sábado, 8 de fevereiro de 2014

Torneio Apertura 2014 - Primeira Rodada - 08/02/2014

Na tarde deste sábado de muito calor foi iniciado o Torneio Apertura 2014 com dois jogos de tirar o fôlego. A primeira liga do ano começa com o pé direito!

RIVER PLATE 3x2 BOCA JUNIORS

Que melhor maneira de se começar um campeonato do que com um Superclássico? Os dois finalistas do Torneio Clausura 2013 vinham a campo em situações bem opostas. O River Plate, campeão naquela ocasião, vinha de derrota nas semifinais do Torneio Início para o Racing (1x3). Apesar disso, conseguiu dar ritmo a todos os atletas e vinha com seus titulares "na ponta dos cascos". A equipe que começou o campeonato formou com 1. Carrizzo, 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet, 30. Buonanotte.

Do lado do Boca, crise. Muitos reclamaram da escolha de Paralelo, ao mandar os reservas para as quartas de final do Torneio Início, já de olho nas semifinais e na final, onde colocaria o time titular. Só se esqueceram de pedir ao San Lorenzo para abrir as pernas e a derrota (1x4) colocou o Boca para estrear com um Superclássico, sem que seus titulares tivessem ritmo de jogo. Mesmo assim, Paralelo colocou os titulares e sua equipe foi a campo com 1. Abbondanzieri, 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi, 3. Arruabarrena; 5. Serna (c), 8. Cagna, 11. Basualdo, 10. Riquelme; 19. Palacio, 9. Palermo.

O ritmo de jogo é uma coisa importante e isso é demonstrado nesta partida. O River dominou desde o início e não demorou a encontrar as redes aos 2 minutos. Riquelme escondido, Cagna e Basualdo sem poder ajudar e Serna se mandando ao ataque para tentar armar. Isso deixou um buraco no meio de campo do Boca Juniors, principalmente na entrada da área. Berizzo recuperou a bola na defesa, tocou para Almeyda, que deu a Placente na zaga. O camisa 3 tocou para Gallardo no meio, que deu um toque de letra a Buonanotte na esquerda. O camisa 30, então, tocou para o meio e encontrou Trezeguet livre para invadir a área e chutar na saída de Abbondanzieri, fazendo River 1x0.

O jogo era do River, com o Boca perdido em campo e a equipe de Nuñez tocando até chegar à área do adversário, onde perdia seus gols. Mas um descuido reequilibrou as coisas. Em jogada de contra ataque, Cagna tocou a Basualdo, que viu Carrizzo adiantado e mandou por cobertura para empatar a partida aos 7 minutos: 1x1.

Quem pensava que o gol faria o Boca entrar em campo, se enganou. Enquanto Serna armava e Riquelme faziam a cabeça de área, o River se organizava e buscava o segundo gol. E o encontrou aos 9, se aproveitando desta desorganização xeneize. Berizzo tocou lateral para Trezeguet, que deu a Buonanotte na esquerda. O ponta avançou e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer River 2x1.

No intervalo, somente o Boca mudou. Saíram Serna e Palácio e entraram Battaglia e Schelloto (que passou a ser o capitão).

A rigor foi a única mudança que o Boca fez, pois a equipe continuava sem conseguir se organizar e o River continuava tocando com habilidade até buscar o gol. Com menos de um minuto, em boa trama envolvendo Trezeguet e Gallardo, Abbondanzieri teve que derrubar o camisa 11 para não sofrer o gol. O juiz José Roberto Wright marcou o penal, que foi bem cobrado por Ferrari, no alto, a despeito do goleiro do Boca acertar o canto: River 3x1.

A partir daí, a equipe de Nuñez começou a tocar a bola e esperar o tempo passar (e alguma brecha para avançar). O Boca não se acertava e a torcida vaiava Riquelme, que não acertava um passe. Felizmente, um erro de Riquelme foi corrigido por Palermo, que tocou dentro da área para Basualdo descontar aos 8, mas ficou só nisso. Boca 2x3.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Enquanto teve fôlego, o francês foi presença constante no ataque do River. Fez o primeiro gol do campeonato, deu o passe para o de Buonanotte e ainda estava na jogada onde Gallardo sofreu o penal do terceiro gol. No final, foi visto ajudando a defesa para afastar o Boca de sua área.

INDEPENDIENTE 3x2 HURACÁN

O jogo de fundo colocou frente a frente uma equipe com um esquema tático muito bem armado contra outra que tem um sistema defensivo muito forte e contra-ataques mortais. Do lado do Independiente, críticas ao futebol pobre apresentado no Torneio Início. Mesmo assim, Bayer pôde dar ritmo a todos, pedindo que variassem as jogadas tanto para Silvera quanto para Parra. Entrou em campo com 1. Navarro, 2. Vella, 4. Mattheu, 6. Tuzzio (c), 3. Mareque; 5. Montenegro, 7. Busse, 8. Fredes, 19. Gracián, 17. Facundo Parra, 11. Silvera.

Já o Huracán não podia ser criticado, mesmo perdendo logo de cara para o River (1x4). A equipe jogava bem em contra ataques, mas a defesa não tinha sido forte como se esperava de um esquema defensivo. Sr Rabina treinou forte a defesa durante a semana e veio a campo com o que tinha de melhor: 1. Islas (c), 2. Danelon, 3. Alexis Ferrero, 4. Walter Ferrero, 6. Minici; 5. Barrientos, 13. Villarruel, 8. Centurión, 10. Ruben Masantonio; 7. Milano, 9. Cigogna.

O treino do Huracán deu certo e o primeiro gol saiu com apenas 30 segundos de jogo. O time marcou bem e Gracián fez falta em Barrientos após perder a bola. O camisa 5 tocou logo para Centurión, que tocou para Ruben Masantonio. De longe, o camisa 10 chutou e fez o primeiro gol de sua equipe no campeonato: Huracán 1x0.

O gol precoce e a apatia não deixavam o Independiente sair para o campo de ataque. Para piorar, a forte marcação do Huracán empurrava a equipe de Buenos Aires em perigosos contra ataques. E foi assim que o Huracán fez o segundo aos 4 minutos, quando Walter Ferreiro recolheu passe de Montenegro para Facundo Parra, tocou para Centurión, que tocou na esquerda para Minici. Com uma linda enfiada, o camisa 6 encontrou Cigogna no buraco deixado por Montenegro e o mito invadiu a área para tirar Navarro da jogada e fazer Huracán 2x0.

Perdido completamente, o Independiente precisava de um milagre para descontar ainda no primeiro tempo. E ele veio nos acréscimos. Em cobrança de tiro de meta, ao invés de tocar no meio para Gracián, Navarro tocou para Mareque na esquerda. O lateral avançou e deu bom passe em profundidade para Silvera trazer para o pé direito e chutar para vencer Daniel Islas: Independiente 1x2.

No intervalo, Bayer sacou Busse e Parra e colocou Acevedo e Gandin. Ele podia escolher entre Montenegro e Busse para sacar, preferindo o segundo para tentar aumentar a marcação. Já do lado do Huracán, Sr Rabina trocou Villarruel e Milano por Erramuspe e Barrales, pois os titulares haviam cansado.

A mudança não surtiu muito efeito para o Independiente, que continuava sem conseguir avançar. Acevedo armava o jogo e Fredes tentava aparecer, pois Gracián jogava muito mal. Já o Huracán tocava a bola, feliz com o resultado e tentando poupar seus jogadores do forte calor.

Mesmo assim, o Independiente tinha seus golpes de sorte para conseguir chegar ao empate. E um deles veio aos 6 minutos, quando Mareque cobrou lateral para Silvera e tabelou até deixar o camisa 11 livre na esquerda, onde trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Islas, fazendo Independiente 2x2.

Mesmo empatando após estar ganhando o jogo por 2x0, o Huracán ainda estava contente com o empate, tamanho o cansaço de seus jogadores. Só que um último golpe seria fatal para o belo futebol apresentado pela equipe de Buenos Aires. Nos acréscimos, em lance idêntico aos dois primeiros gols, Fredes cobrou lateral para Silvera e tabelou até deixar o camisa 11 em condições de trazer a bola para o pé direito e tirar Islas da jogada. O gol lhe deu o hat-trick e o Independiente venceu por 3x2.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Grande destaque do Clausura passado, quando disputou a artilharia até o fim com Palermo e Romagnoli, o camisa 11 começou o campeonato com o pé direito. Fez os três gols de sua equipe em um jogo onde só um milagre daria ao Independiente a vitória. E ele veio...

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