sábado, 15 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Sexta Rodada - 15/03/2014

Foi neste sábado abafado, de muito calor, que foi iniciada a penúltima rodada do primeiro turno do Apertura. Em dois duelos de Davi contra Golias, Golias não teve muitos motivos para sorrir. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 3x6 HURACÁN

O primeiro Golias era o Boca Juniors. Vindo de duas vitórias convincentes contra San Lorenzo e Racing (ambas por 3x1), com Riquelme jogando com mais liberdade, a equipe tinha neste jogo a chance de finalmente fincar seu pé na zona de classificação aos playoffs. Paralelo mantinha a equipe e o esquema, dando liberdade a seu camisa 10 para ter mais uma tarde de gala. Já o Huracán, que também vinha de duas vitórias (3x2 no Racing e 4x2 no Velez), havia apreensão. Sem contar com Danelon (suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e sabedor de que o calor era mais um inimigo, Sr Rabina pediu a seus jogadores que jogassem fechados e não procurassem muita velocidade, para não cansar, pois havia apenas o atacante Barrales no banco de reservas.

Bastaram 30 segundos para o pesadelo do Boca começar, quando Cagna tentou devolver passe para Riquelme, mas fez falta em Ruben Masantonio. O camisa 10 tocou rápido para Centurión, que avançou em velocidade pela esquerda e, da intermediária, soltou a bomba e fez Huracán 1x0.

Atordoado com o gol, o Boca demorou a se encontrar na partida. A marcação forte e a falta de vontade de alguns em atuar neste sábado faziam o time não organizar jogadas. Riquelme atuava sozinho, levando uma ou outra ajuda de Arruabarrena pela esquerda. E foi com esses dois que o empate surgiu. Aos 4 minutos, Riquelme tocou a Arruabarrena, que devolveu ao camisa 10 no bico esquerdo da área. Riquelme girou o corpo, ajeitou a passada e chutou de pé direito para vencer Islas, empatando para o Boca: 1x1.

Mas o empate não diminuiu o ótimo jogo do Huracán, que contava com falhas do Boca para chegar à sua área. Já nos acréscimos, Escudero foi ao ataque e deixou um buraco. Palácio errou o passe e Minici tocou rápido para Centurión invadir a área e tocar na saída de Abbondanzieri: Huracán 2x1.

No último lance do primeiro tempo, um erro clamoroso do árbitro. Pelas regras da FIFUBO, ao completar 10 minutos, o primeiro tempo acaba quando a bola sai. Mas se chegar a 12, acaba de qualquer jeito. Já passava dos 12 minutos quando Riquelme recebeu de Cagna no meio de campo e chutou para empatar.  O gol, oficialmente, saiu aos 12:03 e os jogadores do Huracán partiram para cima, mas o policiamento evitou maiores conflitos.

No intervalo, Paralelo trocou Palácio e Escudero (que saíram vaiados) e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia. Já Sr Rabina colocou Barrales no lugar de Milano.

Quando se esperava que os jogadores do Huracán fossem perder a cabeça, eis que eles voltaram a liderar o marcador com apenas 30 segundos. Na saída de bola, Masantonio tocou para Centurión, recebeu na frente, tabelou com Villarruel, girou o corpo e acertou belo chute para fazer Huracán 3x2.

A partir daí, nada mais deu certo pro Boca. Só Riquelme jogava, mas não tinha mais com quem tocar. Para piorar, Battaglia saiu para jogar como volante e deixou um buraco na zaga, por onde Centurión entrou, após receber passe de Villarruel, e tocou na saída de Abbondanzieri para fazer seu hat trick aos 4 minutos: Huracán 4x2.

Aos 5, o que era uma vitória se transformou em goleada. Schelloto chutou, Islas defendeu, Barrientos deu um bico para o meio. Ruben Masantonio pegou a bola e tocou na esquerda para Barrales, que invadiu a área driblando Battaglia e chutou rasteiro para fazer Huracán 5x2.

Com a goleada deixando todos perplexos e os erros de passe, o Boca ainda viu um erro de Arruabarrena na esquerda se tornar um contra ataque rápido. O passe iria para Palermo, mas Alexis Ferrero foi mais esperto e tocou a Villarruel, que deu a Masantonio no meio, que tocou para Erramuspe na direita. O camisa 12 chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer seu primeiro gol com a camisa do El Globo: Huracán 6x2 aos 7 minutos.

A partir daí, o Huracán tocava sob gritos de olé e o Boca esperava o tempo passar. Aos 9 minutos, Riquelme conseguiu acabar com a roda de bobo e tocar para Guillermo Barros Schelloto avançar pela direita e chutar cruzado para fazer Boca 3x6.

Destaque do jogo: Centurión. Com uma exibição de gala, o camisa 8 do Huracán se desdobrou em campo. Marcou forte, reiniciou jogadas e se aventurou ao ataque. Com assistências e um hat trick, foi o grande nome da partida.

RIVER PLATE 3x3 RACING

O segundo Golias a entrar em campo era o River Plate. Líder do campeonato e único invicto, o time de Nuñez sabia que o Racing merecia respeito, mas que o grande favoritismo era do River mesmo. Francescoli mandou a campo a equipe que vinha atuando, crendo na vitória para se manter líder. Já o Racing vive o seu inferno astral de ligas. Com 5 derrotas em 5 jogos e o último lugar na tabela, era o único sem nenhum ponto até então no campeonato. Nos fortes treinos da semana, Madeirite viu em Ruben Capria alguém com  "sangue nos olhos", tanto é que o camisa 10 até organizou o aquecimento e pediu a palavra já em campo para mudar a situação do time no campeonato.

Pois foi com essa atitude que o Racing tomou as rédeas da partida. Com Ruben Capria bem assessorado por Martin Simeone, a equipe tocou a bola no campo de ataque do River e criou boas jogadas para seus atacantes. Tímido, o time de Nuñez não era aquela equipe que força o adversário a perder a bola e sai em contra ataques mortais, mas ainda assim tocava com inteligência e acertava a trave de Saja algumas vezes.

Foi quando, aos 4 minutos, saiu o primeiro gol em linda jogada de Ruben Capria. Ao receber de Martin Simeone, o camisa 10 avançou pela meia direita e deu lindo passe na esquerda. Almeyda se esticou para cortar, mas não alcançou a bola, que sobrou para Latorre chutar rasteiro e fazer Racing 1x0.

O gol assustou o River e fez o Racing crescer. A marcação funcionava e os ataques eram bem organizados. Aos 9 minutos, Acosta chutou e Carrizzo fez linda defesa, mandando a corner. Latorre cobrou curto para Acosta, que tentou driblar Carrizzo, mas ia saindo com bola e tudo. Só que o goleiro, completamente estabanado, foi em cima do camisa 9 e o derrubou. Pênalti que Ruben Capria cobrou à meia altura, no canto esquerdo de Carrizzo, que até foi na bola mas não a encontrou: Racing 2x0.

No desespero, o River deu a saída. Gallardo tocou linda bola para Trezeguet, que entrou em velocidade e já viu Saja caindo. Com isso, teve calma e tocou no outro canto, para fazer River 1x2.

No intervalo, Francescoli tirou Trezeguet e pôs Funes Mori. Apesar do gol, o camisa 7 era presa fácil para a marcação do Racing e Funes Mori era mais leve e ágil para fugir da marcação. Já Madeirite não mudou e pediu para seus jogadores continuarem em cima, pois a vitória viria.

Veio o segundo tempo e o River cresceu. Passou a tocar melhor no campo de ataque e ainda tinha boa consistência para segurar os contra ataques do adversário. Aos 3 minutos, Pelletieri fez falta em Placente na intermediária, pela direita. Gallardo cobrou no contrapé de Saja, que não pôde fazer nada para evitar o empate: River 2x2.

A partir daí, o Racing se desesperou. O que era uma vitória bonita e fácil estava virando uma derrota humilhante de virada. E isso porque a equipe empatava ainda! Mas Ruben Capria fez questão de botar a bola no pé e, aos berros, reorganizar o seu time. Aos 7 minutos, ele tocou para Acosta na direita. Paz saiu para desarmá-lo e falhou bisonhamente. Acosta, então, tocou de calcanhar para Ruben Capria, que trouxe para o pé esquerdo e, sem ângulo, arrumou um efeito incrível na bola para encobrir Carrizzo e marcar o gol mais bonito do sábado: Racing 3x2.

A partir daí, virou ataque contra defesa. O Racing na retranca, tentando segurar a vitória, e o River no desespero, defendendo a invencibilidade. De tanto tentar, o River empatou aos 9. Buonanotte fez boa jogada pela esquerda e deu um toquinho que permitiu a Funes Mori entrar na área e tocar na saída de Saja, fazendo River 3x3.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Tudo bem que o time inteiro jogou bem, que Saja fez defesas milagrosas, mas as atitudes do camisa 10 antes, durante e após o jogo mudaram a cara do Racing. Em campo, fez 2 gols, liderou todas as jogadas de ataque e ainda deu o passe para o outro gol, mostrando que se o time pode chegar longe, vai ser pelos seus pés.

NOTAS RÁPIDAS

  • Em reunião após a rodada, o TJB condenou o árbitro Wilson Neca, suspendendo-o por 2 sorteios após as 2 partidas em que ele ficará de fora naturalmente. Os auditores entenderam que o desconhecimento da regra que permitiu Riquelme chutar com o tempo esgotado e o penal não marcado no próprio Riquelme no segundo tempo eram suficientes para condená-lo.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores. Os dois gols marcados contra o Huracán fizeram Riquelme chegar a 30 com a camisa do Boca. Já o penal bem cobrado por Ruben Capria fez o camisa 10 do Racing chegar a 10 na carreira.

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