sábado, 23 de setembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Sétima Rodada - 23/09/2017

A primavera chegou com cara de verão. Muito calor, nenhuma nuvem e torcedores lotando o Itaquá Dome para assistir à abertura da última rodada do primeiro turno do Clausura. Quis o destino que as quatro equipes da parte de cima da tabela se enfrentassem, enquanto as quatro últimas tentariam melhorar suas situações em duelos diretos. Por problemas de horário, os jogos do sábado foram disputados à noite. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 4x2 BOCA JUNIORS

Após fazer sua melhor atuação em anos na última rodada (6x2 Independiente), os jogadores do Estudiantes querem mais. A ordem é não se apequenar e conquistar a vitória, visando encerrar o turno com, no mínimo, o segundo lugar na tabela. Do outro lado, vem uma equipe que tem altos e baixos no campeonato. Se o Boca consegue vitórias épicas, como o 4x2 sobre o River, e derrotas que não poderiam acontecer, como as para o Huracán (2x3) e Independiente (0x1).

Toda a expectativa criada em torno desse jogo, com o segundo e o terceiro colocados se enfrentando, foi por água abaixo no primeiro tempo. O Estudiantes voltou à tática do Apertura de embolar o meio de campo e não deixar o Boca jogar. Mas nem precisava, pois o Boca não conseguia organizar nada. Schelloto não dava sequência aos lances, Palacio não ajudava, Palermo ficava esperando no campo de ataque, os laterais e volantes não tinham iniciativa... não que o Estudiantes estivesse melhor. A equipe de La Plata ficou na intermediária, rebatendo bolas.

Na única jogada criada no primeiro tempo, saiu o gol. Aos 2 minutos, Enzo Perez tocou a Gastón Fernandez na direita, mas Schiavi chegou primeiro e se afobou, isolando para o lado. Angeleri cobrou o lateral rápido para Gastón Fernandez e o camisa 10 foi ao fundo, cruzando a bola na altura da marca do pênalti. Boselli cabeceou forte e sem chances para Abbondanzieri, fazendo Estudiantes 1x0.

No intervalo, Cristaldo sacou Marco Rojo (por deficiência técnica) e Gastón Fernandez (por problemas físicos) e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Sr Rússia tirou o assustado Schiavi e o inoperante Schelloto para colocar Battaglia e Riquelme.

A entrada do camisa 10 melhorou o time do Boca, que passou a ter quem armasse o jogo, mas continuava sem ter quem concluísse. O Estudiantes também voltou melhor. Mais organizado e com a marcação adiantada, o time de La Plata passou a rondar mais o campo de ataque.

Aos 4 minutos, novo erro do Boca proporcionou o Estudiantes encontrar o caminho das redes. Após Enzo Perez pegar a bola no meio de campo e acertar um lançamento perfeito pelo meio da zaga, Boselli invadiu a área e perdeu o ângulo. Vendo Abbondanzieri sair do gol, o camisa 9 jogou a bola pro lado e esperou o contato. O goleiro caiu na isca e trombou com o atacante. Verón cobrou o pênalti rasteiro no canto direito, deslocando Abbondanzieri e fazendo Estudiantes 2x0.

O Boca tentou se reorganizar com a desvantagem se alargando, mas o Estudiantes estava melhor em campo. Riquelme levou o time à frente e passou a Palacio. O camisa 19 tentou o drible, mas Sanchez o desarmou, tocando a Rodrigo Braña, que lançou Verón. O camisa 11 abriu na direita para Lopez, mas Battaglia deu um carrinho e mandou a córner. Angeleri cobrou para Verón, que cabeceou torta e longe do gol. Mas Abbondanzieri saiu estabanado, tentou socar a bola e acabou atingindo Verón. O próprio camisa 11 cobrou o pênalti, no mesmo canto direito. Abbondanzieri acertou o canto desta vez, mas não conseguiu alcançar a bola: Estudiantes 3x0, aos 7 minutos.

O Boca descontou na saída de bola. Riquelme fez o 'toca y me voy' com Basualdo, recebeu na entrada da área, driblou Andujar e chutou para o gol vazio. O goleiro chegou a tocar na bola, mas nada pôde fazer: Boca 1x3, aos 8 minutos.

O gol não preocupou a equipe de La Plata, que procurou tocar a bola e esperar o tempo passar. Mas o Boca apertou a marcação e conseguiu recuperar. Riquelme desarmou Verón e tocou a Ibarra, que procurou Cagna no meio. Bem marcado, o camisa 8 lateralizou a Palacio, que inverteu o jogo para a esquerda, encontrando Basualdo livre. O camisa 11 avançou em velocidade e, da entrada da área, chutou forte e venceu Andujar, fazendo Boca 2x3, aos 9 minutos. Na comemoração, o camisa 11 pulou o alambrado e foi junto dos torcedores, tirar satisfação das vaias.

Mas o grande erro do Boca neste jogo e no campeonato é a quantidade de besteiras que seus jogadores fazem, quando a equipe mais precisa. Aqui, os 3 gols do Estudiantes surgiram de erros do Boca e ainda havia tempo para mais um. Na saída de bola, Verón fez a 'figura 8' com Leandro Benítez, tocando e correndo para o lado esquerdo. O camisa 8 abriu na direita para Angeleri, mas Serna chegou primeiro. Só que, ao invés de pegar a bola e sair, ele preferiu usar o corpo para proteger e acabou dando uma ombrada no camisa 2 do Estudiantes, cometendo uma falta grosseira próxima à entrada da área. Verón cobrou com maestria e celebrou seu hat trick: Estudiantes 4x2 e fim de papo.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. Até então, Andujar era a grande figura da partida, fazendo defesas incríveis quando exigido. Mas o hat trick do camisa 11 foi o grande diferencial do Estudiantes na partida. Rei nas bolas paradas, Verón marcou duas vezes de pênalti e uma de falta, marcando bem no meio de campo e ditando o ritmo da equipe.

HURACÁN 1x2 INDEPENDIENTE

Fazendo uma campanha fraca, o Huracán só venceu duas partidas e justamente quando Centurión e Ruben Masantonio puxaram os contra ataques, passando a Cigogna para concluir. A ordem de Sr Rabina é fazer esta jogada e, com isso, dar um final de turno digno à equipe. Já o Independiente tem uma grande nuvem em cima. Novamente, a equipe entra no campeonato como favorita, mas as derrotas vão se acumulando e a decepção dos torcedores fica latente. A ordem é ganhar este jogo de seis pontos e tentar uma arrancada no segundo turno.

Se os torcedores esperavam muito e se decepcionaram com a primeira partida, aqui não havia expectativa e a decepção foi a mesma. As duas equipes erravam muitos passes e não conseguiam chegar perto da área. Mais organizado, o Independiente tentava se lançar à frente. Gracián corria o campo e pedia a bola; Silvera e Gandin se deslocavam. Mas a bola não saía lá de trás. Fredes errava muito e irritava os torcedores. Aos 5 minutos, Gracián abriu na direita para Gandin, ele foi ao fundo e cruzou para Silvera cabecear na trave. Ainda não seria dessa vez...

Mas, aos 8, a equipe finalmente conseguiu se arrumar. Navarro cobrou tiro de meta para Fredes, que procurou Gracián no meio. O camisa 19 avançou com a bola e descobriu Silvera já dentro da área. O camisa 11 recebeu na esquerda trazendo a bola pro pé direito, driblando Alexis Ferrero e chutando forte, sem chances para Islas, para fazer Independiente 1x0.

No intervalo, Sr Rabina tirou Villarruel e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Cigogna passaria para o lado direito. Já Bayer ouviu os apelos dos torcedores e tirou Fredes, junto com Gandin, para colocar Acevedo e Facundo Parra.

O Huracán melhorou com as mudanças de seu treinador e passou a povoar mais o campo de ataque. O Independiente não ficou atrás e, com isso, o jogo ganhou emoção. Cigogna passou a receber mais bolas, mas desperdiçava os chutes. Como estava difícil no scopetazzo, o mito resolveu inovar. Aos 4 minutos, Ruben Masantonio descobriu o camisa 9 na direita e lhe passou a bola. Cigogna adiantou e indicou o scopetazzo, mas mudou de ideia na última hora e procurou o drible. Navarro reagiu rápido e se lançou à bola, mas derrubou o mito. Curiosamente, quem pegou a bola foi Alexis Ferrero, que cobrou à meia altura, no canto direito de Navarro, que se esticou todo e não achou a bola: Huracán 1x1.

O Independiente resolveu se reorganizar e buscar voltar a ficar em vantagem, mas o Huracán se postou bem no campo de defesa e afastou as bolas que chegaram. Isso foi até os 9 minutos, quando Silvera voltou para roubar a bola de Cigogna e recuou a Mareque na esquerda. O camisa 3 procurou Busse no meio, que fez um lançamento de precisão cirúrgica para o lado direito, onde encontrou Facundo Parra já na entrada da área. O camisa 17 dominou de costas pro gol, virou de frente e encarou a marcação de Walter Ferrero. Com um drible de pura habilidade, Parra se livrou do marcador, ajeitou o corpo e chutou forte de pé direito, para vencer Islas e fazer o gol da vitória: Independiente 2x1.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Novamente, o camisa 11 foi a principal figura da equipe. Jogador alvo, recebeu as bolas que eram passadas pro ataque e foi sempre perigoso. Acertou duas na trave e fez o primeiro gol da equipe. Depois, voltou para ajudar na marcação e ainda apareceu armando o jogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!