sexta-feira, 29 de março de 2013

Copa Olé 2013 - Última Rodada

Nesta Sexta-feira da Paixão, os apaixonados torcedores argentinos lotaram as arquibancadas do Itaquá Dome para a rodada final da Copa Olé 2013. E justamente numa rodada de clássicos, os prognósticos viraram de cabeça para baixo! Vamos aos emocionantes jogos desta última rodada!

RIVER PLATE 3X5 BOCA JUNIORS

O River liderava a competição e precisava apenas repetir o resultado do jogo seguinte, com defasagem de até 2 gols. Já o Boce precisava de uma vitória marcando um mínimo de 5 gols e sofrendo, no máximo, 2. Os jogadores de ambas as equipes passaram a semana prometendo a vitória. Enquanto Almeyda dizia que era a hora do River ser campeão (a equipe não tinha vencido a Copa Olé ainda), Palermo prometia a vitória no Superclássico em primeiro lugar e o título como consequência.

Superclássico é o nome do embate entre estas duas equipes e o jogo desta sexta mostrou por que é assim chamado. O River começou o jogo a mil por hora e abriu o marcador com apenas 1 minuto. Gallardo inverteu jogo, chamando Berizzo para o apoio. O lateral invadiu pela esquerda e chutou forte, cruzado, para vencer Abbondanzieri: River 1x0.

O Boca não se apequenou. Precisando marcar, foi para cima e descobriu no seu lado esquerdo de ataque uma mina de ouro. Por ali, aos 4 minutos, Palermo tabelou com Basualdo e recebeu dentro da área para chutar forte e vencer Carrizo: Boca 1x1.

O River tinha o regulamento debaixo do braço e foi com essa tranquilidade que chegou ao segundo gol aos 6 minutos. Ortega recebeu de Ferrari na intermediária e, com lançamento primoroso, encontrou Gallardo na direita. O camisa 11 recebeu e, do bico da área, mandou belo chute cruzado para fazer River 2x1.

O Boca sabia que o tempo e os gols sofridos eram inimigos poderosos na disputa do título e, por isso, foi para cima. Novamente pela esquerda, mas invertendo papéis, foi Palermo quem tocou para Basualdo, da entrada da área, chutar por cobertura e vencer Carrizo: Boca 2x2 aos 8 minutos.

Nos descontos do primeiro tempo, o Boca encontrou a virada. Novamente a tabelinha do lado esquerdo, com Basualdo encontrando Palermo dentro da área. O camisa 9 se livrou da marcação de Placente e, de pé esquerdo, pôs o Boca na frente: 3x2.

No intervalo, Francescoli tentou se segurar na defesa, colocando Barrado no lugar de Coudet e Funes Mori no lugar de Buonannote. Já o Boca foi para o ataque com tudo. Paralelo tirou Escudero, Cagna e Palacio e colocou Battaglia, Guillermo Barros Schelloto e Viatri.  A proposta xeneize era clara, com um volante no lugar de um zagueiro, um meia atacante no lugar de um volante e um centroavante no lugar de um meia atacante.

E o Boca voltou massacrando. O River não ficava com a bola e o Boca rondava a área dos millonarios com uma blitz impressionante. Logo aos 42 segundos, novamente pela esquerda, Palermo invadiu a área, fez um pivô e rolou para Basualdo chegar batendo de trás e fazendo Boca 4x2. Bastava mais um gol...

Carrizo se esfolava na defesa para salvar a equipe e o River não saía de seu campo de defesa. O jogo ficou completamente dramático aos 5 minutos, quando Guillermo Barros Schelloto e Riquelme tabelaram pela direita. Riquelme deu um bonito giro, invadiu a área e deu belo toque por cobertura, fazendo o quinto gol xeneize e botando o Boca na disputa do título: 5x2.

O Boca ainda teve outras chances para fazer mais um, mas o River conseguiu voltar à disputa (e tirar seu rival) faltando apenas 15 segundos para o término da partida. Ortega avançou pela direita e deu bola para Trezeguet no meio. O camisa 7 invadiu a área e soltou a bomba, vencendo Abbondanzieri e dando números finais ao confronto: River Plate 3x5 Boca Juniors.

A torcida xeneize aplaudiu a vitória de sua equipe e o esquema ousado de Paralelo mostrou que ele já começa a se adaptar ao time. Palermo e Basualdo foram os destaques. Além de marcarem 2 gols cada, fizeram boas tabelas pela esquerda e se aproveitaram da fragilidade do adversário por ali.

Já a torcida do River não tinha motivos para comemorar a acachapante derrota para o rival, mas ainda tinham a oportunidade de comemorar o título, caso Independiente e Racing não atingissem os parâmetros mínimos.

Assim, as chances eram as seguintes: Independiente precisava de vitória ou empate, ou até uma derrota caso marcasse 6 gols. Já o Racing só seria campeão com vitória, marcando no mínimo 5 gols e sofrendo, no máximo, 3.

INDEPENDIENTE 0X5 RACING

E o que parecia impossível aconteceu, no Clássico de Avellaneda. O Independiente, com uma situação confortável, só tinha que manter as boas atuações dos dois jogos anteriores. Já o Racing tinha que correr (hein? Correr, Racing...) contra o relógio e os problemas extra-campo, já que teria que ser comandado pelo seu auxiliar, Buchanan's Special Reserve 3, uma vez que Madeirite estava suspenso por expulsão contra o Boca.
Precisando da vitória, o Racing foi para cima e precisou de apenas 1 minuto para abrir o marcador. Pocchetino se lançou ao ataque e tocou para Martin Simeone, que rolou para Latorre. O camisa 11 chutou alto e forte e venceu a marcação de Hilario Navarro: Racing 1x0.

Partindo com fúria para o ataque, o Racing não demorou a achar o segundo gol. Simeone veio do meio com a bola, tabelou com Ruben Capria e recebeu de volta na entrada da área para chutar e vencer a marcação do goleiro do Independiente: Racing 2x0, aos 4 minutos.

Aos 7, Martin Simeone driblou 2 adversários e invadiu a área, sendo derrubado por Navarro. Pênalti que Ruben Capria cobrou no ângulo esquerdo do goleiro, que nada pôde fazer: Racing 3x0.

Aos 10, a equipe de Madeirite ainda transformou o baile em goleada. Martin Simeone inverteu o jogo com belo lançamento para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e tirou Hilario Navarro da jogada, fazendo Racing 4x0.

No intervalo, um desesperado Bayer tentava arrumar a equipe, que precisava fazer 4 gols para tentar o título. Para isso, tirou Facundo Parra e Mattheu da equipe e colocou Gandin e Acevedo. Já o Racing não mudou, pois precisava de só mais um gol para sair com o título.

O segundo tempo veio e o jogo não mudou. O Racing partia para dentro e o Independiente não conseguia encaixar uma jogada. Montenegro não fazia o primeiro passe, Gracian se movimentava mas não conseguia armar, Silvera era nulo no ataque. Já do outro lado, Martin Simeone era um gigante em campo, desarmando e armando jogadas de perigo.

O gol do título veio aos 5 minutos, quando Martin Simeone (sempre ele!) fez jogada de ultrapassagem e encontrou Enrique passando feito um foguete pela esquerda. O lateral recebeu e chutou cruzado para fazer Racing 5x0. A partir daí, foi tocar a bola e esperar o apito final, com o Independiente completamente entregue.

RACING CLUB AVELLANEDA CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2013

O capitão Ruben Capria ergue a Copa Olé, rodeado por seus companheiros e tendo ao fundo o presidente da FIFUBO, Batistuta, e seu vice, Ruben Paz.

 O jogo mostrou o grande time que Madeirite tem nas mãos. O folclórico treinador, gênio da tática e da motivação, adiciona mais um grande feito à sua brilhante carreira ao vencer pela primeira vez com um time fechado um campeonato onde tem times argolados. E isso tudo na primeira competição que o Racing participa.

A equipe conta com uma defesa sólida, onde Diego Capria, Gamboa e Pocchetino marcam com seriedade, permitindo a Enrique apoiar o ataque.  Ajuda também o fato de que as bolas que passam pela zaga param nas mãos de Saja, fora a proteção que Quiroz dá na entrada da área, com o auxílio de Pelletieri.

Daí para a frente, o Racing revelou um grande craque. Martin Simeone, sobrinho do craque argentino Diego Pablo Simeone, saiu das divisões de base do Racing para comandar a equipe. Suando sangue, o camisa 8 sempre chama a responsabilidade para si e, com isso, é o destaque absoluto nas partidas que disputa.

Já Ruben Capria, além de capitão e craque do time, é um mentor para Simeone. O camisa 10 orienta, ajuda e tabela com ele, dando tranquilidade quando as coisas parecem sair do lugar. No ataque, Latorre é o elemento surpresa, enquanto Acosta é o matador. Se ele está no jogo, o Racing sempre marca. No banco de reservas, Fariña pode entrar em qualquer posição de defesa, enquanto que Hauche é sinônimo de velocidade no ataque.

O Racing vence a Copa Olé 2013 praticamente empatado com o River: 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota), marcando 10 gols (assim como os rivais de Nuñez), mas campeões no último critério de desempate antes do jogo extra: nos gols contra, sofreu 7, contra 10 do River.

A Copa Olé ainda teve o Boca em terceiro, com 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota, 9 gols pró e 8 gols contra) e o Independiente em quarto lugar, com 4 pontos (1 vitória, 1 empate e 1 derrota, 5 gols pró e 9 gols contra). Os artilheiros foram David Trezeguet (River Plate) e Acosta (Racing), com 4 gols cada.

Volta olímpica dos jogadores do Racing, campeão da Copa Olé 2013

O campeonato terminou com as 4 equipes empatadas, com números de gols muito próximos, o que mostra o grande equilíbrio que pesa as equipes argentinas da FIFUBO. Agora, com a chegada do San Lorenzo para o próximo mês e o Estudiantes em abril ou maio, o Torneio Clausura começa a ganhar força. As equipes vão participar de amistosos contra as outras equipes da FIFUBO que não participarão dos campeonatos. Os valores, participação de patrocinadores e outros termos estão sendo discutidos, mas é certo que a Elma Chips dará uma concentração para cada par de equipes, com toda a estrutura necessária para os atletas.

Assim que a Liga estiver definida, um novo post será feito, com a apresentação das equipes, esquemas, destaques e a forma de disputa. Por enquanto, parabéns ao Racing pelo título da Copa Olé 2013!

domingo, 24 de março de 2013

Copa Olé 2013 - Segunda Rodada

Neste domingo, 24/03/2013, foi realizada a segunda rodada da Copa Olé 2013, com dois jogaços. Vamos a eles!

RACING 2X2 BOCA JUNIORS

O Racing entrava em campo disposto a mostrar que o time que jogará daqui para a frente é o do segundo tempo, e não do primeiro, contra o River. Já o Boca vinha sob desconfiança de sua torcida, insatisfeita com o estilo de jogo covarde contra o Independiente. A chuva fina que caiu durante o jogo era mais um indicativo de que o esquema xeneize seria modificado.

E assim foi. O Boca partiu para cima, armou jogadas e contou com maior participação de Riquelme e Palermo. E foi assim que conseguiu o primeiro gol, aos 3 minutos de partida. Riquelme recebeu a bola no meio e avançou, sem dificuldades. Tabelou com Palermo, recebeu na frente e, da entrada da área, chutou alto e sem chances para Saja: Boca 1x0.

Apesar do Racing tentar se organizar, com Ruben Capria e Acosta se movimentando, uma pressão incrível e ótimas defesas de Abbondanzieri, o primeiro tempo terminou com vitória xeneize por 1x0.  No intervalo, Madeirite tirou Diego Capria e Latorre e colocou Fariña e Hauche. Do lado do Boca, Paralelo tirou Palacio (figura apagadíssima) e Ibarra para colocar Guillermo Barros Schelloto e Battaglia. Desta vez, Viatri ficou no banco.

E o jogo melhorou bastante. Além do Racing pressionar, o Boca se organizava em ataques com muita movimentação. E foi o Boca quem chegou ao segundo gol. Riquelme recebeu de Basualdo e deu passe milimétrico para Palermo dentro da área. O camisa 9 só teve o trabalho de tirar Saja do lance e fazer Boca 2x0, aos 4 minutos.

O Racing se desesperou, pela iminente eliminação, e se lançou ao ataque desordenadamente. Como Ruben Capria não conseguia concluir e Acosta pouco era municiado, Martin Simeone resolveu se lançar ao ataque e fazer uma blitz. Primeiro, Ruben Capria chutou e Abbondanzieri salvou. No rebote, Acosta chutou e, novamente, Pato salvou o Boca. Novamente no ataque, Pelletieri chutou e Schiavi desviou para córner. Na cobrança, Martin Simeone subiu e cabeceou sem chances, finalmente vencendo Abbondanzieri, aos 7 minutos: Racing 1x2.

A partir daí, o jogo recebeu contornos dramáticos. O Boca tentando se segurar e o Racing tentando empatar.  De tanto tentar, o Racing chegou ao gol, novamente com Martin Simeone. O sobrinho do ex-capitão da seleção se lançou ao ataque, recebeu de Ruben Capria na direita e chutou cruzado, empatando o jogo aos 9 minutos: 2x2. O Boca ainda teve uma última chance com Riquelme, mas Saja salvou.

Martin Simeone foi o grande nome do jogo. Além de anular as investidas do Boca pelo lado direito, ainda foi ao ataque para ajudar na armação e foi agraciado com os 2 gols de sua equipe. Entrevistado pela Rádio Olé ao fim da partida, se disse emocionadíssimo com os 2 primeiros gols com a camisa de seu clube de coração.

INDEPENDIENTE 2X2 RIVER PLATE

Este jogo podia decidir o campeonato, se uma equipe vencesse com boa margem de gols. Mas são as equipes que apresentaram o melhor futebol até agora e, por isso, foi uma partida eletrizante e cheia de alternativas.
O Independiente começou tentando pressionar, mas a aposta de Francescoli de marcar Silvera em cima se mostrou acertada. Enquanto sacrificou Ortega, tirou da equipe de Avellaneda a chance de concluir as jogadas. Facundo Parra não ajudava no ataque sem a presença de Silvera...

E foi assim que o River precisou só de 2 minutos para abrir o marcador. Com Parra muito mal, a natureza se encarregou de marcá-lo. Com isso, Paz foi ao ataque, recebeu de  Gallardo e chutou fraco. Mas Hilario Navarro vacilou e engoliu um frango, dando ao River a vantagem: 1x0.

O Independiente continuou com problemas para se organizar, mas contou com uma falha do River para empatar. Ferrari errou passe para  Ortega e Fredes tocou rápido para Silvera. Na única chance que teve até então, o camisa 11 invadiu a área e tirou Carrizo da jogada, empatando para o Independiente aos 7 minutos: 1x1.

Se Ferrari falhou no gol do time de Avellaneda, precisava se redimir. E fez isso aos 10 minutos, quando pediu de Gallardo e recebeu na ponta direita. Ao invés de cruzar, preferiu chutar e acertou belo petardo para botar o River na frente: 2x1.

No intervalo, Bayer trocou Matheu e Parra por Acevedo e Gandin, visando pressionar mais no ataque e ganhar mais velocidade. Francescoli trocou Coudet e Trezeguet (desta vez apagados) e pôs Barrado e Funes Mori, visivelmente se trancando na defesa e partindo para o contra-ataque.

E foi assim que o jogo foi rolando, com o Independiente arriscando e sofrendo com contra-ataques. Silvera participou mais e tabelou várias vezes com Gandin, que se movimentou bastante. O que não parava nas mãos de Carrizo ia para a trave. Já o River saía em contra-ataques poderosos, principalmente com Buonanotte, mas não conseguia concluir, pois Funes Mori não funcionou.

O jogo se encaminhava para uma vitória dos Millonarios até Almeyda (outra figura nula) fazer falta em Silvera na entrada da área. Gracian cobrou com maestria e empatou o jogo, dando números finais ao confronto: 2x2.

No próximo fim de semana, a última rodada da Copa Olé será de clássicos, com todos com possibilidades de sair com a taça. River e Boca fazem o Superclássico e Independiente e Racing fazem o clássico de Avellaneda.

Para o River ser campeão, basta repetir o resultado do Independiente, desde que não seja derrota.

Para o Independiente ganhar, basta repetir o resultado do River, marcando mais de 2 gols que a equipe de Nuñez.

Para o Racing ganhar, é preciso torcer por derrota do River e vencer o Independiente marcando  2 gols a mais que o River.

Para o Boca ganhar, vitória sobre o River no Superclássico marcando 3 gols é fundamental, além de derrota do Independiente, com esta equipe sofrendo somente 2 gols.

E agora? Quem leva a Copa Olé 2013? No próximo sábado, a definição!

sábado, 23 de março de 2013

Copa Olé 2013

Retornando às atividades, parece que a FIFUBO vai engrenar de vez. O processo de "argentinação" está adiantado e até o mês de maio deverão chegar mais dois times (San Lorenzo e Estudiantes), para fazer o Torneio Clausura no segundo semestre, somente com times da Argentina.

Enquanto isso não acontece (e já que não teremos Apertura esse ano), a Copa Olé está de volta, para sua terceira edição. São 4 times jogando todos contra todos e aquele que fizer mais pontos é o campeão.  Se houver empate em pontos, os critérios de desempate são gols pró, gols contra e partida extra. Vamos aos jogos da primeira rodada, disputada neste sábado, 23/03/2013!

RIVER PLATE 5X3 RACING

Em campo duas equipes bem diferentes. O time do River, argolado, dava um tiro no escuro, mas vinha com favoritismo e empolgação, devido a estréia de seu mais novo centroavante:  David Trezeguet. Do outro lado, o Racing, fechado, era uma incógnita. Ninguém sabia como Madeirite ia armar a equipe e como ela se portaria em campo. Graças a técnicas avançadas de medicina, os jogadores do Racing passaram e ser "jogáveis" e reanimaram a FIFUBO com a possibilidade de haver campeonatos e equipes de ponta.

E o que se viu em campo foi que o River não tomou conhecimento do adversário. Logo aos 18 segundos, Gallardo foi lançado na área por Coudet e foi derrubado. Pênalti que Ferrari cobrou sem chances para Saja, fazendo River 1x0.

A partir daí, começou o show de Trezeguet. Aos 2 minutos, o camisa 7 recebeu da intermediária e resolveu arriscar. O chute, fraco, foi no cantinho e Saja falhou: River 2x0.

Aos 4 minutos, Gallardo cobrou escanteio na medida. Trezeguet subiu e cabeceou cruzado, sem chances para Saja: River 3x0.

O Racing não conseguia se organizar, era completamente dominado por uma avalanche millonaria. As poucas oportunidades saíam em tabelas de Martin Simeone e Ruben Capria, mas paravam nas mãos de Carrizo, que fazia grande partida. Ou na sorte do goleiro do River, como na cobrança de escanteio de Ruben Capria que tocou na trave, aos 7 minutos. Placente aliviou e a bola sobrou para Trezeguet, que tabelou com Ortega e recebeu na área para tirar Saja da jogada e completar seu hat-trick: River 4x0.

O Racing ainda teve a chance de se redimir aos 10 minutos, quando Martin Simeone foi derrubado na área por Carrizo. Ruben Capria cobrou no canto, mas o goleiro fez grande defesa, afastando a bola. Esta sobrou para Berizzo, que tocou a Coudet. O camisa 8 lançou Gallardo, que invadiu a área e deslocou Saja, que falhou novamente, fechando o primeiro tempo em inacreditáveis 5x0 para o River.

No intervalo, Francescoli pôs Diego Armando Barrado e Funes Mori nos lugares de Coudet e Trezeguet, para ambos serem aplaudidos pela torcida; Madeirite conversou bastante com os jogadores e tirou Quiroz e Latorre (dois perdidos) para colocar Farina e Hauche.

E o jogo mudou completamente. O River passou a tocar a bola, meter o pé no freio e se poupar para a próxima rodada. O Racing caiu dentro, para diminuir ao máximo a distância para o adversário e não ser eliminado precocemente do torneio.

Quando o primeiro tiro de meta da partida foi concedido ao Racing, aos 3 minutos, a equipe de Avellaneda pôde, enfim, se arrumar em campo. E aí ficou latente como a equipe pode se jogar daqui para a frente. Saja cobrou tiro de meta procurando Ruben Capria no meio de campo. O camisa 10 trouxe para a direita e procurou Acosta. O camisa 9 recebeu, tirou Barrado da jogada e chutou para vencer Carrizo: Racing 1x5.

Novamente um tiro de meta, aos 6 minutos, desta vez para o River. A cobrança foi feita e Martin Simeone recuperou, tocando para Ruben Capria. Novamente, o camisa 10 conseguiu enfiar para Acosta, que invadiu a área e tirou Carrizo da jogada: Racing 2x5.

Aos 9, o Racing encontrou as redes novamente. Martin Simeone reiniciou ataque pela esquerda e, da intermediária de defesa, lançou uma bola milimétrica para Acosta invadir a área e tirar Carrizo novamente, fazendo seu hat-trick e dando números finais ao confronto: Racing 3x5 River.

O jogo mostrou que o River tem um potencial enorme. A presença de Trezeguet no comando de ataque é um indicativo de que o time de Nuñez é favorito a todos os títulos que disputa. Jogam com uma intensidade incrível e dispõem de peças de reposição à altura. Destaque para Trezeguet (autor de 3gols), Coudet (um gigante no meio de campo) e Carrizo (o melhor em campo, mesmo sofrendo 3 gols).

Já o Racing ainda tem trabalho pela frente, mas mostrou que pode ir longe. Destaque para Martin Simeone (que é um excelente apoio na armação) e Ruben Capria (o dono do time), além de Acosta, que foi muito bem marcado no primeiro tempo e se soltou no segundo, mostrando o que um homem-gol faz. Madeirite tem trabalho, mas já mostrou que sabe contornar as adversidades.

BOCA JUNIORS 2X3 INDEPENDIENTE

O segundo jogo colocava frente a frente os campeões de 2011 contra os atuais campeões da Copa Olé. Do lado do Boca, o novo treinador Paralelo demonstrava receio por enfrentar os atuais campeões, mesmo dispondo de jogadores de nível internacional. Do lado do Independiente, o treinador Bayer demonstrava receio diante da reação do Racing (seus eternos rivais) no jogo anterior. Ainda pesava contra a equipe de Avellaneda a tristeza por saber que o auxiliar Cristaldo se despede dos jogadores nesta Copa, indo para o Estudiantes para o Clausura.

E foi o Boca quem saiu na frente, logo aos 3 minutos. Facundo Parra fez falta em Arruabarrena, no campo de defesa. O lateral cobrou rápido para Riquelme, que avançou pelo meio e, mesmo caído, tocou para Cagna. O volante avançou, invadiu a área e tirou Hilário Navarro da jogada, fazendo Boca 1x0.

A equipe de La Boca nem teve tempo de comemorar, pois o Independiente empatou na saída. Gracian recebeu de Fredes, girou e enganou todo mundo, com um belo chute de longe para vencer Abbondanzieri: Independiente 1x1.

A partir daí, o que se viu foi o Independiente partindo para cima, massacrando, e o Boca tentando sair em contra-ataques, acuado. O jogo do Independiente funcionou, mas parava na excelente atuação do goleiro do Boca. Já os comandados de Paralelo não conseguiam encaixar os contra-ataques, torcendo para o primeiro tempo se encerrar.

No intervalo, Paralelo trocou Serna, Palacio e Palermo (3 inúteis) por Battaglia, Guillermo Barros Schelloto e Viatri, fazendo um seis por meia dúzia. Bayer tirou Matheu e Parra e pôs Acevedo e Gandin, sinalizando que ia partir para cima com tudo.

E foi isso que aconteceu, mas o jogo melhorou bastante. O Independiente continuava massacrando, em cima, e o Boca conseguia encaixar contra-ataques pra lá de perigosos. O jogo só começou a ser decidido aos 7 minutos, quando Tuzzio saiu da defesa e encontrou campo livre. Ele avançou pelo meio e chutou rasteiro, forte e se chances para Abbondanzieri, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Independiente: 2x1.

Aos 9, Battaglia disputou com Silvera e fez falta no camisa 11. Gracian cobrou com maestria, no ângulo, e deu uma vantagem maior ao Independiente: 3x1.

O Boca se desesperou e conseguiu descontar na saída de bola. Riquelme tocou para Cagna e pediu na frente, chutando cruzado e forte para vencer Navarro e fazer Boca 2x3, mas era tarde demais.

Do lado do Boca, muitas críticas ao sistema de jogo covarde de Paralelo. Os contra-ataques não funcionaram com jogadores pesados e as mudanças não surtiram efeito, pois Palermo saiu justamente quando Schelloto entrou. Do lado do Independiente, só elogios à forma como a equipe jogou compacta e saiu organizadamente, pressionando o adversário e vencendo com extrema justiça.

Neste domingo, Racing e Boca fazem o jogo da redenção, enquanto que River e Independiente jogam para praticamente decidir o título.

O San Lorenzo já está encomendado e o Estudiantes deve sê-lo até abril. Com isso, o  Clausura terá 6 equipes, com previsão de 7 ou até 8, se as condições favorecerem as chegadas de Velez e Argentinos. Assim que houver uma definição, nova postagem será feita, com a apresentação das equipes e a forma de disputa do campeonato. A FIFUBO argentinizou e veio para detonar em 2013!