sábado, 4 de julho de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Décima Quinta Rodada - 04/07/2020

No dia 4 de julho, se comemora a independência dos Estados Unidos. Mas este sábado frio e nublado não era uma data para se celebrar tal fato e sim a abertura da décima quinta rodada da Liga FIFUBO 2020, a sexta do returno. Os dois jogos foram emocionantes e o público que enfrentou o tempo adverso para ir ao Imperatriz Arena foi brindado com um fabuloso espetáculo.


INGLATERRA 1x2 ARGENTINA

Após folgar na rodada, o English Team vem a campo com todas as condições para assumir a liderança. Em segundo na tabela, os britânicos querem vencer para aproveitarem o fato de a Alemanha não jogar na rodada. A situação é melhor ainda porque, do outro lado, está a Argentina. Eliminada após perder na última rodada (0x2 França), a seleção platina só cumpre tabela daqui até o final do campeonato. Iniesta quer que sua equipe jogue em ritmo de treino, pois vai aproveitar as partidas finais da temporada regular para alinhar com os atletas aquilo que pretende ver daqui em diante. Para este jogo, Kranevitter e Scocco ganham uma chance, nos lugares de Demichelis e Tevez. No primeiro turno, Argentina 2x4 Inglaterra.

Quem não conhecesse a tabela e estivesse vendo o jogo juraria que a Argentina está nas primeiras posições e a Inglaterra, eliminada. Os sul americanos dominaram as ações desde o início e, tocando de pé em pé, chegavam à área rival com facilidade. O fato de terem um volante (Kranevitter) na zaga ajudava muito a saída de bola e a movimentação de Di Maria, tabelando com Messi, fazia com que as jogadas fluíssem bem para Scocco. A Inglaterra errava passes, principalmente com Lampard e Beckham e, com isso, a bola não chegava aos atacantes.

No único lance em que chegou, saiu o gol. Aos 7 minutos, Gerrard resolveu sair com a bola pelo meio e tentar ele mesmo a armação. Após driblar Conca, o camisa 4 abriu bem o jogo para Rooney na esquerda. O camisa 9 avançou em velocidade até a entrada da área e chutou forte, rasteira, no canto de Abbondanzieri: Inglaterra 1x0.

O gol era uma injustiça para o que a Argentina fazia até então, mas os jogadores não se importaram. Pelo contrário, continuaram insistindo nas jogadas até encontrarem o gol de empate. E ele veio aos 9 minutos, após boa triangulação entre Di Maria, Conca e Messi encontrar o camisa 10 na ponta direita. Messi deu dois dribles de futsal em Joe e Ashley Cole, virou o corpo quando invadiu a área e chutou cruzada de pé esquerdo. Paul Robinson se esticou todo, mas não achou: Argentina 1x1.

No intervalo, Alan Shearer tirou Rio Ferdinand e David Beckham para colocar Jamie Carragher e Michael Owen. Rooney seria o meia pela direita e, com Joe Cole, jogaria em velocidade pelas pontas, deixando Owen (pela direita) e Crouch (pela esquerda) como os alvos das jogadas de ataque. Andrés Iniesta tirou Gabriel Mercado e Lucas Alario para colocar Martin Demichelis e Carlos Tevez. Demichelis iria para a zaga, Kranevitter faria a lateral direita e o ataque teria dois jogadores de velocidade.

O jogo melhorou no segundo tempo. Owen deu maior velocidade ao ataque inglês e acertou duas bolas na trave de Abbondanzieri, mas Lampard ainda destoava dos demais. O camisa 8 atrasava as jogadas, errava passes e irritava seus companheiros. Do lado argentino, Conca ficou mais recuado, deixando Di Maria e Messi avançarem e tabelarem com Scocco e Tevez, formando um quarteto veloz na frente.

O gol da vitória só veio, no entanto, no último lance da partida. Já corriam os acréscimos quando Scocco concluiu e Robinson espalmou para o lado. Tevez ficou com o rebote, mas o goleiro correu e fechou o ângulo. Sem espaço e na linha de fundo, o camisa 11 fez a única jogada que podia. Com um toque para a linha de fundo, Tevez deixou o corpo e, enquanto a bola saía, o atacante era derrubado por Paul Robinson e Aristeu Tavares marcava a grande penalidade. Messi cobrou o pênalti alto, no lado esquerdo, com Robinson indo para o direito: Argentina 2x1.

Destaque do jogo: Leonel Vangioni. Apesar dos dois gols de Messi e de um ótimo jogo coletivo, o grande destaque foi o lateral esquerdo argentino. Com ótimo senso de marcação, Vangioni anulou Crouch no primeiro tempo. Bem na cobertura, ajudava a tirar quando a bola passava pela zaga. Partiu muito bem pelo lado esquerdo e ajudou na criação de jogadas. Foi um gigante.

FRANÇA 3x1 JAPÃO

Quatro vitórias em quatro jogos no returno, uma ascensão surpreendente, muitos gols e um futebol de primeira. Este é o resumo da França até aqui. A vitória na última rodada (2x0 Argentina) foi só mais uma nesta incrível campanha dos bleus no returno. Eles querem mais. Querem derrotar aqueles que são considerados uma pedra no sapato francês na FIFUBO. O Japão está muito longe da equipe que encantou os torcedores nos últimos anos, mas ainda incomoda os franceses. Após o empate na última rodada (1x1 Holanda), o time asiático está em situação delicadíssima na competição e precisa vencer todos os jogos, além de ter uma incrível combinação de resultados, para avançarem à próxima fase. Para piorar, Wakabayashi recebeu o cartão vermelho na última rodada e quem cumpre suspensão em seu lugar é Shingo Aoi. Assim, Matsuyama recebe uma oportunidade no time titular. No primeiro turno, Japão 2x0 França.

Aquele jogo, em 7 de março, foi há quase quatro meses atrás, mas parece que foi há muito mais tempo. A França é outra equipe, muito mais habilidosa  e dominante, e o Japão também. Lento, desorganizado, preguiçoso, parece um time amador. Assim, não foi surpresa a França dominar o jogo desde o pontapé inicial.

O primeiro gol, no entanto, veio só aos 6 minutos. Mas foi um exemplo de como a França de Figo é uma equipe de primeira linha. Após boa jogada pela esquerda, Djorkaeff explorou a bola em Ishizaki e ganhou o escanteio. Os jogadores correram para a área para o cruzamento, mas Henry cobrou bem forte, para fora da mesma, onde Djorkaeff pegou na ponta direita. Ao invés de ir ao fundo e cruzar, o camisa 6 recuou para Zidane no meio. O camisa 10 tabelou com Djorkaeff e recebeu de volta na ponta direita. Desta vez, Zidane foi ao fundo e cruzou para a área, com muito menos gente do que antes. Lá, encontrou Guivarch livre na marca do pênalti. O camisa 9 cabeceou forte, no alto, sem chances para Wakabayashi e finalizou uma jogada ensaiada incrível: França 1x0.

O segundo gol também veio em uma jogada que mostra como a França ensaia jogadas e seus jogadores sabem se posicionar para receberem a bola em condições. O entrosamento é tal, que os franceses passam a bola sem olhar. Já corriam os acréscimos quando Thuram fez um lançamento da direita para a esquerda e encontrou Djorkaeff. O camisa 6 foi levando a bola para a linha de fundo, como quem quer gastar o tempo e esperar o apito final. Hiroshi não gostou daquilo e partiu com tudo para cima do rival. Então, Djorkaeff deu um corte para dentro, Hiroshi passou lotado pela linha de lado e o camisa 6 europeu cruzou para a área. Desde o momento em que Djorkaeff começou a levar a bola para a linha de fundo, Guivarch saiu da direita e se posicionou na marca do pênalti, sabedor que a bola iria para lá. O cruzamento o encontrou livre e, com uma cabeçada no canto, Guivarch mandou baixa, sem chances para Wakabayashi: França 2x0.

No intervalo, Figo resolveu fazer experiências. Tirou Zidane e Henry para colocar Pires e Trezeguet. Assim, Deschamps ficaria centralizado no losango, mas mais recuado e, com isso, a França armaria pelos lados. Sr. Mikami também quis fazer experiências, apesar de ter só um homem no banco. Tirou Matsuyama e pôs Shun Nitta. Com isso, Misugi seria o primeiro volante, Taro Misaki recuaria para segundo volante e Nitta seria atacante pela direita.

O Japão melhorou na segunda etapa. Misugi deu mais qualidade à saída de bola, Misaki tabelava bem com Tsubasa  e Nitta fazia jogadas de velocidade pela ponta. Assim, Hyuga começou a receber mais bolas, mas mostrou que precisa de uma rezadeira. Ele acertou três na trave, sendo uma delas um tirambaço de longe. O gol teria que vir de outro lugar...

E ele veio, aos 4 minutos. A marcação estava toda em Tsubasa, Misaki, Nitta e Hyuga, mas ninguém percebeu quando Sawada partiu pela meia esquerda e o zagueiro Shingo Takasugi se mandou para o campo de ataque. O passe do camisa 7 encontrou Takasugi livre no meio, o camisa 4 invadiu a área e chutou de bico para vencer Barthez, marcando seu primeiro gol com a camisa japonesa: Japão 1x2.

Mas aquilo não foi nada além de um gol de honra. Aos 6 minutos, Deschamps abriu para Trezeguet na esquerda e o camisa 13 iria para as redes não fosse Hiroshi derrubá-lo no bico da área. Lizarazu cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira e fora do alcance de Wakabayashi, para fazer França 3x1.

Destaque do jogo: Stephane Guivarch. É incrível a evolução do camisa 9 sob o comando de Figo. Guivarch passou a ser o artilheiro que se espera, com bom posicionamento e jogadas pela ponta. Desta vez, marcou 2 gols e ajudou a França a manter os 100% de aproveitamento no returno.

NOTAS RÁPIDAS
  • A Inglaterra perdeu uma chance ímpar de voltar à liderança. Com a Alemanha folgando na rodada e enfrentando uma equipe já desclassificada, os Súditos da Rainha poderiam vencer tranquilamente e voltarem ao topo da tabela. Mas a segunda derrota em dois jogos sob o comando de Alan Shearer não só não os levaram à liderança, como podem ameaçar sua vaga nas semifinais. Eles podem terminar a rodada empatados com a França, mas ganhando no número de gols pró.
  • A França, por sua vez, navega em céu de brigadeiro. Com 100% de aproveitamento no segundo turno, a equipe de Figo é consistente, tem jogadas ensaiadas, bom posicionamento e vai demolindo seus adversários. É séria candidata não só à classificação, como ao título também. Hoje, jogam o melhor futebol da FIFUBO.
  • A rodada se encerra neste domingo e, a depender dos jogos de Brasil e Coreia do Sul, tanto o Japão quanto Camarões podem dar adeus à competição, restringindo a disputa das quatro vagas a cinco equipes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!