Encerrada a primeira rodada do Apertura 2011 com dois bons jogos, incluindo o Superclássico! Vamos aos jogos!
CROL 3x3 Americano
Jogo com as duas equipes mais fracas do torneio, sinônimo de jogo ruim, certo? Errado! Foi um bom jogo, com as duas equipes mostrando que querem sair dessa incômoda situação de piores da Liga.
A equipe do Rio do Ouro está em situação oposta a de um ano atrás. Se no Apertura 2010 chegou com status de favorita, pela excelente pré-temporada, agora chega como virtual eliminada, cujo grande objetivo é tentar escapar da última colocação. O CROL jogou com: 1. Hobson; 2. Ma Luca, 3. Spinardi, 4. Rafinha, 6. Marquinho; 5. Dr L, 8. Nélcio, 11. Pablo, 10. Iverson (c); 9. Leozinho, 7. André.
O Americano disputa sua última competição. Após este Apertura, o Independiente pega sua vaga na Liga e o Americano passa a jogar apenas amistosos. Por isso, o treinador Bebeto quer que seus jogadores se divirtam e esqueçam a obrigação. A equipe jogou com: 1. Caetano; 2. Zandoná, 3. Célio Silva (c), 4. Odvan, 6. Wederson; 5. Januário, 8. Rondinelli, 9. Camilo, 10. Pelica, 11. Ronaldo; 7. Luciano Viana.
E foi a bola rolar para o marcador ser inaugurado. O Americano deu a saída, Pelica tocou para Ronaldo, que driblou a marcação de Iverson e chutou rasteiro para fazer Americano 1x0, com apenas 53 segundos de jogo.
O CROL não se desanimou e buscou o empate também em sua saída de bola. Com 2 minutos, Iverson recebeu de Pablo, deu um chapéu em Pelica, puxou com categoria para o pé esquerdo e fuzilou Caetano para fazer CROL 1x1.
O CROL começou a dominar o jogo e partir para o ataque. Em um desses lances, aos 5 minutos, Dr. L roubou a bola de Luciano Viana e fez lindo lançamento para Leozinho. O camisa 9 entrou na área e tirou Caetano da jogada para virar o jogo para a equipe do Rio do Ouro: CROL 2x1.
O CROL continuou dominando e perdendo oportunidades. Marquinhos, André, Leozinho, Iverson e Pablo acertaram a trave de Caetano, que teve muito trabalho. Como quem não faz, leva, o Americano fez o ditado ser seguido à risca. Nos acréscimos, Ronaldo recebeu de Rondinelli e arriscou de longe, acertando belo chute e empatando: Americano 2x2.
No intervalo, só o Americano mudou. Saíram Wederson, Camilo e Luciano Viana, entraram Pachola, Butti e Jack Jones.
O jogo continuou bom, embora o campo fosse castigado pelo sol forte. O Americano se poupava visivelmente e o CROL lutava mais contra o calor do que contra a equipe de Campos. Mas a sorte é madrasta do CROL e o Americano passou à frente aos 4 minutos. Ronaldo recebeu de Butti e, livre, soltou mais um de seus incríveis chutes para fazer seu hat-trick, tornar-se artilheiro do campeonato e fazer Americano 3x2.
O Americano segurava o resultado e o CROL ia desesperado para o ataque, de forma desordenada. Acabou recompensado aos 9 minutos, quando o lateral direito Ma Luca, jogando de meia esquerda, recebeu de Iverson e acertou bonito chute de bico, para empatar o jogo em 3 e levar para os pênaltis.
Nas cobranças penais, as 5 primeiras cobranças de cada time foram para o gol. Na sexta cobrança, Zandoná perdeu pelo Americano e Dr. L perdeu para o CROL. Na sétima cobrança, Jack Jones deslocou Hobson para fazer Americano 6x5 e André chutou para defesa de Caetano. O Americano vence, em ótimo jogo.
Destaque do jogo: Ronaldo. A equipe do Americano depende muito de seus chutes de longe. Neste jogo, ele acertou 3, marcou um hat-trick e ainda converteu o seu nas cobranças de pênaltis.
Boca Juniors 3x4 River Plate
E é chegada a hora tão esperada, a hora do Superclássico! O jogo anterior foi uma ótima preliminar para o que viria por aí, com Boca Juniors e River Plate enchendo o estádio e as esperanças de seus torcedores.
O Boca Juniors, do técnico Buchanan's Special Reserve 3, vinha empolgado pelo título da Copa Olé, justamente em cima do River, e jogava com: 1. Abbondanzieri; 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi, 3. Arruabarrena; 5. Serna (c), 8. Cagna, 11. Basualdo, 10. Riquelme; 19. Palácio, 9. Palermo.
O River Plate tinha por ordem não desanimar. Após perder a Copa Olé para o Boca e a final do Torneio Início para o Imperatriz, o técnico Francescoli dizia que era hora de sua equipe mostrar o favoritismo que surgiu na pré-temporada. A equipe jogou com: 1. Carrizo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 8. Coudet, 11. Gallardo; 10. Ortega, 9. Funes Mori, 30. Buonanotte.
O jogo começou bem, com o Boca organizado e sufocando o River, que não conseguia trocar 2 passes. Enquanto a equipe xeneize era ótima no ataque, forçando Carrizo a fazer ótimas defesas (como o milagre que tirou de Basualdo o primeiro gol), na defesa não criava espaços ao River. A impressão que dava era a de que o Boca jogava com 20 e o River, com apenas 5.
E foi nessa pressão que o Boca conseguiu abrir o marcador aos 5 minutos. Escudero pegou uma bola perdida por Buonanotte e fez um lançamento maravilhoso para Palácio. O camisa 19 entrou no buraco da zaga e, da entrada da área, chutou forte para explodir a torcida do Boca: 1x0.
O River acordou com o gol sofrido e conseguiu o empate aos 8 minutos. Buonanotte sofreu uma falta de Cagna, extremamente inútil, na entrada da área. Gallardo cobrou com perfeição e a torcida do River explodiu: 1x1.
O Boca continuou pressionando e o River se arriscava em contra-ataques. Em um deles, aos 10 minutos, Gallardo lançou Buonanotte, que tentou driblar o goleiro e foi derrubado. Pênalti que Ortega cobrou bem no canto esquerdo, mas Abbondanzieri pegou.
No intervalo, ambas as equipes trocaram seus camisas 8. O Boca tirou Cagna e colocou Battaglia; o River tirou Coudet e colocou Barrado.
O Boca continuou melhor, embora tenha perdido o meio de campo. Foi a vez de Riquelme acordar para o jogo. O camisa 10 xeneize começou a se movimentar e organizar as jogadas. Em uma delas, aos 4 minutos, Cagna lançou para a direita. Ibarra descobriu Riquelme na entrada da área e tocou para o camisa 10, que virou e acertou belo chute para colocar o Boca na frente novamente: Boca 2x1.
O River conseguiu contra-atacar na saída de bola, aos 5 minutos, para não levar distância dos oponentes. Gallardo tabelou com Barrado e, da intermediária, chutou com extrema categoria para correr para a torcida millionaria e comemorar mais um gol: River 2x2.
Nessa hora, o River conseguiu equilibrar as ações, mas o Boca continuou melhor. O River claramente esperava o Boca atacar para contra-atacar na sequência. Mas isso era perigoso, pois o Boca tinha primeiro a chance de marcar e foi assim que chegou ao terceiro gol. Ibarra foi ao ataque, tabelou com Riquelme e, da direita, chutou bonito e forte para fazer o terceiro aos 7 minutos: Boca 3x2.
Isso é perigoso, pois uma das leis de um clássico é que os menos cotados são os que decidem. Gallardo, então, resolveu chamar a responsabilidade. Em uma bela jogada, o camisa 11 pegou a bola no campo de defesa, partiu para o meio com 3 na sua cola e, com um passe genial, encontrou Funes Mori sozinho dentro da área. O camisa 9 tirou Abbondanzieri da jogada e correu para comemorar com a torcida: River 3x3.
Pois eis que uma lei maior se fez. Se menos cotados decidem muitos clássicos, mais clássicos são decididos pelos fora-de-série, mesmo que eles não estejam bem em campo. Isso aconteceu nos acréscimos, quando o River recuperou uma bola na defesa. Almeyda interceptou passe, tocou a Barrado que lançou no vazio para Ortega. O apagado camisa 10 avançou em velocidade e chutou rasteiro da entrada da área para decidir o Superclássico para o River: 4x3.
Destaque do jogo: Gallardo. O camisa 11 da equipe millionaria se superou. Sua equipe foi dominada, mas ele organizou o meio. Recuperava a bola na defesa, armava o jogo e concluia a gol. Marcou 2 e foi peça fundamental no sucesso de sua equipe.
Classificação:
1° Imperatriz - 1 vitória, 6 gols pró, 2 gols contra
2° River Plate - 1 vitória, 4 gols pró, 3 gols contra
3° Americano - 1 vitória, 3 gols pró, 3 gols contra
4° São Paulo - 1 vitória, 2 gols pró, 1 gol contra
5° CROL - 0 vitória, 3 gols pró, 3 gols contra
6° Boca Juniors - 0 vitória, 3 gols pró, 4 gols contra
7° Vasco - 0 vitória, 2 gols pró, 6 gols contra
8° Bangu - 0 vitória, 1 gol pró, 2 gols contra
Artilharia:
1° Ronaldo (Americano) - 3 gols
2° Elton, Rodrigo Pimpão, Etcheverry (Imperatriz), Gallardo (River Plate), Petkovic (Vasco) - 2 gols
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