sábado, 14 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Primeira Rodada - 14/01/2017

Chega o grande dia! O pontapé inicial da primeira liga do ano foi dado neste sábado! O sol voltou a brilhar, depois de alguns dias de chuva, e trouxe um calor forte. Mesmo assim, o público compareceu em grande número ao Itaquá Dome, lotando o estádio em busca de espetáculo. E os jogadores não deixaram por menos, mostrando que o Apertura deste ano será grandioso! Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 0x4 BOCA JUNIORS

Disposto a mostrar que não é uma equipe que nada e morre na praia, o Independiente tem a missão de largar bem. Além de querer estrear com o pé direito, a equipe quer a vitória para pegar moral para a próxima rodada, quando tem o Clássico de Avellaneda contra o Racing. Do outro lado, a empolgação após vencer o River em amistoso deu lugar à apreensão com a eliminação logo na primeira rodada do Torneio Início. Madeirite quer o Boca largando bem, com movimentação e um meio campo de forte movimentação, para deixar Riquelme com liberdade para criar.

O jogo começou num nível bom, com as equipes se movimentando e criando oportunidades, mas com a defesa atenta para impedir os chutes a gol. Aos poucos, o Boca foi tomando conta do campo e o Independiente começou a errar, perdendo bolas fáceis. Foi assim quando Fredes errou uma devolução para Vella, após este cobrar lateral. Arruabarrena roubou e tocou no meio a Cagna. Para não deixar o contra ataque evoluir, Montenegro fez falta no camisa 8, que cobrou rápido para Basualdo. O camisa 11 recebeu com uma avenida para evoluir, invadiu a área e foi derrubado por Navarro. Palermo cobrou o pênalti com força, no canto esquerdo de Navarro, que até acertou o canto, mas não a bola. Boca 1x0, aos 3 minutos, no primeiro gol do Torneio Apertura.

O gol desmontou o Independiente, que passou a errar muito mais, enquanto o Boca mostrava uma movimentação perfeita e um toque de bola envolvente. Aos 6 minutos, Serna desarmou Parra, que não se entendeu na tabela com Busse. O contra ataque encontrou Basualdo, que ligou rápido a Palermo na esquerda. O camisa 9 deu um toque de primeira e deixou Basualdo livre, próximo à meia lua, para mandar um chute perfeito e fazer Boca 2x0.

A partir dali, nada mais deu certo para o Independiente. Com Silvera muito bem marcado, o time não conseguia se movimentar e criar. Gracián não contribuía, em péssima forma. Aos 10 minutos, a defesa do Independiente voltou a falhar. Matheu se atrapalhou na saída de bola e passou errado, para lateral. Basualdo cobrou para Palermo, que invadiu a área pela esquerda e deu lindo chute, no ângulo de Navarro, fazendo Boca 3x0.

No intervalo, Bayer podia escolher qualquer um para tirar, mas preferiu uma formação ousada (nunca testada) para reverter o jogo. Escolheu os que falharam em gols, saindo Matheu e Montenegro para as entradas de Acevedo e Gandin. Assim, o time ficaria com Fredes e Busse de volantes e três jogadores no ataque. Já Madeirite trocou apenas para dar ritmo de jogo. Saíram Ibarra e Palacio e entraram Battaglia e Viatri.

É difícil saber se a escolha de Bayer deu certo, porque logo na saída, Facundo Parra tocou a Fredes e correu para receber de volta, mas Fredes se atrapalhou e perdeu para Cagna. O camisa 8 tocou rápido a Basualdo, que avançou pela esquerda e chutou da entrada da área, vencendo Navarro e fazendo Boca 4x0 com apenas 30 segundos.

O gol desmontou o Independiente de vez e o 4-3-3 não deu certo. O dia não era deles. Ao contrário, o Boca continuava tocando e fazendo lindas jogadas. Poderia ter ampliado aos 7 minutos, quando Viatri fez um carnaval na direita e cruzou para Palermo desviar, mas a bola tocou na trave...

Destaque do jogo: Martin Palermo. Além de marcar 2 gols, o camisa 9 deu passe para outros, criou jogadas, desperdiçou chances, apareceu na defesa... fez tudo aquilo que se esperava de Silvera e ainda calou os críticos que dizem que quem tem que ter liberdade no Boca é Riquelme. De quebra, mostrou que o time está pronto para pegar o maior rival na próxima rodada.

RIVER PLATE 5x0 SAN LORENZO

Campeão do Torneio Início, o River celebrou mais a volta de seu bom futebol. A defesa se portou bem e os passes saíram. Para esse jogo, Francescoli pediu aos jogadores que toquem bastante a bola, toques inteligentes, movimentação, aquilo que fez a equipe ser considerada o Barcelona do Futibou de Butaum. Do outro lado, as dúvidas persistem. Após ser eliminado para o River no Torneio Início (0x2), Nilson foi muito criticado por ter abandonado o 4-3-3 em prol do 4-4-2. Para esse jogo, o 4-4-2 seria mantido e, se necessário, o 4-3-3 seria aplicado no segundo tempo, por conta da dúvida sobre como armar o meio de campo para deixar Romagnoli com liberdade para  jogar.

O San Lorenzo até tentou tomar as rédeas do jogo, mas a marcação do River foi implacável desde o primeiro momento do jogo. A equipe de Nuñez foi dominando as ações e rondando a área do rival até conseguir seu primeiro gol aos 2 minutos. Almeyda tocou a Gallardo, que abriu na ponta para Ortega. O camisa 10 levantou a cabeça para passar para Trezeguet, mas o francês era marcado individualmente por Reynoso. Ortega, então, resolveu avançar com a bola e, da meia lua, mandou um chute de trivela, que venceu Migliore e fez River 1x0.

O gol fez o San Lorenzo se abrir e o River passou a ter espaços para jogar. Aí o barraco desabou em Almagro. Em linda jogada coletiva, que começou num desarme de Almeyda, a bola sobrou para Paz, que tocou para Berizzo na esquerda. O camisa 6 tocou a Gallardo no meio, que abriu a Buonanotte na esquerda. Vendo Trezeguet livre, o camisa 30 inverteu a bola para o outro lado do campo, com um lançamento de precisão cirúrgica. Trezeguet recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Migliore, fazendo River 2x0 aos 4 minutos.

A partir daí, o campo passou a ter uma só equipe. O San Lorenzo não conseguia trocar dois passes sem que a ótima marcação do River roubasse a bola e tocasse com maestria até a área do rival. A trave e o goleiro Migliore faziam o que podiam. Aos 9 minutos, após linda triangulação entre Trezeguet, Ferrari e Ortega, Ameli derrubou o camisa 10 no bico direito da área. Gallardo cobrou a falta com maestria e mandou a bola pro fundo das redes, fazendo River 3x0.

No intervalo, Francescoli trocou o lado esquerdo para dar ritmo aos jogadores. Sacou Berizzo e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori. O intuito, também, era reforçar a marcação, já que o San Lorenzo viria para o 4-3-3. E foi isso que Nilson fez, tirando os dois volantes que saem pro jogo (Piatti e Buffarini) para as entradas de Tellechea e Bordagaray. Assim, Tellechea e Reynoso dariam a proteção necessária para Romagnoli ter liberdade e armar para um ataque que teria Raul 'Pipa' Estevez e Bordagaray nas pontas e Stracqualursi no ataque.

As mudanças de Nilson não surtiram efeito, mas não por culpa de seus jogadores. A marcação do River era, simplesmente, perfeita. E as jogadas que se seguiam eram toques precisos de pé em pé, até a área do rival. O quarto gol saiu aos 4 minutos, na mais clássica jogada do River. Carrizzo cobrou tiro de meta para Gallardo no meio. O camisa 11 abriu na ponta esquerda para Funes Mori, que tocou no meio para Trezeguet. Deixando a bola correr, o camisa 7 ganhou ângulo e chutou de primeira, para vencer Migliore e fazer River 4x0.

Aos 7 minutos, a jogada mais bonita do River terminou em gol, de forma muito parecida com a do gol anterior. Migliore cobrou tiro de meta para Romagnoli no meio. O camisa 10 viu uma falha na defesa e tocou a Stracqualursi. Mas a "falha" era uma isca de Almeyda, para forçar Romagnoli a fazer aquele passe. Almeyda ocupou o espaço rapidamente e tocou para Paz na área. O camisa 4 recuou para Carrizzo e o goleiro abriu no meio para Gallardo. Com liberdade, o camisa 11 abriu na esquerda para Funes Mori, que com mais liberdade ainda, tocou no meio para Trezeguet. O camisa 7 recebeu já dentro da área e, com um chute alto, venceu Migliore mais uma vez, para marcar seu hat trick: River 5x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Se o ano começou com Trezeguet como destaque na conquista do Torneio Início, o primeiro jogo do Apertura foi a prova de que o francês vive em grande fase. Além do hat trick, o camisa 7 voltou a se movimentar pelo campo todo, buscando e armando o jogo, além de abrir espaços para seus companheiros. Se Palermo deu um forte recado do que espera o River no Superclássico, a resposta de Trezeguet é de que teremos uma batalha épica.

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