sábado, 22 de julho de 2017

Torneio Início Clausura 2017

O sábado teve sol, mas temperatura amena. As condições ideais para a realização do Torneio Início do Clausura 2017, o momento de dar os últimos acertos antes da última Liga do ano. Os torcedores compareceram em bom número ao Itaquá Dome e saíram com um ótimo programa de final de semana. Lembrando que as partidas do Torneio Início são disputadas em tempo único de 10 minutos, onde quem marcar mais gols avança. Se houver empate, quem tiver mais escanteios avança e, persistindo o empate, a disputa será nos pênaltis. Vamos curtir as partidas!

RIVER PLATE 1x0 SAN LORENZO

Campeão do Torneio Apertura, o River faz a partida inaugural, mas vencer a Liga não é a sua única credencial. Além de ter vencido, também, o Torneio Início do Apertura, o time de Nuñez conquistara a Copa Olé na semana anterior, levando todos os torneios disputados pelos times argentinos no ano. Obedecendo à promessa feita aos jogadores, Francescoli colocou os reservas em campo. Trezeguet e Gallardo descansaram, enquanto Coudet atuaria na armação e Funes Mori, de centroavante. Último colocado no Apertura, o San Lorenzo mudou o esquema tático, adotou de vez o 4-3-3 e passou a jogar melhor, saindo da Copa Olé nas semifinais, ao perder nos pênaltis para o River. A meta é ajeitar bem o time e conquistar algo melhor que o último lugar no Clausura.

O San Lorenzo jogou bem, no campo de ataque do River, chegando bem em algumas oportunidades, mas a diferença entre um time esforçado e um efetivo é que o efetivo sabe esperar a oportunidade certa para vencer. E assim fez o River, que esperou até os 3 minutos, quando Paz cercou a bola e recebeu falta no seu campo de defesa. A cobrança encontrou Coudet no meio, que recuou para Almeyda. O camisa 5 tocou a Ferrari na direita e o lateral viu Placente indo para o ataque. O camisa 3 recebeu no meio, chamou a marcação e tocou nas costas da zaga para Ortega, que invadiu pela direita e, da entrada da área, deu um chute colocado, sem chances para Migliore, dando números finais ao confronto: River 1x0.

RACING 0x0 ESTUDIANTES

Entre o orgulho e a decepção ficou o Racing no primeiro semestre. Orgulho de ter sido vice campeão do Apertura, com uma equipe que foi considerada a melhor do torneio (cedeu 5 jogadores para a seleção do campeonato), mas decepcionado pela eliminação nas semifinais da Copa Olé, ao perder para o Boca (2x3). O sentimento é de que não adianta dominar os jogos e não ser campeão, então o título do Clausura virou uma obsessão para os jogadores do time de Avellaneda. Já o Estudiantes sabe de suas limitações. O time joga bem, mas vacila justamente na hora de fazer o gol. Cristaldo intensificou os treinamentos de conclusão nesta inter temporada, visando melhorar a situação do time. A meta é conseguir, ao menos, 2 vitórias no Clausura e superar a marca de um único triunfo no Apertura, que lhes rendeu o sétimo lugar.

A sina do Estudiantes é essa mesma. A equipe até atuou bem, trocou bons passes, mas não conseguiu concluir. O Racing, por sua vez, dominou as ações desde o início. Ruben Capria e Martin Simeone tomaram conta do meio de campo e fizeram tabelas incríveis, passando para Acosta e Latorre concluírem, mas o jogo não saiu do 0x0. O Racing avançou, por ter tido 1 escanteio, contra nenhum do Estudiantes.

INDEPENDIENTE 2x2 HURACÁN

O decepcionante semestre do Independiente é um contraste com as previsões de que o time iria ser a sensação de 2017. Apesar de encerrar o Apertura em terceiro, a equipe de Avellaneda já começou a decepcionar na primeira rodada, ao tomar uma sonora goleada pro Boca (0x4) e encerrar os 16 jogos da competição com 9 vitórias e 7 derrotas. Na Copa Olé, o vexame não acabou e o time foi eliminado logo de cara, pro maior rival (0x3). A diretoria se preocupa com a falta de interesse de Gracián em municiar os atacantes e já se movimenta para contratar um novo armador, na esperança de que o Independiente volte a ver as vitórias. Do outro lado, a decepção ficou por conta do primeiro turno do Apertura. O Huracán não ganhou uma partida sequer, sendo a única equipe a conseguir tal feito. O segundo turno foi um pouco melhor, mas a campanha ruim no primeiro fez a diferença e o time terminou a competição na sexta colocação. Na Copa Olé, uma derrota por 1x3 para o San Lorenzo os tirou do torneio logo de cara. A má fase de Cigogna é a explicação e os jogadores do Huracán começaram a se incomodar com a fama inabalável do mito. O único que ainda demonstra ter interesse em jogar é Ruben Masantonio mas, sozinho, não pode fazer muita coisa.

Parece que os problemas pessoais foram deixados de lado nesta inter temporada. O Huracán partiu pra cima do Independiente e ocupou o campo de ataque desde o início do jogo, conseguindo um escanteio logo de cara. O gol veio logo a seguir. Aos 3 minutos, Minici tocou a Ruben Masantonio, que lançou em profundidade para Centurión. O camisa 8 invadiu a área e foi derrubado por Hilário Navarro. Ruben Masantonio olhou para Cigogna, mas o mito nem se mexeu para a cobrança, então o próprio camisa 10 cobrou, no canto esquerdo de Navarro, que foi para o outro lado: Huracán 1x0.

O Independiente estava meio atônito com a pressão do Huracán e ficou mais ainda quando se viu em desvantagem. Gracián, novamente, nada produzia e isso irritou a torcida, que passou a vaiá-lo cada vez que tocava na bola. Assim, Fredes e Vella resolveram armar o jogo a partir do lado direito e foi assim que conseguiram o empate. Aos 5 minutos, Fredes recebeu do camisa 2 na direita e avançou pelo meio. A marcação apertou e ele passou a Facundo Parra, que se livrou da marcação de Barrientos e, da entrada da área, chutou cruzado, sem chances para Islas: Independiente 1x1.

O jogo ganhou em emoção, pois a equipe de Avellaneda também empatou em escanteios (1x1), mas o Huracán estava inspirado. Aos 8 minutos, uma linda jogada foi feita de pé em pé, só com toques de primeira, deixando os marcadores do Independiente completamente zonzos. Cigogna tocou a Minici na esquerda, que tocou a Masantonio no meio, que voltou a tocar na esquerda para Centurión. O camisa 8 recebeu na área, deu um toque pro lado e recebeu uma rasteira de Navarro. Dessa vez, quem pegou a bola foi Cigogna. O mito mandou um scopetazzo no canto esquerdo de Navarro, que escolheu novamente o direito: Huracán 2x1.

A torcida já vaiava o Independiente quando veio o empate. Aos 10 minutos, Montenegro tocou a Busse na esquerda e o camisa 7 procurou Gracián no meio. O camisa 19 recebeu debaixo de vaias, levantou a cabeça e não viu ninguém se mexendo, então resolveu avançar. Quando Barrientos apareceu para bloqueá-lo, ele deu um tapa seco na bola, que ganhou efeito e entrou no ângulo do goleiro Islas: Independiente 2x2. Na comemoração, Gracián fez gestos raivosos em direção à torcida e se recusou a cumprimentar os companheiros.

Nos pênaltis, Facundo Parra desperdiçou a terceira cobrança do Independiente, ao chutar para a defesa de Islas. Mas Minici acertou a trave esquerda de Navarro, que ainda viria a pegar a penalidade de Milano. Assim, Silvera cobrou a quinta penalidade do Independiente e converteu, não dando chances a Cigogna de cobrar o dele. O Independiente venceu por 4x2 e avançou às semifinais.

VELEZ SARSFIELD 3x1 BOCA JUNIORS

Extremamente decepcionados ficaram os jogadores do Velez com a campanha no Apertura. Considerados favoritos ao título, foram eliminados pelo River nas semifinais e saíram com um amargo quarto lugar. Na Copa Olé, novamente encontraram o time de Nuñez e, novamente, foram eliminados (1x2). Então, se empenharam profundamente na inter temporada para triunfarem no Torneio Clausura. Já o Boca se divide entre o orgulho e a decepção, após a vexaminosa eliminação precoce no Apertura (onde terminaria em quinto lugar). A campanha na Copa Olé foi maravilhosa, mas a derrota na final foi contra o River. Embora a recuperação seja latente (e perdeu a Copa nos pênaltis, terminando invicto), o time ainda carece de confiança e o torcedor não aguenta mais ver o River sapateando em cima dele.

Mas não foi dessa vez que o orgulho boquense retornou. O Velez dominou o jogo inteiro, desde o início, sem dar chance para reação do adversário. O primeiro gol veio logo a um minuto, quando o Boca se lançou ao ataque e perdeu a bola. Sebá Dominguez pegou a bola e tocou a Papa na esquerda. O camisa 3 foi avançando até perceber o deslocamento de Dario Hussain. O passe foi preciso, no meio da zaga, e o camisa 10 chutou de primeira na saída de Abbondanzieri, fazendo Velez 1x0.

O gol desmontou qualquer estratégia que o Boca tivesse pensado. A equipe não conseguia dar sequência às jogadas e irritava com a displicência. Pior ainda que o Velez continuava a jogar muito bem e chegava ao ataque com facilidade. Aos 6 minutos, Dario Hussain recebeu de Insua, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Gago cobrou o pênalti no canto direito, mas o goleiro do Boca espalmou para lateral. Emiliano Papa cobrou na esquerda para Turco Assad e o camisa 9 chamou a marcação ao levar para a ponta. Com isso, deu um toque para o meio e encontrou Papa livre. O camisa 3 trouxe para o meio e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri: Velez 2x0.

Perdido, o time do Boca ouvia a torcida adversária gritar "olé". E, de pé em pé, o Velez encontrou mais um gol. Aos 9 minutos, a bola foi sendo tocada de pé em pé por Gago, Gino Peruzzi, Claudio Hussain, Dario Hussain, invertida para o outro lado onde Romero recebeu e tocou a Turco Assad e o camisa 9 tocou no bico da área para Insua. Novamente em liberdade, o camisa 11 dominou, viu o posicionamento de Abbondanzieri e chutou por cobertura, sem chances para o goleiro: Velez 3x0.

O Boca descontou na saída de bola, quando Riquelme fez o 'toca y me voy' com Basualdo, recebeu na direita e deu lindo toque de categoria para encobrir Sosa, mas a torcida vaiou ao invés de comemorar: Boca 1x3.

RIVER PLATE 2x1 VELEZ SARSFIELD

Pela sexta vez no ano, as duas equipes se enfrentavam. O River venceu as 5 anteriores (4x3, 3x1, 2x1, 4x3 e 2x1) e aproveitava a classificação para continuar o rodízio de titulares. Gallardo e Trezeguet voltavam, mas Almeyda e Ortega saíam (Ferrari foi o capitão nesse jogo). O Velez também colocou reservas. Cubero e Lucas Pratto jogaram nos lugares de Romero e Turco Assad.

Os dois jogadores do River que estreavam no Torneio Início deram muito trabalho. Gallardo se movimentou o campo inteiro e Trezeguet procurava seu espaço no ataque. O Velez, cansado pela batalha anterior e envolvido pelo adversário, tentava se defender. Com esse ataque contra defesa, o primeiro gol veio logo aos 2 minutos. Trezeguet voltou ao campo de defesa para desarmar Lucas Pratto e tocou a bola para Ferrari, que devolveu ao camisa 7 mais à frente. Trezeguet foi avançando com a bola dominada e viu Gallardo saindo do meio para a direita. O passe foi preciso e Gallardo recebeu já dentro da área, chutando na saída de Sosa e fazendo River 1x0.

O gol fazia justiça ao melhor futebol do River, mas a equipe de Nuñez resolveu tocar a bola para deixar o tempo passar. Com isso, o Velez foi se soltando. Aos 6 minutos, Insua recebeu com liberdade e correu para a esquerda. Vendo que Trezeguet vinha para tentar desarmá-lo, deu o corpo para receber a falta. No bico da área, para Insua, é pênalti. A cobrança foi perfeita, encobriu a barreira e entrou no ângulo de Carrizzo: Velez 1x1.

Com o empate, o River teve que se soltar novamente e foi tocando de pé em pé até chegar ao gol. Aos 8 minutos, Buonanotte recebeu na esquerda e esticou para Trezeguet. O camisa 7 tocou mais atrás para Gallardo, que viu Coudet entrando livre na direita. O passe foi preciso e o camisa 8 recebeu na entrada da área, para chutar rasteiro e vencer Sosa novamente, fazendo River 2x1.

INDEPENDIENTE 0x1 RACING

Também pela sexta vez no ano, o Clássico de Avellaneda aparecia para os fãs da FIFUBO. O Racing venceu 3 vezes (3x1, 2x1 e 3x0) e o Independiente, duas (4x0 e 2x1). O Independiente promoveu mudanças no time. Saíram Fredes e Facundo Parra e entraram Acevedo e Gandin. O Racing foi na onda e deixou Pelletieri e Latorre descansarem nesse jogo, com Fariña e Hauche jogando em seus lugares.

O Racing abriu o marcador logo na saída de bola. Ruben Capria fez o 'toca y me voy' com Martin Simeone, recebeu na frente, girou com maestria e desferiu um chute espetacular no ângulo de Navarro, para fazer Racing 1x0.

O gol relâmpago desmontou o time do Independiente, que assistiu a um passeio dos adversários. Com Martin Simeone atuando com liberdade, o time do Racing chegava ao ataque tocando de pé em pé. Ruben Capria atuava um pouco mais à frente e levava perigo sempre. Aos 3 minutos, Martin Simeone fez um lindo passe para Hauche, que foi derrubado por Navarro. Ruben Capria cobrou no canto esquerdo do goleiro, que voou para pegar. Mesmo assim, o Racing continuou dominando o jogo e derrotou seus rivais novamente, avançando à grande final!

RIVER PLATE 2x0 RACING

O jogo derradeiro do Torneio Início do Clausura seria uma reedição da final do Torneio Apertura. O campeão River Plate contra o vice campeão Racing, sendo que os jogos finais do Apertura terminaram em empate (o River foi campeão por ter melhor campanha). Do lado de Nuñez, o rodízio continuava. Dessa vez, Buonanotte e Barrado descansaram. Coudet foi fazer a volância do lado esquerdo e Funes Mori foi para a ponta esquerda. Já o Racing tinha a volta de Latorre e Pelletieri nos lugares de Fariña e Hauche.

O cansaço do Racing ficou latente. A equipe empregou uma forte marcação, mas não tinha pernas para atacar. Martin Simeone até tentava armar, mas Ruben Capria estava exausto e isso facilitava as coisas para o River. Porém, quando o time de Buenos Aires ia para o ataque, trocando passes como é de seu feitio, encontrava Quiroz marcando Trezeguet com maestria. O camisa 7 não conseguia receber a bola de jeito nenhum.

Dois lances idênticos e seguidos começaram a selar o Torneio Início. Aos 5 minutos, Martin Simeone fez boa jogada pelo meio e tocou a Latorre na esquerda. O camisa 11 foi ao fundo e cruzou na cabeça de Acosta. O cabeceio tocou na trave e Carrizzo voou para tirar a bola em cima da linha. O goleiro pegou a bola e chutou para o campo de ataque, onde Ortega pegou na direita, avançou, foi ao fundo e cruzou. Nesta jogada, quem cabeceou foi Funes Mori e, desta vez, Saja nada pôde fazer: River 1x0.

Com a mão no título, o time do River passou a tocar a bola e o Racing se lançou desesperadamente, num último gás para tentar o empate. Até teve oportunidades, mas faltavam pernas para chutar com eficiência. Assim, o River foi segurando até finalizar a partida aos 9 minutos. Placente tocou a Almeyda, que abriu na direita para Ferrari. O camisa 2 pegou a bola com calma, viu os jogadores do Racing correrem pra cima dele e deixarem sua área livre. Ferrari, então, fez um lançamento primoroso pro bico esquerdo da área, onde Trezeguet matou e trouxe a bola pro chão. Sozinho, diante de Saja, o camisa 7 chutou rasteiro e o goleiro nada pôde fazer: River 2x0.

RIVER PLATE CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO CLAUSURA 2017

A pergunta que não quer calar é: quem vai parar o River Plate? Eles venceram todos os torneios envolvendo times argentinos no ano (Torneio Início do Apertura, Torneio Apertura, Copa Olé e Torneio Início do Clausura), fora o fato de já estarem classificados para a final da Supercopa FIFUBO. Neste Torneio Início, Francescoli resolveu poupar jogadores, por conta do cansaço demonstrado desde a final do Torneio Apertura (na verdade, fez uma promessa de que se o time vencesse a Copa Olé, os reservas jogariam o Torneio Início) e, mesmo assim, a equipe foi trucidando seus adversários, jogando com facilidade e tranquilidade impressionantes. O River vence mais uma competição e entra como favorito absoluto para levar o Torneio Clausura.

Os campeões do Torneio Início posam no centro do gramado, após a conquista.
NOTAS RÁPIDAS

  • A artilharia do Torneio Início foi para Dario Insua (Velez Sarsfield), com 2 gols.
  • Insua também conseguiu um milestone na competição. Ao encerrar o passeio sobre o Boca, ele chegou a 40 com a camisa do Velez. Outro jogador que conseguiu milestone foi Ruben Masantonio que, ao cobrar com categoria o pênalti contra o Independiente, chegou a 20 com a camisa do Huracán.
  • O Torneio Clausura começa no próximo final de semana. Serão 14 rodadas e as 4 melhores equipes se classificam para as semifinais, com as equipes de melhor campanha jogando por resultados iguais em saldo. Na final, não há vantagem. Se terminar em empate, o campeão será decidido nos pênaltis.
  • A Copa do Mundo de Futibou de Butaum da FIFUBO é, ainda, um sonho distante. Mas está caminhando a passos largos. Em um mês, a FIFUBO espera apresentar mais uma seleção.
  • Na sexta-feira, foi feito um jogo amistoso, entre os novos jogadores do Imperatriz e os jogadores que se aposentaram quando o novo time foi apresentado. Os novos jogadores venceram por 4x3. Rivaldo marcou duas vezes, com Zidane e Denilson completando o marcador. Zenden, Vander Carioca e Paulo Isidoro marcaram para os jogadores aposentados.

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