quarta-feira, 31 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Quinta Rodada - 31/07/2013

Quarta-feira, céu limpo e temperatura ainda baixa. Essas foram as condições que levaram os torcedores ao Itaquá Dome para assistirem à abertura da quinta rodada  do Clausura 2013, com um jogão! Vamos a ele!

HURACÁN 2x5 RACING

O Huracán tinha feito novo recondicionamento físico, seguindo umas dicas de Marcelo Minuzzi, e vinha com uma empolgação extra. Além de líder, único invicto e com o artilheiro do campeonato, o novo programa tinha feito seus jogadores melhorarem consideravelmente, recuperando o velho brilho.  Para celebrar, Sr Rabina mantinha a equipe que já jogara nas quatro rodadas anteriores.

O Racing era uma incógnita. A equipe, outrora favorita número 1 ao título, tinha apenas um ponto em três jogos. Para piorar, ainda enfrentava a sensação do campeonato. Madeirite passou a semana tentando acertar a equipe, principalmente recuperar o futebol de Martin Simeone.

O jogo começou muito truncado, com muitos erros de passe e os jogadores do Huracán voando baixo no campo, mas sem controle. Com isso, o primeiro chute só saiu aos 2 minutos e, mesmo assim, sem muita direção.

Mas aos 3 minutos as coisas começaram a se acertar. Após Alexis Ferrero aliviar o perigo da área, Enrique cobrou lateral para Latorre. O camisa 11 recebeu livre na esquerda, ajeitou para o pé direito e chutou com curva, tirando do alcance de Daniel Islas e fazendo Racing 1x0.

O Huracán deu a saída de bola e se lançou ao ataque. Aos 4 minutos, Ruben Masantonio tocou para Mauro Milano, mas o camisa 7 não conseguiu o domínio. A bola sobrou para Quiroz, que recuou para Saja. Só que o goleiro não estava na linha do gol e a bola entrou mansamente. A pixotada de Quiroz rendeu o primeiro gol contra do certame e o Huracán empatava: 1x1.

Aos 7, no entanto, linda jogada pôs o Racing novamente em vantagem. Pelletieri avançou pelo meio e tocou para Acosta. Ao invés de avançar, o camisa 9 recuou para Ruben Capria no meio. O capitão do time, em linda inversão de bola, deixou Latorre livre na esquerda e o camisa 11 só precisou invadir a área e tirar Islas da jogada para fazer Racing 2x1.

O Huracán tentou se lançar ao ataque, mas um lance polêmico aumentou a vantagem da equipe de Avellaneda. Ruben Capria disputou bola e os jogadores reclamaram de falta, ignorada pelo árbitro Dula Rápio. Seria falta tripla e expulsão para o camisa 10, mas como o árbitro disse que ele tocou na bola primeiro, o lance seguiu. Capria chutou, Islas defendeu e, no rebote, Acosta mandou para o gol vazio, fazendo Racing 3x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Villarruel (que não tinha muito controle nos passes) e Mauro Milano (que não ajudava Cigogna no ataque) e pôs Erramuspe e Barrales. Já Madeirite tirou Diego Cápria (que tinha cartão amarelo) e lançou Fariña na lateral.

O Huracán deu mostras de que as mudanças surtiram efeito e partiu para cima, desperdiçando algumas chances. Aos 2 minutos, Ruben Masantonio recebeu de Cigogna e descobriu Barrales entrando pelo meio. O passe saiu preciso e o chute do camisa 11 mais ainda. Barrales acertou o ângulo de Saja e fez um golaço: Huracán 2x3.

Mas o ímpeto do Huracán foi freado no minuto seguinte, quando uma bela jogada coletiva ampliou a vantagem do Racing. Pocchetino interceptou lançamento para Cigogna e tocou para Quiroz. O camisa 5 tocou a Ruben Capria, que descobriu Pelletieri na direita. Vendo que Martin Simeone se deslocava para seu lado, o camisa 7 tocou. Simeone girou, ajeitou e chutou, sem chances para Islas: Racing 4x2.

O Huracán desanimou com a desvantagem e não conseguiu mais se organizar. Cigogna tentou se movimentar, mas era bem marcado. Assim sendo, o placar permaneceria assim não fosse uma falha de Islas, que achou que um chute fraco de Acosta sairia pela linha de fundo e ficou só olhando. Mas a bola foi na direção do gol e, aos 8 minutos, o Racing dava números finais ao confronto: 5x2.

O Huracán perde sua invencibilidade em um jogo em que nada funcionou. A marcação foi falha, as bolas não chegaram a Cigogna, somente Masantonio jogou bem. Mas ainda assim podem celebrar o fato de que a evolução física da equipe pode levá-los longe.

Do lado do Racing, a celebração por, enfim, o seu belo futebol aparecer. Com uma marcação eficiente, não deixaram Cigogna receber. Também foram uma equipe coesa, com bela troca de passes. Martin Simeone finalmente estreou e ajudou Ruben Capria a municiar o ataque, que foi perigoso dos dois lados.

Destaque do jogo: Diego Latorre. O camisa 11 foi decisivo. Enquanto Acosta era marcado, ele aparecia como boa opção, marcando dois gols no primeiro tempo que deram ao Racing uma vantagem preciosa.

NOTAS RÁPIDAS:

  • O programa de recondicionamento, que envolve lixa d'água e cera Carnu para automóveis deu resultado. Na terça-feira foi feito no Huracán, que jogava nesta quarta. Antes do jogo, os atletas do San Lorenzo passaram pelo mesmo tratamento. Após o jogo, foi a vez dos atletas do Estudiantes. Assim sendo, as equipes com defasagem física se equiparam às demais, reequilibrando o campeonato.
  • O gol marcado por Acosta foi o de número 60 do campeonato. A média de gols está em 4.6 por jogo.

sábado, 27 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Quarta Rodada - 27/07/2013

Neste sábado foi finalizada a quarta rodada do Clausura 2013, com dois jogos de tirar o fôlego. Vamos a eles!

BOCA JUNIORS 4x3 RIVER PLATE

O Superclássico dá as caras no Torneio Clausura com um jogo que faz jus a este status! Do lado do Boca Juniors, a derrota diante do Huracán na rodada anterior não era capaz de tirar o ânimo por jogar contra os maiores rivais. Por isso, Paralelo manteve a equipe que vinha atuando desde o início do certame. Já do lado do River, a invencibilidade e a ótima atuação diante do Independiente na rodada anterior eram o combustível para que os atletas não sentissem a falta de seu treinador, Francescoli, expulso no jogo contra a equipe de Avellaneda. Seu auxiliar, Blue Steel, assumia em seu lugar e mantinha a equipe que goleara o Independiente.

E o River começou a mil por hora. Com menos de um minuto de jogo, uma bola perdida na área do River e o início de uma bela jogada. Paz tocou para Placente, que mandou no meio para Barrado. O camisa 19 ajeitou a bola para Trezeguet, que invadiu até a intermediária e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri, fazendo River 1x0.

O River dominou o jogo. Ortega marcava Palermo em cima e Riquelme estava perdido, obrigando a equipe do Boca a sair jogando com seus laterais, que não conseguiam muita coisa. Na saída de bola, Palácio fez falta dura em Gallardo e levou o cartão amarelo.

O River continuava dominando e mandou diversas bolas na trave de Abbondanzieri, mas o improvável aconteceu aos 7 minutos. Paz foi tocar para Barrado e acertou o calcanhar do meiocampista.  A bola sobrou para Ibarra, que chutou de primeira e acertou o ângulo de Carrizo, empatando o jogo: Boca 1x1.

Quando parecia que o resultado seria esse, o River tratou de confirmar o favoritismo. Paz se recuperou e fez belo lançamento para Barrado. O camisa 19 invadiu pela direita e chutou cruzado, para fazer River 2x1. Na saída de bola, Palácio fez falta dura em Barrado e recebeu o segundo amarelo, levando o vermelho logo na sequência.

Com o resultado favorável e um jogador a mais em campo, o River mudou no intervalo, inexplicavelmente. Blue Steel tirou Trezeguet e Berizzo e colocou Funes Mori e Coudet. Já Paralelo fez o possível para consertar os erros de sua equipe, tirando Arruabarrena e Cagna e colocando Battaglia e Guillermo Barros Schelotto.

A sorte continuava ao lado do River e, com menos de um minuto, a equipe voltou a marcar. Aproveitando-se do buraco deixado pela ausência de Palácio, Gallardo descobriu Buonanotte na esquerda. O camisa 30 avançou em diagonal e chutou na zaga, com a bola indo para lateral. Coudet cobrou para Gallardo, que tocou a Buonanotte e recebeu de volta na área, para chutar no alto e fazer River 3x1.

O Boca descontou logo na saída. Riquelme tocou para Basualdo, que avançou e teve a bola do jeito que gosta para fazer o seu chute de curva. A bola foi no ângulo de Carrizo e o Boca descontou para 2x3.

Achando que a vantagem numérica no campo e no placar lhes eram suficientes, o River relaxou e deixou o jogo correr em ritmo de pelada. Seus jogadores abandonaram a tática e passaram a jogar de brincadeira, se lançando ao ataque. Em um momento desses, Gallardo discutiu com Ortega, que estava brincando na área do Boca, enquanto a equipe xeneize partia em contra-ataque.

E foi assim que eles encontraram o empate, aos 6 minutos, num lance de pura sorte. Após Barrado acertar a trave do Boca mais uma vez, a bola foi isolada. Ibarra recebeu e avançou, tocando a Guillermo Barros Schelotto. O camisa 13 partiu pela ponta, tabelou com Riquelme e foi à linha de fundo cruzar na cabeça de Battaglia. O camisa 12 mandou no ângulo de Carrizo e empatou o jogo, para delírio da torcida xeneize: 3x3.

E quando parecia que o jogo terminaria empatado, eis que o milagre aconteceu. Riquelme finalmente entrou no jogo, avançou pelo centro e tocou na direita para Basualdo. O camisa 11 recuou para Palermo pegar de primeira, de dentro da área, e virar para o Boca aos 9 minutos: Boca 4x3.

O Boca vence e mostra que o estilo de seu treinador foi bem assimilado. A equipe não se importou com um placar adverso de 1x3, nem com a ausência de um jogador e foi se soltando no jogo, até virar. Palermo, ao fim do jogo, disse que a vitória era dedicada àqueles que suaram sangue em campo e à brilhante virada de seu treinador no intervalo.

Já do lado do River, ficou o sentimento de que um treinador fez falta. A inexplicável mudança de Blue Steel, tirando Berizzo para colocar Coudet improvisado na lateral e tirando Trezeguet (que já havia marcado) para colocar Funes Mori, sob o argumento de que queria colocar todos os jogadores à disposição para a disputa do Superclássico lhes custou a vitória. Além disso, a irresponsabilidade de alguns, notadamente Ortega, de abandonarem a tática proposta, faz surgir uma freguesia da equipe de Nuñez ante o maior rival e trouxe profundo desagrado em alguns atletas.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. Mesmo com a derrota, novamente o camisa 19 foi o melhor em campo. Deu o passe para o primeiro gol, marcou o segundo, armou jogadas, marcou o adversário e se fartou de mandar bolas na trave, aparecendo como constante ameaça do River ao gol do Boca. Novamente, em um Superclássico, um Diego Armando foi o melhor. Mas desta vez, do lado do River e com a camisa 19.

ESTUDIANTES 0x1 HURACÁN

O segundo jogo colocava frente a frente uma equipe em franca ascensão e a grande surpresa e líder do campeonato. Do lado do Estudiantes, a empolgação frente à ótima partida contra o Racing e a manutenção da equipe que empatou na rodada anterior. Do lado do Huracán, a empolgação pelo campeonato em si, pelo status de único invicto do certame, pela liderança isolada, pela artilharia de Daniel Cigogna e pela constatação de que já haviam vencido dois dos três times argolados do campeonato.

Apesar de ter muito mais motivos para comemorar, o Huracán não dominou o jogo. Foi o Estudiantes quem o fez, com uma marcação em cima do meio de campo e diversas alternativas de ataque. Com Rodrigo Braña dominando a cabeça de área, Verón teve maior liberdade para armar com Benítez e Perez. Boselli e Gastón Fernandez se fartaram de chutar, mas todas as bolas paravam nas mãos do goleiro. À exceção de um ataque ou outro, o Huracán nada fez no primeiro tempo e comemorou quando este terminou em 0x0.

No segundo tempo, logo aos dois minutos a genialidade de Cigogna apareceu. O camisa 9 se deslocou rapidamente para receber um passe de Ruben Masantonio, avançou em velocidade, invadiu a área e chutou no ângulo. Andujar tocou de ponta de dedos para córner, mas o árbitro Wilson Neca marcou pênalti, pois Federico Fernandez atingiu Cigogna quando este chutou. O mito cobrou o penal no cantinho e pôs o Huracán em vantagem: 1x0.

A partir daí, o Huracán se encolheu numa marcação ferrenha e passou a tocar a bola para o tempo passar. Mas no último lance, tivemos um lance de pura emoção. Angeleri não tinha a quem passar e, por isso, foi avançando em velocidade, até ser derrubado por Daniel Islas dentro da área. O pênalti seria o último lance do jogo. Verón colocou a bola na marca, correu, bateu e Islas tocou de ponta de dedo. A bola ainda tocou na trave e saiu, para a alegria dos torcedores do Huracán.

A equipe de La Plata ainda comemora sua ascensão física, mas ainda peca nas finalizações. Seguem trabalhando para melhorar isso.

Já o Huracán comemora a liderança, na base da sorte ou da competência, mas uma liderança isolada. Na quarta, pegam o Racing.

Destaque do jogo: Daniel Islas. O goleiro fez ótimas defesas durante o jogo inteiro e ainda pegou o penal de Verón, em duelo de capitães, no último lance da partida, garantindo a vitória e a liderança para a sua equipe.

CLASSIFICAÇÃO

1° Huracán - 12 pontos
2° Boca Juniors - 9 pontos
3° Independiente - 6 pontos, 11 gols pró
4° River Plate - 6 pontos, 9 gols pró
5° Racing - 1 ponto, 6 gols pró
6° Estudiantes - 1 ponto, 3 gols pró
7° San Lorenzo - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 5 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Nestor Silvera (Independiente), David Trezeguet (River Plate) - 4 gols
3° Diego Armando Barrado (River Plate) - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

* O milestone da rodada ficou por conta de Martin Palermo. Com o gol que deu a vitória ao Boca no Superclássico, o camisa 9 chega a 30 em sua carreira.

* Para o jogo de quarta-feira entre Huracán e Racing, será usada a bola de lã, numa tentativa de melhorar os chutes. Se aprovada, passará a ser a bola oficial dos encontros.

* Ainda esta semana, Estudiantes, San Lorenzo e Huracán submeterão seus jogadores a novos tratamentos, visando a melhoria do desempenho técnico e físico.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Quarta Rodada - 24/07/2013

Quarta-feira de muita chuva e frio, mas a bola não deixa de rolar no Torneio Clausura 2013! A chuva fina e intermitente que caiu encharcou o gramado, o frio afastou muita gente, mas ainda teve quem quis ir ao estádio ver o solitário jogo que abre a quarta rodada e ainda ganhou um bônus!

INDEPENDIENTE 3x1 SAN LORENZO

Duas equipes com problemas. O Independiente, dono do melhor futebol no início do campeonato, acumulava duas derrotas. Para piorar, a última foi de goleada (1x4 River  Plate). Para piorar, não tinha o reserva Acevedo, expulso contra o River. Para piorar só mais um pouquinho, seu treinador (Bayer) também tinha sido expulso contra o River e não podia ficar na beira do gramado, sendo substituído por seu auxiliar, Madrepérola B. Se bem que com essa chuva, ficar no vestiário com todo conforto foi uma bênção ao treinador, que pôde acompanhar o jogo pela televisão e perceber as alterações táticas que podia fazer...
Do lado do San Lorenzo, o problema era outro. Nenhum suspenso, time à disposição, mas a incógnita da defasagem física e técnica deixavam Nilson de cabelo em pé. Para piorar, nos dois jogos que fez (folgou na terceira rodada) não somou um ponto sequer. Romagnoli ia ter que se desdobrar...

O gramado encharcado prejudicou o toque de bola e a movimentação dos jogadores, mas curiosamente quem se saiu bem foi o San Lorenzo que, após tomar uma bola na trave, dominou o jogo e não saiu do campo do Independiente, que não conseguia tocar a bola. Foi um festival de chutes que pararam em Navarro ou que encontraram a trave até o gol sair.

E a sorte sorriu para o San Lorenzo aos 8 minutos, quando Fredes fez falta em Erviti. Romagnoli cobrou com perfeição, encobrindo a barreira e tirando do alcance de Hilário Navarro. Batida no peito, apontada para o chão e taunt da Paloma para Romagnoli comemorar. San Lorenzo 1x0.

Na saída de bola, no entanto, a sorte começou a mudar. Busse disputou com Ameli e o zagueiro tirou a córner. Gracián cobrou e Busse cabeceou sem chances para Migliore, empatando a partida: Independiente 1x1. E foi assim que o primeiro tempo se encerrou.

No intervalo, enquanto o San Lorenzo trocava os cansados Buffarini e Estevez por Piatti e Bordagaray, o Independiente tinha um problema. Madeirite B pediu para Facundo Parra finalmente estrear no campeonato, pois se ele jogasse bem, o único reserva da equipe para aquela partida (Gandín) não precisaria entrar, o que significaria que Madeirite B não precisaria se dividir entre aquecer o reserva (função do auxiliar) e ficar com os titulares, dando instruções no intervalo. Mas Parra não jogou bem e Gandín entrou em seu lugar. Para piorar, com o tempo frio e chuvoso, o aquecimento deveria ser muito mais elaborado, mas Gandin teve que fazê-lo sozinho e, por isso, não conseguiu se aquecer direito.

Mesmo assim, Gandín entrou bem melhor que Parra e mudou as coisas no segundo tempo, equilibrando o jogo para o time de Avellaneda. Se movimentou bem e deu mais opções de ataque, tabelando bem e criando oportunidades. Já o San Lorenzo continuava jogando bem, mas não conseguia finalizar.

Aos 5 minutos, em uma bola vadia, o Independiente virou. Stracqualursi fez falta em Matheu no campo de defesa. O camisa 4 esticou bola longa para Vella. O lateral direito trouxe para o meio e chutou no canto de Migliore. Tinha muita gente na frente do goleiro, que só viu quando ela já estava no fundo da rede: Independiente 2x1.

O San Lorenzo tentou um milagre papal para empatar a partida e até criou boas jogadas, acertando a trave de Navarro mais três vezes, mas o Independiente contra-atacava com inteligência e também desperdiçava boas jogadas.

Aos 9 minutos, o lance polêmico que decidiu a partida. Em uma falta de Erviti em Busse na intermediária, Gracián se preparou para cobrar. Como Migliore não conseguia arrumar a barreira, afastou Gandín da área. O juiz Pedro Carlos Bregalda não pensou duas vezes antes de marcar pênalti e começar uma confusão no campo, com os jogadores partindo para cima e a polícia tendo que intervir. Desfeita a confusão, Silvera cobrou a penalidade com perfeição, alta, para vencer Migliore e dar números finais ao confronto: Indepediente 3x1.

A equipe de Avellaneda volta a vencer, mas não convenceu. Sentiu o gramado pesado e a falta de seu treinador, mas do vestiário ele trocou boas idéias com seu auxiliar e deu uma alternativa tática com os volantes atuando mais avançados, dando mais opções de armação.

Já o time de Almagro ainda não conseguiu pontuar e continua dependente de Romagnoli. Mas já mostrou uma evolução física, faltando agora acertar o gol.

Destaque do jogo: Romagnoli. Mesmo derrotado, o camisa 10 do San Lorenzo foi o melhor em campo. Marcou o gol de sua equipe, se movimentou o campo inteiro, armou jogadas, auxiliou em tabelas, chutou a gol e foi perigo constante ao gol de Hilário Navarro.

IMPERATRIZ 2x0 CROL

Este foi o bônus que os valentes torcedores ganharam ao fim do jogo. Tal qual em dark matches de luta livre, Imperatriz e CROL acertaram um amistoso rápido, de apenas um tempo, para entreter os torcedores, agradecer sua presença e dar mais um teste na bola Paraíba.

Mas a bola não agradou. Os erros de passe foram constantes e o peso da bola não ajudava na hora das conclusões. Os gols saíram aos 2 minutos, quando Rodrigo Pimpão recebeu de Cristóvão, invadiu a área, driblou Hobson e tocou para o gol vazio, e aos 9, quando Rodrigo Pimpão levou a bola ao ataque e rolou para Ramon chutar de fora da área e vencer Hobson.

Agora, a FIFUBO vai deslocar as bolas Paraíba para o Subbuteo, pegando a bola de lã para ser a reserva nos jogos de futebol de botão.

sábado, 20 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Terceira Rodada - 20/07/2013

O sábado começou nublado, mas logo o sol apareceu para iluminar o fechamento da terceira rodada do Clausura 2013, com dois jogos cheios de emoção. Se no primeiro o torcedor ficou com o coração na boca, o segundo foi muito nervoso. Vamos aos jogos!

HURACÁN 2x1 BOCA JUNIORS

Choque de líderes. As duas equipes se enfrentavam para decidir quem continuaria com 100% de aproveitamento em situações distintas. Enquanto o Huracán era uma surpresa, mas ainda não trazia a confiança de sua torcida, o Boca Juniors jogava um futebol feio, mas eficiente e potente. Ambas as equipes mantiveram suas formações das duas primeiras rodadas.
Surpreendentemente, quem dominou o jogo foi o Huracán. A equipe não saiu do campo de defesa do Boca, armando diversas jogadas e concluindo com os mais variados jogadores. Se Cigogna era bem marcado, Danelon, Milano, Centurión, Ruben Masantonio e Villarruel marcavam presença constante e tentavam de todas as formas furar a meta de Abbondanzieri.

De tanto tentarem, conseguiram. Após Villarruel dar bom passe para Mauro Milano na ponta direita, o camisa 7 se preparou para um chute cruzado. Para chegar à bola, Abbondanzieri teve que tirar Cigogna do caminho e cometeu pênalti. A cobrança foi do próprio Cigogna, que bateu no cantinho, estufando as redes e fazendo Huracán 1x0, aos 6 minutos.

O jogo continuou nesta toada, com o Boca não sabendo como sair da marcação e o Huracán atraindo o adversário para sua armadilha. Parecia que eles estavam se espalhando em campo, mas estavam era confundindo os adversários, que se viram presos numa marcação implacável. Em dado momento, Martin Palermo era marcado por até 4 adversários. Isso fez o primeiro tempo terminar 1x0 para o Huracán e o Boca agradecer que o placar não foi mais dilatado.

No intervalo, Sr Rabina só fez uma mudança, tirando Villarruel e colocando Erramuspe, pois o camisa 13 estava cansado (embora jogasse muito bem). Já o Boca fez em sua única mudança a troca de Palacio por Guillermo Barros Schelloto, coisa que a torcida já vinha pedindo para Paralelo fazer, mas o treinador não fazia.

E a torcida mostrou que tinha razão com apenas um minuto, quando Schelloto tabelou com Cagna, invadiu a área e foi derrubado por Daniel Islas. Martin Palermo pediu a bola e os torcedores já começaram a arrancar os cabelos, pois seu centroavante não é conhecido por cobrar bem. Mas o camisa 9 contrariou as expectativas. Acertou linda cobrança no ângulo esquerdo, enquanto Islas caiu no canto direito: Boca 1x1.

O empate não trazia justiça ao marcador, pois o Huracán continuava envolvendo o Boca e conseguindo grandes jogadas de ataque que paravam na trave ou nas ótimas defesas de Abbondanzieri. Mas quando parecia que as duas equipes dividiriam a liderança, o improvável voltou a acontecer. Alexis Danelon partiu para o ataque da direita para o meio e procurou Cigogna. Como o camisa 9 estava marcado, o lateral direito continuou com a bola e passou para trás, pegando Minici sozinho. O camisa 6 soltou um lindo chute, no ângulo de Abbondanzieri, repetindo o que havia feito contra o San Lorenzo na primeira rodada, e fazendo Huracán 2x1 aos 9 minutos.

O Boca partiu desenfreadamente para o ataque, mas não conseguiu o empate. Na última jogada, Riquelme cobrou falta na trave e a bola saiu, no que começou uma comemoração no gramado com os jogadores do Huracán e seu treinador.

O Huracán mostra que não é líder à toa. Com um futebol envolvente, de marcação eficiente e presença constante no ataque (o que afasta a bola de sua meta) é líder do campeonato e ainda tem o artilheiro do campeonato. Com um rodízio e um toque de bola precisos, todos os jogadores aparecem bem no ataque e até a substituição de Villarruel seria injusta, se este não tivesse cansado. Mas o fato é que até Erramuspe entrou e manteve o nível.

Já com relação ao Boca nem dá para dizer que jogaram mal. O fato é que foram completamente envolvidos pela ótima marcação do Huracán.

Destaque do jogo: Alexis Danelon. Se o lateral esquerdo decidiu o jogo com mais um potente chute, o destaque do jogo foi o lateral direito. É até difícil dizer que ele foi o melhor, pois toda a equipe jogou bem. Mas Danelon foi o principal articulador de jogadas, sempre tramando bem pela direita e trazendo para o meio quando necessário e, inclusive, dando a assistência para o gol da vitória.

RIVER PLATE 4x1 INDEPENDIENTE

O segundo jogo era bem interessante. O River era a equipe prejudicada, pois só havia feito um jogo até então e não havia se esforçado muito para vencer o San Lorenzo (2x0). Mas Francescoli queria a equipe pronta para o jogo da quarta rodada, justamente o Superclássico contra o Boca e, atendendo os apelos da torcida, tirou Coudet e colocou Diego Armando Barrado em seu lugar. Já o Independiente queria mostrar que a derrota para o Huracán não lhes afetou e que o envolvente futebol (o melhor da Liga até então) voltaria com força total. Bayer manteve a equipe  que já havia atuado duas vezes.

O River começou bem melhor, se aproveitando das péssimas condições físicas de Fredes, o que complicou o andamento do meio de campo do Independiente. Silvera se movimentava e procurava tabelas, mas não tinha com quem dialogar. Já o River jogava como mandava a cartilha de seu treinador: passe para Gallardo, virada em uma das pontas e procura por Trezeguet no meio.

Foi assim que conseguiram marcar o primeiro gol, aos 5 minutos. Gallardo recuou para Almeyda, que procurou Buonanotte na ponta esquerda. O camisa 30 procurou Trezeguet no meio e o camisa 7 só teve o trabalho de ajeitar e chutar sem chances para Hilário Navarro, fazendo River Plate 1x0. Na jogada, o treinador do Independiente Bayer invadiu o campo e foi expulso.

Sem treinador e sem jogadas, o Independiente se perdeu e o jogo virou um bunda lelê. Mas até os bunda lelê terminam em gols. Vendo que a equipe não atacava, Tuzzio saiu da defesa e tabelou com Mareque. Ao receber de volta, o capitão do time ajeitou da esquerda e chutou forte, colocado, para vencer Carrizzo e fazer Independiente 1x1. Nesta jogada, quem invadiu o campo foi Francescoli, que acabou expulso.

No intervalo, as duas equipes ficaram aleatoriamente no campo, ao invés de ficarem na linha de fundo ouvindo seus treinadores. Afinal, os dois haviam sido expulsos! Mas Bayer, do vestiário, mandou Acevedo e Gandin entrarem nos lugares de Fredes e Facundo Parra. Francescoli nada fez.

O River continuou melhor, jogando organizadamente. O Independiente estava perdido em campo. E não demorou até que o River chegasse ao segundo gol. Na verdade, apenas dois minutos. Barrado tocou bem para Ortega, que invadiu a área em velocidade e foi derrubado por Hilário Navarro. Pênalti que Trezeguet cobrou bem, deslocando o goleiro e fazendo River 2x1.

O gol desnorteou o Independiente completamente. E o River passou a tocar a bola. Foi assim que chegou ao terceiro gol, aos 7 minutos. Diego Armando Barrado e Trezeguet ficaram trocando muitos passes, até Barrado ter condições de chutar. O camisa 19 deu um toquinho por cobertura e acertou o ângulo de Navarro, que se esticou todo mas não achou a bola. Golaço! River 3x1.

Na saída de bola, Acevedo fez falta dupla e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso na sequência e isso acabou de vez com a equipe de Avellaneda. Nos acréscimos, bola de Barrado em profundidade encontrou Trezeguet livre dentro da área. O francês só teve que deslocar Navarro e dar números finais ao confronto: River Plate 4x1 Independiente.

A equipe de Nuñez jogou bem e dominou as ações, mostrando que é sim favorita ao título. Barrado começa a se destacar em uma equipe que conta também com jogadas ensaiadas. Já o Independiente nem de longe lembrou a equipe que encantou a todos no Torneio Início e no começo do Clausura. Foram dominados completamente, mas podem creditar isso à expulsão de seu treinador.

Destaque do jogo: Trezeguet. Menção honrosa a Diego Armando Barrado, que foi um gigante em campo. Marcou, armou, deu assistência para dois gols e fez um. Mas não dá para deixar de lado alguém que marca um hat-trick e este sujeito foi David Trezeguet. O camisa 7 marcou 3 gols que decidiram o jogo e, ao lado de Barrado, foi presença ameaçadora e constante no ataque. Como só um pode ser escolhido, vai para o artilheiro.

CLASSIFICAÇÃO

1° Huracan - 9 pontos
2° Boca Juniors - 6 pontos, 9 gols pró
3° River Plate - 6 pontos, 6 gols pró
4° Independiente - 3 pontos
5° Racing - 1 ponto, 6 gols pró
6° Estudiantes - 1 ponto, 3 gols pró
7° San Lorenzo - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 4 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Nestor Silvera (Independiente), David Trezeguet - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após a expulsão dos dois treinadores no primeiro tempo do jogo River Plate 4x1 Independiente, a FIFUBO decidiu mudar a regra disciplinar número 7. No antigo texto (seguido pelo árbitro Chico Lírio na partida), se um treinador adentra ao campo de jogo é advertido, sendo expulso se o faz pela segunda vez. A partir de agora, com o novo texto da regra, para ser punido o treinador deve adentrar o campo de jogo e permanecer dentro do mesmo inteiramente. Será advertido verbalmente na primeira invasão, punido com cartão amarelo na segunda (podendo ser suspenso se tiver três amarelos) e sendo expulso com cartão vermelho na terceira invasão, ocasião em que será suspenso do próximo jogo.
  • Diante disso, rapidamente os departamentos jurídicos de River e Independiente entraram com pedido de despenalização no TJB, requerendo que as expulsões fossem anuladas e que seus treinadores pudessem estar à beira do campo na próxima rodada.
  • O TJB marcou uma reunião a portas fechadas ao término dos jogos da rodada, para decidir um conflito entre leis. De um lado, a lei que dizia que uma nova lei tem efeito ex nunc, ou seja, não retroage para beneficiar decisão já tomada. De outro, a lei que diz que uma regra manifestamente injusta não produz efeitos
  • Na reunião do TJB, ficou decidido por 2 votos a 1 que as punições aos treinadores seriam mantidas. Votaram a favor da manutenção os membros Alfredo Sampaio e Denner, cabendo ao membro Paraguaio decidir contrariamente à punição.
  • Assim sendo, Francescoli não poderá ficar à beira do campo no Superclássico do próximo sábado contra o Boca, sendo substituído por seu auxiliar Blue Steel. Já Bayer ficará de fora do jogo contra o San Lorenzo, também no sábado, sendo substituído por seu auxiliar Madeirite B.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Terceira Rodada - 17/07/2013

Quarta-feira de céu limpo e de futebol de botão! Foi neste dia que se abriu a terceira rodada do Clausura, com o solitário jogo cheio de emoção.

RACING 2x2 ESTUDIANTES

A equipe do Racing vinha pressionada, pois em dois jogos realizados tinha duas derrotas. Para piorar a pressão, pegava o Estudiantes, que havia tomado 5x1 do Boca no único jogo feito no certame. Madeirite manteve a equipe que vinha jogando, mas de olho comprido para cima de Martin Simeone, que não vinha jogando nada. Do lado da equipe de La Plata apreensão. A goleada sofrida para o Boca na primeira rodada pesava, mas um novo tratamento prometia trazer um alento para o Estudiantes melhorar física e tecnicamente.
E o primeiro tempo foi todo do Racing, que dominou as ações com boa movimentação de Acosta e Ruben Capria principalmente, mas também com boas participações ofensivas de outros jogadores. O Estudiantes tinha boa movimentação, mas não conseguia criar até sofrer o primeiro gol.

O Racing abriu o marcador aos 5 minutos, após Acosta ter obrigado Andujar a ceder dois escanteios em defesas difíceis. Acosta cobrou o córner e Marco Rojo afastou mal.  A bola sobrou para o próprio Acosta chuta na trave. No rebote, Ruben Capria chutou para o gol vazio e faz Racing 1x0.

Apesar do Estudiantes ter acordado aí e ter criado boas jogadas (além das boas jogadas do Racing), o resultado ficou na mesma no fim do primeiro tempo. No intervalo, Madeirite tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche. O treinador gostou de colocar Fariña para jogar de volante que sai para o jogo. Já Cristaldo tirou Marco Rojo e Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez.

E foram essas mudanças que deram o toque de emoção ao jogo. Fariña entrou bem e auxiliou Ruben Capria na armação, contando com uma participação ainda discreta, mas importante, de Martin Simeone. Já do lado do Estudiantes, enquanto Sanchez dava mais velocidade na lateral esquerda, Lopez era presença constante e ameaçadora no ataque.

E foi com essa presença que o Estudiantes chegou a um improvável empate, aos 4 minutos. Sanchez tocou para Leandro Benítez, que deu bom passe para Hernan Rodrigo Lopez dentro da área. O camisa 13 deu dois bons dribles em Gamboa e chutou alto, no ângulo de Saja para fazer Estudiantes 1x1.

O Racing sentiu o gol e recuou, enquanto o Estudiantes partiu para cima, mas a euforia quase complica a vida do time de La Plata. Aos 7 minutos, Fariña avançou e tabelou com Hauche, recebendo dentro da área e tocando na saída de Andujar para fazer Racing 2x1.

Quando a equipe de Avellaneda já comemorava a primeira vitória no campeonato, o improvável voltou a acontecer. Verón deu passe para Hernan Rodrigo Lopez na intermediária e o atacante uruguaio fez um salseiro em cima de Acosta, com três desmoralizantes dribles. Após deixar o camisa 9 do Racing no chão, o uruguaio chutou forte, rasteiro, no canto de Saja. A bola ainda tocou na trave antes de entrar e dar números finais ao confronto: Estudiantes 2x2.

O Racing fez boa partida, ainda longe da equipe que conquistou a Copa Olé, mas já mostra que tem uma evolução ali. Mesmo assim, em três jogos ainda procura a vitória.

Já o Estudiantes mostrou que tem uma evolução maior. Jogou bem, mas pecou nas finalizações. Contou com uma boa movimentação de todos os meiocampistas e uma boa presença de Gaston Fernandez na área.

Destaque do jogo: Hernan Rodrigo Lopez. O camisa 13 do Estudiantes entrou no segundo tempo para marcar dois gols que garantiram à sua equipe o primeiro ponto no campeonato. E, melhor ainda, foram dois gols em que mostrou habilidade e chute certeiro.

sábado, 13 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Segunda Rodada - 13/07/2013

Neste lindo sábado de sol, céu azul e temperatura em elevação, foi finalizada a segunda rodada do Clausura 2013, com dois jogos de tirar o fôlego. O público, que compareceu em bom número ao Itaquá Dome, teve motivos de sobra para sorrir ao término de duas partidas eletrizantes. Vamos a elas!

INDEPENDIENTE 3x4 HURACÁN

O Independiente joga o futebol mais bonito e vistoso deste (re)início de temporada. Por este motivo, é franco favorito ao jogo. Bayer mantém a formação que derrotou o Racing na estréia, mantendo Gandín no banco. Já o Huracán, com novo recondicionamento físico e técnico marcado para a semana, tinha uma pedreira pela frente e apostava nos contra-ataques, motivo pelo qual Sr Rabina manteve a formação que derrotou o San Lorenzo na abertura do certame.

Enquanto o Independiente começou o jogo tocando bem a bola e tentando chegar ao ataque, o Huracán se ateve à sua tática, marcando forte e não dando espaços para o time vermelho se aproximar. Os contra-ataques sempre procuravam Cigogna e foi assim que o placar foi inaugurado, quando o mito recebeu uma bola um pouco esticada de Centurión e correu para a área, aos 3 minutos. Vendo que o goleiro saiu feito louco para a trombada, Cigogna preferiu o drible à estourada e foi derrubado por Navarro. Pênalti que o próprio Cigogna cobrou, com força no alto, tirando a bola de Navarro e fazendo Huracán 1x0.

A torcida do Huracán comemorava o belo resultado e a bela partida da equipe, que marcava forte e não deixava espaços para o Independiente jogar. Ruben Masantonio, que havia sido vaiado no primeiro jogo, se movimentava bem, criava boas oportunidades, mas ajudava muito na marcação também. Para o Independiente chegar ao empate, só um milagre. E ele aconteceu, aos 5 minutos. Busse não tinha opção de jogo, então preferiu recuar para Facundo Parra. O camisa 17 resolveu arriscar de longe, a bola fez uma curva e entrou no ângulo de Daniel Islas, um golaço! 1x1.

Com muita disposição,  o Independiente virou, aos 8 minutos, em falha dos irmãos Ferrero. A dupla de zaga ficou trocando passes inúteis até que Walter fez obstrução a Busse. O camisa 7 cobrou a falta em dois lances para Fredes, que surpreendeu Islas e virou para o Independiente: 2x1.

Quando parecia que a equipe de Avellaneda seguraria o resultado até o intervalo, uma pixotada incrível fez o Huracán empatar. Tuzzio tinha a bola dominada, adiantou um pouco e deu um violento carrinho para tirá-la da área. Mas no meio do caminho havia Centurión, que foi atingido pelo carrinho do adversário. Pênalti que Cigogna cobrou novamente com perfeição, no ângulo de Navarro, para fazer Huracán 2x2.

Com este resultado (até certo ponto inesperado) no intervalo, Bayer sacou Tuzzio pela besteira e lançou Acevedo na zaga. Com isso, Silvera passou a ser capitão e Bayer mostrou que não tem medo de tirar medalhão para melhorar a sua equipe. Já Sr Rabina tirou Villarruel e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Enquanto o defensor entrava no lugar do volante para melhorar a marcação, o atacante entrava mais para compor o meio do que ajudar Cigogna no ataque. Sr Rabina deixava clara a sua intenção de se segurar como podia para manter o resultado.

E o inesperado voltou a acontecer, aos 4 minutos. Já muito cansado, Centurión passou a correr menos e conduzir mais a bola. Ao receber lateral cobrado por Minici, o camisa 8 desistiu de tentar uma carreira pela ponta esquerda e tocou para trás, no meio. A manobra surpreendeu a zaga do Independiente, mas pegou Barrales de frente. O camisa 11 desferiu belo chute e colocou o Huracán na frente: 3x2.

Se os 3 gols da equipe de Buenos Aires já eram surpreendentes, o que dirá um quarto gol? Neste jogo do impossível, só faltava um gol de goleiro. Faltava! Busse tentou ir à frente, no desespero de empatar, e chutou rasteiro. Daniel Islas defendeu com os pés e bola cruzou o campo inteiro, mansamente, sem ser incomodada, até transpor a linha final do Independiente. O Huracán fazia 4x2 com gol de goleiro!

A partir daí, o Independiente perdeu as forças para reagir e o Huracán se deu por satisfeito. Com Barrales recuado para o meio, passou a jogar no 4-5-1 e até Cigogna recuou para segurar o resultado. Aos 9 minutos, no entanto, Silvera invadiu a área e foi derrubado por Islas. Pênalti que o próprio Silvera cobrou no canto e fez Independiente 3x4. Mas era tarde demais e o Huracán surpreendeu a melhor equipe do torneio até aqui.

O Independiente continua jogando bem, mas foi surpreendido pela forte marcação do Huracán e, por este motivo, não conseguiu organizar seu bom toque de bola, o famoso trik-trik. Já o Huracán mostrou muita raça e disposição. Barrales mostrou que a equipe não depende só de Cigogna e já coloca a pulga atrás da orelha de Sr Rabina para sacar Milano e lançá-lo na equipe. É a segunda vez que entra e entra bem.

Destaque do jogo: Centurión. Tudo bem que Cigogna anotou 2 gols na partida e quando o mito faz isso, não pode passar despercebido. Mas a partida maravilhosa que Centurión fez foi digna de nota, dando a ele o prêmio de melhor jogador. Marcou forte na defesa, saiu ao ataque para armar jogadas. Sofreu uma falta (que ele mesmo cobrou com perigo) e um penal e deu o passe para o terceiro gol. Só não fez chover porque não há uma nuvem no céu...

BOCA JUNIORS 3x2 RACING

O segundo jogo era de intensa pressão. Enquanto o Boca tinha a obrigação de ganhar para voltar à liderança (e Paralelo mantinha a formação que goleou o Estudiantes), o Racing vinha sendo pressionado pela sua torcida, pelo pobre jogo apresentado na estréia e pela pobre apresentação no Torneio Início. Madeirite mantinha o time que estreou contra o Independiente.
E bastaram dois minutos para o Racing mostrar  uma nova atitude para a sua torcida, mesmo que Martin Simeone e Ruben Capria ainda não estivessem ligados no jogo. Com as duas equipes completamente desarrumadas em campo e jogando no melhor estilo pelada, os outros dois integrantes do meio de campo do Racing arrumaram tudo. Quiroz roubou bola no meio e tocou em profundidade para Pelletieri. O camisa 7 invadiu a área pelo meio, sem ser incomodado, e chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

A partir do gol, a equipe de Avellaneda melhorou. Ruben Capria finalmente entrou na partida e passou a mandar no meio, criando boas jogadas e tabelando bem. A equipe acertou 3 bolas na trave nesse período. Já o Boca não conseguia armar jogadas de ataque porque Riquelme não tinha entrado em campo. Basualdo e Cagna, que normalmente pegariam a função, tinham que se desdobrar na marcação a Ruben Capria. Com isso, a bola não chegou a Palermo.

Só que o Racing mostrou que tem uma dependência do futebol de Martin Simeone. Quando ele joga, a equipe atua bem. Quando ele está mal, as coisas vão mal também. E foi assim que o Boca conseguiu um empate que lhe caiu do céu. Aos 9 minutos, Simeone foi trazendo a bola para recuar para o goleiro. Mas ficou na frente e Saja não conseguiu isolar a redonda para longe. A bola bateu em Simeone e sobrou limpa na entrada da área para Riquelme. Com gol aberto, o camisa 10 não precisava jogar bem para empatar e foi isso que ele fez: Boca 1x1.

No intervalo, ambos os treinadores (irritados) fizeram mudanças ousadas. Paralelo sacou Palacio e Riquelme (mesmo fazendo o gol foi barrado) e colocou Viatri e Guillermo Barros Schelloto. Madeirite, irritado com a atuação de Martin Simeone, o sacou, assim como Latorre.  Colocou Fariña e Hauche em seus lugares. Latorre atuava bem, se movimentava, mas Madeirite preferiu manter Acosta no ataque, pois tinha a esperança de que o camisa 9 apareceria, por ser contra o Boca.

Ele não apareceu, mas o Racing conseguiu fazer o segundo gol aos 2 minutos. Enrique apoiou bem o ataque, tabelou com Fariña e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 2x1.

O Racing continuava dominando o jogo. Fariña apareceu como Martin Simeone deveria: marcando e ajudando Ruben Capria na armação. Mas a equipe ainda desperdiçava as jogadas, pois Acosta não estava em um bom dia. Mesmo assim, o Boca só empatou em uma bola vadia, que foi a córner. Schelotto cobrou e Ibarra subiu de cabeça para fazer  Boca 2x2, aos 5 minutos.

A virada ocorreu na saída de bola. Ruben Capria tocou para Fariña, que tentou driblar Schelotto e perdeu. O camisa 13 do Boca avançou sem ser incomodado e deslocou Saja para fazer Boca 3x2.

O Racing ainda tentou alguns ataques, mas parou na defesa forte do Boca. No último lance, Ruben Capria ainda tentou chute cruzado, mas Abbondanzieri salvou e comemorou bastante a volta à liderança.

O Racing começa a mostrar o futebol que o levou a ser considerado o favorito número 1 à conquista do título, mas Martin Simeone ainda destoa do resto. Além de não atuar bem, ainda cedeu o empate no fim do primeiro tempo e levou muita bronca de Madeirite. Acosta foi outro que não atuou bem.

Já o Boca mostra um futebol que se não é eficiente, conta com a sorte. A segunda partida no campeonato mostra que, sim, o trabalho de Paralelo começa a ser notado. A equipe do Boca vai esquentando durante o jogo, atuando sem se importar com o resultado ou o adversário. Não é à toa que lidera o certame.

Destaque do jogo: Guillermo Barros Schelotto. Riquelme não foi o organizador que a equipe precisava para municiar o ataque, então entrou em ação o reserva imediato, que muitos torcedores cobram para que seja titular, no lugar de Palacio. Schelotto entrou e foi o responsável pelos dois gols que trouxeram o Boca à liderança, com uma assistência e o gol da vitória. Além disso, armou bem o jogo e fez os atacantes aparecerem mais, se movimentando por todo o campo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Boca Juniors - 6 pontos, 8 gols pró, 3 gols contra
2° Huracán - 6 pontos, 6 gols pró, 4 gols contra
3° Independiente - 3 pontos, 7 gols pró, 6 gols contra
4° River Plate - 3 pontos, 2 gols pró, 0 gol contra
5° Racing - 0 ponto, 4 gols pró, 7 gols contra
6° San Lorenzo - 0 ponto, 1 gol pró, 4 gols contra
7° Estudiantes - 0 ponto, 1 gol pró, 5 gols contra

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) e Nestor Silvera (Independiente) - 3 gols
Guillermo Barros Schelloto e Martin Palermo (Boca Juniors) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada ficou por conta de Guillermo Barros Schelloto. Além de ser eleito o melhor em campo, o camisa 13 do Boca chega aos 20 gols na carreira.
  • Nessa semana nova cartada será feita para tentar melhorar o rendimento de Huracán, Estudiantes e San Lorenzo, inclusive com tentativa de corrigir bainha. O médico chefe do Imperatriz F.B., o ex jogador Tostão, estará à frente da iniciativa. A FIFUBO pede que todos os amigos e fãs rezem pelo sucesso desta empreitada.
  • Dado curioso após a segunda rodada. Por ter descansado na primeira, o River só tem uma partida até o momento, mas só joga no sábado que vem, fechando a terceira rodada. Assim, o Racing (que joga na quarta-feira) e Boca e Huracán (que abrem os trabalhos no sábado) terão 3 partidas, enquanto o River terá apenas uma. Mesmo que vença o Estudiantes, a equipe de Nuñez não alcançará a vitória, pois se Boca e Huracán se enfrentam, enquanto o River pode chegar a 6 pontos, os dois oponentes que lideram podem chegar juntos a 7 ou um deles chegará a 9.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Segunda Rodada - 10/07/2013

Nesta quarta-feira nublada, fria e de vento forte, foi iniciada a segunda rodada do Clausura, com a estréia do River Plate, única equipe que ainda não tinha atuado neste campeonato. Vamos ao jogo!

SAN LORENZO 0x2 RIVER PLATE

Uma nova tentativa de salvar as equipes do San Lorenzo, Huracán e Estudiantes foi feita, mas o resultado não ajudou muito. O San Lorenzo entrou em campo com a mesma equipe que perdeu para o Huracán no fim de semana e não alterou em nada. Já o River Plate estreava da mesma forma que atuou no Torneio Início. Francescoli ainda não teve coragem de colocar Barrado no lugar de Coudet...

O primeiro tempo, jogado com a nova bola de tecnologia pernambucana, foi muito ruim. À exceção de duas bolas do River na trave, nada mais foi feito e o 0x0 se manteve, com muitos passes errados e pouquíssimas finalizações.

No intervalo, enquanto Nilson tentava evitar o inevitável e trocava Buffarini e Stracqualursi por Piatti e Bordagaray, Francescoli tentava colocar o time para a frente, tirando Trezeguet e Coudet e colocando Funes Mori e Barrado. Mas não foram só os treinadores que trocaram. O árbitro Juan Carlos Loustau se antecipou à reunião que aconteceria ao fim do jogo e trocou a bola pernambucana pela tradicional Spongos, numa tentativa de melhorar os passes e finalizações.

Quem acertou nas trocas foram Loustau e Francescol. Enquanto a bola lançada pelo árbitro melhorou o nível da partida (Gallardo acertou a trave com 1 minuto), Barrado e Funes Mori deram mais movimentação ao time do River. Já o San Lorenzo continuava atuando mal...

Mesmo com as trocas, o 0x0 insistia em se manter no placar. Isso durou até os 5 minutos, quando uma jogada de gênio levantou a torcida millonaria. Buonanotte recebeu passe longo na ponta, de Berizzo. Percebendo que não conseguiria dominar sem perder para o marcador, apelou para um drible de corpo. Johnathan Ferrari parou longe com esse drible e o camisa 30 do River, da esquerda, acertou belo chute que encobriu o goleiro Migliore e entrou no ângulo oposto: River 1x0.

O San Lorenzo partiu para o ataque, mas não tinha organização para tal e o River parecia achar que 1x0 era o maior prêmio que conseguiria nesta tarde. Mas aos 9 minutos, enquanto tocava a bola na intermediária adversária, percebeu que poderia melhorar sua situação. Barrado tabelou primeiro com Gallardo, depois ficou trocando passes com Ferrari, como em uma brincadeira de um toque. De repente, o camisa 19 virou e chutou rápido, acertando o ângulo de Migliore e dando números finais ao confronto: River 2x0.

O San Lorenzo mostrou que não tem saída. Nilson está perdido e não sabe o que fazer para melhorar o rendimento de sua equipe. Romagnoli foi figura nula em campo, errou tudo o que tentou. Parece estar sentindo saudades de Paloma...

Já o River, mesmo ganhando, mostra que tem muito trabalho a fazer. A equipe jogou na estratégia bumba-meu-boi e conseguiu a vitória em dois lances esporádicos. Muito bem tramados, mas esporádicos. Parece que Francescoli não terá mais alternativa a não ser lançar Barrado no lugar de Coudet, liberando Gallardo e atuando, enfim, no seu 4-3-3 preferido.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. O camisa 19 é cotado para se tornar titular desde o Torneio Início, mas vem se mantendo no banco por opção do treinador. Desta vez, entrou no segundo tempo e mudou a partida. Gallardo não atuou bem, então Barrado assumiu a responsabilidade e se lançou ao ataque, com boas armações e finalizações, uma delas resultando no segundo gol de sua equipe e aumentando a pressão no treinador quanto a seu aproveitamento como titular.

Neste sábado se encerra a segunda rodada com dois jogos: Independiente x Huracán e Boca Juniors x Racing. As equipes do Estudiantes e do San Lorenzo passarão por um recondicionamento mais agressivo nesta quinta, na lixa d'água, bem como uma tentativa de melhorar a bainha. A conferir.

sábado, 6 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Primeira Rodada - 06/07/2013

Neste sábado, 06/07/2013, foi finalizada a primeira rodada do Torneio Clausura 2013, com dois ótimos jogos. O sábado, de sol e temperatura agradável, atraiu muitos torcedores ao Itaquá Dome para uma rodada dupla emocionante. De quebra, ainda tinhamos a estréia das novas bolas que serão utilizadas daqui em diante. Vamos aos jogos!

RACING 2x4 INDEPENDIENTE

Uma espécie de tira-teima entre os dois melhores times da FIFUBO na atualidade, o Clássico de Avellaneda abrilhantou a primeira rodada do certame. No Racing, a confiança no bom futebol que os levou a ganhar a Copa Olé com uma goleada de 5x0 sobre os rivais. No Independiente, a promessa de que o futebol brilhante apresentado no Torneio Início, quando ganhou na final por 3x0 os eternos rivais, continuasse aparecendo.

E foi o Independiente quem mandou no início do jogo. O Racing saiu jogando, mas Pelletieri fez falta em Tula. O capitão do Independiente tocou para Mareque, que lançou Silvera. O camisa 11 tabelou com Fredes e recebeu dentro da área para tirar o goleiro, em bela jogada coletiva: Independiente 1x0, aos 34 segundos de jogo.

O Racing não conseguia se organizar, enquanto o Independiente era bem distribuído em campo e conseguia criar jogadas de perigo. Aos 2 minutos, Silvera recebeu de Fredes na esquerda e chamou a marcação. Com uma bela inversão, o camisa 11 encontrou o lateral Vella livre na direita. O camisa 2 pegou de primeira com um chute cruzado e venceu Saja para fazer Independiente 2x0.

O Independiente dominava o jogo, mas em uma falha defensiva, tomou um gol que podia complicar a boa atuação. Pelletieri roubou bola de Gracián e tocou para Ruben Capria no meio. O camisa 10 só teve o trabalho de trazer a bola para o pé esquerdo e desferir um excelente chute colocado para vencer Hilário Navarro e fazer Racing 1x2, aos 4 minutos.

Mesmo assim, o gol não foi capaz de tirar o brilhantismo do jogo do Independiente. Sem se importar com a pressão de um desorganizado Racing, a equipe vermelha avançou e, aos 6 minutos, marcou em nova jogada coletiva maravilhosa. Silvera recuou para Montenegro reinicar o ataque. O camisa 5 tocou para Mareque na esquerda, que encontrou Silvera bem colocado. O camisa 11, novamente, chamou a marcação para si e inverteu o jogo para a direita, encontrando Gracián livre. O camisa 19 pegou de primeira, no contrapé de Saja e mandou a bola para o fundo das redes, fazendo Independiente 3x1.

O Independiente podia ter se complicado nos acréscimos, quando Mareque fez um pênalti totalmente sem propósito em Ruben Capria. Mas o camisa 10 cobrou mal e Hilário Navarro defendeu, mantendo a vantagem no intervalo.

No intervalo, o treinador do Racing, Madeirite, tentou agitar as coisas. Tirou Pelletieri e Latorre e colocou Fariña e Hauche, isso porque só podia fazer duas substituições. Se pudesse fazer mais, com certeza teria tirado muito mais gente... já do lado do Independiente, Bayer resolveu dar ritmo de jogo a seus dois reservas. Acevedo entrou no lugar de Mareque, para se acostumar com uma possível colocação na lateral esquerda, enquanto Gandín entrou no lugar de Facundo Parra, o único que destoava do belo futebol coletivo apresentado pelos vermelhos de Avellaneda. Aliás, ninguém entendeu quando Gandín, destaque do Torneio Início, começou o jogo no banco...

E o jogo recomeçou da mesma forma que o primeiro tempo: com o Independiente marcando. Na saída de bola, uma bela jogada coletiva foi tramada por Gracián, Fredes, Montenegro, Acevedo e Silvera, cabendo ao camisa 11 a honra de chutar cruzado, da esquerda, para vencer Saja e fazer Independiente 4x1.

O jogo ficou neste marasmo, com o Racing sem se organizar e o Independiente tocando a bola para gastar o tempo, até que uma cobrança de escanteio deu números finais ao confronto. Aos 6 minutos, Ruben Capria cobrou córner na cabeça de Acosta, que contou com um frango de Hilário Navarro para fazer Racing 2x4 Independiente.

Do lado do Racing, ficou latente a falta de interesse de diversos jogadores. Somente Ruben Capria atuou bem. Martin Simeone e Pelletieri não o ajudaram na armação e, com isso, a bola não chegou a Latorre e Acosta. Com isso, o Racing não ameaçou.

Já do lado do Independiente, o bom futebol coletivo mostrado no Torneio Início repetido nesta primeira partida mostra que Bayer começa a se fazer entender entre seus comandados. Não há uma estrela destoando, todos aparecem e se ajudam, montando boas tramas ofensivas e atuando de forma solidária na defesa.

Destaque do jogo: Silvera. O camisa 11 do Independiente foi o grande nome da partida ao participar dos 4 gols de sua equipe. Marcou dois e deu o passe para os outros dois em belas jogadas de inversão. Ainda foi presença imponente no ataque e ajudou na marcação.

HURACÁN 2x1 SAN LORENZO

O segundo jogo era uma incógnita. No papel, eram as duas piores equipes atuando. Mas na prática, eram duas equipes com sérios problemas físicos e técnicos. Este era o grande teste das novas bolas da FIFUBO, com tecnologia paraibana. Do lado do Huracán, a esperança de que o esquema defensivo de Sr Rabina pudesse levá-los a contra-ataques perigosos. Na prática é o time na defesa e bola para Cigogna. Do lado do San Lorenzo, a tentativa de um jogo mais coletivo, acabando com a Romagnoli-dependência.

E o que se viu em campo foi que as dificuldades permaneciam. O Huracán até organizava boas jogadas, mas Cigogna era bem marcado, sempre vigiado por dois jogadores. Já o San Lorenzo não conseguia fazer nada, só esperava o tempo passar. Nem Romagnoli atuou bem.

Quando o empate parecia consolidado no primeiro tempo, aos 8 minutos houve uma jogada sensacional. Barrientos roubou bola na defesa e levou até a intermediária, quando fez bom passe para Minici. O lateral esquerdo procurou Cigogna na área, mas quando viu que este era marcado, resolveu arriscar o chute de longe e conseguiu acertar o ângulo de Migliore, fazendo Huracán 1x0, placar que se manteve até o fim da primeira etapa.

No intervalo, Sr Rabina trocou Danelón e Mauro Milano por Erramuspe e Barrales. Danelón até atuava bem, mas o treinador queria testar Erramuspe e como o meio de campo e a defesa funcionavam e o lateral esquerdo Minici tinha feito um golaço, sobrou para o pobre lateral direito. Já Nilson tentou agitar as coisas, tirando Johnathan Ferrari, Buffarini e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Tellechea, Piatti e Bordagaray. Dos que saíram, Ferrari atuava bem, sendo um dos principais marcadores de Cigogna. Mas como o mito ia trocar de lado, passando a atuar nas costas do lateral esquerdo, Nilson resolveu testar Tellechea na lateral direita do San Lorenzo.

O jogo continuou no passo em que estava no primeiro tempo, com o Huracán dominando e Cigogna, agora do outro lado, tendo boas oportunidades. O San Lorenzo não atuava bem e rezava por um milagre Papal para empatar a partida. E foi o que conseguiram, aos 5 minutos. Ruben Masantonio, o camisa 10 que é neto do maior craque da história do Huracán, ficou fazendo firula na intermediária, ao invés de avançar e chutar. Com isso, perdeu a bola para Ameli, que lançou Erviti na área. O camisa 11 tentou driblar Daniel Islas e foi derrubado. Pênalti que Romagnoli cobrou muito bem e empatou a partida em 1x1.

Quando a torcida do Huracán vaiava a péssima partida de Masantonio e já lamentava o empate, eis que o mito surgiu novamente. Masantonio recuou para Lucas Villarruel, que deu belo passe em profundidade para Daniel Cigogna. O camisa 9 recebeu na entrada da área e desferiu um escopetaço sem chances para Migliore, fazendo Huracán 2x1, aos 9 minutos.

O Huracán demonstrou boa organização tática, mas um sério problema para seus jogadores, tanto no aspecto físico quanto no técnico. Já o San Lorenzo mostrou que além dos problemas físico e técnico, ainda tem uma organização tática confusa e jogadores sem empolgação.

Destaque do jogo: Barrientos. O camisa 5 do Huracán foi o melhor em campo. Liderou a entrada da área, não permitindo que os avançados do San Lorenzo se aproximassem. Também foi o organizador das  principais jogadas, se multiplicando em campo. Ainda deu o passe para o primeiro gol.

CLASSIFICAÇÃO

1° Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró, 1 gol contra
Independiente - 3 pontos, 4 gols pró, 2 gols contra
3° Huracán - 3 pontos, 2 gols pró, 1 gol contra
4° Racing - 0 ponto, 2 gols pró, 4 gols contra
5° San Lorenzo - 0 ponto, 1 gol pró, 2 gols contra
6° Estudiantes - 0 ponto, 1 gol pró, 5 gols contra
7° River Plate - Ainda não atuou.

ARTILHARIA
1° Martin Palermo (Boca Juniors) e Nestor Silvera (Independiente) - 2 gols

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Torneio Clausura 2013 - Primeira Rodada - 03/07/2013

E finalmente o sonho vira realidade! Nesta quarta-feira, 03/07/2013, foi iniciado o Torneio Clausura 2013! Depois de 3 anos sem que esta competição fosse disputada, a tarde de quarta-feira fria e com muito vento levou milhares de torcedores ao Itaquá Dome para ver o primeiro jogo de uma nova Era. Com um discurso do presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, e do pontapé inicial dado pelo eterno craque Zenden, o solitário jogo de abertura trouxe muita emoção para aquele que será o primeiro campeonato argentino da FIFUBO. Vamos ao jogo!

ESTUDIANTES 1x5 BOCA JUNIORS
A equipe de La Plata, estreante na competição, não tinha muitas pretensões a não ser começar a dar ritmo a seus jogadores e sonhar com um futuro como o do Racing: começou mal, terminou campeão. Já o Boca enfrentava a desconfiança da torcida.  Os jogadores ainda não tinham assimilado a forma que Paralelo os queria jogando.

E se a torcida do Boca estava desconfiada, o início de jogo foi para deixar os cabelos em pé. Com apenas 37 segundos de jogo, Enzo Perez invadiu a área e viu que o goleiro Abbondanzieri o derrubaria. Rapidamente, virou o pé e deu belo toque para mandar a bola para o fundo das redes antes do choque e fazer o primeiro gol oficial do Estudiantes: 1x0.

A euforia do time de La Plata esfriou 2 minutos depois. Arruabarrena tocou para Palermo. O camisa 9 tocou para Cagna e correu para a área para receber de volta, tirando Andujar da jogada e empatando a partida: 1x1.

O empate ainda era bom para as pretensões do Estudiantes. Só que a inexperiência falou mais alto aos 4 minutos. Andújar cobrou mal o tiro de meta, nos pés de Riquelme. O camisa 10 tocou de primeira para Palermo, também de primeira, chutar de dentro da área e virar para o Boca: 2x1.

O Estudiantes ainda conseguia organizar boas jogadas com Enzo Perez e Gastón Fernandez, com a ajuda de Verón, que se movimentava o campo todo. Mas nova falha de Andújar tirou qualquer tentativa do time de voltar à partida. Aos 9 minutos, Basualdo recebeu linda bola de Palermo e, da entrada da área, chutou fraco. Andújar aceitou e o intervalo de jogo mostrava Boca 3x1 Estudiantes.

No intervalo, Cristaldo trocou Angeleri e Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Paralelo trocou apenas Palacio por Guillermo Barros Schelotto.

O jogo deu uma queda no segundo tempo. O Estudiantes não tinha ânimo para tentar empatar e o Boca não tinha interesse em se expor mais.  Gols ali só em falhas e elas ocorreram!

Aos 5 minutos, Rodrigo Braña correu para pegar a bola dentro da área do Estudiantes e atropelou Palermo de forma vergonhosa. Pênalti que Schelotto cobrou com perfeição, deslocando Andújar e fazendo Boca 4x1.

Já nos acréscimos, nova falha de Andújar, ao derrubar Basualdo dentro da área, em lance sem perigo algum, Penal que Riquelme cobrou, também desviando Andújar, e dando números finais ao confronto.

O Boca se portou exatamente como seu treinador gosta. Aquecendo aos poucos, fazendo seu jogo sem se importar com o adversário ou o placar. Foi uma partida taticamente perfeita.

Já o Estudiantes jogou bem, mas quando o goleiro falha em 3 gols e o volante falha em mais um, fica difícil querer algo diferente. Cristaldo tem muito trabalho a fazer.

Destaque do jogo: Martin Palermo. O camisa  9 do Boca jogou uma partida perfeita, anotando dois gols, dando o passe para um e sofrendo o penal que resultou no quarto gol. Só faltou fazer chover. Com seus dois gols, já é o artilheiro do certame.