O domingo foi de sol, céu azul e temperatura baixa. As condições climáticas perfeitas levaram uma multidão ao Imperatriz Arena que, além de tudo, veria a primeira das chamadas "partidas de 6 pontos", ou seja, um dia pra lá de especial para o fã de futibou de butaum, que foi brindado com dois espetáculos de primeira grandeza.
BRASIL 4x4 FRANÇA
A partida mais aguardada da rodada colocava frente a frente duas equipes separadas por apenas um ponto na tabela. Em quinto, o Brasil vacilou na última rodada (2x2 Holanda) e esta é a sua última chance de depender das próprias pernas para ir à fase final do campeonato. Em quarto, a França tem 100% de aproveitamento no returno e vem de uma boa vitória (3x1 Japão), mirando as equipes de cima. No primeiro turno, França 2x4 Brasil.
Esta foi, com toda a certeza, a melhor partida de toda a Liga FIFUBO 2020, quiçá do ano. Um jogo de primeiríssima grandeza, com duas equipes jogando pra cima o tempo todo, jogadas de classe, craques em tudo quanto é posição, reviravoltas e muita emoção. Brasil e França fizeram aquilo que chamamos de "épico absoluto".
O Brasil armou um bom esquema defensivo, para marcar a França como ela joga: pelas pontas. Zé Roberto e Roberto Carlos faziam a marcação pela esquerda, com Edmilson na sobra pelo meio. Cafu e Kleberson faziam o mesmo pela direita, com Lúcio mais atrás. Zidane se mexia, mas Rivaldo e Ronaldinho fechavam o meio. Era necessário algo diferente, para mudar o quadro. E a França fez.
O primeiro gol veio logo a um minuto. Zidane esticou para Guivarch na ponta e Roberto Carlos, atento, se antecipou e roubou a bola. Com um passe para a meia esquerda, o camisa 6 encontrou Rivaldo, que se mandou para o campo de ataque. Ronaldo se deslocava pela esquerda, mas estava impedido. Então, Rivaldo avançou com a bola, atraiu a marcação para Ronaldo sair do impedimento e, quando isso ocorreu, o camisa 10 passou a bola para o Fenômeno. Ronaldo recebeu no bico esquerdo da área, invadiu em diagonal e chutou cruzado para vencer Barthez e fazer Brasil 1x0.
O gol fazia justiça ao melhor futebol dos sulamericanos, mas como dito anteriormente, a França fez diferente para sair da armadilha de Dorival Junior. Aos 6 minutos, Barthez cobrou tiro de meta para Zidane no meio de campo e o camisa 10 chamou Djorkaeff para participar do jogo. O camisa 6 avançou pela meia direita e procurou Guivarch no campo de ataque. Ao invés de abrir na ponta, como a França normalmente faz, o passe veio para o camisa 9 avançar pelo meio. Roberto Carlos veio para fechar a porta, Guivarch driblou para fora e, da entrada da área, acertou um lindo chute no canto de Carlos Germano para fazer França 1x1.
A partir dali, a França começou a dominar as ações, mas o Brasil não ficou atrás. O jogo ganhou mais emoção e a cada jogada os torcedores ficavam na ponta dos pés, sem saber quem ia fazer o segundo gol. E estes foram os europeus. Aos 9 minutos, Rivaldo fez falta em Lizarazu no campo francês. O camisa 3 tocou a Deschamps, que procurou Zidane no meio de campo. O camisa 10 avançou e abriu para Henry na ponta esquerda. O camisa 12 inverteu a jogada, trazendo para o meio e, da entrada da área, acertou um lindo chute colocado para vencer Carlos Germano e fazer França 2x1.
No intervalo, Dorival Junior tirou Kleberson e Ronaldinho para colocar Roque Junior e Alex. O Brasil faria uma linha de três zagueiros e Alex atuaria um pouco mais recuado. Figo tirou Desailly e Guivarch para colocar Pires e Trezeguet. Deschamps iria para a zaga e Pires faria a meia esquerda.
A França deu a saída de bola com Zidane e Pires fazendo uma tabela eletrizante. Os toques dos dois foram confundindo a defesa brasileira, até que Zidane deu um passe espetacular para dentro da área. Pires recebeu livre, deu um toque para o lado e foi derrubado por Carlos Germano. O pênalti assinalado por Luis Carlos Felix foi cobrado com perfeição por Zidane, no ângulo de Carlos Germano. O goleiro brasileiro se esticou, mas não alcançou: França 3x1.
A França voltou muito melhor para o segundo tempo e o Brasil, perdido com o novo esquema armado por Dorival Junior, demorou a se encontrar. Aos 3 minutos, um chute de Rivaldo sem direção saiu pela linha de fundo. Barthez cobrou o tiro de meta para Zidane no meio e o camisa 10 avançou sem marcação. Com Edmilson recuado para terceiro zagueiro, faltava um volante na entrada da área e os franceses perceberam. Zidane abriu na esquerda para Henry e correu para a meia lua. Henry devolveu-lhe a bola ali e o camisa 10, com um chute de primeira, acertou o ângulo de Carlos Germano para fazer França 4x1.
A goleada era justa para a inteligência dos jogadores franceses, mas uma tremenda injustiça para o que o futebol brasileiro tinha feito até então. Mas ainda tinha tempo e o jogo reservaria muitas emoções. Na saída de bola, aos 4 minutos, Ronaldo fez uma boa tabela com Rivaldo, recebeu de volta na entrada da área, driblou Deschamps e chutou rasteiro, no canto de Barthez para fazer Brasil 2x4.
Dorival Junior pediu a Edmilson que avançasse e jogasse de volante, corrigindo o posicionamento brasileiro. Mas Zidane e Pires ainda deitavam e rolavam no meio de campo e Henry, bem no ataque, concluía com perigo. Do lado brasileiro, Alex armava o jogo, Rivaldo atuava quase como terceiro atacante e Denilson e Ronaldo desperdiçavam oportunidades. O jogo ficou mais emocionante ainda.
Aos 7 minutos, Alex esticou boa bola para Ronaldo, mas Lizarazu apareceu bem e afastou para lateral. Alex repôs rapidamente, por cima de Lizarazu. Ronaldo invadiu a área e chutou na saída de Barthez para anotar o seu hat trick: Brasil 3x4.
A partir dali, nenhum torcedor conseguiu mais ficar sentado. A França saía de pé em pé com Zidane, Djorkaeff e Pires, levando a bola para Henry desperdiçar. O Brasil tinha Alex armando o jogo pela meia direita e buscando tabelas com Ronaldo.
Já nos acréscimos, um passe de Rivaldo para Denilson foi interceptado por Deschamps, que passou a Vieira para puxar o contra ataque. O camisa 4 procurou Pires no meio, mas Lúcio saiu enlouquecido do campo de defesa, deu um carrinho e ficou com a bola. Com uma esticada, encontrou Ronaldo na entrada da área. O camisa 9 partiu para cima de Blanc, driblou o camisa 5 adversário, invadiu a área e chutou forte, no alto, para dar números finais a um jogo incrível: Brasil 4x4.
Destaque do jogo: Ronaldo. Um jogo de altíssimo nível foi visto no Imperatriz Arena. Vários jogadores se destacaram. Zidane foi um maestro incrível, fez dois gols e participou dos outros dois. Mas não se pode desprezar o Grand Slam anotado por Ronaldo. Se fazer um hat trick já dá o prêmio de melhor jogador ao atleta, imagina marcar 4 gols e, praticamente sozinho, carregar uma equipe contra a França que tinha 100% de aproveitamento no returno? Ronaldo fez jus à alcunha de Fenômeno.
JAPÃO 0x2 INGLATERRA
O último jogo da rodada tinha dose de drama dos dois lados. Já desclassificados e devendo muito em 2020, os japoneses vêm de derrota (1x3 França) e o técnico Sr. Mikami os obrigou a jogarem cada uma das partidas finais da temporada regular como se fossem final. A Inglaterra também vem de derrota (1x2 Argentina) e ainda não venceu sob o comando de Alan Shearer. Precisam vencer para não saírem da zona de classificação. Shearer sacou Rooney para este jogo e colocou Owen em campo. No primeiro turno, Inglaterra 2x2 Japão.
A partida começou muito boa. Crouch jogava pelo lado esquerdo e era acionado o tempo todo, mas não conseguia entrar na área. Mesmo assim, concluía bem de fora da área e chegou a acertar o travessão de Wakabayashi. O Japão também começou bem, com Misugi e Tsubasa acionando Misaki e Hyuga. O camisa 9, que não marca há quatro meses, chegou a acertar o travessão de Paul Robinson. Porém, o tempo foi passando e o Japão foi diminuindo o ritmo, errando passes e os jogadores começaram a se irritar. Foi nesse momento que a Inglaterra se aproveitou.
Aos 6 minutos, Misugi se mandou para o campo de ataque, passou a Hyuga e Bridge deu um carrinho, mandando a lateral. Misugi correu para receber nas costas do lateral, como o terceiro gol do Brasil contra a França, mas Hyuga repôs curta, pedindo o passe de volta. Jun Misugi se irritou e deu um bico na bola, mandando a lateral. Enquanto os dois discutiam, Rio Ferdinand cobrou o lateral para a área, para Paul Robinson. O goleiro abriu na meia direita para Beckham que puxou o contra ataque. Com um passe para a ponta direita, o camisa 7 encontrou Owen e correu para o meio. Owen devolveu a bola próximo à entrada da área e Beckham mandou de primeira, o seu chute tradicional com força e efeito, para vencer Wakabayashi e fazer Inglaterra 1x0.
No intervalo, Sr. Mikami deu uma bronca enorme em Misugi e Hyuga, dizendo que ia manter os dois em campo e eles iam se entender na marra. O treinador tirou Makoto Soda e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Alan Shearer tirou Wayne Bridge e Joe Cole para colocar Jamie Carragher e Wayne Rooney. Rooney faria a meia esquerda e Carragher reforçaria a marcação pelo lado direito.
A fase japonesa é ruim e os jogadores começam a perder a disciplina. A bronca de Sr. Mikami não produziu efeito nenhum e foi Jun Misugi quem mostrou que estava de saco cheio. O camisa 8 diminuiu o ritmo, passou a andar em campo e não dar prosseguimento às jogadas. Tsubasa percebeu isso e chamou Ishizaki e Sawada para ajudarem na armação. Quando ficou claro que Hyuga também não faria nada, o alvo do ataque passou a ser Shun Nitta. O Japão melhorou somente após a metade do segundo tempo, mas as jogadas paravam nas defesas incríveis de Paul Robinson.
A Inglaterra criava suas jogadas, principalmente pela esquerda. Rooney entrou bem, fez boas jogadas em velocidade e criou para Crouch. O camisa 15 perdeu um par de oportunidades até calibrar o pé. Aos 5 minutos, Ashley Cole desarmou Nitta, passou a Gerrard no meio e o camisa 4 abriu a Rooney na esquerda. O camisa 9 avançou, atraiu a marcação e rolou para Crouch no meio. O camisa 15 deixou a bola rolar para trazer para o pé direito e acertou um lindo chute em arco, que entrou no ângulo de Wakabayashi e finalizou o placar: Inglaterra 2x0.
Destaque do jogo: Paul Robinson. A Inglaterra soube explorar as fraquezas japonesas para marcar um gol em cada tempo e ganhar o jogo. Mas isso só foi possível graças aos milagres operados por seu goleiro. Robinson fez defesas espetaculares em vários momentos do jogo e evitou o gol japonês que teria complicado a vida dos britânicos.
CLASSIFICAÇÃO
1º Coreia do Sul - 28 pontos, 32 gols pró;
2º Alemanha - 28 pontos, 27 gols pró;
3º Inglaterra - 27 pontos;
4º França - 25 pontos;
5º Brasil - 24 pontos;
6º Camarões - 14 pontos;
7º Argentina - 13 pontos, 17 gols pró;
8º Japão - 13 pontos, 16 gols pró
9º Holanda - 6 pontos
ARTILHARIA
1º Jayeon (Coreia do Sul) - 15 gols;
2º Ronaldo (Brasil) e Zinedine Zidane (França) - 11 gols;
4º Louis Mfede (Camarões) e Stephane Guivarch (França) - 10 gols
NOTAS RÁPIDAS
- Brasil e França fizeram o melhor jogo da Liga 2020 e mantiveram o campeonato totalmente aberto. Com uma partida de altíssimo nível, deram aos fãs um espetáculo de primeiríssima linha e fizeram com que o campeonato mantenha a emoção até o seu final.
- A Inglaterra também fez a sua parte, venceu bem e está um ponto atrás dos líderes do campeonato. O Japão escancarou para o mundo do futibou de butaum que há um problema gravíssimo entre Jun Misugi e Kojiro Hyuga, que explica por que os nipônicos não apresentaram absolutamente nada em 2020.
- Com apenas 4 pontos separando o líder do quinto colocado e duas rodadas para o fim da temporada regular, a FIFUBO terá muita emoção nestas rodadas que faltam. Na próxima, Inglaterra x Brasil e França x Coreia do Sul são jogos de 6 pontos, que podem mudar totalmente a tabela. Na última, é a vez de Alemanha x França e Coreia do Sul x Inglaterra. Ou seja, a competição ficará aberta até o último jogo.
- Esta rodada foi tão sensacional que três jogadores alcançaram milestone na rodada. O pênalti muito bem cobrado contra o Brasil fez Zidane alcançar 20 gols com a camisa da França. Mas o Grand Slam anotado por Ronaldo ofuscou um pouco esta marca, até porque o primeiro dos 4 gols que o Fenômeno marcou o fez chegar a 30 com a camisa do Brasil. Por fim, encerrar a rodada com vitória foi espetacular, mas marcar o gol e chegar a 20 com a camisa da Inglaterra foi inesquecível para Peter Crouch.
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