sábado, 21 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Segunda Rodada - 21/01/2017

O sábado começou com dia nublado e o sol aparecendo de quando em quando, mesmo assim o calor continuou forte. Nem por isso o público deixou de comparecer ao Itaquá Dome, para assistir à abertura da segunda rodada do Torneio Apertura. Os jogadores reconheceram o carinho do torcedor e os brindaram com dois grandes jogos. Vamos a eles!

VELEZ SARSFIELD 2x2 ESTUDIANTES

Vindos de um empate com o Huracán (3x3), no melhor jogo da rodada, os jogadores do Velez queriam aproveitar o buraco que o Estudiantes deixa no meio, para permitir que Insua atuasse com liberdade para armar o jogo. Do outro lado, apesar da derrota para o Racing na estreia (2x3), os jogadores do Estudiantes tinham motivos para comemorar, já que a equipe encostou após ir para o intervalo perdendo por 3x0, mostrando evolução no futebol apresentado no primeiro tempo. Caberia a Verón fazer a marcação a Insua, o que diminuía muito a capacidade de armação da equipe.

Mas a estratégia de Cristaldo foi correta. Com Verón marcando Insua, o Velez não teve como armar o jogo e não levou perigo à meta do time de La Plata. Já o Estudiantes contava com bom toque de bola, de paciência, para chegar à meta rival. Assim foi aos 4 minutos, quando Federico Fernandez recuperou bola perdida na zaga e tocou a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 procurou Leandro Benítez no meio, que abriu na direita para Enzo Perez. Com lindo toque entre os zagueiros, ele encontrou Boselli livre na esquerda, já entrando na área. O camisa 9 chutou de primeira na saída de Sosa e fez Estudiantes 1x0.

O gol fez maravilhas para o time de La Plata, que passou a jogar com tranquilidade. Já o Velez se afobou, partindo para o ataque de qualquer jeito e vendo suas jogadas morrerem no meio de campo, quando Verón desarmava Insua. Assim foi aos 9 minutos, quando Verón novamente desarmou Insua e tocou a Marco Rojo na esquerda. O lateral inverteu para Enzo Perez na direita, que voltou a inverter para Leandro Benítez na esquerda. Esse estilo de passes em zigue-zague fez a defesa do Velez bater cabeça, o que foi ótimo para Leandro Benítez, que avançou livre até a meia lua e chutou sem a menor chance para Sosa, fazendo Estudiantes 2x0.

No intervalo, Tripa Seca mudou o lado esquerdo. Tirou Romero e Turco Assad, que não saíram do lugar no primeiro tempo inteiro, colocando Cubero e Lucas Pratto em seus lugares. Já Cristaldo, percebendo que essa mudança seria feita, mudou o lado direito de seu campo, tirando Angeleri e Gastón Fernandez para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

A mudança de Tripa Seca se mostrou mais acertada e ainda deu um nó tático no rival. Pratto não entrou para se limitar ao lado esquerdo, aparecendo muito mais pelo meio e pela direita do que pelo lado originalmente destinado a ele. Cubero deu consistência ao meio de campo, com marcação forte e ajudando na saída de bola. Assim, o Velez envolveu o Estudiantes e encontrou seu primeiro gol aos 3 minutos. Após Gago desarmar Hernan Rodrigo Lopez, o passe procurou  Claudio Hussain no meio. O camisa 8 abriu na direita para seu irmão Dario, que viu Lucas Pratto fazendo movimento do centro para a direita dentro da área. O passe foi preciso e o camisa 12 encheu o pé para vencer Andujar, fazendo Velez 1x2.

A partir daí, o jogou ficou eletrizante, com o Velez pressionando e o Estudiantes se defendendo como podia, saindo em contra ataques velozes. Melhor para o Velez que, aos 8 minutos, encontrou o empate. Dario Hussain correu para o meio de campo e conseguiu desarmar Federico Fernandez, que se lançava ao ataque. O camisa 10 levantou a cabeça e viu Insua livre, pela primeira vez no jogo. O passe foi preciso e o camisa 11 recebeu livre, no buraco deixado por Fernandez. Trazendo a bola pro pé esquerdo, Insua ganhou o ângulo que necessitava para desferir chute indefensável e vencer Andujar, fazendo Velez 2x2.

A equipe de Buenos Aires ainda poderia ter saído com a vitória, mas o chute de Dario Hussain, já nos acréscimos, terminou com excelente defesa de Andujar, que espalmou para longe o que seria uma injustiça.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. Novamente, o camisa 11 foi o principal jogador do Estudiantes. Desta vez, abriu mão de jogar para anular a principal jogada do temido rival, marcando Insua em cima e ganhando todos os lances. Pena que cansou no segundo tempo e, no final, viu o adversário se desmarcar para empatar a partida, mas saiu de campo como o melhor.

SAN LORENZO 4x4 HURACÁN

Vindos de uma acachapante derrota para o River (0x5), os jogadores do San Lorenzo pegavam uma equipe de defesa forte. Nilson atendeu aos apelos do torcedor e montou a equipe no 4-3-3, montando um esquema em que o time voltava no 4-4-2 losango quando não tinha a bola. A Reynoso se juntava Buffarini na cabeça de área, com Romagnoli armando o jogo. No ataque, além de Stracqualursi de centroavante e Raul 'Pipa' Estevez na ponta direita, Erviti vinha como ponta esquerda, para jogar em velocidade e ajudar na armação. Quando a equipe não estivesse com a bola, Reynoso ficava fixo, com Buffarini de um lado e Erviti do outro, fechando o losango. Já o Huracán tinha motivos para acreditar em um bom jogo. O empate com o Velez (3x3) foi considerado o melhor jogo do campeonato até aqui e a marcação eficiente encontrava um contra ataque mortal, que poderia levar o time à liderança provisória.

É difícil dizer se o esquema de Nilson funcionou, pois antes que qualquer tática pudesse ser montada, sua equipe já vencia por 2x0. O primeiro gol foi marcado logo a um minuto, quando Ruben Masantonio voltava para cobrir o seu espaço na defesa e acabou atingindo Romagnoli. Falta próxima à área, que Romagnoli cobrou com perfeição para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O segundo gol veio aos 3 minutos, quando Centurión e Masantonio foram ao ataque, bateram cabeça e perderam a bola. Tulla recuperou e jogou a Romagnoli no meio, que foi avançando sem oposição. Da intermediária, o camisa 10 percebeu Islas adiantado e deu lindo toque de cobertura, para bater no peito, apontar ao chão e, novamente, fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

Com essa desvantagem, o Huracán não conseguiu se organizar. O San Lorenzo estava feliz com o resultado e não se abria para os contra ataques, condição essencial para fazer o jogo do Huracán fluir. Mesmo assim, nos acréscimos, a equipe conseguiu diminuir o prejuízo. Ruben Masantonio foi ao ataque, tabelou com Villarruel e viu a aproximação de Buffarini. Masantonio dividiu com o camisa 8, a bola ganhou efeito e morreu no fundo das redes, matando Migliore em um gol estranho: Huracán 1x2.

No intervalo, Nilson trocou o lado esquerdo, saindo Luciatti (que errava tudo) e Erviti (que não funcionou na ponta esquerda), colocando Tellechea e Bordagaray. Já Sr Rabina tirou o trapalhão Centurión e o inoperante Milano para colocar Erramuspe e Barrales, passando Cigogna para o lado direito.

A marcação ao camisa 9 era eficiente até aquele momento, mas Cigogna não é o mito à toa. Percebendo que não conseguiria ir ao ataque, o camisa 9 recuou para armar o jogo e mandou Erramuspe avançar. Como elemento surpresa, o camisa 12 recebeu do mito na frente e, da entrada da área, mandou um chute indefensável, que venceu Migliore: Huracán 2x2 aos 2 minutos.

O gol tornou as coisas mais interessantes, pois o San Lorenzo se lançou ao ataque e se abriu aos contra ataques do Huracán. Mesmo assim, Cigogna continuava marcado de perto. O San Lorenzo voltou a ficar na frente aos 5 minutos, quando Bordagaray tocou no meio para Romagnoli, que abriu na direita para Raul Estevez. Livre, o camisa 7 avançou pela ponta e, do bico da área, chutou cruzado e venceu Islas, fazendo San Lorenzo 3x2.

O gol voltou a empolgar a equipe de Almagro, que viu o Huracán tomar a iniciativa e se abrir aos contra ataques. Até então, Barrientos era garantia de segurança na entrada da área, mas o camisa 5 também se lançou ao ataque, deixando livre a área para os contra ataques do San Lorenzo. Ali, Bordagaray tocou para Stracqualursi, que chutou para boa defesa de Islas. Na cobrança de lateral, Stracqualursi recebeu novamente livre pelo meio, invadiu a área e mandou um chute, desta vez indefensável, fazendo San Lorenzo 4x2 aos 7 minutos.

Na saída de bola, aos 8, o Huracán voltou a descontar. Masantonio tocou e correu para a direita, mas Erramuspe chamou Barrales na esquerda. O camisa 11 avançou, viu a marcação se aproximar e tocou atrás. Erramuspe recebeu já dentro da área e chutou sem chances para Migliore, fazendo Huracán 3x4.

O jogo voltou a ganhar emoção, com o Huracán partindo com tudo para o empate e o San Lorenzo se trancando na defesa. Para ganhar o jogo, eles não podiam piscar perto do mito, mas a piscadela aconteceu. Aos 10 minutos, no único lance em que estava livre, Cigogna viu uma jogada começar lá atrás, com Romagnoli adiantando a jogada e perdendo para Walter Ferrero. O camisa 4 tocou a Minici na esquerda, que tocou no meio para Masantonio. O camisa 10 abriu no ataque para Barrales, que tocou no meio para Cigogna. Adiantando a bola, o camisa  9 deixou engatilhado o scopetazzo e, com seu tradicional chute, mandou sem chances para Migliore e deu números finais ao confronto: Huracán 4x4.

Tal qual o jogo anterior, a vitória ainda podia ter sorrido a uma das equipes, mas o chute de Stracqualursi encontrou uma defesa de ponta de dedo para Islas, que mandou a córner.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 finalmente estreou, participando de lances, armando jogadas e marcando dois gols, homenageando sua amada.

NOTAS RÁPIDAS

  • O jogo entre Velez e Estudiantes marcou a estreia de Rosálvio como auxiliar. Ele cumpre período experimental de 3 rodadas para garantir sua efetividade no cargo e, neste primeiro teste, se saiu bem. Se aprovado, a FIFUBO contará com 4 auxiliares para os árbitros.
  • O milestone da rodada vai para Romagnoli. Ao cobrar a falta no ângulo, contra o Huracán, o camisa 10 chegou a 70 com a camisa do San Lorenzo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!