sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Sexta Rodada - 15/09/2017

Por problemas de agenda, o início da sexta rodada do Clausura teve que ser antecipado para esta sexta-feira com cara de verão. Um dia seco e de calor forte, que trouxe um bom público ao Itaquá Dome para assistir à única chuva do dia: uma chuva de gols.

RACING 2x3 VELEZ SARSFIELD

Uma partida interessante, com dois estilos parecidos e a necessidade de afirmação. Esses eram os ingredientes do jogo de abertura da sexta rodada. O Racing vem de vitória (3x1 Huracán), mas a campanha pobre no primeiro turno (2 vitórias e 3 derrotas) já traz críticas. O Velez, por sua vez, quer se afirmar no grupo de cima e buscar a liderança do campeonato.

Foi um jogo de altíssimo nível técnico. O Racing jogou com organização desde o início e partiu ordenadamente para o ataque. O Velez não ficou atrás e conseguiu partir para o ataque com Insua inspirado.

O Racing abriu o marcador logo a um minuto, em boa jogada de contra ataque. Insua abriu na esquerda para Turco Assad, mas Gamboa o desarmou, tocando a Diego Capria na direita. O camisa 2 tocou a Acosta e foi tabelando com o camisa 9 até o campo de ataque. Com um passe preciso, deixou Acosta livre dentro da área para chutar cruzado e vencer Sosa: Racing 1x0.

O Velez não se acanhou e partiu para o campo de ataque, em busca do empate. Aos 6 minutos, Saja repôs no meio para Ruben Capria, que avançou e tocou na direita para Acosta. Mas o passe foi forte demais, a bola bateu no pé no camisa 9 e correu para dentro da área. Sosa pegou e abriu rápido na esquerda para Sebá Dominguez, que procurou Insua no meio. O camisa 11 avançou no contra ataque e fez um lindo toque nas costas da zaga para Dario Hussain, que recebeu já dentro da área e deslocou Saja, fazendo Velez 1x1.

O empate parecia consolidado no primeiro tempo, mas Turco Assad se atrapalhou com a bola nos acréscimos e permitiu um contra ataque ao Racing. Gamboa esticou para Acosta, que fez o 'dois-um' com Pelletieri e recebeu de volta dentro da área, chutando no alto e sem chances para Sosa, fazendo Racing 2x1.

No intervalo, Paralelo ousou. Além de Enrique (que destoava do resto da defesa), tirou Ruben Capria (que jogava muito mal) e colocou Fariña e Hauche em seus lugares. Hauche iria para o ataque e Latorre faria a armação, enquanto a faixa de capitão ia para Diego Capria. Já Tripa Seca tirou Peruzzi e colocou Cubero em seu lugar, continuando sua punição a Lucas Pratto. Além disso, armou uma jogada na saída de bola.

E as mudanças de Tripa Seca deram um efeito incrível ao time. O Velez precisou de 30 segundos para empatar o jogo. Em jogada ensaiada, Insua fez o 'toca y me voy' com Romero, recebendo na frente. Saja saiu para bloqueá-lo, mas o camisa 11 tocou à direita, onde Cubero apareceu de surpresa. Com o gol aberto, o camisa 13 mandou belo chute e empatou o jogo: Velez 2x2.

Não foi só por essa jogada que o Velez melhorou no intervalo. Mais bem posicionado em campo, o time conseguia neutralizar as jogadas do Racing e sair organizadamente para o ataque. O Racing jogava muito bem também, mas as mudanças não surtiram efeito. Em duas ocasiões, Acosta e Latorre fizeram triangulações perfeitas no campo de ataque, mas o terceiro lado desse triângulo era Hauche, que sempre perdia a bola.

O Velez alcançou a vitória aos 7 minutos. Dario Hussain cobrou lateral para Insua e o camisa 11 trouxe para o pé esquerdo para inverter a Turco Assad na esquerda. Mas o passe foi curto e na direção da meia lua. Dario Hussain percebeu e correu para o ponto futuro, onde recebeu livre. Com um toque de cobertura, tirou a bola de Saja e deu a vitória ao seu time: Velez 3x2.

Destaque do jogo: Dario Hussain. Com 2 gols e movimentação constante, o camisa 10 foi o grande nome da partida. Buscou tabelas, se desmarcou e ajudou a equipe a conquistar uma importante vitória.

RIVER PLATE 6x3 HURACÁN

Em outros tempos, este seria um duro desafio para o River. O Huracán sempre foi uma pedra no sapato da equipe de Nuñez, mas nesse ano a realidade é outra. O River aprendeu a marcar o contra ataque adversário e lhe dá a iniciativa de jogo, justamente onde o Huracán é mais fraco. O problema é que já são duas rodadas sem vencer (2x4 Boca e 4x4 Estudiantes) e Trezeguet, destaque absoluto do ano na FIFUBO, não repetiu as boas atuações do primeiro semestre uma vez sequer aqui. O Huracán só venceu duas partidas, mas justamente contra equipes consideradas favoritas ao título (3x2 Boca e 4x1 Velez). O sentimento é o de que, quando Cigogna joga bem, a equipe ganha.

E este foi um jogo em que Cigogna se destacou. A bola rolou e o camisa 9 se mandou para o ataque, se mexendo e procurando o jogo. Foi agraciado logo aos 2 minutos, ao receber de Centurión e arriscar o chute. A bola saiu quicando e Carrizzo se atrapalhou, espalmando para a frente. Ferrari pegou o rebote e girou para sair jogando, mas Cigogna estava logo atrás dele. O mito roubou a bola do camisa 2 e soltou o scopetazzo, desta vez sem chances para o goleiro rival: Huracán 1x0.

O River se assustou com o gol, mas procurou o empate de forma organizada, tocando de pé em pé. E assim conseguiu, aos 4 minutos. Almeyda recuperou bola que ia para Milano e tocou a Gallardo no meio. O camisa 11 abriu na direita para Ferrari, que viu Trezeguet se deslocando do meio para a direita. O passe foi preciso e o camisa 7 recebeu no bico da área, driblando Walter Ferrero para fora e chutando cruzado, sem chances para Islas: River 1x1.

O Huracán não se acanhou e continuou em cima. Aos 6 minutos, Masantonio e Centurión foram tabelando até a entrada da área. Masantonio ia entrar na área quando foi derrubado por Almeyda. A falta era mais para o lado direito da meia lua, mas Cigogna ajeitou assim mesmo, soltando um scopetazzo e vencendo Carrizzo. A bola tocou no travessão antes de morrer no fundo das redes: Huracán 2x1.

O River empatou na saída de bola, aos 7 minutos. Gallardo fez o 'toca y me voy' com Trezeguet e recebeu de costas pro gol. Ao invés de girar, ajeitou para trás, pois Trezeguet vinha correndo. O camisa 7 recebeu e chutou de primeira, colocado, para vencer Islas novamente e fazer River 2x2.

O Huracán voltou a ficar na frente na saída de bola, aos 8 minutos. Ruben Masantonio  fez o 'toca y me voy' com Centurión, recebeu na entrada da área e viu Carrizzo saindo. Deu um lindo drible para dentro e empurrou para o gol vazio: Huracán 3x2.

O River não conseguiu empatar na saída, mas apertou a marcação para buscar a bola e buscar a igualdade. Foi premiado nos acréscimos, quando Gallardo correu atrás de Masantonio e o impediu de passar a bola para Cigogna. O camisa 11 ficou com a bola e correu pelo meio, passando a Ortega na direita. O camisa 10 trouxe da  ponta para o meio e rolou para Trezeguet, que chutou de primeira fez seu hat trick na jogada mais tradicional da equipe: River 3x3.

No intervalo deste eletrizante jogo, Francescoli gesticulava muito e reclamava do posicionamento defensivo. Tirou Almeyda e Buonanotte para colocar Coudet e Funes Mori. Ferrari seria o capitão mais uma vez. Já Sr Rabina tirou Walter Ferrero e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Ele acusou o camisa 4 de ser o responsável pelo hat trick de Trezeguet, mas o camisa 7 marcou um gol de cada ponta e um pelo meio...

As mudanças de Francescoli deram nova cara à equipe. O time passou a marcar melhor e sair ao ataque de forma bem organizada. Já Sr Rabina matou o time com suas mudanças. A pior de todas foi passar Cigogna para o lado direito, onde não recebeu uma bola sequer e, quando tentou voltar ao lado esquerdo, foi cercado por até cinco jogadores.

Além de tudo, Francescoli armou uma jogada na saída de bola. Gallardo fez o 'toca y me voy', mas Trezeguet passou para o lado direito, oposto aonde o camisa 11 tinha ido, transformando a jogada em 'figura 8'. Ferrari recebeu livre, invadiu a área, viu Islas sair e deu um toque para o lado direito. O camisa 1 esticou a perna e derrubou Ferrari. O próprio camisa 2 cobrou o pênalti no ângulo direito, na parede da rede. Islas se esticou todo, mas não alcançou: River 4x3.

Pela primeira vez à frente do marcador, o time de Nuñez ficou á vontade para explorar o desespero do adversário e jogar no contra ataque. O Huracán tentava, mas o River estava tranquilo e roubava a bola sem esforços. O quinto gol veio aos 3 minutos, em mais uma linda jogada. Barrado interceptou passe de Masantonio e tocou a Coudet na direita. O camisa 8 procurou Gallardo na frente e o camisa 11 fez um passe para o lado direito. Trezeguet correu do meio para a ponta e recebeu a bola. Ao invés de girar em direção ao gol, virou de costas e passou atrás, para Ortega. O camisa 10 saiu da ponta para o meio e, da meia lua, desferiu ótimo chute, concluindo uma jogada que mais parecia um tricô: River 5x3.

O Huracán se desesperou e partiu para o ataque de forma desordenada, errando e se abrindo mais ainda para o show do River. A goleada se completou aos 7 minutos, quando Coudet interceptou passe que ia para Cigogna e tocou a Gallardo. O camisa 11 deu na esquerda para Funes Mori, que deu um toque de primeira para Trezeguet. Com um leve toque, o camisa 7 se livrou da marcação de Villarruel e avançou em velocidade, passando por Barrientos e chutando de pé esquerdo na saída de Islas: River 6x3.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Criticado antes do jogo, o camisa 7 foi espetacular. Marcou 4 gols, participou dos outros dois, se movimentou o campo inteiro, buscou tabelas e, na contagem regressiva para o centésimo gol, diminuiu para apenas 5.

NOTAS RÁPIDAS

  • Como dito anteriormente, problemas de agenda anteciparam o início da rodada. Neste sábado não haverá jogo. A rodada se encerra no domingo, com Independiente x Estudiantes e San Lorenzo x Boca.
  • O milestone da rodada vai para Cigogna. Apesar da derrota, o mito marcou duas vezes e chegou a 70 com a camisa do Huracán.

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