sábado, 15 de fevereiro de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Segunda Rodada - 15/02/2020

Ontem foi dia do botonista e, para celebrar, a FIFUBO fez uma grande festa neste sábado, com a abertura da segunda rodada da Liga FIFUBO 2020. As chuvas que assolaram Niterói se foram, o sol voltou a aparecer e o calor ainda não está de matar. Então, o público pôde vir ao Imperatriz Arena e desfrutar de um lindo dia, com muito futibou de butaum!

Antes do início da rodada, o ciclista brasileiro Luciano Pagliarini foi a campo, dar o pontapé inicial. Tal honraria lhe foi concedida após vencer o Tour da Malásia, da LMC.

O ciclista Luciano Pagliarini exibe o troféu de campeão do Tour da Malásia e dá o pontapé inicial da segunda rodada da Liga FIFUBO.
FRANÇA 2x0 HOLANDA

Depois de perder para Camarões na primeira rodada (1x2), os franceses vêm debaixo de grandes críticas para esta partida. A vitória é obrigação e os comandados de José Mourinho sabem disso. A única mudança na equipe foi a entrada de Djorkaeff no lugar de Pires. A Holanda, por sua vez, ainda é uma incógnita. A equipe ficou de bye na primeira rodada e, por isso, estreia na competição. A grande dificuldade de Johan Cruyff é fazer seus jogadores entenderem o esquema e o tipo de jogo que ele pretende. Para isso, conta com a experiência de 18 anos do trio ex Imperatriz, isso é, Zenden, Numan e Stam.

Não foi desta vez que Cruyff fez seus atletas entenderem o esquema. Ele quer que a equipe jogue no estilo do River Plate, com o armador central (Zenden) abrindo para as pontas e os pontas (Bergkamp e Overmars) jogando no meio para o centroavante (Kluivert) concluir. Zenden insistia em esticar as bolas e, com isso, o trio de ataque foi nulo. Já a França finalmente mostrou um bom futebol. Com um bom sistema de marcação, os bleus recuperavam a bola e deixavam para o meio campo criar, com qualidade. A bola chegava aos atacantes e estes se fartavam de perder oportunidades.

O placar saiu do zero aos 3 minutos, após um lançamento errado de Zenden para Bergkamp sair pela linha lateral. Lizarazu repôs para Deschamps na meia esquerda e o camisa 7 foi conduzindo para o meio. Com um bom passe, encontrou Zidane na meia direita, já no campo de ataque. O camisa 10 passou a Guivarch próximo à entrada da área e viu o camisa 9 driblar Stam com facilidade, invadir a área e desferir um potente chute cruzado: França 1x0.

No intervalo, José Mourinho alertava aos franceses para matarem logo o jogo. Dominando a partida, eles pareciam esperar o mesmo que aconteceu com Camarões. Bastava um jogador entrar, mudar o jogo e a França perdia. Por isso, o técnico tirou Thuram e Henry para colocar Pires e Guivarch. Djorkaeff faria a lateral direita, Deschamps ficaria como volante pela direita e Pires, pela esquerda. Johan Cruyff não pensou duas vezes antes de sacar o melhor do mundo. Além de Zenden, saiu Heitinga e, em seus lugares, entraram Jordi Cruyff e Triton. Assim, Triton iria para a lateral direita e Numan faria a esquerda. Cruyff formaria um triângulo no meio de campo com Davids e Seedorf. Assim, a Holanda esperava ganhar maior volume de jogo.

Mas isso não aconteceu. A França continuou dominando as ações, atacando de tudo quanto era lado com qualidade. Mourinho deu um nó tático em Cruyff e colocou Djorkaeff como falso lateral. Na verdade, o camisa 6 atuou muito mais no campo de ataque, junto com Zidane. Pires e Deschamps levavam a bola ao ataque, Trezeguet e Guivarch caíam pelas pontas e Zidane e Djorkaeff vinham pelo centro. Mas a bola insistia em não entrar.

Aos 9 minutos, a França saiu em contra ataque muito bem articulado por Deschamps. O camisa 7 pegou a bola no campo de defesa e foi tabelando com Pires pelo meio até a meia lua. Deschamps chutou à meia altura e viu Van Der Sar se esticar todo para espalmar para o lado. Djorkaeff correu para o rebote, mas o goleiro holandês lhe deu uma rasteira e o árbitro Anderson Daronco marcou o pênalti. Zidane cobrou à meia altura, no canto direito; Van Der Sar se esticou, mas não alcançou: França 2x0.

Destaque do jogo: Didier Deschamps. O capitão francês foi um gigante. Ajeitou o posicionamento da marcação, a organização do jogo e até a função de cada um no ataque. Pegou a bola lá atrás, armou o jogo e participou dos dois gols. No primeiro, iniciou o ataque. No segundo, concluiu até acontecer o pênalti. Atuou pelos dois lados do campo e saiu aplaudido.

INGLATERRA 4x0 CAMARÕES

Se alguém chegasse hoje ao Imperatriz Arena, sem saber de nada, pedisse informação sobre o jogo e lhes dissessem que Inglaterra e Camarões iam jogar; que uma equipe vem muito empolgada por sua importante vitória e a outra, preocupada por não estar conseguindo encontrar seu jogo, o desavisado visitante acharia que a equipe empolgada é a Inglaterra e a preocupada, Camarões. Mas não era nada disso...

A Inglaterra teve um jogo difícil na primeira rodada, contra uma favorita e chegou a dominar a partida, terminando com um empate em 1x1 contra a Alemanha. Mas a falta de resultados positivos e de imposição fazem o torcedor inglês ficar preocupado. O esquema do English Team é o 4-4-2 em linha, ou seja, os 4 defensores formam uma linha, os 4 meiocampistas formam outra e os 2 atacantes, outra. É difícil verticalizar o jogo, mas Alex Ferguson treinou uma forma e quer aplicá-la aqui. Nela, os dois meiocampistas do centro (Gerrard e Lampard) abrem o jogo para os da ponta (Beckham e Joe Cole), que são os responsáveis por levar a bola aos atacantes (Owen e Crouch).

Camarões é a equipe empolgada. Os Leões Indomáveis entraram como azarões contra a França e saíram de campo com uma surpreendente vitória (2x1). Os dois gols de Roger Milla lhe levaram ao time titular hoje. A esperança camaronesa é apostar no nervosismo adversário e irritá-los com seu jogo irreverente, trazendo mais nervosismo e levando ao erro.

Mas a Inglaterra nem deu chances. Camarões apostava em lançamentos longos para a ponta, sempre interceptados por Ashley Cole. A falta de um jogo de troca de passes fez com que os africanos não conseguissem concluir e, com isso, Paul Robinson assumiu nova função em campo. Sem ter que se preocupar com chutes à sua meta, o goleiro inglês virou líbero e ajudou na marcação. Gerrard abria para Joe Cole e o camisa 11 se mandava ao ataque, tabelando com Crouch e Owen. Os três se fartavam de desperdiçar oportunidades. Faltava só Beckham entrar no esquema...

Ele resolveu jogar aos 6 minutos, em uma jogada que começou lá atrás, com Ashley Cole interceptando mais um passe. O camisa 3 tocou a Lampard na cabeça de área e o camisa 8 abriu a Beckham na direita. O camisa 7 começou uma tabela por aquele lado junto com Joe Cole e os dois foram tabelando até o bico da área de Camarões. Ali, Beckham recebeu, ajeitou e mandou seu chute característico, no ângulo de Nkono, para fazer Inglaterra 1x0.

Camarões saiu para buscar o empate, mas continuava apostando em lançamentos que não davam em nada. E foi assim que tomaram o segundo gol. Aos 8 minutos, Mfede tentou lançar Roger Milla, mas Paul Robinson saiu do gol e afastou a bola com um chutão para o lado direito. A bola caiu nos pés de Beckham, que puxou o contra ataque tabelando com Owen. Os dois foram trocando passes e envolvendo a defesa camaronesa até a entrada da área, de onde Beckham ajeitou e mandou mais um chute com o seu selo de qualidade, cruzado e cheio de efeito: Inglaterra 2x0.

No intervalo, Alex Ferguson tirou John Terry e Peter Crouch, colocando Carragher e Rooney em seus lugares. Beckham seria o capitão e os súditos da Rainha iriam apostar no jogo de velocidade, pelo chão. Zlatko Dalic tirou Ebwelle e Roger Milla para colocar Ndip e Oman Biyik, indicando maior marcação pelo lado onde Beckham deitava e rolava e um jogo de força.

Não adiantou nada. Enquanto Camarões continuava tentando lançamentos, os ingleses saíam de tudo quanto era lado, tocando a bola. Ashley Cole era um gigante nos desarmes; Gerrard armava o jogo com maestria; Beckham e Joe Cole infernizavam pelas pontas; Owen e Rooney davam trabalho à defesa rival. O massacre estava próximo.

Aos 3 minutos, Ashley Cole interceptou mais uma bola e tocou a Gerrard na cabeça de área. O camisa 4 abriu na esquerda para Joe Cole e viu o camisa 11 puxar o contra ataque pela ponta. Tabelando com Rooney, Joe Cole levou a bola até o campo de ataque, quando trouxe para o meio e atraiu a marcação. Com um toque para a esquerda, viu Rooney entrar livre, em diagonal, e chutar forte no ângulo de Nkono para fazer Inglaterra 3x0.

Camarões jogou a toalha, mas os ingleses queriam mais. A goleada mostraria que os europeus são sim uma força do futibou de butaum e merecem ser incluídos na lista de candidatos ao título. Tanto é que, aos 7 minutos, fecharam a tampa do caixão com uma jogada incrível, que mostrou como o esquema de Alex Ferguson deu certo.

Beckham e Owen saíram, novamente, com uma tabela pelo lado direito. O camisa 10 recebeu e foi para o chute, mas Ndip veio com tudo e bloqueou. A bola subiu e ia sobrando para Kunde, na lateral da área, mas Owen não desistiu. O camisa 10 chegou primeiro na bola, contornou o camisa 6 adversário e rolou para trás. Beckham pegou no bico da área, trouxe para o meio e, de pé esquerdo, acertou ótimo chute em curva para fechar o placar: Inglaterra 4x0.

Destaque do jogo: David Beckham. A partida de Joe Cole foi incrível. O camisa 11 correu o campo todo, distribuiu o jogo e desperdiçou chances. Paul Robinson, Ashley Cole, Gerrard, Rooney e Owen também estiveram impecáveis. Mas o espetáculo só foi de primeira grandeza graças a David Beckham. Com um início apagado, o camisa 7 inglês resolveu mostrar que é a grande estrela desta seleção. Além do hat trick que marcou, mandou uma bola na trave e infernizou o adversário com boas tabelas. Saiu aplaudido de campo com inteira justiça.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra neste domingo e, aí sim, poderemos publicar a primeira tabela de classificação.
  • O milestone da rodada vai para Zinedine Zidane. A cobrança de pênalti perfeita deu a primeira vitória à França e o décimo gol dele com a camisa 10 dos bleus.
  • Como dito no início da postagem, na LMC tivemos o Tour da Malásia se encerrando na última sexta-feira. Na última etapa, vários ciclistas ainda tinham chances de levar o título, sendo que os dois com a melhor colocação eram o camisa amarela, Tom Dumoulin, e o segundo colocado, Luciano Pagliarini. O brasileiro atacou para cruzar em primeiro na única meta volante da etapa e melhorou muito sua classificação. Como Dumoulin não conseguia chegar à metade do pelotão, bastava a Pagliarini um quarto lugar para ficar com o título. Ele acabou chegando em terceiro, atrás de Damiano Cunego e Romain Bardet (o vencedor da etapa), comemorando muito a inédita conquista. Dumoulin chegou apenas em décimo sexto.
  • Luciano Pagliarini não conquistou somente o título do Tour da Malásia, mas o prêmio de montanha também, já que venceu a quinta etapa, que dava tal honraria.
  • Os ciclistas, agora, estão na Bélgica. A disputa do Protour do Benelux começa neste sábado, com o contra relógio. Serão duas etapas na Bélgica, duas em Luxemburgo (onde ocorrerá a Etapa Rainha, que dá o título de montanha) e duas na Holanda (onde o campeão será coroado).


Os três primeiros na última etapa do Tour da Malásia. Da esquerda para a direita, o italiano Damiano Cunego (Lampre), segundo colocado, o francês Romain Bardet (AG2R), vencedor da etapa, e o brasileiro Luciano Pagliarini (Saunier Duval), terceiro colocado.

O pódio do Tour da Malásia, com a dobradinha brasileira. No alto, o campeão Luciano Pagliarini (Saunier Duval), com o troféu. Um pouco abaixo, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vice campeão. Mais abaixo, o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), terceiro colocado.


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