segunda-feira, 3 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quarta Rodada - 03/03/2014

Quanto riso, oh quanta alegria, mais de 75 mil torcedores presentes ao Itaquá Dome para assistir ao encerramento da quarta rodada do Apertura 2014, com dois jogos onde não faltou emoção! O sol abriu e ficou um calor forte. Dentro de campo, não foi diferente. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 5x2 ESTUDIANTES

Nos dois duelos do Clausura, o River Plate meteu 5x1 no Estudiantes. Para a partida de hoje, os comandados de Francescoli sabiam que a tarefa de repetir a goleada seria muito difícil. Mesmo assim, confiavam em seu jogo para derrubar a última equipe com 100% de aproveitamento no campeonato. Já do lado de La Plata, a empolgação estava em alta com a liderança. Bastava um empate para se isolar, mas a equipe tinha um sentimento de que, enfim, poderia jogar de igual para igual com o poderoso River Plate.

Mas bastou a bola rolar para o Estudiantes se apequenar. Com Rodrigo Braña dando espaços, Verón teve que ficar preso à cabeça de área, a fim de evitar que o River tivesse tanto espaço. Leandro Benítez e Enzo Perez eram figuras nulas e, com isso, o Estudiantes não atacou. Nas poucas vezes que chegou, Mauro Boselli não conseguia sequer dominar a bola. Já o River forçava o erro do Estudiantes e avançava em ataques perigosos.

De tanto martelar, conseguiu seu primeiro gol aos 4 minutos. Gallardo tocou na direita para Ortega, que serviu a Trezeguet no meio. Sem marcação, o camisa 7 avançou e chutou rasteiro na saída de Andujar, para fazer River 1x0.

O gol não acordou o Estudiantes, que continuava errando sem um pingo de organização. Já o River continuava em cima e o segundo gol veio aos 8 minutos, quando em jogada de contra ataque, Gallardo lançou a Ortega na direita e o camisa 10, novamente, serviu a Trezeguet no meio. Dentro da área, o camisa 7 deu um toque de cobertura e venceu Andujar, para fazer River 2x0.

No intervalo, para poupar, Francescoli tirou Buonanotte e colocou Funes Mori. Já Bayer, desesperado, tentava consertar as coisas. Tirou Braña e Boselli e lançou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Os que saíram foram muito vaiados quando a substituição foi realizada.

Mas nada mudou. Sanchez continuava dando os espaços que Rodrigo Braña havia dado no primeiro tempo. E foi assim que Berizzo interceptou passe que seria para Gastón Fernandez, lançando Funes Mori na esquerda. O camisa 9 ia avançar, mas foi derrubado por Enzo Perez. Gallardo cobrou direto, mesmo de tão longe, no lado oposto à barreira. Quando Andujar percebeu, a bola já estava dentro do gol, aos 2 minutos: River 3x0.

Tomando um chocolate, o Estudiantes se desesperou. O intuito, agora, era não levar uma goleada. Mas os erros de passe e os buracos deixados por Sanchez na cabeça de área foram cruciais para que tal resultado se desenhasse. Aos 4 minutos, Sanchez tentou ir ao ataque tabelando com Federico Fernandez e perdeu a bola para Ferrari. O camisa 2 tocou a Almeyda no meio, que reiniciou o ataque com Gallardo. O camisa 11 deu belo passe em profundidade para Trezeguet, que invadiu a área pelo meio e deslocou Andujar para fazer seu hat trick: River 4x0.

Na saída de bola, aos 5, Verón tocou para Enzo Perez, que tocou a Leandro Benítez na esquerda, que inverteu o jogo para Verón na direita. O resultado da chamada "figura 8" no meio de campo foi o camisa 11 chutando fraco e Carrizzo engolindo o frango, na única boa jogada tramada pelo Estudiantes até então: Estudiantes 1x4.
 
Os erros continuavam. Aos 7, Mathias Sanchez tentou passar para Hernan Rodrigo Lopez, mas perdeu a bola para Ferrari. O camisa 2 tocou a Almeyda na cabeça de área e o capitão tentou lançamento para Ortega. A bola sobrou para Marco Rojo, que foi deixar para Federico Fernandez. Só que o camisa 4 estava saindo da área para reiniciar o ataque e a bola ficou sozinha dentro da área, nos pés de Ortega, que chutou forte e venceu Andujar: River 5x1.

Tocando a bola, a equipe de Nuñez esperava o tempo passar. Nos acréscimos, Leandro Benítez tabelou com Marco Rojo e, da entrada da área, chutou cruzado para deixar um pingo de honra no ar: Estudiantes 2x5.

Destaque do jogo: David Trezeguet. O baile de carnaval do francês começou a ser desenhado no primeiro tempo, quando marcou duas vezes para levar sua equipe em vantagem para o intervalo. No segundo tempo, completou o carnaval do River ao fazer um hat trick e sair consagrado. Fora isso, foi o centroavante que se esperava, para onde as jogadas convergiam e por pouco não marcou mais gols.

VELEZ SARSFIELD 1x3 INDEPENDIENTE

Um jogo interessante se desenhava. Em ascensão, o Velez vinha de vitória sobre o Racing (3x1) e começava a apresentar o esboço de seu estilo de jogo. A única mudança era a entrada de Cubero no lugar de Romero, conforme plano de Valdir Espinoza de revezar os dois. Já o Independiente também tinha empolgação, após o empate com o River na rodada anterior (3x3). Bayer treinou a semana inteira mostrando o último jogo do Velez a seus atletas, com interesse dúbio: mostrar como joga o Velez e como ele quer o Independiente jogando, pelos dois lados e acionando todos os atletas. Uma importante mudança foi a troca de lado entre Busse e Fredes. Fredes jogaria na direita, marcando Insua individualmente.

E foi um jogo muito bom, o melhor da rodada. As duas equipes jogando com técnica apuradíssima, marcando bem no meio de campo e saindo em bons ataques. Os dois goleiros eram o destaque até os 8 minutos, quando Claudio Hussain saiu tabelando com Gino Peruzzi e arriscou de longe. Foi um chute fraco e de fácil defesa. Mas Hilário Navarro já estava pensando na reposição e se esqueceu de defender, engolindo um frango: Velez 1x0.

Apesar do resultado, os treinadores queriam manter as mesmas equipes para o segundo tempo, mas o forte calor os obrigou a mudar. Valdir Espinoza sacou Turco Assad (que não repetia a boa atuação da rodada anterior) e Fernando Gago, para colocar Lucas Pratto e Lucas Romero. A intenção dele era colocar os três volantes mais à frente, para impedir os avanços do Independiente. Já Bayer tirou Vella e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin. O intuito, aqui, era colocar o volante para fazer o lado direito, dando maior liberdade a Busse para apoiar Gracián.

Veio o segundo tempo e ficou claro o erro de Valdir Espinoza. Com a saída de Gago, os volantes se mandaram ao ataque desordenadamente e ficou um buraco na entrada da área do Velez. Foi por ali que o Independiente martelou o segundo tempo inteiro e Sosa teve que se desdobrar para garantir a vitória.

Porém, aos 4 minutos, Cubero chutou fraco e Navarro encaixou. O goleiro correu e lançou no meio para Gracián. O camisa 19 recebeu livre, avançou até a entrada da área e deu chute de muita categoria para vencer Sosa e fazer Independiente 1x1. Neste momento, o Velez tinha 6 jogadores no campo do Independiente, pedindo para levar o contra ataque.

Aos 5 minutos, um lance que poderia ter mudado o rumo do jogo. Em besteira de Montenegro, Navarro teve que tocar na bola fora da área, recebendo o cartão vermelho. Acevedo foi o sorteado para sair e cumprir a suspensão automática em seu lugar.

Mas, aos 7, um novo lance mudou a partida para o outro lado. Mareque tocou para Silvera, que deu a Busse na intermediária. O camisa 7 trouxe a bola para o meio e chutou. A bola tocou na trave e Sosa deu um tapa para tirá-la de dentro do gol. O juiz validou o gol e os jogadores do Velez partiram para cima dele: Independiente 2x1.

Contornada a confusão, os jogadores do Velez continuaram muito nervosos e partiram com tudo para o ataque, mas de forma desordenada. Melhor para o Independiente, que botou a bola no chão e tocou com inteligência para segurar o placar. Nos acréscimos, uma trama bem feita entre Gracián, Busse e Silvera deixou a bola ao feitio do camisa 11. Silvera chutou, Fredes meteu o pé na bola no meio do caminho e ela foi morrer do lado oposto aonde Sosa tinha ido: Independiente 3x1.

Destaque do jogo: Walter Busse. Com  o belo nó tático dado por Bayer, o camisa 7 teve mais liberdade para atacar. Auxiliou Gracián na armação, criou as melhores jogadas da equipe e foi premiado com o gol da virada.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 10 pontos
2° Estudiantes - 9 pontos, 14 gols pró
3° San Lorenzo - 9 pontos, 10 gols pró
4° Independiente - 7 pontos
5° Boca Juniors - 6 pontos
6° Huracán - 3 pontos, 8 gols pró
7° Velez Sarsfield - 3 pontos, 7 gols pró
8° Racing - 0 ponto

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 6 gols
2° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Nestor Silvera (Independiente) - 5 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Em reunião após a rodada, o TJB não acolheu o recurso do Velez, pedindo a punição ao árbitro Pedro Carlos Bregalda e ao Promotor, absolvendo ambos do suposto erro na partida entre Velez Sarsfield e Independiente.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores do River Plate. Com o hat trick, Trezeguet ultrapassou a marca dos 20 gols com a camisa milionária, assim como Ortega, que também chega aos 20.

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