domingo, 19 de novembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Quarta Rodada - 19/11/2017

Aquelas ironias do destino... não foi possível realizar jogos no sábado e, por isso, o domingo se ofereceu para rodada cheia. Como era a última rodada da temporada regular, o dia estava perfeito para todas as equipes jogarem e decidirem no mesmo dia os classificados às semifinais. Vamos ver quem se classificou!

BOCA JUNIORS 2x4 ESTUDIANTES

Uma vitória colocaria o Boca nas semifinais. Um empate ou uma derrota faria a equipe depender de outros resultados. Sr Rússia não queria dar chance para o azar e, para isso, pediu aos jogadores que empurrassem o Estudiantes para o seu campo. Já a equipe de La Plata precisava da vitória para poder encerrar a temporada regular na liderança (desde que o River perdesse). Mas como o Clausura dá vantagem só nas semifinais e aos dois primeiros, a classificação final não importa muito. Por esse motivo, Cristaldo manteve as experiências. Desta vez, Mathias Sanchez ia jogar na zaga (no lugar de Desábato) e Hernan Rodrigo Lopez iria para o lado direito do ataque (no lugar de Gastón Fernandez). No primeiro turno, Estudiantes 4x2 Boca.

Se a ideia do Boca era empurrar o Estudiantes contra o seu campo, esqueceram de avisar aos jogadores. O time era o mesmo que jogou o ano inteiro, completamente decepcionante, sem organização. Já o Estudiantes continuou mostrando por que é o fenômeno do Clausura. Bem organizado, esperava o Boca errar e saía em contra ataques rápidos.

Aos 3 minutos, Rodrigo Braña pegou passe errado de Schelloto e tocou a Leandro Benítez. O camisa 8 saiu da esquerda pro meio e deu um passe no meio da zaga para Enzo Perez. O camisa 7 invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Estudiantes 1x0.

O resultado não agradava ao Boca, mas nem a possibilidade da eliminação fez os jogadores se mexerem. Mal posicionado, o time lançava mão dos chutões e, aos 6 minutos, a situação complicou ainda mais, quando uma rifada de bola caiu nos pés de Federico Fernandez. O camisa 4 tocou a Marco Rojo, que fez tabelou com Enzo Perez, recebeu de volta na frente e, da entrada da área, chutou forte e alto para fazer Estudiantes 2x0.

A torcida começou a vaiar os jogadores e foi só aí que o Boca conseguiu organizar uma jogada no primeiro tempo. Aos 9 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta para Riquelme, que tocou a Schelloto, recebeu de volta e deu lindo passe no meio para Palermo. O camisa 9 protegeu com o corpo, ganhou de Rodrigo Braña e chutou de pé esquerdo para vencer Andujar, fazendo Boca 1x2.

No intervalo, Sr Rússia resolveu radicalizar. Tirou Arruabarrena e Cagna e colocou Palacio e Viatri. O time iria jogar no 4-3-3. Basualdo seria o lateral esquerdo, Serna ficaria como único volante, Riquelme e Schelloto armariam o jogo e Palacio, Viatri e Palermo fariam o trio de ataque. Já Cristaldo tirou Federico Fernandez e Boselli para colocar Desábato e Gastón Fernandez.

O Boca até voltou melhor, mas a pressão era intensa e, com isso, os jogadores sempre erravam no último passe. Já o Estudiantes, bem mais tranquilo, tocava a bola de pé em pé, esperando o tempo passar. E foi assim que ampliaram aos 4 minutos. A bola foi roubada por Desábato, que iniciou uma linda jogada coletiva com Rodrigo Braña, Mathias Sanchez, Marco Rojo, Leandro Benítez e Hernan Rodrigo Lopez. Assim, de pé em pé, os jogadores foram tocando, até que Lopez recebeu já dentro da área e só completou para o gol aberto, fazendo Estudiantes 3x1.

A torcida do Boca se desesperou e começou a xingar os jogadores e o treinador. O Estudiantes, por sua vez, aproveitou para dar toques mais requintados ainda. O quarto gol foi uma pintura, após cobrança de tiro de meta de Andujar para Verón, que deu um toque de primeira para Leandro Benítez. O camisa 8 descobriu Hernan Rodrigo Lopez na esquerda. O camisa 13 foi ao fundo e cruzou para Gastón Fernandez cabecear e fazer Estudiantes 4x1, aos 6 minutos.

A torcida do Boca já tinha abandonado o estádio quando, aos 9 minutos, Schelloto abriu na direita para Palacio, ele foi ao fundo e cruzou para Palermo cabecear forte e vencer Andujar. O Boca descontava para 2x4, mas já era tarde.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. Ele não marcou nenhum gol, mas foi o grande maestro da equipe, distribuindo o jogo, organizando a equipe e servindo aos companheiros.

INDEPENDIENTE 3x2 HURACÁN

De todos os jogos na rodada, o único que poderia ser considerado uma partida de 6 pontos era esse. Empatados em pontos, quem vencesse garantiria a classificação. Se houvesse empate, o Independiente seria eliminado. O time de Avellaneda quer esquecer o campeonato ruim e focar nos últimos 3 jogos, quando conseguiu 2 vitórias e um empate. O meio de campo com 4 volantes foi mantido. Já o Huracán não quer empatar, quer logo a vitória para se garantir de uma vez. No primeiro turno, Huracán 1x2 Independiente.

O time de Avellaneda até montou uma boa saída de bola, mas o forte do Huracán é a defesa, partindo rápido no contra ataque. Assim, Barrientos cercou e Danelón roubou a bola de Montenegro, tocando a Ruben Masantonio, que abriu na esquerda para Minici. O camisa 6 tocou a Centurión, que avançou em velocidade e, da entrada da área, fuzilou, para fazer Huracán 1x0 com apenas 50 segundos.

O jogo foi muito ruim. O Independiente não tinha a menor vontade de jogar e o Huracán estava contente com o resultado. Mas, para piorar a situação do time de Avellaneda, Mareque foi expulso aos 8 minutos.

No intervalo, Bayer radicalizou. Tirou Fredes e Busse e colocou Gandin e Gracián. A equipe jogaria com Acevedo e Montenegro de volantes, Gracián armando, Gandin, Parra e Silvera na frente, sem lateral esquerdo. Sr Rabina tirou Villarruel e Milano, colocando Erramuspe e Barrales em seus lugares. Cigogna passaria para o lado direito, a fim de explorar o buraco aberto com a expulsão de Mareque.

O Independiente demorou a se adaptar ao esquema. Errando muito, a equipe não conseguia fazer o jogo fluir. Facundo Parra era o centroavante, mas sempre errava o passe ou a finalização e isso irritava a torcida. Aos 5 minutos, um passe de Silvera e Parra não conseguiu dominar. Barrientos jogou para Centurión, que procurou Erramuspe na direita. O camisa 12 passou no corredor para Ruben Masantonio, que invadiu a área e chutou cruzado, fazendo Huracán 2x0.

O erro fez a torcida pegar no pé de Parra. Toda vez que o camisa 17 pegava na bola, os torcedores vaiavam. Mas, aos 7 minutos, após Silvera chutar e Islas mandar a lateral, Vella repôs para Parra. O camisa 17 recebeu debaixo de vaias, invadiu a área e chutou colocado, no canto do goleiro, para fazer Independiente 1x2.

O Huracán tentou tocar a bola, mas o Independiente adiantou a marcação e conseguiu roubar-lhes. Aos 8 minutos, Ruben Masantonio foi desarmado por Silvera, que tocou a Gracián no meio. O camisa 19 abriu a Parra na direita e o camisa 17 avançou em velocidade pela ponta. Da entrada da área, chutou por cobertura e venceu Islas, empatando o jogo em 2x2.

A partir daí, a partida ficou dramática. O Huracán tentou manter a bola longe de sua área e o Independiente assumiu todos os riscos em busca do único resultado que poderia mantê-los no campeonato. Já nos acréscimos, Centurión fez um lindo passe para Ruben Masantonio, mas Navarro saiu e abafou o lance. A bola sobrou para Acevedo na entrada da área e o camisa 12 tocou a Vella na direita. O camisa 2 avançou e fez um passe no corredor para Facundo Parra. Começou a chover neste exato momento e o camisa 17, com o campo molhado, percebeu que a defesa se deslocava para a ponta, a fim de impedir o seu avanço. Com a quebra de asa, Parra saiu da ponta para o meio, ajeitou o corpo e arriscou da entrada da área. A bola encobriu Islas e o Independiente virou: 3x2.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Vaiado, o camisa 17 acordou e fez um hat trick, virando espetacularmente a partida e classificando o Independiente às semifinais.

RIVER PLATE 1x2 VELEZ SARSFIELD

Com os jogos disputados até então, Boca e Huracán já estavam eliminados e o Estudiantes havia recuperado a liderança. O River precisava vencer para manter o Racing na disputa e tentar voltar à liderança, mas Francescoli resolveu dar ritmo aos reservas. Com isso, Almeyda e Trezeguet foram para o banco, enquanto Coudet e Funes Mori iriam jogar. Ferrari seria o capitão. Já o Velez tinha uma situação muito difícil. A equipe não vence o River há 10 jogos (a última vitória foi na Supercopa FIFUBO de 2014) e a crise que se abateu com o pedido de demissão de Tripa Seca pareciam ser ingredientes mais que explosivos para dinamitar o clube de vez. Um empate basta, mas os últimos 4 jogos terminaram com derrota. No primeiro turno, Velez 2x5 River.

Os jogadores do Velez pareciam disputar o jogo da vida deles. Se atiravam na grama, desarmavam os jogadores adversários, corriam, trocavam passes e concluíam com perigo. O River entrou em marcha lenta e errou tudo.

Aos 6 minutos, Carrizzo cobrou tiro de meta para Gallardo, mas Turco Assad correu e roubou-lhe a bola. O camisa 9 conseguiu girar e dar um belo passe para Dario Hussain na direita. O camisa 10 ajeitou a bola e chutou cruzado, sem chances para Carrizzo, fazendo Velez 1x0.

No intervalo, Francescoli tirou Gallardo e Funes Mori, colocando Almeyda e Trezeguet em seus lugares. Coudet jogaria mais adiantado, armando o jogo. Tripa Seca sabia que a vitória parcial não era garantia de triunfo final e, por isso, resolveu colocar o time pra frente. Tirou Romero e Insua, colocando Cubero e Lucas Pratto em seus lugares, armando um 4-3-3 com 3 volantes.

As mudanças melhoraram o jogo e as duas equipes começaram a trocar bons passes, criando boas jogadas. Melhor para o Velez, que ampliou aos 4 minutos. Gago interceptou passe de Ortega para Trezeguet e tocou a Claudio Hussain. O camisa 8 tocou a Turco Assad na esquerda, o camisa 9 foi ao fundo e cruzou rasteiro para o meio da área. Lucas Pratto fuzilou o goleiro Carrizzo e fez Velez 2x0.

O River ainda descontou aos 8 minutos, quando finalmente encaixou sua jogada tradicional. Carrizzo repôs para Almeyda, que tocou a Coudet no meio. O camisa 8 abriu na direita para Ortega, que rolou no meio para Trezeguet. O camisa 7 recebeu dentro da área e, de frente pro gol, chutou no canto direito de Sosa, para fazer River 1x2. Mas o Velez se segurou e conseguiu a classificação suada às semifinais.

Destaque do jogo: Turco Assad. Com movimentação constante, o camisa 9 fez o jogo de sua vida. Não fez gol, mas foi a principal peça ofensiva do Velez, dando o passe para os dois gols que levaram sua equipe às semifinais.

SAN LORENZO 1x2 RACING

Com o resultado do jogo anterior, a última partida da temporada regular serviu apenas para cumprir tabela. O San Lorenzo, eliminado com antecedência, resolveu ousar e atuar no estilo super ofensivo. Os laterais Johnathan Ferrari e Luciatti foram para o banco, com Buffarini e Erviti atuando em seus lugares. Com isso, Raul 'Pipa' Estevez, Stracqualursi e Bordagaray formariam o trio de ataque, com Romagnoli e Piatti armando o jogo. A equipe teria 7 jogadores de frente. Já o Racing foi acometido de um desânimo profundo. Até o jogo anterior, ainda havia chances de classificação, desde que o Velez perdesse para o River. Como o resultado não aconteceu, os jogadores entraram em campo abatidos. No primeiro turno, Racing 5x3 San Lorenzo.

O abatimento era latente. O Racing ficou apenas olhando o San Lorenzo dar a saída de bola e marcar o primeiro gol com 50 segundos de jogo. Romagnoli recebeu de Piatti e resolveu arriscar de muito longe. Saja resolveu arriscar o canto esquerdo e, quando viu que a bola iria para o outro lado, tentou voltar e escorregou no gramado molhado, engolindo um frango incrível enquanto Romagnoli batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O jogo continuou muito ruim o primeiro tempo inteiro, com as duas equipes errando tudo. Mas o Racing conseguiu encaixar uma boa jogada aos 9 minutos e, assim, empatou o jogo. Martin Simeone tocou a Acosta na direita e o camisa 9 arriscou. A bola tocou no travessão e nas costas de Migliore, saindo da área. Acosta correu, pegou o rebote já na linha de fundo e tocou atrás para Latorre. O camisa 11 cruzou rasteiro para a área e encontrou Ruben Capria, que girou o corpo e chutou de pé esquerdo no contrapé de Migliore, fazendo Racing 1x1.

No intervalo, Nilson desfez o time super ofensivo e tirou Buffarini e Bordagaray, colocando Johnathan Ferrari e Luciatti em seus lugares. O time voltaria a jogar no 4-3-3 comum. Já Paralelo tirou Pelletieri e Latorre, colocando Fariña e Hauche em campo.

As mudanças melhoraram um pouco a situação pro Racing, mas o time ainda pecava na hora de concluir. A virada veio num golpe de sorte. Aos 6 minutos, Enrique foi ao fundo e cruzou para a área. Migliore saiu olhando para a bola, Erramuspe percebeu e deixou o corpo para o contato. O juiz Pedro Carlos Bregalda viu e marcou pênalti, que Ruben Capria cobrou na parede esquerda da rede, apesar de Migliore se esticar todo: Racing 2x1.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Em um jogo de baixo nível técnico e muito desânimo, o camisa 10 conseguiu se destacar ao levar o time à frente e marcar duas vezes.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 32 pontos, 10 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 51 gols pró, 29 gols contra
2° River Plate - 32 pontos, 10 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 49 gols pró, 33 gols contra
3° Velez Sarsfield - 21 pontos, 7 vitórias, 0 empate, 7 derrotas, 32 gols pró, 38 gols contra
4° Independiente - 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate, 7 derrotas, 27 gols pró, 32 gols contra
5° Racing - 18 pontos, 6 vitórias, 0 empate, 8 derrotas, 31 gols pró, 31 gols contra
6° Boca Juniors - 17 pontos, 5 vitórias, 2 empates, 7 derrotas, 34 gols pró, 37 gols contra
7° Huracán - 16 pontos, 5 vitórias, 1 empate, 8 derrotas, 34 gols pró, 40 gols contra
8° San Lorenzo - 8 pontos, 2 vitórias, 2 empates, 10 derrotas, 29 gols pró, 47 gols contra

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 24 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 13 gols
3° Enzo Perez (Estudiantes) e Daniel Cigogna (Huracán) - 12 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Gastón Fernandez. Ao aplicar a goleada sobre o Boca, ele chegou a 30 gols com a camisa do Estudiantes.
  • As novas seleções já foram reparadas e devem chegar durante a semana. Provavelmente, em duas semanas já teremos o primeiro jogo de seleções na história da FIFUBO.
  • Após o encerramento da temporada regular, o Torneio Clausura avança às semifinais! No próximo final de semana, Independiente x Estudiantes e Velez x River se enfrentarão. No dia seguinte, Estudiantes x Independiente e River x Velez definirão quem vai à final.
  • Vale lembrar que, por terem melhor campanha, Estudiantes e River têm a vantagem de jogar por dois resultados iguais em saldo. Já a grande final, disputada em jogo único, não dá vantagem a qualquer equipe.

domingo, 12 de novembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Terceira Rodada - 12/11/2017

Se o sábado foi de chuva forte e temperatura baixa, o domingo foi de sol, céu azul e temperatura em elevação. Os torcedores puderam sair de casa sem medo e lotaram o Itaquá Dome no encerramento da penúltima rodada do Clausura. Vamos aos jogos!

ESTUDIANTES 2x2 INDEPENDIENTE

Após a derrota na última rodada (3x5 River), o Estudiantes perdeu a liderança para o River e, agora, vê com muitas dificuldades recuperar o posto. Cristaldo, então, resolveu dar ritmo aos reservas e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez como titulares. O Independiente mudou o meio de campo e passou a jogar com 4 volantes. Com isso, engrenou duas vitórias e renovou as esperanças de se classificar às semifinais. Bayer manteve Gracián no banco e o meio com os 4 volantes. No primeiro turno, Independiente 2x6 Estudiantes.

A nova formação de meio de campo do Independiente realmente mudou a forma da equipe jogar e, com isso, o time passou a ter mais presença em campo. Melhor que o Estudiantes, o time de Avellaneda dominou o início da partida e encontrou o primeiro gol aos 2 minutos. Em boa jogada de contra ataque, Mareque tocou a Montenegro, que abriu na esquerda para Silvera. O camisa 11 avançou em velocidade pela ponta e chutou na saída de Andujar, para fazer Independiente 1x0.

O Estudiantes não jogava mal, mas tinha problemas na armação. Leandro Benítez e Enzo Perez não tinham a prestação das ultimas partidas e, com isso, a bola demorava a chegar aos atacantes. Verón teve que se adiantar para armar o jogo e, assim, o time de La Plata conseguiu o empate. Aos 6 minutos, o camisa 11 recebeu de Mathias Sanchez e avançou, tabelando primeiro com Angeleri e, depois, com Gastón Fernandez. Ao receber a bola, o camisa 10 viu dois marcadores à frente. Gastón driblou Mareque e, diante de Acevedo, chutou rápido. A bola passou pelo camisa 12 e, com velocidade, surpreendeu Navarro, que só percebeu quando já estava balançando as redes: Estudiantes 1x1.

No intervalo, Cristaldo tirou Desábato e Hernan Rodrigo Lopez e colocou Rodrigo Braña e Mauro Boselli. Sanchez iria jogar na zaga, enquanto Braña faria a cabeça de área. Já Bayer teve que promover o retorno de Gracián, que entrou junto com Gandin nos lugares de Facundo Parra e Tuzzio. Montenegro passaria a ser o capitão na ausência de Tuzzio, que tinha jogado muito mal.

O jogo continuou de alto nível e Boselli precisou de apenas um minuto para fazer o que Lopez não tinha feito em 10. Na saída de bola, Verón e Leandro Benítez foram tabelando, mas Vella tirou para lateral. Verón repôs para Boselli rápido e o camisa 9 invadiu a área em velocidade, para driblar o goleiro e empurrar para o gol: Estudiantes 2x1.

O Independiente não se acanhou e partiu em busca do empate. Ele veio aos 6 minutos, após falta de Gastón Fernandez em Mareque no campo de defesa. O camisa 3 tocou a Gracián, que procurou Silvera na esquerda. O camisa 11 driblou Angeleri e Verón, invadiu a área pela ponta e deu um lindo toque de categoria na saída de Andujar, para dar números finais a um bom jogo: Independiente 2x2.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Com dois gols, o camisa 11 fez com que sua equipe chegasse ao terceiro jogo seguido sem derrota e manteve vivas as chances de classificação às semifinais.

BOCA JUNIORS 2x2 SAN LORENZO

De todos os jogos da rodada, o do Boca era um caminho livre rumo à classificação. A equipe pegava o único time já desclassificado, esgotado fisicamente e fazendo experiências para a próxima temporada. Sr Rússia resolveu dar uma chance a Viatri e o colocou em campo. O Boca iria jogar com dois centroavantes, para garantir a vitória de uma vez. Já o San Lorenzo, como dito anteriormente, nada tem a fazer no campeonato. Nilson chegou a pensar em colocar o time ultra ofensivo com Buffarini e Erviti nas laterais; Romagnoli na armação; e Raul Estevez, Stracqualursi e Bordagaray no ataque. Mas o Boca é uma equipe que ataca bem pelas pontas e, com isso, o treinador optou por manter os laterais originais. Bordagaray jogaria na ponta direita, no lugar do 'Pipa', e Tellechea atuaria na defesa, no lugar de Ameli. No primeiro turno, San Lorenzo 3x4 Boca.

Ao contrário do 2x2 anterior, que foi um excelente jogo, o daqui foi uma pelada vergonhosa. As duas equipes não tinham arrumação tática e erravam muitos passes. Surpreende que o Boca, precisando da vitória e tendo um adversário desmotivado, não tinha ânimo para buscar o triunfo.

Na única vez em que se organizou, aos 4 minutos, o Boca conseguiu o gol. Após passe errado de Tellechea, Cagna tocou a Riquelme, que passou a Palermo na esquerda. O camisa 9 trouxe para o meio, protegeu com o corpo e chutou de pé direito no ângulo de Migliore, que ainda tocou na bola: Boca 1x0.

O jogo continuou uma pelada, com o San Lorenzo buscando o único objetivo de armar o jogo para Romagnoli concluir. E assim foi aos 7 minutos, quando Johnathan Ferrari tocou a Piatti, que viu um buraco na entrada da área do Boca. Romagnoli se deslocou para lá e recebeu em ótimas condições para chutar da meia lua e empatar o jogo, enquanto batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

No intervalo, Sr Rússia resolveu sacar Cagna e Viatri e colocou Palacio e Guillermo Barros Schelloto. Já Nilson arriscou o time ultra ofensivo, sacando Johnathan Ferrari e Luciatti e colocando Raul 'Pipa' Estevez e Buffarini.

O jogo não melhorou e a pelada continuou altíssima. Aos 2 minutos, Romagnoli recebeu dentro da área, sem ângulo para o chute, mas viu Abbondanzieri saindo freneticamente. O camisa 10 deu só um toque para o lado e esperou o goleiro lhe derrubar. Romagnoli cobrou o pênalti no canto esquerdo, enquanto Abbondanzieri ia para o outro lado: San Lorenzo 2x1.

O time do Boca era vaiado por sua torcida e sentiu o golpe, mas continuou tentando o empate, embora de forma desordenada. Aos 5 minutos, Riquelme dividiu com Tulla e o zagueiro mandou a córner. O próprio Riquelme cobrou no primeiro pau e Basualdo desviou de cabeça, dando números finais ao confronto: Boca 2x2.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Na pelada horrorosa que se viu, o talento do camisa 10 é uma ilha. Atuou bem, marcou dois gols, homenageou a amada e, agora, está a apenas 4 gols de marcar o centésimo.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 32 pontos
2° Estudiantes - 29 pontos
3° Velez Sarsfield - 18 pontos
4° Boca Juniors - 17 pontos
5° Huracán - 16 pontos, 32 gols pró
6° Independiente - 16 pontos, 24 gols pró
7° Racing - 15 pontos
8° San Lorenzo - 8 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 23 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 12 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes) e Juan Sebastian Verón (Estudiantes) - 11 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A última rodada da temporada regular do Clausura promete pegar fogo! O River praticamente garantiu a liderança, mas só tem um gol a mais que o Estudiantes, ou seja, se perder e a equipe de La Plata ganhar, o Estudiantes pode finalizar como líder.
  • A disputa pelas duas vagas restantes é eletrizante. O Velez está em terceiro e só precisa de um empate contra o River para assegurar a vaga, já que Huracán e Independiente, que também podem chegar a 19 pontos, se enfrentam. O Boca enfrente o Estudiantes  e precisa pontuar, torcendo para que Huracán, Independiente e Racing não vençam. Mas o Racing enfrenta o San Lorenzo e pode terminar até em terceiro. Ou seja, a emoção vai até o apito final!

sábado, 11 de novembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Terceira Rodada - 11/11/2017

Muita chuva neste sábado, público reduzido no Itaquá Dome. Mas emoção de sobra em campo, pois a penúltima rodada da temporada regular do Clausura se iniciou neste dia. Vamos aos jogos!

VELEZ SARSFIELD 0x3 RACING

Duas equipes em crise, vindas de 3 derrotas seguidas. O Velez não vence desde a segunda rodada do returno (4x2 Boca) e ainda viu a crise arrombar as suas portas na última rodada, quando perdeu pro San Lorenzo (3x4) após estar vencendo por 3x0, o que levou o treinador Tripa Seca a pedir demissão ainda no campo de jogo. Os jogadores o convenceram a ficar, pelo menos, até o final do campeonato. Mas a diretoria já se mexe para encontrar não só um novo treinador, como um novo auxiliar. Já o Racing venceu pela última vez também na segunda rodada do returno, justamente no Clássico de Avellaneda (2x0 Independiente) e, desde então, só perdeu e despencou para a última colocação. Agora, precisa vencer os dois jogos e ainda torcer por uma combinação de resultados para não ser eliminado antes do fim da temporada regular. No primeiro turno, Racing 2x3 Velez.

Bastou a bola rolar para a torcida perceber que o Racing estava empenhado em se manter vivo e o Velez continuaria a cometer seus erros. A equipe de Avellaneda fez uma linda jogada ensaiada na saída de bola, com Ruben e Diego Capria correndo lado a lado, confundindo a marcação. Martin Simeone escolheu passar a bola para Ruben, que viu Sosa mal posicionado e chutou por cobertura. A bola passou fácil pelo goleiro (que nada fez) e o juiz Pedro Carlos Bregalda viu-a bater na parede da rede. Os jogadores do Velez reclamaram que foi na trave, mas o gol foi mantido, aos 35 segundos de jogo: Racing 1x0.

O fato é que mesmo que a bola não tivesse entrado, o Velez nada fez para mostrar que poderia vencer. Os jogadores não se esforçavam, erravam os passes e não corriam atrás da bola. O Racing pegava a sobra, se organizava e partia para o ataque com muita tranquilidade. O segundo gol veio aos 6 minutos, em nova falha entre Papa e Turco Assad. O camisa 9 tentou inverter para Dario Hussain, mas acabou errando o passe. Martin Simeone recebeu o rebote de Pocchetino e puxou o contra ataque, tabelando com Latorre. Da entrada da área, o camisa 11 devolveu a Simeone, que chutou com incrível efeito e venceu Sosa, fazendo Racing 2x0.

Tripa Seca não se descabelou, nem buscou incentivar seus jogadores, mostrando que perdeu a confiança em seus comandados. Tirou Papa e Turco Assad, colocando Cubero e Lucas Pratto em seus lugares. Já Paralelo, feliz com o resultado, tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche, visando dar ritmo aos reservas e descansar os titulares.

O Racing viu que o Velez não iria reagir no segundo tempo e tocou a bola pro tempo passar. O terceiro gol veio de forma preguiçosa, aos 5 minutos, quando Dario Hussain tentou chegar numa bola e derrubou Quiroz. Ruben Capria voltou para cobrar e fez um lindo lançamento a Pocchetino na esquerda. O camisa 6 deu um ótimo passe na área para Hauche e o camisa 13 invadiu, ajeitou e chutou cruzado, sem chances para Sosa, fazendo Racing 3x0. Neste momento, os pouquíssimos torcedores do Velez que ainda estavam no estádio abandonaram o time.

Destaque do jogo: Ruben Capria. O camisa 10 voltou a chamar a responsabilidade para si. Fez o primeiro gol, em linda jogada individual, e se movimentou o jogo inteiro, organizando e levando a equipe ao ataque.

HURACÁN 2x3 RIVER PLATE

Vindo de três vitórias, o Huracán saiu da penúltima posição para a quinta, na beira da zona de classificação. Os jogadores já veem as semifinais chegando e, por isso, mantêm a empolgação para buscar a vaga. Já o River começa a dar chance aos reservas, para dar o mesmo ritmo a todos os jogadores. Depois de recuperar a primeira posição na última rodada, Francescoli resolveu poupar Gallardo e Buonanotte e colocar Coudet e Funes Mori em seus lugares. No primeiro turno, River 6x3 Huracán.

Quando a bola rolou, o Huracán abandonou sua tradicional formação defensiva e se lançou ao ataque. O River se segurou como pôde e se lançou em contra ataque. Islas salvou a equipe duas vezes e a trave, uma. Isso aconteceu até os 8 minutos, quando Paz recuperou a bola e passou a Berizzo. O camisa 6 demorou a ir e Villarruel se antecipou, interceptando o passe e passando a Minici, no bico direito da área do River. O camisa 6 girou, trazendo a bola pro pé esquerdo, para desferir potente chute no ângulo de Carrizzo e fazer Huracán 1x0.

O River tentou se reorganizar e buscar o empate. Na saída de bola, Trezeguet fez um 'toca y me voy' com Barrado, mas Barrientos se antecipou e roubou a bola que ia para o camisa 7, tocando a Cigogna na esquerda. O mito avançou em velocidade e, da intermediária, resolveu soltar um scopetazzo de pé esquerdo. A bola bateu no travessão, tocou no chão e o juiz Chico Lírio deu gol, debaixo de protestos dos jogadores do River, que acharam que a bola não entrou: Huracán 2x0, aos 9 minutos.

No intervalo, Sr Rabina tirou Danelon e Milano, colocando Erramuspe e Barrales em seus lugares. Já Francescoli recolocou os titulares e fez uma formação ousada pro segundo tempo. Saíram Coudet e Barrado e entraram Gallardo e Buonanotte. Os dois fariam a armação, com Ortega e Funes Mori nas pontas e Trezeguet de centroavante, atacando com 5 jogadores.

A mudança de Francescoli foi genial e, com isso, o River passou a ocupar o campo de ataque. Gallardo e Buonanotte entraram com vontade e tomaram conta do meio de campo, armando o jogo para os atacantes e desmontando a marcação do adversário. Aos 3 minutos, Carrizzo cobrou tiro de meta, Cigogna interceptou, mas Gallardo roubou a bola, tocando a Ortega na direita. O camisa 10 procurou Trezeguet no meio e o camisa 7 encarou Barrientos de frente, driblando-o, invadindo a área e chutando forte, sem chances para Islas, na jogada mais tradicional do River: 1x2.

O gol deu novo ânimo ao River, que empurrou o Huracán para a área de Islas e um bombardeio começou. O camisa 1 salvou sua equipe várias vezes, mas nada pôde fazer aos 5 minutos. Após o Huracán isolar a bola, Paz recuperou e tocou a Almeyda, que procurou Buonanotte mais à frente. O camisa 30 avançou e deu um lindo passe no meio da zaga para Trezeguet. O camisa 7 recebeu dentro da área e chutou na saída de Islas, fazendo River 2x2.

O empate ainda era bom para o Huracán, mas o River se empolgou e buscou a virada de qualquer jeito. De tanto martelarem, conseguiram aos 10 minutos. Cigogna recebeu de Ruben Masantonio, mas estava impedido. Gallardo cobrou rápido a Trezeguet, que foi tabelando com Almeyda até a intermediária do Huracán, quando o camisa 7 trouxe para o pé direito e chutou forte. A bola foi no ângulo de Islas, que se esticou mas nada pôde fazer: River 3x2.

Destaque do jogo: David Trezeguet. O primeiro tempo de Barrientos o colocava em condições de ser eleito o melhor em campo, mas o segundo tempo veio, o River teve mais peças na frente e aí surgiu o futebol do melhor jogador da temporada. Trezeguet anotou um hat trick, virou o jogo para a sua equipe e ainda fez questão de encarar seus marcadores de frente, para que estes o forçassem a atuar cada vez melhor. Só não fez chover porque a chuva já caía.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se der tudo certo, a rodada se encerra neste domingo, com Estudiantes x Independiente e Boca x San Lorenzo.
  • O sábado foi tão bom para o Clausura, que quatro jogadores alcançaram milestones na rodada. A vitória sobre o Velez foi ótima para o Racing, pois além de manter vivo o sonho das semifinais, o time ainda viu seus três artilheiros alcançarem marcas históricas. Ruben Capria chegou a 70; Martin Simeone, a 40; e Hauche, a 10 gols com a camisa azul e branca. Já o craque Trezeguet, depois de alcançar a incrível marca de 100 gols, não quis parar. O gol de empate contra o Huracán foi o de número 110 dele com a camisa do River,  caminhando a passadas largas para se tornar o maior artilheiro da História da FIFUBO.
  • As seleções da França e do Japão foram enviadas para reparos nesta terça-feira. Espera-se que retornem em breve, para a FIFUBO fazer seu primeiro jogo de seleções em todos os tempos.

domingo, 5 de novembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Segunda Rodada - 05/11/2017

Nem sexta, nem sábado. O encerramento da décima segunda rodada do Clausura só pôde ser feito no domingo, que estava nublado e com ameaça constante de chuva. Mas isso não impediu os torcedores de comparecerem em bom número ao Itaquá Dome. E eles não se arrependeram, porque o que aconteceu em campo foi de tirar o fôlego!

RACING 2x3 HURACÁN

Em situação dramática no campeonato, o time de Avellaneda quer se manter com chances de classificação e encerrar a sequência de dois jogos com derrotas. Ruben Capria resolveu chamar para si a responsabilidade e pediu que os companheiros lhe passassem a bola. Já o Huracán quer continuar com a boa sequência de 2 vitórias, que os tirou da penúltima colocação e os colocou na beira da zona de classificação. No primeiro turno, Huracán 1x3 Racing.

O Huracán começou o jogo a mil por hora. Fugindo de sua característica de atuar nos contra ataques, o time de Buenos Aires atuou no campo do adversário, empurrando o Racing para o seu campo e desperdiçando várias chances. Curiosamente, só inaugurou o marcador quando não organizou bem a jogada. Até então, o Huracán jogava de pé em pé, em velocidade. Aos 5 minutos, o time se atrapalhou em passes improdutivos no campo de defesa, até que Walter Ferrero resolveu sair para apoiar o ataque. Ele recebeu de Ruben Masantonio e, sem opções, resolveu arriscar da intermediária. O chute era de longe e veio fraco, mas Saja deu sua contribuição ao escolher fechar o canto esquerdo. A bola entrou mansa no lado direito, em uma falha incrível do goleiro adversário: Huracán 1x0.

O gol despertou o Racing, que não tinha concluído a gol até então. A equipe se lançou ao ataque, mas a marcação do Huracán funcionou e o time de Buenos Aires afastou da área. Cigogna foi acionado por Milano, mas estava impedido. Gamboa cobrou a Quiroz, que abriu na direita para Diego Capria. O camisa 2 viu seu irmão Ruben livre na esquerda e fez um lançamento primoroso do campo de defesa. O camisa 10 recebeu próximo à meia lua e acertou um lindo chute no ângulo de Islas, para empatar o jogo no primeiro chute de seu time: Racing 1x1, aos 7 minutos.

O Huracán fez uma boa jogada na saída de bola, mas o Racing esteve atento e forçou o erro do adversário, que chutou torto e longe do gol. Saja repôs o tiro de meta, aos 9, e encontrou Ruben Capria no meio. O camisa 10 se moveu para a direita e acertou um passe espetacular nas costas da defesa. Acosta recebeu já dentro da área e virou o jogo na saída de Islas: Racing 2x1.

O grande problema do Racing é que os próprios jogadores ajudam o adversário a fazer gols. As falhas da equipe de Avellaneda mostram por que o time está na situação que está. Nos acréscimos, o Huracán perdeu a bola e Ruben Capria recuperou espetacularmente, tocando a Latorre. Com o tempo regulamentar esgotado, ele poderia mandar a bola pra fora e encerrar o primeiro tempo, mas preferiu fazer uma jogada de efeito e perdeu para Milano, que recuou a Danelon. O camisa 2 inverteu a Ruben Masantonio, que tocou a Centurión na esquerda. O camisa 8 avançou em velocidade, sem oposição, invadiu a área e chutou na saída de Saja, fazendo Huracán 2x2.

No intervalo, Paralelo não perdoou o erro de Latorre e o sacou, junto com Pelletieri, para colocar Fariña e Hauche. Já Sr Rabina tirou Barrientos e Cigogna para colocar Barrales e Erramuspe. O mito não estava em um bom dia, desperdiçando as três chances que teve...

O Racing cansou no segundo tempo, enquanto o Huracán voltou melhor. A equipe do globo apertou a marcação e chegou a promover um cerco a Ruben Capria, matando qualquer oportunidade do time de Avellaneda.

O gol da vitória veio aos 7 minutos, em falha do melhor jogador do Racing. Diego Capria abandonou seu posto na marcação para apoiar o ataque e, quando o Huracán recuperou a bola, Ruben Masantonio percebeu o buraco naquele lado e lançou Barrales. O camisa 11 recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Saja, dando a vitória ao seu time: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Ruben Masantonio. O camisa 10 do Racing pediu a bola para decidir, mas o decisivo mesmo foi o camisa 10 do Huracán. Se movimentou desde a intermediária de defesa até o campo de ataque, organizando a marcação e distribuindo o jogo. Terminou dando passes para os gols de sua equipe e saiu aplaudido pelos torcedores.

SAN LORENZO 4x3 VELEZ SARSFIELD

O grande escândalo estava guardado para o último jogo da rodada. Já eliminado, o San Lorenzo só tem como objetivo ajudar Romagnoli a chegar aos 100 gols. Mas Nilson já começa a temporada de experiências e, para este jogo, mudou as laterais e o comando de ataque. Saíram Johnathan Ferrari, Luciatti e Stracqualursi e entraram Buffarini, Tellechea e Bordagaray. Além disso, seria a primeira vez que o time de Almagro jogaria, após o programa de recondicionamento feito no meio da semana. Já o Velez tem o melhor dos terrenos à frente. Enfrentando uma equipe desmotivada, podendo voltar a vencer após duas derrotas seguidas e, com isso, ficaria a um ponto da classificação. O treinador Tripa Seca, irritado com a atitude insolente de Lucas Pratto, decidiu barrá-lo inclusive do banco e, por isso, pediu a seus atacantes titulares que se esforçassem mais. No primeiro turno, Velez 4x2 San Lorenzo.

Os ingredientes do jogo estavam na mesa e começaram a ser colocados na tigela tão logo a bola rolou. O Velez dominou desde o início e o San Lorenzo mostrava que o recondicionamento físico não funcionava. Com Insua se movimentando pelo meio de campo com desenvoltura, a bola chegava aos atacantes com facilidade.

O primeiro gol veio logo aos 2 minutos, quando Raul 'Pipa' Estevez recebeu de Romagnoli e Emiliano Papa chegou primeiro, tocando a Romero.O camisa 7 tocou a Insua no meio e o camisa 11 avançou pela intermediária, dando belo passe para Dario Hussain. O camisa 10 invadiu a área, chutou cruzado e venceu Migliore, fazendo Velez 1x0.

O gol não mudou o panorama do jogo, pois o San Lorenzo não tem mais empolgação para brigar por qualquer coisa. O Velez continuou dominando e tocando com calma para ampliar. Aos 5 minutos, Sosa cobrou tiro de meta para Insua, que chamou Claudio Hussain na direita. O camisa 8 passou mais atrás para Gino Peruzzi, que lançou no corredor para Dario Hussain. O camisa 10 recebeu, invadiu a área pelo lado direito e chutou forte no ângulo de Migliore, fazendo Velez 2x0.

Os torcedores do Velez estavam satisfeitos com o bom jogo de sua equipe, os jogadores retribuíam em campo com raça e técnica e o terceiro gol veio para ser a cereja do bolo. Aos 8 minutos, Romero tocou a Insua no meio, o camisa 11 avançou pelo meio, viu a marcação se aproximar e deu lindo passe, desta vez na esquerda. Turco Assad recebeu no bico da área e chutou alto, sem chances para Migliore, fazendo Velez 3x0.

No intervalo, Nilson estava preocupado com a condição física de seu corredor direito, que era para ser veloz. Tirou Buffarini e Raul 'Pipa' Estevez, colocando Johnathan Ferrari e Stracqualursi em seus lugares. Bordagaray iria para a ponta direita e Stracqualursi seria o centroavante. Já Tripa Seca tirou Gino Peruzzi, que já tinha cartão amarelo, para colocar Cubero.

O Velez tirou o pé no segundo tempo. Os dois atacantes pararam de se mexer, os volantes deixaram o jogo correr frouxo, Sebá Dominguez resolveu abandonar a zaga e tentar um golzinho lá na frente e o único que ainda tentou jogar foi Insua. Com isso, o sonho começou a virar pesadelo.

Aos 2 minutos, após um passe errado, Tulla tocou a Romagnoli no meio e o camisa 10 abriu a Bordagaray na direita. Mesmo mal fisicamente, o camisa 13 conseguiu avançar pela ponta, driblar Papa e Gago e chutar cruzado sem chances para Sosa: San Lorenzo 1x3.

Até aí, nada demais. Era só um gol de honra. Mas, aos 5 minutos, nova falha fez o sinal de alerta se acender. Romagnoli desarmou Insua e tocou a Piatti na intermediária. O camisa 12 resolveu arriscar e chutou fraco. Sosa quis fazer uma defesa em ponte, mas a bola acabou passando por baixo dele e entrou, num frango incrível: San Lorenzo 2x3.

O que era apenas um gol de honra virou um desespero. Insua tentava organizar o jogo, mas o time de Almagro melhorou a marcação, vendo que poderia vencer. Sebá Dominguez saiu do campo de defesa novamente e tentou ajudar o ataque, errando o passe. Ferrari passou rápido a Romagnoli, que ligou a Stracqualursi na direita, no buraco deixado por Dominguez. Gago correu feito um louco e mandou para lateral, mas Romagnoli repôs rápido para Stracqualursi, que invadiu a área e chutou na saída de Sosa, empatando o jogo aos 9 minutos: San Lorenzo 3x3.

Neste momento, o Velez se desesperou e não conseguiu acertar mais nada. Na saída de bola, Insua tentou fazer um 'toca y me voy', mas Tellechea lhe tomou a frente e foi derrubado. Erviti cobrou rápido para Piatti, que inverteu na direita a Stracqualursi. O camisa 9 devolveu a Romagnoli no meio e o camisa 10 resolveu arriscar, próximo á meia lua. O chute ganhou efeito e caiu no fundo das redes, numa virada espetacular de jogo já nos acréscimos: San Lorenzo 4x3.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Em um jogo onde sua equipe não estava preocupada com o resultado, o futebol do camisa 10 empolgou seus companheiros a buscarem a virada do campeonato. Deu o passe nos três primeiros gols e marcou o gol da espetacular virada, sendo abraçado por seus companheiros e tendo dificuldades para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 29 pontos
2° Estudiantes - 28 pontos
3° Velez Sarsfield - 18 pontos
4° Boca Juniors - 16 pontos, 30 gols pró, 31 gols contra
5° Huracán - 16 pontos, 30 gols pró, 34 gols contra
6° Independiente - 15 pontos
7° Racing - 12 pontos
8° San Lorenzo - 7 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 20 gols
2° Enzo Perez (Estudiantes), Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Daniel Cigogna (Huracán) - 11 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 10 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Jeronimo Barrales. Ao dar a vitória para sua equipe contra o Racing, ele chegou a 10 gols com a camisa do Huracán.
  • Nesta segunda ou terça-feira, as seleções da França e do Japão serão reenviadas, para troca. A expectativa (e esperança) é que o primeiro jogo de seleções da FIFUBO seja realizado até o feriado de 15 de setembro.
  • O grande escândalo da rodada se deu no campo de jogo, tão logo se encerrou a virada do San Lorenzo sobre o Velez. O treinador do Velez, Tripa Seca, reuniu os jogadores e mostrou-se muito desapontado com o desinteresse dos jogadores em defender as cores da equipe. Tripa Seca encerrou a reunião chocando a todos ao entregar o cargo. Os jogadores e a diretoria tentam convencê-lo a ficar, ao menos, até o fim do campeonato, já que o Velez é o terceiro colocado. O treinador ficou de dar uma resposta durante a semana, mas parece que a parceria que rendeu o bicampeonato da Copa Olé e da Supercopa FIFUBO está próxima do fim.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Segunda Rodada - 02/11/2017

Quinta-feira, feriado de finados, mas nada de celebrar a morte! O público aproveitou o lindo dia de céu azul para lotar o Itaquá Dome e ter a certeza de como é bom estar vivo para assistir ao espetáculo que só os craques da FIFUBO sabem apresentar, na abertura da décima segunda rodada do Clausura. O funil está apertando, todo jogo é uma decisão!

INDEPENDIENTE 3x1 BOCA JUNIORS

A vitória de virada sobra o San Lorenzo (3x2) não acalmou os ânimos do time. O treinador, Bayer, ficou muito irritado com o jogo pobre apresentado por Gracián não só no último jogo, mas em todo o campeonato, e barrou o camisa 19. Além de estar contente com o desenvolvimento do meio de campo com Montenegro armando, o treinador queria mostrar que ninguém é intocável e, por este motivo, Acevedo entrou como primeiro volante e Montenegro foi adiantado para a armação, mas mesmo assim, o time ainda jogaria com 4 volantes. O Independiente não pode mais pensar em outro resultado que não seja a vitória, ou será eliminado. Já Sr Rússia quer sacudir a poeira da derrota no Superclássico (2x3 River) e evitar um efeito parecido com o do Velez, que parecia prestes a garantir a vaga nas semifinais e engrenou duas derrotas seguidas, embolando de vez. A ordem é partir para cima do rival, eliminando-o e deixando o Boca muito próximo da classificação. No primeiro turno, Boca 0x1 Independiente.

A bola rolou e o Boca tratou de se posicionar no campo de ataque, mas o Independiente tinha a marcação bem definida e não deixou o adversário rondar a área. Pior que isso, tinha o time inteiro muito bem organizado e, com isso, foi a equipe de Avellaneda quem ocupou o campo do oponente, fuzilando a baliza de Abbondanzieri, que se esticava a todo momento para mandar a córner. Essa pressão foi durante incríveis 2 minutos, até que Parra cobrou o escanteio na segunda trave e Busse subiu de frente para cabecear com violência e fazer Independiente 1x0.

O gol não parecia uma surpresa tão grande, pois o Independiente amassava o Boca no próprio campo, mas foi surpreendente porque o time vermelho era organizado e não deixava o adversário jogar. Assim, o Boca tentou sair para o jogo, mas encontrou armadilha em cada canto do campo de jogo. Assim, aos 5 minutos, Matheu apareceu de surpresa e interceptou bola que ia para Palermo, passando a Vella na direita. O camisa 2 esticou na ponta para Facundo Parra, que driblou Schiavi, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, para fazer Independiente 2x0.

A vantagem era tudo o que o torcedor de Avellaneda queria, bem diferente da última rodada, quando abandonou o time no intervalo. Aqui, os torcedores cantavam o nome dos jogadores, que correspondiam tocando a bola com inteligência, fazendo triangulações e chegando ao gol. O prêmio máximo veio aos 8 minutos, quando uma linda jogada coletiva começou na cobrança de tiro de meta de Navarro para Montenegro. O camisa 5 abriu na direita para Fredes, que tabelou com Facundo Parra e deixou o camisa 17 livre dentro da área. Parra viu Abbondanzieri fechando o lado esquerdo e mandou um chute cruzado no ângulo oposto, fazendo um golaço: Independiente 3x0.

No intervalo, Bayer nem quis fazer alterações. O ataque funcionava, não justificando uma entrada de Gandin. E o outro reserva era Gracián, cuja ausência estava fazendo maravilhas ao esquema tático. Já Sr Rússia resolveu ousar e mandar o time ao ataque. Tirou Cagna e Basualdo para colocar Battaglia e Viatri. Assim, Viatri e Palermo formariam uma dupla de centroavantes e, sem a bola, Schelloto seria um volante no losango mas, com a bola, formaria uma dupla de armadores com Riquelme.

O fato é que, ao contrário de jogos anteriores, o Boca não atuava mal. O time tinha organização, mas enfrentava um adversário que jogava sua melhor partida no ano. Mesmo cansados após um primeiro tempo a mil por hora, os jogadores do Independiente ainda faziam a bola rolar e chegavam bem no ataque, mas o cansaço falou mais alto e, aos poucos, o time foi tocando a bola mais vezes para gastar o tempo.

O gol de honra do Boca veio aos 7 minutos, quando Escudero recuperou bola na defesa e avançou para o ataque, tabelando com quem aparecia pela frente. O último a lhe passar a bola foi Schelloto e Escudero, da meia lua, chutou forte e colocado para vencer Navarro, mas já era tarde para tentar uma virada: Boca 1x3.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Em uma partida onde todos atuaram muito bem, o camisa 17 se superou. Cobrou o escanteio que resultou no primeiro gol, marcou os outros dois, se movimentou o jogo inteiro e saiu aplaudido pelos seus torcedores.

RIVER PLATE 5x3 ESTUDIANTES

O grande jogo da rodada é o choque de líderes. O River, segundo colocado, precisa de um ponto para garantir a vantagem nas semifinais. Após um decepcionante empate na nona rodada, com o último colocado (3x3 San Lorenzo), o time largou a liderança nas mãos do Estudiantes e, desde então, marcou de perto a caminhada do adversário, de olho no confronto direto para voltar à liderança. Para o jogo de hoje, Francescoli manteve a formação que vinha atuando, mas preparou o time para marcar antes de qualquer outra coisa. Os laterais se encarregariam dos atacantes (que atuam mais pelas pontas), enquanto os volantes deveriam se ocupar de marcar a chegada dos meias. Até Gallardo deveria acompanhar as subidas de Verón. Já o Estudiantes quer manter o conto de fadas que vem vivendo neste campeonato. Desde a vitória sobre o Racing na quarta rodada (2x1), em todos os jogos a equipe marca, no mínimo, 4 gols. Um empate garante o Estudiantes na liderança ao final da rodada, mas o time sabe que pode vencer seus rivais. No primeiro turno, Estudiantes 4x4 River.

Não há como se decepcionar quando estas duas equipes estão em campo. Graças ao crescimento do Estudiantes no Clausura, os dois times são capazes de produzir verdadeiros espetáculos cada vez que estão jogando e, juntos em campo, não foi diferente. Uma partida eletrizante desde o início, com ambas as equipes jogando para cima, tocando com inteligência e protagonizando lances incríveis.

O primeiro gol veio aos 2 minutos, em jogada de contra ataque. Gallardo tentou passar a Ortega e Rodrigo Braña cortou. A bola chegou para Marco Rojo no meio e o camisa 6 deu um lindo passe para Boselli, que saiu da ponta para o meio. O time do River se adiantou e pediu impedimento, mas Placente, perdido na linha de fundo, dava condições. Boselli recebeu, invadiu a área e deu um toque de extrema categoria por cima de Carrizzo, que esperava um chute forte. Desesperado, o goleiro se esticou e tocou de ponta de dedos na bola, que tocou no travessão e voltou para Carrizzo, que caiu abraçado com ela dentro do gol: Estudiantes 1x0.

Com a vantagem o time de La Plata mostrou por que é o líder e fez uma ótima marcação, anulando as principais jogadas do adversário. Mas o River não ganhou todos os títulos do ano na sorte. A competência é uma das principais marcas do time de Nuñez. Percebendo a dificuldade em fazer suas jogadas tradicionais, Gallardo e Trezeguet reiniciaram tudo, com o camisa 11 cobrando o lateral do campo de ataque para o campo de defesa. O camisa 7 recebeu lá atrás e tocou a Ferrari, que viu Gallardo voltando ao campo de defesa. Com um passe, o camisa 2 encontrou Gallardo livre de marcação e, com a bola nos pés, o camisa 11 pôde ver Trezeguet livre, depois de partir do campo de defesa para o ataque pelo meio e, no último momento, ir para o lado direito. O passe foi preciso e Trezeguet recebeu na intermediária, para chutar próximo à entrada da área e vencer Andujar: River 1x1, aos 4 minutos.

O Estudiantes não quis saber de desânimo e organizou uma jogada em figura 8 na saída. Verón tocou a Leandro Benítez e foi para o lado direito, mas o camisa 8 trouxe para o lado esquerdo e abriu a Marco Rojo. A marcação apertou e o camisa 6 devolveu a Benítez, que chutou para uma ótima defesa de Carrizzo. A bola sobrou para Placente, que abriu na direita para Ferrari. O camisa 2 viu Trezeguet correndo para a direita, exatamente no buraco deixado pelo apoio de Rojo. O passe encontrou o camisa 7, que avançou, driblou Federico Fernandez, invadiu a área e chutou cruzado na saída de Andujar: River 2x1, aos 6 minutos.

Agora, o jogo mudou completamente de figura. Em desvantagem, o Estudiantes partia em busca do empate e dava o contra ataque ao River, que jogava com mais tranquilidade. E foi graças a essa tranquilidade que chegou o terceiro gol. Nos acréscimos, Carrizzo cobrou tiro de meta para Gallardo no meio e o camisa 11 abriu na esquerda para Buonanotte. O camisa 30 tocou a Trezeguet no meio e, mesmo o passe indo um pouco forte, o camisa 7 conseguiu dominar de frente, invadir a área e completar a jogada mais tradicional de sua equipe: River 3x1.

O Estudiantes não queria ir para o intervalo com a partida liquidada e tratou de encostar na saída de bola. Verón fez o 'toca y me voy' com Leandro Benítez, recebeu na direita, girou o corpo com a maestria tradicional e chutou por cobertura, vencendo Carrizzo no último lance do primeiro tempo: Estudiantes 2x3.

No intervalo, Francescoli tirou Buonanotte e colocou Funes Mori. Já Cristaldo mudou o lado direito. Tirou Angeleri e Gastón Fernandez, colocando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. A entrada de Sanchez nem era para ele jogar de lateral, mas sim para reforçar a marcação a Trezeguet, que tinha marcado um hat trick só no primeiro tempo.

Cristaldo também armou uma jogada no intervalo e, logo na saída, Verón fez novo 'toca y me voy' com Leandro Benítez. Mas, desta vez, ele girou levando a bola mais para a ponta, para ganhar ângulo. Carrizzo percebeu e fechou o lado esquerdo, mas Verón chutou cruzado e acertou o ângulo direito, pegando o goleiro no contrapé aos 22 segundos: Estudiantes 3x3.

A partida ganhou em emoção (como se possível fosse) e ficou aberta. Os dois times se fartaram de perder oportunidades e os goleiros apareceram muito bem. Mas se a força do Estudiantes está no conjunto (e Enzo Perez não aparecia bem), o River tem um craque que está destruindo em 2017. Aos 5 minutos, Boselli recebeu, invadiu a área, mas Carrizzo saiu aos seus pés e ficou com a bola, tocando a Almeyda na cabeça de área. O camisa 5 abriu na direita para Ferrari, que passou no corredor para Ortega. O camisa 10 foi ao fundo e cruzou rasteiro na marca do pênalti. Trezeguet chutou de primeira e mandou no canto direito de Andujar, fazendo River 4x3.

O Estudiantes fez novo 'toca y me voy' na saída e Verón chutou no ângulo esquerdo de Carrizzo, mas o goleiro conseguiu se esticar e tirar a bola desta vez. O jogo ficou elétrico assim e os torcedores grudaram nas arquibancadas, à espera da decisão. Ela veio aos 8 minutos, após Leandro Benítez chutar e Carrizzo fazer nova defesa difícil. Placente abriu a Ferrari na direita e o camisa 2 passou na ponta para Ortega. O camisa 10 resolveu voltar o jogo todo e tocou para Barrado no meio. O camisa 19 abriu a Berizzo na esquerda e o camisa 6 tocou a Funes Mori na ponta. Essa inversão de jogo fez com que o River encontrasse campo livre do outro lado e Funes Mori percebeu Gallardo correndo pela meia. O passe foi preciso e o camisa 11 concluiu da entrada da área, sem chances para Andujar, dando números finais a um jogo sensacional: River 5x3.

Destaque do jogo: David Trezeguet. O mais justo seria dizer que o jogo foi o destaque. As duas equipes fizeram uma partida espetacular e muitos atletas contribuíram para este show. Mas quando alguém marca 4 gols e devolve seu time à liderança, não dá para não escolhê-lo como o melhor. Trezeguet foi brilhante novamente, esteve numa forma sensacional e chegou a incríveis 20 gols no campeonato.

NOTAS RÁPIDAS

  • O calendário está meio apertado, por isso a rodada se iniciou nesta quinta. A conclusão, no entanto, pode ser ou na sexta ou no sábado, dependendo de horários. Se for na sexta, de repente a próxima rodada inteira será no sábado. Mas se a conclusão for no sábado, os jogos seguirão normalmente no próximo fim de semana. A ideia é tentar não atrasar muito o calendário, cuja final da Supercopa FIFUBO (o último jogo oficial do calendário) no final de semana anterior ao natal, para ter tempo de fazer um torneio amistoso entre seleções ainda esse ano.
  • O milestone da rodada vai para Facundo Parra. Ao anotar o segundo gol de sua equipe contra o Boca, ele chegou a 40 gols com a camisa do Independiente.