sábado, 28 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Relatório Final - 28/07/2018

Há pouco mais de um ano, a FIFUBO fazia a transição da "Era Profissional" para a "Era Moderna", onde desistia de vez de investir em botões argolados e passava a fazer times de botões fechados. O futebol de botão (de mesa ou futibou de butaum) é um passatempo muito divertido, mas as pessoas que o fabricam, distribuem e promovem são muito difíceis de se lidar. Com isso, ficou muito difícil conseguir times argolados de qualidade e a um preço acessível. Por esse motivo, a opção por fazer botões somente com o www.jogodebotao.com, que é de altíssima qualidade, um preço justo, mas também não faz argolados. Tudo bem, qual a diferença de um time argolado para um fechado, além do furo no meio? Nenhuma! Então foi daí que o Imperatriz renovou seu time, contratando a seleção brasileira de 2002, que acabou sendo o embrião do Projeto Copa do Mundo e desembocou no torneio que teve sua primeira versão em 2018 e terá uma nova edição a cada ano (sendo chamada de Mundial de Futibou de Butaum nos anos que não tiver Copa e Copa do Mundo de Futibou de Butaum nos anos de Copa). Esta postagem é para apresentar os números, curiosidades e um relatório de cada equipe.

O torneio começou no dia 16/06/2018 e se encerrou em 22/07/2018. Com oito equipes divididas em dois grupos de quatro equipes e as duas melhores se classificando para as semifinais, a Copa do Mundo teve, no Grupo A, Holanda, Japão, Alemanha e França e no grupo B, Camarões, Brasil, Inglaterra e Argentina. Foram 16 jogos e 72 gols marcados, uma média de 4,5 gols por jogo. Nos 16 jogos, 9 jogos terminaram com um vencedor e 7 terminaram em empate. Só na primeira fase, com 12 jogos, foram apenas 5 com um vencedor e 7 em igualdade. Nas semifinais e decisões, onde o empate levaria diretamente para os pênaltis, não houve igualdade; o vencedor foi definido no tempo regulamentar. Os 72 gols foram divididos por 38 jogadores diferentes; nas 16 partidas, 12 jogadores diferentes foram eleitos como melhor em campo e, nas mesmas 16 partidas, somente 3 levaram cartão amarelo e nenhum foi expulso.

O ataque mais positivo foi o do Japão, com 19 gols marcados, uma média de quase 4 gols por jogo. Do outro lado, Holanda e Camarões tiveram o ataque menos efetivo da competição, com apenas 4 gols marcados. A defesa menos vazada foi a da Argentina, que foi vazada apenas 5 vezes. Do outro lado, a Alemanha conseguiu a proeza de ser a defesa menos vazada e, ainda assim, chegar em quarto lugar. Os alemães sofreram 16 gols.

ANÁLISE DAS EQUIPES

Holanda - Tida como grande favorita ao título, a equipe dos Países Baixos decepcionou. Cabeça de chave do Grupo A, a Holanda estreou empatando com a França (2x2), perdeu para a Alemanha (0x3) e empatou com o Japão (2x2), sendo eliminada em último lugar em seu grupo. Com 2 pontos conquistados, 4 gols marcados e 7 sofridos, aquele futebol envolvente, de tabelas rápidas e inversões jamais foi visto. Difícil dizer um destaque, pois todos os jogadores fracassaram. Mas Dennis Bergkamp foi eleito o melhor contra o Japão, mostrando que se tivesse nas outras rodadas a mesma raça que demonstrou naquela partida, talvez sua equipe tivesse ido mais longe na competição.

Japão - O grande campeão da Copa do Mundo de Futibou de Butaum foi a maior sensação da temporada. Em um grupo com Alemanha, França e Holanda, a única certeza era que os japoneses não avançariam à fase final. Mas uma vitória atrás da outra, com um futebol organizado, mostrou que os japoneses não estavam para brincadeiras. O início foi incrível, batendo a Alemanha (3x1), dominando completamente os rivais. Veio a segunda rodada e a goleada sobre a França (7x3) rendeu não só elogios do mundo do futibou de butaum, mas também a classificação à fase final, o que permitiu poupar jogadores na última rodada, quando empatou com a Holanda (2x2) e terminou em primeiro no grupo A. Nas semifinais, vitória convincente sobre a Inglaterra (3x0) mostrava que o Japão vinha forte para o título, que se confirmou com a emocionante vitória sobre o Brasil (4x2). O Projeto Supercampeões, que começou lá atrás, em sucessivas peneiras para escolher os melhores jogadores, ganhou um toque de futebol arte com Bebeto. As partidas amistosas, empatando e perdendo para as seleções, serviu como aprendizado para os japoneses. Sempre aplicados, colocaram as lições em prática, corrigiram erros e deram um show na Copa do Mundo. O destaque da equipe foi Kojiro Hyuga. Apesar de Jun Misugi ter sido eleito o MVP da competição, foram os gols de Hyuga que levaram o Japão ao título. Com 8 gols em 5 jogos, o camisa 9 japonês alcança seu intento de ser um artilheiro mundialmente reconhecido. Mas é injusto dizer que só ele se destacou. Hoje, o mundo conhece Wakabayashi, Tsubasa, Misugi e tantos outros.

Alemanha - De grão em grão, o futebol de resultados alemão deu as caras neste mundial. Após estrear com uma surpreendente derrota para o Japão (1x3), os alemães venceram a Holanda com autoridade (3x0) e souberam jogar com o regulamento debaixo do braço contra a França (3x3) para garantirem a segunda vaga no grupo A. Na fase final, o desinteresse imperou e a equipe não marcou um gol sequer, perdendo nas semifinais para o Brasil (0x4) e na disputa do terceiro lugar para a Inglaterra (0x3), acabando o torneio na quarta posição. A Alemanha tem uma geração talentosa, de jogadores versáteis, mas precisa se interessar mais pelas competições para ir longe. O destaque da equipe foi Thomas Muller, que se alternou entre o meio de campo e o ataque e marcou 3 gols na competição, liderando a equipe alemã.

França - Outra grande decepção. Com o título da Jarra Tropon e o vice campeonato na Copa Stanley Rous, os franceses entraram com favoritismo para o torneio também por conta do bom futebol apresentado. Coube a Thierry Henry colocar os franceses na história da FIFUBO mais uma vez, ao marcar o primeiro gol da Copa do Mundo. Mas, com o empate com a Holanda (2x2), a derrota pro Japão (3x7) e o empate com a Alemanha (3x3), a França terminou em terceiro no seu grupo e foi eliminada ainda na primeira fase. O futebol dos franceses encantou, mas as falhas defensivas foram cruciais para a equipe não avançar à próxima fase. O gol sofrido para a Alemanha no último lance do jogo, após Pires tentar sair driblando próximo à sua área, mostra como os franceses pareciam desligados do jogo nos momentos decisivos. O destaque da equipe foi Youri Djorkaeff, que saiu do banco para mostrar todo o seu talento e provar que merece ser titular nesta equipe.

Camarões - Última equipe a chegar para a Copa do Mundo, o time africano só teve uma partida amistosa antes de estrear no torneio e foi se conhecendo durante a competição. Talvez isso explique a sua eliminação em último lugar no grupo B, após terminar com apenas um ponto a fase de classificação. Na estreia, contou mais com a soberba argentina para conseguir o empate (2x2). Depois, duas derrotas por 1x4 para Inglaterra e Brasil selaram o destino dos camaroneses. A equipe é alegre e joga um futebol divertido, mas irresponsável. E isso custa pontos para a equipe avançar nas competições que disputa. O destaque da equipe Louis Mfede, o maestro do time. O camisa 10 tem uma categoria impressionante e um senso de organização ímpar. Precisa de jogadores de qualidade ao seu lado, para poder mostrar toda a força do futebol africano.

Brasil - Sob desconfiança, os brasileiros vieram para esta Copa do Mundo precisando mostrar que o talento de seus jogadores pode levá-los ao título mundial. Parece que quando a competição começou, os brasileiros entraram num modo Copa do Mundo e começaram a encantar com seus dribles, jogadas geniais e toda a magia do futebol brasileiro. Mas a defesa falhava e fazia questão de manter a sombra da desconfiança sobre a camisa amarela. A estreia produziu o melhor jogo do ano até aqui, no empate contra a Inglaterra (3x3), mas o que ficou foi a forma como a defesa se posicionou ao entregar o empate depois do Brasil abrir 3x0. Na segunda rodada, novo empate. Desta vez, a igualdade com a Argentina (2x2) trouxe um sabor de vitória, pois os brasileiros perdiam e conseguiram empatar no último instante. Na última rodada, uma vitória sobre Camarões (4x1) com toda a demonstração de força que os brasileiros sabem dar e a classificação em primeiro no grupo B. Nas semifinais, mais demonstração de força e a melhor atuação da equipe na vitória sobre a Alemanha (4x0), inflamando os torcedores para a grande final. Mas, na disputa do título, o Brasil foi envolvido pelo ótimo futebol japonês e a derrota por 2x4 trouxe mais um vice campeonato à equipe, que já havia perdido a final da Jarra Tropon. O Brasil precisa encontrar o equilíbrio defensivo e fazer funcionar alguns setores. Quando isso acontecer, os títulos virão. O destaque da equipe foi Rivaldo, com sua habilidade fora do comum. O camisa 10 organizou a equipe, incentivou os companheiros e terminou a competição como vice artilheiro e um dos melhores.

Inglaterra - Outra favoritíssima ao título, a equipe da Terra da Rainha terminou como uma semi-decepção. Para quem vê o copo meio vazio, decepção; para quem vê o copo meio cheio, a medalha de bronze foi um excelente prêmio de consolação. Os ingleses começaram a competição mostrando um poder de recuperação enorme ao empatarem com o Brasil (3x3) após estarem perdendo por 0x3. Na segunda rodada, bateram Camarões (4x1) mostrando toda a sua superioridade. Na última e decisiva rodada, o drama foi até o último minuto e o empate com a Argentina (1x1) levou a equipe às semifinais em segundo no grupo B. Mas, na fase decisiva, perderam para o Japão (0x3), mesmo equilibrando o jogo na maior parte do tempo. A força do futebol inglês apareceu na disputa do terceiro lugar, com vitória de 3x0 sobre a Alemanha. Com um esquema único, de formação em linhas, o time inglês deixa muitos espaços entre as linhas e é ali que o equilíbrio precisa ser encontrado. Quando os jogadores conseguem compactar as linhas, ninguém bate os ingleses. O destaque da equipe foi David Beckham. Atuando bem em quase todas as partidas, o camisa 7 apareceu bem para as tabelas tanto no meio de campo quanto no ataque e terminou a competição com 3 gols.

Argentina - Um início promissor, dois jogos de dominação, três decepções e uma eliminação precoce. Assim foi a caminhada argentina na Copa do Mundo. Com um time em ascensão e um Lionel Messi pronto para ser protagonista, os argentinos entregavam o ouro e empatavam. Jogaram 3 partidas, dominaram Camarões e Brasil, cederam o empate nesses jogos (ambos terminando em 2x2) e fizeram um jogo de muita emoção contra a Inglaterra, mas o empate (1x1) decretou a eliminação precoce em terceiro lugar no grupo B. Algumas peças da equipe sentiram o peso de jogar uma Copa do Mundo e simplesmente sumiram, casos de Conca, Scocco e Alario. O destaque da equipe foi Lionel Messi, que jogou praticamente sozinho, anotou dois gols e foi eleito um dos melhores da competição.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1° Japão - 5 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 0 derrota, 19 gols pró, 8 gols contra
2° Brasil - 5 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 15 gols pró, 10 gols contra
3° Inglaterra - 5 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 11 gols pró, 8 gols contra
4° Alemanha - 5 jogos, 1 vitória, 1 empate, 4 derrotas, 7 gols pró, 16 gols contra
5° Argentina - 3 jogos, 0 vitória, 3 empates, 0 derrota, 5 gols pró, 5 gols contra
6° França - 3 jogos, 0 vitória, 2 empates, 1 derrota, 8 gols pró, 12 gols contra
7° Holanda - 3 jogos, 0 vitória, 2 empates, 1 derrota, 4 gols pró, 7 gols contra
8° Camarões - 3 jogos, 0 vitória, 1 empate, 2 derrota, 4 gols pró, 10 gols contra

ARTILHARIA

1° Kojiro Hyuga (Japão) - 8 gols
2° Denilson (Brasil) e Rivaldo (Brasil) - 4 gols
4° Thomas Muller (Alemanha), Ronaldo (Brasil), Youri Djorkaeff (França), David Beckham (Inglaterra), Michael Owen (Inglaterra), Jun Misugi (Japão) e Oliver Tsubasa (Japão) - 3 gols
11° Angel Di Maria (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Ronaldinho (Brasil), Louis Mfede (Camarões), Zinedine Zidane (França), Peter Crouch (Inglaterra), Takeshi Sawada (Japão) e Taro Misaki (Japão) - 2 gols
19° Miroslav Klose (Alemanha), Marco Reus (Alemanha), Mario Goetze (Alemanha), Toni Kroos (Alemanha), Ignácio Scocco (Argentina), Juninho (Brasil), Kleberson (Brasil), Émile Mbouh (Camarões), Roger Milla (Camarões), Stephane Guivarch (França), Thierry Henry (França), David Trezeguet (França), Patrick Kluivert (Holanda), Arthur Numan (Holanda), Giovanni Van Bronckhorst (Holanda), Boudewijn Zenden (Holanda), Jamie Carragher (Inglaterra), Joe Cole (Inglaterra), Frank Lampard (Inglaterra) e Ryo Ishizaki (Japão) - 1 gol

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sensação de ter realizado um sonho foi incrível. Parecia impossível conseguir juntar todas as equipes e fazer uma Copa do Mundo, mas as peças se encaixaram e o torneio rolou com toda a magia que uma Copa do Mundo ainda traz para mim. Para a próxima, ao menos mais uma equipe deve chegar e o formato deve ser modificado. Mas o certo é que, em 2019, teremos a segunda edição deste torneio.

Outras coisas importantes aconteceram durante o evento. A recuperação do histórico da FIFUBO desde o início da Era Amadora até os dias de hoje mostraram que Zenden é o primeiro jogador de seleções a alcançar a marca de 100 gols. Nesse meio tempo, a FMN entrou na vida da FIFUBO e, com isso, convites para se federar e disputar competições surgiram. As partidas no Praia Clube continuarão, mas os torneios ainda não são a prioridade. A intenção é se divertir, não tornar obrigação e foi por isso que tomamos a decisão de cancelar o Clausura desse ano, para não ter aquela obrigatoriedade de jogar todo final de semana para cumprir o calendário. As competições oficiais darão uma pausa, dando lugar a partidas amistosas, peladas e pequenos torneios, além do trabalho com artes, que será o objeto das próximas postagens.

Este blog terá uma seção para mostra de artes que funcionará da seguinte forma: um tema é escolhido e, dele, surgirá uma postagem falando de uma (ou algumas) equipe(s), com um histórico e, ao final, a arte daquela equipe. Exemplificando: o tema é campeonato brasileiro. A postagem trará dois times, por exemplo, Flamengo e Vasco. O texto falará do Flamengo, como a equipe joga neste brasileiro, talvez a classificação até o momento da postagem e, no final, a arte daquele time do Flamengo, com o goleiro, 12 jogadores de linha (os 10 titulares, um reserva para a defesa e outro para o ataque) e o treinador do momento. O mesmo acontecerá, na mesma postagem, para falar do Vasco.

Algumas postagens serão bem interessantes, trazendo equipes raras, que não estamos acostumados a ver nem no futebol, nem no futibou de butaum. Como andei recebendo pedidos para fabricação de artes e tive alguns problemas com pessoas tentando ganhar dinheiro fazendo download das minhas artes sem autorização, serei obrigado a colocar marca d'água, mas a original (que não irá na postagem) será sem a mesma. E assim vamos, mantendo o blog em atividade e os botões jogando!

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