segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Segunda Rodada - 23/01/2017

Na impossibilidade de se fazer jogos no domingo, a segunda-feira se ofereceu para realizá-los e justo os dois clássicos do campeonato, em um mesmo dia! O calor forte e o início de semana não inibiram o público, que foi brindado com muita emoção.

BOCA JUNIORS 1x5 RIVER PLATE

O Superclássico colocava as duas equipes em pé de igualdade. O Boca estreou com vitória (4x0 no Independiente) e tinha a goleada no último Superclássico (4x1, em amistoso) como trunfos. Madeirite comemorou ter mais um dia para trabalhar e arrumar o meio de campo, para dar liberdade a Riquelme. O River também estreou goleando (5x0 no San Lorenzo) e comemorava o bom futebol de Trezeguet, artilheiro do campeonato. Para impedir os avanços do camisa 10 rival, Francescoli destacou Diego Armando Barrado para marcá-lo individualmente.

O primeiro tempo foi muito bom, com as equipes mostrando o futebol apresentado na primeira rodada, com grandes jogadas individuais e coletivas, mas o gol não saía. Carrizzo evitou três vezes que a bola chegasse ao fundo das redes, enquanto Abbondanzieri fez duas defesas milagrosas.

O primeiro gol só saiu aos 6 minutos. Após Berizzo arrancar pela esquerda, o passe foi na ponta para Trezeguet. Saindo do meio, o camisa 7 puxou a marcação e, com um toque de calcanhar, deixou Buonanotte com a bola próximo à entrada da área. Com um chute seco, o camisa 30 evitou a aproximação de Serna e viu a bola tocar no travessão antes de morrer no fundo das redes: River 1x0.

O gol despertou o Boca, que passou a se movimentar mais ainda e puxar as jogadas de ataque. Com Riquelme sendo anulado por Barrado, o time xeneize precisou voltar à tática da primeira rodada, com Basualdo aparecendo na armação. E assim, aos 8 minutos, eles conseguiram o empate. Basualdo recebeu de Schiavi e foi ao ataque, tabelando com Palermo e recebendo de volta no bico direito da grande área. Com um belo chute de efeito, venceu Carrizzo e saiu para comemorar: Boca 1x1.

Mas o River não é considerado uma das melhores equipes em todos os tempos à toa. Na saída de bola, a equipe armou a figura 8, com Gallardo tocando e correndo para a direita. Trezeguet pegou a bola e tocou à esquerda, matando a marcação. Como elemento surpresa, Berizzo apareceu livre e, da entrada da área, desferiu ótimo chute, no canto direito de Abbondanzieri: River 2x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna (que não marcava) e Riquelme (anulado por Barrado), para colocar Battaglia e Schelloto. Já Francescoli resolveu se segurar na defesa e sair nos contra ataques. Tirou Ortega e Gallardo e colocou Coudet e Funes Mori, passando a jogar com 3 volantes.

A estratégia de Gallardo se mostrou correta e o River dominou todo o segundo tempo, anulando as poucas chances que o Boca criava. Após um perde e ganha no meio de campo, a jogada característica do River surgiu. Almeyda desarmou Palacio e tocou na ponta direita para Funes Mori. O camisa 9 tocou no meio para Trezeguet e o camisa 7, já dentro da área, escolheu o canto e tocou no lado esquerdo de Abbondanzieri: River 3x1, aos 4 minutos.

A torcida do River começou a gritar olé a cada toque que o time dava, enquanto o Boca corria desesperadamente atrás da bola. Com Schelloto muito mal, o time não conseguiu armar uma jogada sequer no segundo tempo. Para piorar, aos 8 minutos Battaglia fez falta em Coudet na intermediária e levou o cartão amarelo. Dali, dava para chutar direto, mas Coudet preferiu tocar para Buonanotte e uma linda jogada se desenhou. O camisa 30 tabelou com Trezeguet, levou para a ponta direita, trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado, fazendo o gol mais bonito do jogo: River 4x1.

Os torcedores do Boca já deixavam o estádio quando o River ampliou nos acréscimos. Após mais uma tentativa de Basualdo e Schelloto não encontrar Palermo, Placente saiu jogando e tocou no meio para Coudet. O camisa 8 abriu na ponta para Ferrari, que viu Trezeguet saindo do meio para a direita. O passe foi preciso e o camisa 7 invadiu a área já chutando, para fazer River 5x1.

Destaque do jogo: David Trezeguet. 2 gols, 2 assistências, movimentação pelo campo todo e saída nos braços da torcida. Essa foi a tarde de segunda do camisa 7.

RACING 0x4 INDEPENDIENTE

O clássico seguinte foi o de Avellaneda, cercado de mistério. O Racing venceu na primeira rodada (3x2 no Estudiantes), mas a apreensão da torcida era porque a equipe não jogou bem. Mesmo após abrir 3x0 no primeiro tempo, deixou o Estudiantes encostar e por muito pouco não cedeu o empate. Para piorar, a forma técnica de Ruben Capria deixa a desejar, além da pouca movimentação de Acosta. Já o Independiente tem um clima muito pior. Totalmente dominados pelo Boca (0x4), não apresentaram nem sombra do futebol envolvente de 2016. Uma derrota no Clássico de Avellaneda podia comprometer o resto do campeonato.

O jogo começou muito ruim, com as duas equipes errando passes e não criando nenhuma oportunidade clara de gol, no que era o pior jogo do campeonato até aqui. O Independiente, ao menos, tentava criar, mas esbarrava nas limitações de seu armador, sumido em campo. O lance que mudou a partida aconteceu aos 7 minutos. Após uma tentativa de passe para Parra dar errado, Quiroz tocou a Pelletieri no meio de campo. O camisa 7 recuou a Pocchetino, que lançou Latorre na ponta esquerda. O camisa 11 inverteu o jogo para Acosta e o camisa 9 invadiu a área, sendo derrubado por Navarro. Ruben Capria cobrou o pênalti  no canto direito, mas Navarro voou e fez a defesa, mandando para lateral. A cobrança para Ruben Capria foi ruim e o Independiente recuperou a bola com Montenegro, que abriu na direita para Vella. O camisa 2 tocou no meio para Gracián e o camisa 19 pegou decidido a mudar a história do jogo. Ele avançou pelo meio e encarou a marcação de Quiroz, dando um lindo drible e chutando da entrada da área, uma bola em arco que entrou no ângulo de Saja: Independiente 1x0.

No intervalo, Paralelo novamente criou coragem para tirar Ruben Capria. Além dele, saiu Pelletieri, outro sumido em campo. Entraram Fariña e Hauche e Latorre foi para a armação, cabendo a Diego Capria virar o capitão do time. Já Bayer tirou Facundo Parra e Busse e colocou Acevedo e Gandin. Iria jogar fechado e sair em velocidade para os contra ataques...

As mudanças fizeram muito bem ao Independiente, que foi outra equipe no segundo tempo. O Racing continuou assistindo passivamente. O segundo gol do Independiente veio logo aos 2 minutos, em jogada de contra ataque. Matheu desarmou Hauche e tocou no meio para Montenegro. O camisa  5 abriu na ponta para Gandin, que viu Gracián se deslocando. O passe foi perfeito e o camisa 19 entrou na área, tocando na saída de Saja e fazendo Independiente 2x0.

A partir daí, todo o jogo passou a ser do Independiente. O terceiro gol veio aos 6 minutos, em erro da defesa do Racing. Gamboa tentou sair jogando e perdeu a bola para Mareque, que tocou a Silvera. Diego Capria deu um carrinho e mandou para lateral. Na cobrança, Silvera inverteu papéis e  tocou a Mareque, que invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, fazendo Independiente 3x0.

A torcida já gritava olé quando, aos 9 minutos, o Independiente deu números finais à partida. Após mais um desarme na defesa, Montenegro tocou a Vella, que tocou a Gracián no meio. O camisa 19 lançou Gandin na ponta e o camisa 9 foi até a linha de fundo, cruzando para a cabeçada precisa de Silvera, que fez Independiente 4x0, para delírio da sua torcida.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Sumido até a metade do primeiro tempo, o camisa 19 despertou pro jogo marcando dois belíssimos gols. A partir dali, começou a armar o jogo e levou sua equipe á frente várias vezes.

CLASSIFICAÇÃO
  1. River Plate - 6  pontos
  2. Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró
  3. Independiente - 3 pontos, 4 gols pró
  4. Racing - 3 pontos, 3 gols pró
  5. Huracán - 2 pontos, 7 gols pró
  6. Velez Sarsfield - 2 pontos, 5 gols pró
  7. Estudiantes - 1 ponto, 4 gols pró, 5 gols contra
  8. San Lorenzo - 1 ponto, 4 gols pró, 9 gols contra
ARTILHARIA
  1. David Trezeguet (River Plate) - 5 gols
  2. José Basualdo (Boca Juniors) e Daniel Cigogna (Huracán) - 3 gols
NOTAS RÁPIDAS
  • O milestone da rodada vai para Nestor Silvera. Ao fechar o marcador no Clássico de Avellaneda, ele chegou a incríveis 60 gols com a camisa do Independiente.

2 comentários:

  1. Na torcida pela Academia! Abração, Joao!

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    1. Quanta honra receber seu comentário, grande amigo do Guanabara! Vamos que vamos, tentar manter isso aqui atualizado e garantir a diversão!

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