipe. Botou o bloco na rua e deu um baile neste carnaval.

NOTAS RÁPIDAS

  • O TJB não acolheu denúncia do Huracán contra o árbitro Juan Carlos Loustau, por não validar o primeiro gol contra o Racing. No entendimento dos auditores, o Huracán não apresentou provas do erro do árbitro e, por isso, a denúncia foi arquivada.
  • O milestone da rodada vai para Martin Simeone. O frango de Daniel Islas deu ao camisa 8 o seu décimo gol com a camisa do Racing.
  • Domingo é dia de carnaval na FIFUBO. A rodada se completa na segunda-feira, com River Plate x Estudiantes e Velez Sarsfield x Independiente.

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