A nona rodada do Apertura 2011 começou neste domingo, com muita polêmica, e deve se encerrar na quinta-feira. Vamos aos dois jogos de hoje!
Americano 0x3 Boca Juniors
O time de Campos, empolgado pela vitória sobre o CROL na rodada anterior (4x2), vinha para cima, com o retorno de seu capitão Célio Silva, que cumpriu suspensão nas duas últimas rodadas. O Boca Juniors, por outro lado, vinha sem empolgação após perder o Superclássico nos pênaltis (após 3x3) e sem seu treinador Buchanan's Special Reserve 3, expulso contra o River. No primeiro turno, Boca Juniors 3x1 Americano.
Mas foi só a bola rolar para se ver que aquele seria um jogo diferente. Logo com 50 segundos de jogo, Basualdo cobrou lateral para Riquelme, que devolveu a Basualdo na entrada da área. O camisa 11 trouxe para o pé direito e chutou cruzado com extrema categoria, fazendo Boca 1x0.
O Boca continuou mandando no jogo e fez o segundo gol aos 3 minutos. Schiavi recuperou bola esticada para Luciano Viana e inverteu o jogo com maestria para Palacio. O camisa 19 avançou até a intermediária e soltou a bomba, vencendo Caetano e fazendo Boca 2x0.
No intervalo, após um massacre do Boca (que mandou inúmeras bolas na trave), a equipe xeneize trocou Palermo e Riquelme por Viatri e Guillermo Barros Schelloto. O Americano, totalmente dominado, trocou Wederson, Ronaldo e Camilo por Pachola, Butti e Jack Jones, passando a jogar no 4-4-2.
Não adiantou. O Boca continuou dominando. Marcando forte e saindo em ataques com excelente toque de bola, o time argentino fez por merecer a vitória, que foi coroada nos acréscimos, quando 8 jogadores estavam no campo de ataque. Odvan tocou com a mão na bola, Palacio cobrou rápido para o meio da área e Basualdo chutou de primeira para vencer Caetano novamente e dar números finais ao confronto: Boca 3x0.
Destaque do jogo: Schiavi. O zagueiro jogou com extrema categoria. Sem ter quem marcar (já que o Americano não passava do meio de campo), foi ao ataque e armou várias jogadas. Se multiplicou em campo e saiu como o grande nome da partida.
CROL 3x3 Bangu
O clássico do ônibus cinza era, também, o clássico dos desesperados. O CROL via seus sonhos de se classificar aos playoffs ruirem, diante da derrota na rodada anterior (2x4 para o Americano) e ao chegar ao último lugar no campeonato. O Bangu também vinha de derrota (3x4 para o São Paulo) e queria se classificar aos playoffs naquele que pode ser seu último campeonato.
O CROL começou o jogo a mil por hora, partindo para cima e com a máxima de que a melhor defesa é o ataque. Logo com 1 minuto de jogo, Pablo invadiu a área e foi derrubado por Ricardo Cruz. Pênalti que Marquinhos cobrou na trave e, no rebote, Pablo mandou de bico para o fundo das redes para fazer CROL 1x0.
A equipe do Rio do Ouro continou em cima e não deixou o Bangu respirar. Muito mal, a equipe de Moça Bonita não conseguia organizar jogadas, já que Mendonça errava tudo o que tentava. Aos 3 minutos, Dr L recuperou bola que tinha Claudio Adão como endereço. Ele tocou rápido para Pablo na direita, que deu a Iverson no meio. O camisa 10 conduziu a bola e deu lindo passe para André na esquerda. O camisa 7 recebeu a bola dentro da área e tirou Ricardo Cruz da jogada, fazendo um lindo gol: CROL 2x0.
No intervalo, o CROL não mexeu, visivelmente contente com o bom futebol apresentado pela equipe. Já o Bangu trocou Borçato e Mendonça (que saiu vaiado) por Messias e André Biquinho.
O Bangu melhorou com as substituições. Mais bem plantado em campo, o time não dava mais espaços para o time do CROL e ainda saía em boas jogadas para o ataque. Com dois minutos, Messias tocou para Marinho, que trouxe a bola da ponta para o meio, driblou Dr L e, da entrada da área, chutou para fazer bonito gol: Bangu 1x2.
O Bangu se inflamou com o gol e chegou ao empate em lance polêmico. Claudio Adão recebeu de Marinho na direita, invadiu a área e chutou. A dúvida estava no ar se a bola bateu na trave e saiu ou bateu na trave, dentro do gol e saiu. O juiz Pedro Carlos Bregalda validou o gol e a confusão começou. Os jogadores do CROL partiram para cima dele e André empurrou o árbitro para fora de campo, sendo expulso na sequência: Bangu 2x2.
Com um a menos, a vantagem anulada e os nervos em frangalhos, o time do CROL precisou se superar em campo. Mas aí surgiu o futebol de Ma Luca. O lateral direito (que é atacante de origem) foi ao ataque ocupar o lugar de André quando o time tinha a bola e virava lateral quando o time não tinha a pelota. Assim, aos 6 minutos, Spinardi saiu driblando Claudio Adão com extrema categoria e lateralizou para Ma Luca. O camisa 2 avançou pela ponta, tabelou com Leozinho e recebeu na área, para tocar na saída de Ricardo Cruz e fazer CROL 3x2.
A equipe se trancou na defesa e não quis mais sair para o jogo, enquanto o Bangu ganhou terreno e atacou com tudo o que podia. Aos 10 minutos, foi recompensado, quando Macula avançou, tabelou com André Biquinho e chutou com violência da entrada da área, para empatar a partida: 3x3.
Nos pênaltis, mais polêmica. Após Macula chutar e Hobson defender, foi a vez de Iverson ir para a cobrança. O capitão do CROL cobrou o penal com violência e ficou a dúvida se a bola bateu na trave ou na parte interna da rede e saiu. O juiz Pedro Carlos Bregalda validou o gol. Na série seguinte, Rafinha perdeu para o CROL mas, na última série, Marinho chutou para fora e Nélcio fez o gol que garantiu a vitória do CROL por 4x3. O juiz teve que ser escoltado pelos seguranças da Federação.
Destaque do jogo: Pablo. Novamente, a melhor opção do CROL para armar o jogo. Além de armar, sofreu o pênalti que originou o primeiro gol (marcado por ele mesmo), chutou inúmeras bolas na trave e ainda converteu o seu nas cobranças de pênalti.
Notas rápidas:
* Dois jogadores do CROL conseguiram milestones após marcarem contra o Bangu. Tanto Pablo quanto André chegaram aos 30 gols na carreira.
* O TJB foi muito acionado neste domingo. Primeiro, não deu provimento ao recurso do CROL de mudar a pena de André de suspensão para multa. Os juízes entenderam que o camisa 7 foi expulso por agressão ao árbitro e deram a ele um jogo de suspensão.
* O TJB também não reconheceu o recurso do CROL de suspender o árbitro Pedro Carlos Bregalda por ter validado o segundo gol do Bangu, em lance que originou a expulsão de André. Segundo despacho, por ter ganho o jogo, o CROL não foi tão prejudicado com o lance.
* Porém, no terceiro recurso a ser julgado, o TJB reconheceu o recurso do Bangu contra o árbitro Pedro Carlos Bregalda, pelo penal de Iverson que teria batido na trave. O Tribunal suspendeu Bregalda por um sorteio em votação por 2x1. Causa ganha pelo advogado Leitoso.
João, você registra outros milestones, além de gols na carreira?
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