sexta-feira, 14 de julho de 2017

Copa Olé 2017 - Final - 14/07/2017

Finalmente a grande final! Prometida para 10 dias antes, não pôde ser realizada, por conta de meus problemas de coluna. Ainda não estou bem, mas uma cinta bem colocada segura a coluna no lugar e a partida pode ser disputada tranquilamente. A tarde desta sexta-feira estava perfeita para a prática do futibou de butaum. Sol, céu azul, temperatura amena, um ventinho frio... as condições climáticas e a importância do jogo trouxeram um bom público ao Itaquá Dome, que assistiu a um jogo de tirar o fôlego. Afinal, não é sempre que um Superclássico decide a Copa Olé...

BOCA JUNIORS 2x2 RIVER PLATE

A eliminação precoce no Torneio Apertura trouxe profundas mudanças ao time do Boca. O novo treinador, Sr Rússia, disse que aquele vexame não era compatível com a grandeza do clube e, por isso, prometia o título da Copa Olé como aperitivo. A equipe promoveu mudanças táticas e o ritmo de jogo foi aparecendo pouco a pouco. Nas quartas de final, bateram o Estudiantes por 3x1 e, nas semifinais, bateram o Racing por 3x2, no melhor jogo da equipe até então.

O Boca foi a campo com 1. Abbondanzieri; 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi, 3. Arruabarrena; 5. Serna (c); 8. Cagna, 11. Basualdo, 10. Riquelme; 19. Palacio, 9. Palermo. O treinador era Sr Rússia, auxiliado por Buchanan's Special Reserve 7, e eles tinham no banco 7. Viatri, 12. Battaglia e 13. Schelloto.
Do outro lado, a tranquilidade do River impressiona. Campeões do Torneio Início e do Torneio Apertura, os jogadores dão sinais de cansaço. Mesmo assim, a equipe passou pelo Velez (2x1) e pelo San Lorenzo (4x2 nos pênaltis, após empate em 3x3 no tempo normal). O treinador Francescoli pediu aos seus comandados que se esforçassem uma última vez e conquistassem o título. Se isso ocorresse, ele prometia levar os reservas para o Torneio Início e descansar os titulares.

O River foi a campo com 1. Carrizzo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet, 30. Buonanotte. O treinador Francescoli, auxiliado por Blue Steel, tinha no banco 8. Coudet e 9. Funes Mori
A arbitragem era de Wilson Neca, auxiliado pelo Promotor e ambos tinham tranquilidade para tarefa tão importante, apesar do estádio lotado e da pressão de um Superclássico.

A saída pertencia ao Boca Juniors que, por ser o mandante, jogava do lado esquerdo do campo.
Quando a bola rolou, o River logo montou uma blitz. Atacando pelo lado esquerdo, o time de Nuñez vinha com Gallardo, Buonanotte, Barrado e Berizzo e se fartou de chutar a gol. Abbondanzieri se consagrou, com defesas milagrosas, e ainda viu a bola carimbar a sua trave 6 vezes no primeiro tempo. O Boca parecia assustado e demorou até os 6 minutos para conseguir se arrumar em campo. Quando o fez, chegou várias vezes ao ataque, também acertando a trave (por 2 vezes), mas o placar permanecia inalterado.

Isso foi até os acréscimos do primeiro tempo, quando Palermo deu um carrinho e desarmou Placente, mas Carrizzo saiu e ficou com a bola. Ele jogou no meio para Gallardo, que recuou a Almeyda. O camisa 5 abriu na direita para Ortega e o camisa 10 procurou Trezeguet no meio. A tradicional jogada do River não poderia ter outro desfecho que não o gol. Trezeguet chutou da meia lua e, finalmente, conseguiu vencer Abbondanzieri: River 1x0.

No intervalo, Sr Rússia tirou Basualdo e Palacio para colocar Battaglia e Schelloto. Os dois substituídos estavam muito nervosos e errando muito. Já Francescoli estava contente com sua equipe e não fez substituições, o que era temerário para uma equipe que dava sinais de cansaço desde o All Star Game do Apertura.

O Boca voltou marcando pressão e logo recuperou a bola. Palermo estourou a bola em cima de Gallardo e conseguiu um escanteio para sua equipe. Arruabarrena cobrou no primeiro pau e Cagna foi mais rápido que a defesa, para cabecear sem chances para Carrizzo e fazer Boca 1x1, logo a um minuto.

O empate acordou o River, que voltou a correr e pressionar o adversário. Assim, o segundo gol veio na sequência. Aos 3 minutos, Berizzo tocou a Buonanotte, que inverteu a Gallardo na direita. O camisa 11 recebeu e devolveu a Buonanotte na esquerda, em um passe magistral, no meio de 3 marcadores. Buonanotte recebeu com Escudero à sua frente e aproveitou-se disso para mandar um chute espetacular no ângulo de Abbondanzieri: River 2x1.

O Boca voltou a pressionar, marcando forte e impedindo as principais ações do rival. Com essa forte marcação, o time passou a forçar o River a se desfazer da bola e conseguiu se organizar em busca do empate. Ele veio aos 6 minutos, quando Battaglia desarmou Ortega e tocou a Riquelme. O camisa 10 abriu na esquerda para Arruabarrena, que avançou pela ponta. No meio de campo, o camisa 3 levantou a cabeça e fez um passe magistral para Palermo, no meio da defesa. O camisa 9 chutou de primeira e venceu Carrizzo, fazendo Boca 2x2.

As duas equipes apertaram a marcação e não conseguiram mais chegar às redes. Com isso, o campeão da Copa Olé sairia da disputa de pênaltis!

Na primeira série, Riquelme e Ferrari acertaram o ângulo direito dos goleiros. Na segunda série, Palermo e Buonanotte também acertaram, mas do lado esquerdo. Na terceira série, Schiavi chutou fraco no meio e Carrizzo pegou; Almeyda chutou bem no canto direito, mas Abbondanzieri espalmou. Na quarta série, Cagna cobrou fraco e rasteiro no canto direito de Carrizzo, que foi para o lado oposto; Gallardo acertou o ângulo direito de Abbondanzieri. Na quinta e última série, Schelloto cobrou no canto esquerdo e Carrizzo espalmou para o lado, espetacularmente. Coube a David Trezeguet cobrar colocado no ângulo esquerdo de Abbondanzieri, que ainda tocou na bola, mas não alcançou.

RIVER PLATE CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2017

O River derrota o maior rival nos pênaltis e conquista a primeira Copa Olé de sua história. De quebra, garante vaga direto na final da Supercopa FIFUBO, por ter conquistado o Apertura e a Copa Olé. A tríplice coroa começa a virar realidade para os comandados de Francescoli.

O Boca amarga mais uma derrota para o rival e o vice campeonato. A equipe tentava voltar a ganhar a Copa, já que foi o primeiro campeão do torneio, em 2011. Mesmo assim, a consistência da equipe mostra que os tempos de vexame podem ficar para trás. Basta manter o ritmo e o Boca volta a levantar troféus.

Jogadores do Boca posam na cerimônia de entrega de medalhas de prata
Resta, também, o consolo de terem conquistado o prêmio de artilharia. Martin Palermo alcançou 3 gols e levou, sozinho, a honraria.

"Trocaria esse prêmio de artilheiro pelo título." - Martin Palermo.

Palermo, entre o comentarista da Rádio Olé, Quique Wolff, e o vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, ao receber o prêmio de artilheiro da Copa Olé.
Mas a festa era toda do lado vermelho e branco. O River mostra-se imbatível, ao vencer os dois torneios oficiais disputados até aqui (Torneio Apertura e Copa Olé), além do Torneio Início do Apertura, que não é oficial, mas também conta.
"O treinador pediu que fizessemos um esforço final para conquistar esse título e foi exatamente o que fizemos. Ganhar a Copa Olé é especial; ganhar em cima do maior rival, é uma sensação indescritível." - David Trezeguet, autor de um gol e do pênalti decisivo.
O capitão do River, Mathias Almeyda, recebe o troféu de campeão da Copa Olé das mãos do narrador da Rádio Olé, Jorge Mario Trasmonte.
"Eu prometi aos jogadores que, se eles se esforçassem, eu descansaria os titulares no Torneio Início e vou cumprir. Eles foram absolutamente fantásticos! A Tríplice Coroa é uma realidade, mas antes de pensar em Supercopa, vamos com tudo para vencer o Clausura!" - Francescoli, eufórico ao comentar mais um triunfo.
Jogadores e comissão técnica do River posam com o troféu de campeões da Copa Olé 2017.
NOTAS RÁPIDAS
  • Encerrada a Copa Olé, a atenção agora se volta para o Torneio Clausura, a liga do segundo semestre, que será disputada no sistema "todos contra todos" em turno e returno, com as quatro melhores equipes se classificando para semifinais em ida e volta e a final, em jogo único. Antes, teremos o Torneio Início, ainda sem data definida (o final de semana está meio rifado, talvez a competição ocorra em um dia só, durante a semana).
  • Além do Superclássico na final da Copa Olé, a FIFUBO teve outro grande acontecimento nessa sexta-feira, que será descrito a seguir.
APRESENTAÇÃO DOS NOVOS REFORÇOS DO IMPERATRIZ F.B.

A diretoria do Imperatriz atendeu a uma antiga reivindicação da comissão técnica e dos torcedores, apresentando os seus novos reforços.
Membros do Imperatriz desde a sua fundação, atletas, comissão técnica, palhetas, bolas e repórteres estiveram presentes ao Imperatriz Arena, para o grande evento.
Após perder a Copa 3 Corações e a Copa Rio, ficou latente que os atletas do Imperatriz já não tinham condições físicas e técnicas de continuarem jogando, afinal, são 15 anos de serviços muito bem prestados. Assim, a diretoria anunciou a chegada de um novo time e a aposentadoria dos atletas atuais, com exceção do goleiro Charlie Brown, dos laterais Triton e Ramon e dos atacantes Elton e Rodrigo Pimpão. O capitão do time atual, Etcheverry (o primeiro botão argolado da história da FIFUBO) passará à comissão técnica, como auxiliar. O restante será aposentado e utilizado apenas em partidas festivas. Anúncio feito, passamos à apresentação dos novos atletas.

Os novos jogadores do Imperatriz: 2. Cafu, 3. Lúcio, 4. Roque Jr, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos, 9. Ronaldo, 10. Rivaldo, 11. Ronaldinho, 15. Kleberson, 17. Denilson, 19. Juninho Paulista, 21. Zidane (embora tenha o número 10 na arte, este pertence a Rivaldo).
Fabricado pelo Pierre Berens (www.jogodebotao.com.br), o novo time do Imperatriz abandona o estilo argolado e passa a seguir a tendência da FIFUBO, de apostar em botões fechados e do mesmo tamanho. Mas, garante o treinador Dircys, o esquema tático segue o mesmo.

A história da FIFUBO pode ser dividida em Eras: Pré-história (jogada com botões "panelinha", vendidos em bancas de jornal), Era da Base (jogada com botões de acrílico, do tipo comprado em papelarias e lojas de esportes), Era Amadora (jogada com botões maiores, com arte embutida, feitos sob encomenda) e Era Profissional (jogada com botões argolados). Porém, a situação do futebol de botão no país é tão difícil que fica muito difícil conseguir times argolados e os poucos que se dispõe a atender uma encomenda cobram muito caro por um time. O próprio site jogodebotao.com.br não fabrica mais times argolados desde 2011, o que dificultou muito a criação do novo calendário da FIFUBO, que ficou com 3 times argolados e 5 fechados. Com isso, a FIFUBO decidiu investir em times fechados, todos do mesmo tamanho e nas mesmas condições. Essa nova Era não tem nome, já que seria um "retrocesso" aos botões argolados, mas uma "modernidade" com relação às regras e à competição.

Em todas essas Eras, o Imperatriz sempre apostou em uma base. Na Pré-história e na Era da Base, a base do Imperatriz era composta por atletas italianos. Na Era Amadora, a aposta foi em atletas holandeses. Na Era Profissional, a base era mais diversificada, apostando numa espécie de seleção mundial. Agora, o Imperatriz aposta numa base brasileira, com os campeões mundiais de 2002, reforçados justamente por Zinedine Zidane, que chega com uma pressão grande de ser o grande craque dessa equipe.
"É uma honra. Já joguei na FIFUBO na Era Amadora, pelo FIFA Stars. Mas o campeonato tinha apenas 4 times e a bola era pastilha. Agora, o desafio é enorme e eu penso estar preparado para dar muitas alegrias ao torcedor." - Zidane, indagado sobre vestir a camisa do Imperatriz pela primeira vez.
Essa nova Era do Imperatriz também marca algumas "passagens de tocha". No futebol real, Rivaldo foi substituído no Barcelona por Zenden. No futibou de butaum, com a aposentadoria de Zenden, quem veste a camisa 10 do Imperatriz é, justamente... Rivaldo!
"É uma honra vestir a camisa 10 que pertenceu a Zenden nos últimos 15 anos. Não encaro como um fardo pesado, já tive muitos desafios na vida. Sei que Zenden, como torcedor e atleta do Imperatriz, torce para que esta camisa continue sendo motivo de orgulho para os torcedores do Imperatriz." - Rivaldo, respondendo ao repórter Nilton Zarani se seria uma missão muito dura substituir o maior jogador de futibou de butaum do mundo.
Zenden e Rivaldo, conversando durante a apresentação.
Outro que assume uma vaga em substituição a outro jogador é Denilson. O ponta esquerda substituirá... ele mesmo! Quando o Imperatriz entrou na Era Profissional, foi encomendado ao fabricante Frandian um botão da seleção brasileira com bainha entre 27 e 30, para chutar por cobertura com mais facilidade. O trabalho não foi bem feito e o Denilson daquela Era jamais se firmou como se esperava. Agora, a esperança recai sobre o novo camisa 17.

Denilson conversa com Denilson.

O evento teve uma extensa entrevista coletiva com o treinador e os jogadores, onde foram feitas perguntas sobre táticas, expectativas e planos, já que o Imperatriz não jogará oficialmente nesse ano. Mas amistosos serão feitos, inclusive uma partida de aposentadoria aos atletas do Imperatriz, enfrentando os novos atletas. Este é o primeiro de muitos movimentos nesse sentido e a FIFUBO mira um passo gigantesco para o ano que vem: A copa do mundo de futibou de butaum da FIFUBO!

O novo time do Imperatriz: Cafu, Lucio, Charlie Brown, Roque Jr, Edmilson, Kleberson, Roberto Carlos, Triton, Ramon, Juninho Paulista, Zidane, Denilson, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaucho, Elton, Frômio (preparador físico), MST (médico), Dircys (treinador), Buchanan's (auxiliar técnico), Etcheverry (auxiliar técnico) e Rodrigo Pimpão.

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