domingo, 15 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Semifinais - 15/07/2018

Domingo de céu azul, temperatura agradável e Itaquá Dome lotado de torcedores, ávidos por conhecerem os finalistas da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Ao contrário das Ligas da FIFUBO, aqui não há vantagem para quem ficou em melhor situação na classificação, a não ser no mando de campo. Se não houver vencedor no tempo regulamentar, a passagem à final será decidida nos pênaltis! Mas não foi necessário. O público vibrou com os dois jogos e ganhou uma semana de especulações e mais especulações sobre quem levantará a taça no próximo domingo. Vamos conhecer os finalistas!

JAPÃO 3x0 INGLATERRA

Quem resolvesse apostar nesta partida até o início da Copa, diria que a Inglaterra era a favorita. Mas a Copa chegou e inverteu tudo. Primeiro colocado no grupo A, com uma campanha irretocável, o Japão é, hoje, o time a ser batido na Copa do Mundo. Bebeto promoveu a volta dos titulares (poupados contra a Holanda) e pediu a seus jogadores que continuassem a encarar os jogos com concentração e seriedade. A Inglaterra conseguiu uma classificação sofrida, com direito a bola na trave no último minuto, terminando em segundo no grupo B. David English acredita que sua equipe está em ascensão e é hora de dar a arrancada final rumo ao título. Peter Crouch seguia no time titular, deixando Rooney no banco.

Quem vê o placar acha que foi um passeio do Japão, mas se engana. Foi um jogo igual, com muitas chances de lado a lado, uma partida de altíssimo nível técnico. A diferença é que os japoneses aproveitaram as chances que tiveram, ao contrário dos ingleses. Wakabayashi se virou lá atrás para defender as bolas que vinham de todos os lados do campo, em tramas onde Lampard, Gerrard, Beckham, Joe Cole e Peter Crouch apareciam. O meio de campo e o ataque inglês funcionaram muito bem. Do outro lado, Paul Robinson tinha que operar verdadeiros milagres, pois Tsubasa atuou mais próximo de Misaki e Hyuga, promovendo triangulações e fazendo um verdadeiro bombardeio ao arco inglês.

Com tantas chances assim de lado a lado, o primeiro gol só saiu aos 9 minutos. Hyuga cobrou lateral no campo de ataque para Misaki, na ponta direita. O camisa 11 viu Tsubasa na meia lua e tocou a bola para ele. O camisa 10, de costas pro gol e vendo a marcação chegar, rolou para trás, onde Hyuga apareceu feito um raio e mandou seu famoso Tiger Shot para vencer Robinson e fazer Japão 1x0.

No intervalo, Bebeto reforçou a marcação e apostou nos contra ataques. Tirou Ishizaki e Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Já David English tirou Ferdinand e Owen para colocar Carragher e Rooney. Crouch passaria para o lado direito de ataque e entraria mais na área, enquanto Rooney atuaria fora da área, pelo lado esquerdo.

As mudanças melhoraram muito o time inglês, que amassou o Japão desde o início. A entrada de Carragher deu mais consistência à defesa e permitiu a Lampard e Beckham atuarem como verdadeiros atacantes. A dupla infernizou os japoneses, com trocas de passe que puxavam a marcação e deixavam a sobra para Crouch finalizar. Mas Wakabayashi defendia tudo que chegava ao seu gol. Ele fez três defesas quase impossíveis. Em duas cobranças de falta de Beckham, uma no bico direito e outra de frente pro gol na entrada da área, o goleiro japonês voou e tocou de ponta de dedos para escanteio. Em uma jogada de escanteio conhecida como "elevador de rugby", o goleiro se esticou todo para espalmar a cabeçada de Lampard. E também foi arrojado ao sair aos pés de Crouch, aos 7 minutos, para evitar mais um gol.

E foi nessa defesa que o jogo mudou. Após a dividida entre o goleiro japonês e o atacante inglês, Takasugi afastou da área para o meio de campo, onde Sawada pegou e abriu na esquerda para Soda. O camisa 6 avançou pelo buraco deixado por Beckham e deu belo passe em profundidade, no corredor, encontrando Hyuga dentro da área. O camisa 9 tinha Carragher na frente, mas chutou assim mesmo. A bola bateu no camisa 12 inglês e matou Robinson: Japão 2x0.

Nesse momento, com dois gols de desvantagem e três minutos para buscar a igualdade, a Inglaterra deixou a tática de lado e foi com tudo para o ataque. Mas o Japão, apesar de ter uma equipe jovem, parecia um time de veteranos, tamanha a calma e experiência com que se seguraram. E assim foi até os acréscimos, quando Hyuga fez o lance mais genial da partida. Beckham avançava pela direita quando o camisa 9 japonês apareceu por trás e lhe roubou a bola de forma limpa. O camisa 7 inglês tentou recuperá-la, mas tomou um drible desmoralizante de Hyuga, que passou a bola a Tsubasa no meio. O camisa  10 tocou a Sawada para gastar o tempo, mas Hyuga não queria saber disso e, correndo, pediu a bola. Sawada lhe passou no campo de ataque e Hyuga avançou até, da intermediária, soltar o Tiger Shot mais uma vez e fazer seu hat trick: Japão 3x0.

O Japão chega à final com inteira justiça. A equipe foi muito equilibrada novamente, teve calma diante de um adversário consagrado e precisão cirúrgica para matar o jogo. À Inglaterra resta lutar pela medalha de bronze, mas com a certeza de que fizeram um bom jogo. O time jogou uma de suas melhores partidas no torneio, mas saiu zerada graças às grandes defesas do goleiro adversário.

Destaque do jogo: Kojiro Hyuga. Até o lance genial do terceiro gol, o prêmio de melhor em campo ia para Wakabayashi e suas defesas salvadoras. Mas não dá para desprezar um camisa 9 que anota um hat trick na semifinal de Copa do Mundo e despacha a atual campeã da Copa Stanley Rous, uma das favoritas ao título mundial. Hyuga se multiplicou em campo, ajudando no desarme, armando o jogo e concluindo. No primeiro tempo, suas tabelas com Tsubasa e Misaki levaram o adversário à loucura e seus três gols, o Japão à final.

BRASIL 4x0 ALEMANHA

O Brasil chegou às semifinais como primeiro de seu grupo, mas um alerta amarelo piscando quase em tons de vermelho. A equipe venceu Camarões (4x1) em placar elástico, mas jogando muito mal e teve problemas nos empates com a Inglaterra (3x3, quando permitiu a igualdade depois de abrir 3x0) e Argentina (2x2, dominada pelo adversário). Ronaldinho foi mantido na ponta direita e o treinador Madeirite pediu atenção total, pois o adversário já aprontou contra outras favoritas. A Alemanha conseguiu a vaga em segundo no seu grupo, com um estilo de ir "esquentando" durante os jogos. O time é dominado, o adversário aperta, mas a Alemanha vai fazendo o seu jogo com calma, envolvendo o oponente até derrubá-lo. Foi assim contra a França, quando os franceses dominaram o jogo e já comemoravam a classificação até perderem a última bola do jogo e os alemães empatarem, conquistando a vaga.

Mas nada disso aconteceu aqui. Os alertas de Madeirite surtiram efeito e o Brasil dominou do início ao fim. O gol relâmpago ajudou. Na saída de bola, Rivaldo fez o "toca y me voy" com Ronaldo e recebeu de volta já dentro da área. Neuer saiu do gol, mas o camisa 10 brasileiro deu um leve toque por cima e saiu para comemorar: Brasil 1x0, com apenas 17 segundos de jogo.

Depois do gol, o Brasil teve um pequeno período idêntico ao jogo contra Camarões. Marcou cedo e se trancou na defesa, embolando o jogo e não produzindo nada. Do lado de fora, Madeirite berrava com seus jogadores e orientava o posicionamento e, assim, a equipe conseguiu se reorganizar e buscar a classificação.

Aos 3 minutos, Ronaldinho desarmou Podolski na ponta direita e tocou a Cafu. O camisa 2 viu uma barreira alemã à sua frente e, assim, preferiu retornar a Rivaldo no meio de campo. O camisa 10 recebeu, levantou a cabeça e viu Ronaldo saindo da ponta para o meio. O passe foi preciso e Ronaldo avançou com a bola dominada e Schweinsteiger a lhe marcar. Com uma quebra de asa, o camisa 9 brasileiro se livrou do marcador e trouxe a bola pro pé direito, na entrada da área e de frente pro gol. Ali, foi só dar o tapa no canto esquerdo de Neuer e celebrar mais um gol: Brasil 2x0.

A Alemanha não conseguia jogar, apesar de ter os jogadores em ótima forma. Kroos, Muller, Klose e Podolski se movimentavam e tentavam as tabelas, mas Cafu, Lúcio, Edmilson, Kleberson e Juninho estavam perfeitos na marcação, impedindo os avanços do adversário. Lá na frente, Rivaldo se movimentava pelo campo de ataque distribuindo o jogo e os atacantes se fartavam de perder oportunidades.

Aos 9 minutos, nada pôde ser feito. Carlos Germano cobrou tiro de meta para Juninho na intermediária e o camisa 19 tocou a Rivaldo no meio. O camisa 10 abriu para Ronaldinho na direita, o camisa 7 trouxe para o meio e rolou a Ronaldo na entrada da área, na jogada que ficou eternizada com o River Plate. O camisa 9 deu um drible de corpo desmoralizante, deixando Schweinsteiger no chão, e deu um chute de trivela perfeito. A bola bateu no travessão e morreu mansa no gol de Neuer: Brasil 3x0.

No intervalo, Madeirite previu os movimentos do oponente e mudou o lado esquerdo. Saíram Roberto Carlos e Denilson e entraram Roque Junior e Romário. Enquanto o camisa 4 ajudaria a reforçar a marcação, o camisa 11 jogaria na posição que mais gosta, pronto para ajudar nos contra ataques. Já Lothar Matthaus resolveu apostar no 3-4-3 que fez sucesso contra a França, mas pecou nas mudanças. Saíram Schweinsteiger e Reus e entraram Draxler e Goetze. Os comentaristas criticaram a mudança, pois Reus seria muito importante no esquema e o escolhido para sair com Schweinsteiger deveria ser Lahm, mas Matthaus apostou no camisa 3 no meio, aberto pela esquerda. Hummels, Mertesacker e Badstuber formariam uma trinca de zagueiros; Draxler e Lahm ficariam no meio, abertos nas laterais; Kroos e Muller fariam o meio de campo pelo centro; Podolski e Goetze abririam nas pontas no ataque e Klose ficaria como centroavante.

A mudança foi interessante, pois os alemães ocuparam melhor o campo de jogo e tiveram mais a bola. Mas o Brasil estava impecável e conseguiu rechaçar todas as tentativas alemãs de chegar perto da área. Os brasileiros cansaram e passaram a tocar a bola, mas ainda tiveram as melhores chances do jogo. Já nos acréscimos, Ronaldo recebeu na lateral esquerda da área, foi levando a bola para a linha de fundo e deu um passe para trás. Roque Junior apareceu de surpresa e iria entrar na área, mas Klose o derrubou. A falta, a um passo da risca da grande área, era perfeita para Ronaldinho. O camisa 7 cobrou com perfeição, por cima da barreira, e colocou o Brasil na final: 4x0.

A excelente exibição leva o Brasil à decisão com inteira justiça. A equipe foi perfeita, tanto do ponto de vista físico, como do tático e do técnico. Dominou do início ao fim. A Alemanha, por sua vez, não conseguiu encaixar seu jogo diante do poderio adversário. Terá uma semana de trabalho para tentar juntar os cacos e se preparar para disputar a medalha de bronze.

Destaque do jogo: Ronaldo. Quando joga no comando de ataque e recebe a bola, é decisivo. Ronaldo não fez isso contra Camarões e, por isso, teve dificuldades. Aqui, foi desde o início para o campo de ataque e conseguiu, assim, marcar duas vezes. Ainda deu o passe para Rivaldo fazer o primeiro gol e iniciou a jogada que resultaria no gol de Ronaldinho.

NOTAS RÁPIDAS

  • A decisão do terceiro lugar, entre Alemanha e Inglaterra, será no sábado. A final, entre Brasil e Japão, será no domingo. A ordem das equipes foi decidida por sorteio, mas o mando será dividido em ambos os jogos, com troca de lado no intervalo.
  • Dois jogadores atingiram milestones na rodada, chegando a 10 gols com a camisa de suas seleções. São eles Ronaldo e Hyuga, que farão um incrível duelo de camisas 9 na grande final.

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