segunda-feira, 31 de março de 2014

Avaliação das equipes, ao término do primeiro turno do Apertura 2014

Boca Juniors - Em quinto lugar, a equipe passou por altos e baixos. Da derrota no Superclássico, a equipe passou rodadas em que vencia uma, perdia outra, até tomar uma goleada do Huracán (3x6) que destrambelhou tudo. Seu destaque é Riquelme, que vem tendo atuações de gala, mas sem ninguém com quem dialogar. Palermo não repete as atuações do Clausura 2013, quando foi o artilheiro com 14 gols. Fez apenas 4 neste primeiro turno. Paralelo parece estar de saída mesmo...

Estudiantes de La Plata - A sensação do campeonato, lidera com uma incrível campanha, onde venceu 5 jogos e perdeu só 2. A equipe estreou com uma sonora goleada no Racing (6x2) e ainda contou com outros resultados expressivos, como o 5x0 no Velez. Das derrotas, a mais dolorosa foi para o River Plate (2x5). Com um esquema de jogo eficiente, contando com bons passes e marcação forte, a equipe já marcou gols com vários jogadores diferentes. Cristaldo parece ter o time nas mãos, pronto para levantar a taça.

Huracán - Um começo muito ruim, com 3 derrotas nos 3 primeiros jogos. Na quarta rodada, no entanto, a equipe engrenou, com 3 vitórias (uma delas a goleada sobre o Boca) e um empate, assegurando uma invencibilidade que lhe colocou na zona de classificação, em quarto lugar. Muito disso se deve ao equilíbrio que Sr Rabina trouxe à equipe, marcando forte e saindo em velozes contra ataques o jogo todo. Isso e os gols de Cigogna, que já marcou 10 e é o artilheiro do campeonato.

Independiente - Apresenta seu futebol eficiente, que sempre o mantém na zona de classificação. Está em segundo lugar, com 4 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota. As constantes lesões, no entanto, prejudicam o avanço da equipe. Mesmo assim, somente um ponto os separa do líder. Tem em Nestor Silvera seu destaque. Vice artilheiro do certame, já marcou 9 gols.

Racing - A grande decepção do campeonato, mais uma vez. Após vencer o Torneio Início, se esperava que fosse afastar a má impressão da péssima campanha no Clausura 2013. Mas as 5 derrotas nas 5 primeiras rodadas mostraram exatamente o oposto. Depois disso, dois empates e a equipe termina o primeiro turno em último, a única que ainda não venceu. Apesar de ter a pior defesa, o grande problema está na pouca eficiência do ataque, que só marcou 11 gols (1 a mais que Cigogna). Rumores indicam que Madeirite pode deixar o clube e acertar com o Boca e isso talvez explique o esquema fraco. O único destaque é o brilhareco que Ruben Capria apresenta de quando em quando. Para eles, o campeonato já parece perdido.

River Plate - A vitória no Superclássico, seguida de um triunfo diante do Velez, dava a impressão de que o River ia deixar seus adversários comendo poeira. Apelidado de "Barcelona do Futebol de Botão", pelo toque de bola envolvente, a equipe deixou a desejar neste primeiro turno, com uma campanha muito irregular. Se está invicto, também não chega a muitas vitórias. Venceu 3 e empatou 4 até aqui, se mantendo no terceiro lugar. Seu grande destaque até o momento é David Trezeguet, autor de 7 gols. Para Francescoli, no entanto, o desafio será melhorar o rendimento entre todos os setores a fim de evitar que esta sina de empates se mantenha no segundo turno.

San Lorenzo - Sensação no início do campeonato, ao vencer seus três primeiros jogos, a equipe decepcionou na sequência, perdendo três e empatando uma. A grande campanha que o levou a dividir a liderança com o Estudiantes foi freada e, hoje, o time está em sexto lugar. Romagnoli alterna bons e maus momentos, cabendo a Piatti ser o grande destaque da equipe até aqui. Porém, Nilson precisa recolocar o San Lorenzo no rumo das vitórias, se quiser coroar seu belo início de temporada com a classificação aos playoffs.

Velez Sarsfield - Tido como uma grande incógnita pelos times que enfrentava pela primeira vez, é uma incógnita até hoje. Sem um padrão de jogo decidido, com muitas experiências e nenhuma conclusão, o Velez é o sétimo e penúltimo colocado, com 1 vitória, 1 empate e 5 derrotas. Perdeu dois jogos, venceu um (contra o combalido Racing), voltou a perder até a última rodada, quando conseguiu empatar com o Boca. Seu destaque até aqui é Romero, que andou flertando com o banco e, quando entrou, mostrou que não pode haver dúvidas quanto a seu aproveitamento. Valdir Espinoza já balança no cargo e, se não mostrar evolução no segundo turno, pode ser demitido tão logo acabe o campeonato.

NOTAS RÁPIDAS

  • O campeonato recomeça neste sábado, com o Superclássico Boca Juniors x River Plate abrindo os trabalhos.
  • Houve um erro na contagem de pontos na última semana, com o River aparecendo em segundo lugar. Porém o Independiente é quem ocupa tal posição, com 14 pontos ganhos.

domingo, 23 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Sétima Rodada - 23/03/2014

Foi com muita chuva que o público que compareceu neste domingo ao Itaquá Dome assistiu aos dois jogos que encerraram o primeiro turno do Apertura 2014. E não faltou emoção!

HURACÁN 4x4 RIVER PLATE

Vindo de três vitórias, o Huracán deu uma subida no campeonato. Mas pegava a equipe que sempre lhe aplicava sonoras goleadas. Confiante no acerto de seu esquema, Sr Rabina tinha a certeza de que agora as coisas seriam diferentes. Já Francescoli não acreditava que uma goleada viria sempre. Mesmo assim, o único invicto do campeonato queria a vitória para não deixar o Estudiantes se isolar na liderança. Com campanha irregular no campeonato (3 vitórias e 3 empates), o River vinha sob desconfiança de sua torcida.

Bastou a bola rolar para qualquer dúvida se desvanecer. Com um futebol envolvente, fazendo jus à alcunha de "Barcelona do Futebol de Botão", o River Plate foi forçando o Huracán a se desfazer da bola, empurrando a equipe oposta para o campo de defesa e rondando a área. O gol era questão de tempo e bastaram 2 minutos de jogo para aparecer. Ferrari desarmou Ruben Masantonio e tocou para José Maria Paz, que saiu em velocidade ao ataque. O camisa 4 procurou Ortega e foi tabelando com ele até o bico direito da área, quando o zagueiro chutou forte e venceu Islas, para fazer River 1x0.

O Huracán errou a saída de bola. Aos 3 minutos, Ruben Masantonio tocou para Villarruel e correu para receber, mas o camisa 13 errou e a bola caiu nos pés de Gallardo. Rapidamente, o camisa 11 tocou para Diego Armando Barrado, que avançou em velocidade pela intermediária esquerda e chutou da entrada da área para fazer River 2x0.

A partir daí, surgiu o temor de uma goleada. O Huracán não acertava mais nada e o River dominava as ações. Aos 7 minutos, em lance polêmico, Ortega recebeu de Ferrari na direita, deu lindo drible em Minici e chutou por cobertura. A bola bateu na parte de cima da rede, próximo ao travessão, e Islas tirou com um tapa. O juiz deu gol e foi cercado pelos jogadores do Huracán, que só saíram com a chegada do policiamento: River 3x0.

Perdendo de 3, nervosos com o que achavam ser um erro de arbitragem e vendo o mesmo filme, os jogadores do Huracán já tinham jogado a toalha, o que foi uma armadilha muito boa. Aos 9 minutos, Almeyda saiu para armar o jogo e o River desperdiçou o ataque. Rapidamente, Alexis Ferrero tocou para Villarruel na direita e o camisa 13 inverteu o jogo para a esquerda, encontrando Cigogna livre. O mito invadiu a área e tocou na saída de Carrizzo para descontar ainda no primeiro tempo: Huracán 1x3.

No intervalo, Sr Rabina tratou de acalmar seus jogadores. Tirou Danelon (que já havia recebido o cartão amarelo) e Milano (opção tática) para colocar Erramuspe e Barrales. Já Francescoli, ciente da vitória fácil, resolveu dar ritmo aos reservas. Sacou Almeyda e Trezeguet e colocou Coudet e Funes Mori, com Ferrari passando a ser o capitão na ausência de Almeyda. Depois do jogo, Francescoli explicou que a saída de seu capitão em nada teve a ver com a falha de marcação, mas com o ritmo dos reservas e o bom jogo que Barrado realizava.

A soberba de Francescoli derrubou o River. O Huracán passou a rondar o ataque e o futebol de Barrado sumiu, pois teve que jogar mais recuado. Aos 2 minutos, Berizzo errou passe, interceptado por Erramuspe. Ele tocou para Villarruel, que tocou em profundidade a Cigogna. O mito entrou na área pela direita e, com belo toque de cobertura, tirou Carrizzo da jogada para fazer Huracán 2x3.

O gol recolocou o Huracán no jogo e tirou o River completamente. A equipe de Nuñez não acertava mais nada e o Huracán começou a rondar mais a área. Aos 4 minutos, Masantonio avançou pelo meio e tocou à esquerda para Barrales. O camisa 11 chamou a marcação e, com toque de gênio, deu a Cigogna livre na direita. O mito chutou de fora da área e empatou o jogo: Huracán 3x3.

A partir daí, desespero total em Nuñez. O Huracán, feliz com o empate, passou a jogar mais leve e encontrou a virada aos 7 minutos. Centurión desarmou Funes Mori e tocou em profundidade para Barrales. O camisa 11 foi ao fundo e cruzou rasteiro no primeiro pau, onde Ruben Masantonio entrou e chutou de primeira, virando fantasticamente para o Huracán: 4x3.

A torcida do River já saía do estádio quando Barrado roubou uma bola e tocou para Berizzo, que deu rapidamente a Buonanotte na esquerda. O camisa 30 trouxe para o meio, driblou Barrientos e chutou de fora da área para vencer Islas e dar números finais ao jogo: Huracán 4x4.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. No ótimo jogo, muitos se destacaram. Mas só quem fez um hat trick pode sair com o prêmio. Cigogna fez o que se espera dele e deu ao Huracán um ponto valioso em jogo que estava perdido.

BOCA JUNIORS 2x2 VELEZ SARSFIELD

O último jogo do turno colocava duas equipes em crise. Vindo de uma goleada humilhante (3x6 para o Huracán), o Boca tinha mudanças. Guillermo Barros Schelloto finalmente barrava Palácio. Com isso, a equipe passava a ter mais qualidade no passe, para desafogar Riquelme. Já o Velez, também vindo de humilhante goleada (0x5 para o Estudiantes) tinha a ameaça de demissão ao seu treinador, Valdir Espinoza, o combustível para virar o jogo. As experiências acabaram e Lucas Romero ganhava de Cubero a vaga.

A atitude do Velez foi outra neste jogo. Com uma marcação forte no meio de campo, com Gago plantado à frente da zaga, a equipe não viu o Boca se aproximar de sua área. As saídas eram pelas pontas, onde Gino Peruzzi e Emiliano Papa atacavam o tempo inteiro e municiavam Dario Hussain e Turco Assad. Mesmo assim, a pontaria não esteve boa e Abbondanzieri salvou o Boca de ir para o intervalo com derrota, mantendo o 0x0.

No intervalo, Paralelo sacou Serna e Schelloto, colocando Battaglia e Viatri. Palermo passou a ser o capitão com a saída de Serna e teria Viatri como companheiro de ataque, passando a atuar com dois jogadores próximos à área. Já Valdir Espinoza só trocou Dario Hussain por Lucas Pratto. O time funcionava, mas precisava de melhor pontaria, por isso a entrada do centroavante.

E bastaram 40 segundos para a justiça ser feita no placar. Forçando o Boca a se desfazer da bola, Gago tocou atrás a Sebá Dominguez, que tocou mais à frente para Lucas Romero. O camisa 7 avançou pela esquerda, driblou Cagna e chutou cruzado para, enfim, vencer Abbondanzieri: Velez 1x0.

A equipe continuou jogando bem, mas Insua foi desaparecendo aos poucos e errando passes. Aos 6 minutos, tentou inverter uma bola para a subida de Emiliano Papa e Battaglia recuperou, tocando para Cagna. O camisa 8 avançou com dificuldades para dominar e chutou mascado da intermediária. A bola pegou um efeito maluco e enganou Sosa, empatando o jogo: Boca 1x1.

A torcida perdeu a paciência com Insua e passou a vaiá-lo, o que foi crucial para a virada injusta do Boca. Ele errou mais um passe e Riquelme pegou a bola, invertendo para Palermo, que invadiu a área e chutou na saída de Sosa para fazer Boca 2x1 aos 9 minutos.

Vaiado cada vez que chegava perto da bola, Insua ainda teve uma pequena redenção nos acréscimos, quando recebeu de Claudio Hussain, driblou três adversários e chutou da direita para vencer Abbondanzieri, empatando em 2x2 e criticando os torcedores. Menos, Insua...

Destaque do jogo: Emiliano Papa. Principal arma ofensiva do Velez, o camisa 3 avançou pela lateral esquerda, distribuiu o jogo, tabelou, concluiu e desarmou. Levou um cartão amarelo e está pendurado.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 15 pontos, 5 vitórias, 0 empate, 1 derrota, 25 gols pró, 16 gols contra
2° River Plate - 13 pontos, 3 vitórias, 4 empates, 0 derrota, 21 gols pró, 16 gols contra
3° Independiente - 12 pontos, 3 vitórias, 3 empates, 1 derrota, 20 gols pró, 16 gols contra
4° Huracán - 10 pontos, 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 22 gols pró, 20 gols contra
5° Boca Juniors - 10 pontos, 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 19 gols pró, 19 gols contra
6° San Lorenzo - 10 pontos, 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 14 gols pró, 14 gols contra
7° Velez Sarsfield - 4 pontos, 1 vitória, 1 empate, 5 derrotas, 11 gols pró, 20 gols contra
8° Racing - 2 pontos, 0 vitória, 2 empates, 5 derrotas, 11 gols pró, 22 gols contra

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 10 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 9 gols
3° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), David Trezeguet (River Plate) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após a rodada, o TJB teve atividade intensa. Retornando de suspensão, o juiz Wilson Neca desagradou a Huracán e River Plate ao validar um gol para o River e não validar outro para a mesma equipe. Os auditores o suspenderam por 2 sorteios. Assim sendo, ele fica fora da primeira rodada do returno.
  • Desta vez, seu auxiliar Defensor não escapou. Como é o segundo jogo de polêmica da dupla, os auditores estenderam a suspensão de 2 sorteios para o Defensor.
  • Além deles, o auxiliar do jogo entre Boca Juniors e Velez Sarsfield, Promotor, foi suspenso por 2 sorteios, por irregularidades na formalidade das substituições. Como só há um auxiliar disponível (Promotor Corregedor), o Promotor auxilia o árbitro no segundo jogo do returno com efeito suspensivo, cumprindo sua suspensão quando terminar a suspensão do Defensor.
  • O milestone da rodada vai para Daniel Cigogna. O primeiro que fez contra o River foi o vigésimo do mito com a camisa do Huracán.
  • Ao final do primeiro turno, o ataque mais positivo fica com o líder Estudiantes, com 25 gols, uma média de mais de 3 gols por jogo. O pior ataque, por sua vez, é dos dois últimos colocados (Velez e Racing), com 11 gols cada, o que dá uma média inferior a um gol por jogo.
  • Já a melhor defesa é do San Lorenzo, com apenas 14 gols sofridos, média de 2 por partida. Já a pior defesa é do Racing, último colocado, com 22 sofridos. A média é de mais de 3 por jogo.
  • No próximo final de semana, a FIFUBO fecha para balanço. O returno começa em duas semanas.

sábado, 22 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Sétima Rodada - 22/03/2014

Neste sábado meio nublado foi iniciada a última rodada do primeiro turno do Apertura 2014, com dois jogos muito interessantes. Vamos a eles!

SAN LORENZO 1x3 ESTUDIANTES

As duas equipes que mais empolgaram neste início de campeonato se enfrentavam justamente na última rodada. Sem vencer há 3 jogos, o San Lorenzo patina para deixar o G4 e precisava da vitória a todo custo. A equipe, a mesma dos últimos jogos, havia treinado marcação forte no meio e saídas pelas pontas. Já o Estudiantes, líder e vindo de uma goleada (5x0 no Velez), tinha na manutenção da liderança na virada de turno o combustível para  a vitória. O uruguaio Hernan Rodrigo Lopez continuava no comando de ataque.

E o primeiro tempo foi inteiro do Estudiantes. A equipe de La Plata tocava a bola com várias opções na frente e desperdiçava chances. Já o San Lorenzo tinha dificuldades em se organizar, fruto do péssimo jogo que Romagnoli e Piatti desempenhavam. Mesmo assim, o placar foi inaugurado aos 8 minutos, quando Angeleri cobrou lateral com força, invertendo o jogo. Gastón Fernandez deu só um toquinho e a bola sobrou no bico da área, pelo lado esquerdo, para Marco Rojo chutar cruzado e vencer Migliore: Estudiantes 1x0.

Preocupado com sua equipe, Nilson sacou Johnathan Ferrari e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Tellechea e Bordagaray. Com isso, pretendia mudar o estilo de jogo praticado no primeiro tempo, reforçando a marcação pelas pontas, atacando pelo meio e com os dois atacantes mais próximos um do outro. Já Cristaldo sacou Angeleri e Hernan Rodrigo Lopez para colocar Mathias Sanchez e Mauro Boselli, visando dar descanso aos sacados.

Com isso, o jogo continuou do Estudiantes, que dominava as ações e marcava eficientemente as saídas do San Lorenzo. Aos 3 minutos, Desábato cobrou falta para Enzo Perez no meio. O camisa 7 tocou a Verón mais à frente e o capitão driblou Quiroz para chutar da entrada da área e fazer Estudiantes 2x0.

O gol desanimou de vez o San Lorenzo e deu ao Estudiantes um descanso. A equipe passou a tocar a bola e esperar o fim do jogo. Mas, aos 6 minutos, Romagnoli tentou atear fogo no jogo. Em linda jogada coletiva, ele tocou mais atrás para Piatti. O camisa 12 tocou a Stracqualursi na área, mas como estava de costas, o camisa 9 devolveu a Romagnoli, que pegou de primeira, venceu Andujar, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2.

Romagnoli tentou, mas não conseguiu incendiar o jogo. Na saída de bola, aos 7 minutos, Verón tocou para Leandro Benítez, recebeu à frente e deu um contorno para trás, para levar a bola mais à direita. Migliore percebeu que o camisa 11 tentava ganhar ângulo para o chute e correu para voltar à linha do gol (pois estava mais adiantado). Mas a genialidade de Verón falou mais alto e o camisa 11 deu belo toque por cobertura para vencer o goleiro, enquanto este não teve tempo de retornar para tentar a defesa: Estudiantes 3x1.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. Novamente atuando mais adiantado, o capitão da equipe foi o grande nome. Ditou o ritmo do jogo. Distribuiu bons passes, ajudou na marcação e ainda fez dois gols. Espera-se a chuva para mais tarde...

RACING 2x2 INDEPENDIENTE

O jogo de fundo foi o Clássico de Avellaneda. Com apenas um ponto no campeonato, podia-se pensar que o Racing era o grande azarão para esta partida. Mas, além de ser um clássico (onde tudo pode mudar), o empate havia sido na última rodada, justamente contra o poderoso River Plate (3x3), o que dava aos jogadores do Racing um novo ânimo para barrar seus grandes rivais. Já do lado vermelho, a empolgação não vinha só da vitória na última rodada contra um rival direto (3x2 no San Lorenzo), mas da derrota do mesmo San Lorenzo no primeiro jogo, o que fazia com que uma vitória aqui afastasse o Independiente mais ainda de seus rivais, o consolidando em terceiro ou até segundo na virada de turno, dependendo do resultado do jogo do River no domingo. Além disso, o retorno de Acevedo ao banco de reservas após suspensão (no lugar do goleiro Navarro) era um combustível a mais para a equipe vermelha.

O jogo começou nervoso. O Racing errava demais e fazia faltas violentas (só no primeiro tempo, Diego Capria, Acosta e Enrique levaram cartão amarelo), enquanto o Independiente tentava controlar o jogo, mas sem muita organização. Aos poucos, o Independiente foi tomando conta do jogo. Só que o gol só surgiu aos 8 minutos, em uma falha do Racing. Gamboa conseguiu afastar o perigo e tocou a Diego Capria para reiniciar o ataque. O camisa 2, no entanto, começou a retornar com a bola para a defesa e acabou "esquecendo" a redonda próximo ao bico esquerdo da área. Mareque estava lá e, vendo a bola para ele, chutou de primeira e venceu Saja para fazer Independiente 1x0.

No intervalo, aos berros, Madeirite tentava consertar a equipe. Sacou Diego Capria e Latorre e colocou Fariña e Hauche. Já Bayer trocou Vella e Facundo Parra (duas figuras nulas) e pôs Acevedo e Gandin.

Os berros acordaram e o Racing precisou de apenas 14 segundos para empatar o clássico. Numa jogada chamada de "Figura Oito Meio de Campo", Ruben Capria tocou para Pelletieri, mas quem ficou com ela foi Martin Simeone, que passou por trás do camisa 7 para pegar a bola. Ele avançou até a entrada da área e, sem se intimidar com a tentativa de bloqueio de Montenegro, chutou bonito e venceu Navarro: Racing 1x1.

A partir daí, o quadro se inverteu. O Racing passou a dominar o jogo. Marcava bem e saía em bons ataques, levando perigo à meta de Navarro. Já o Independiente se desorganizou e passou a errar passes.

A virada veio aos 3 minutos, quando Martin Simeone avançou pela esquerda, tabelou com Bordagaray e inverteu o jogo para a direita, encontrando Acosta livre. O camisa 9 avançou e chutou no ângulo de Navarro para fazer Racing 2x1.

O jogo continuou à feição do Racing, mas a equipe não conseguiu matar o jogo. O Independiente, por sua vez, começou a variar jogadas na tentativa de encontrar o gol. E conseguiu, aos 9 minutos, em trama muito bonita. Fredes tocou a Gracián no meio, que deu a Gandin na ponta direita. O camisa 9 avançou e tocou no meio, no ponto futuro, para Silvera, que entrava vindo da esquerda. O camisa 11, figura nula até então, invadiu a área e chutou com extrema categoria, tirando Saja da jogada e fazendo Independiente 2x2.

Destaque do jogo: Martin Simeone. No primeiro tempo péssimo de sua equipe, foi o único que tentou levar o Racing ao ataque. No segundo tempo, marcou o primeiro gol, deu o passe para o segundo e foi o principal organizador de jogadas, saindo consagrado, mas ainda sem a vitória.

NOTAS RÁPIDAS

  • O primeiro turno se encerra neste domingo, com Huracán x River Plate e Boca Juniors x Velez Sarsfield. No final de semana seguinte não haverá disputa de partidas. O período entre turnos servirá para as equipes fazerem um balanço de suas participações e treinarem mais forte.
  • A FIFUBO, no entanto, não parará. Na segunda-feira, 31 de março, haverá um resumo geral do primeiro turno, esmiuçando a participação de cada equipe e o que eles poderão almejar para o resto do campeonato.

domingo, 16 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Sexta Rodada - 16/03/2014

Domingo de sol forte e calor intenso, mas com bom público no Itaquá Dome para a conclusão da penúltima rodada do primeiro turno do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 3x2 SAN LORENZO

O novo empate do River Plate no sábado (3x3 com o Racing) deu novo ânimo às equipes que entravam em campo. O Independiente treinou com Mareque apoiando o ataque constantemente, visando auxiliar Silvera para que o artilheiro tivesse mais liberdade para concluir. Já o San Lorenzo, vindo de dois tropeços (1x3 Boca Juniors e 1x1 River Plate) completava o que seu treinador, Nilson, batizou de "cinturão de perigo", os três jogos em sequência que a equipe faria contra equipes argoladas. Precisando da vitória para voltar à liderança, o San Lorenzo treinou saídas rápidas pelas pontas e Buffarini marcando mais forte na defesa, ao lado de Reynoso.

Deu-se a saída de bola e o San Lorenzo mostrou que a equipe que encantou nas três primeiras rodadas estava de volta. Marcando forte, impedia o Independiente de organizar qualquer jogada de ataque e ainda saía para ataques ferozes, que empurravam o time de Avellaneda para o seu campo de defesa. Não foi surpresa quando, aos 2 minutos, o time de Almagro fez seu primeiro gol. Luciatti cobrou lateral para Stracqualursi, que se atrapalhou com a bola e tocou para Piatti, pedindo na frente. Vendo que o centroavante estava muito atrapalhado, o camisa 12 avançou sozinho e chutou do bico esquerdo da área para vencer Navarro e fazer San Lorenzo 1x0.

Com isso, esperava-se que a vitória fosse sorrir fácil ao San Lorenzo, mas o Independiente acordou e conseguiu reequilibrar as ações. Aos poucos foi ganhando terreno e, aos 7 minutos, conseguiu o empate. Romagnoli tentou passe a Stracqualursi, mas Busse fez a leitura perfeita do lance e interceptou o passe, trazendo a bola para o pé direito e fazendo lindo lançamento, invertendo o jogo. A bola encontrou Silvera livre e o camisa 11 só teve que trazer para o pé direito e chutar para vencer Migliore: Independiente 1x1.

O gol dava justiça ao placar, pois o San Lorenzo dominou uma parte, o Independiente outra e o jogo ficou equilibrado nos minutos finais. Porém, nos acréscimos, Vella recebeu de Busse e avançou pela direita. Percebendo que Migliore não cobria o canto esquerdo, o lateral direito chutou. Migliore fez golpe de vista e falhou: Independiente 2x1.

No intervalo, Bayer foi ousado. Tirou Mattheu (que vinha falhando) e Gracián (figura nula) para colocar Acevedo e Gandin. Pela primeira vez, o camisa 9 jogaria na armação, uma vez que é meia atacante. Já Nilson trocou o lado esquerdo, saindo Luciatti e Stracqualursi e entrando Erviti e Bordagaray.

Bayer errou feio. Gandin não conseguiu se posicionar como armador e organizar jogadas, se movimentando muito mais no ataque do que no meio de campo. Com isso, o Independiente fazia a ligação direta da defesa para o ataque e errava. O San Lorenzo, por outro lado, voltou a ocupar o meio de campo e rondar a área adversária. Não foi por acaso que, logo a um minuto, Romagnoli recebeu de Piatti na intermediária, trouxe para o pé direito e chutou bonito para vencer Navarro, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x2.

O jogo ganhou emoção. Quando conseguia sair pelas laterais, o Independiente levava perigo. O San Lorenzo, por outro lado, organizava boas jogadas e conseguia rondar mais a área do time de Avellaneda. Mas, aos 9 minutos, o acaso ocorreu. Mareque fez a ligação direta com um chutão. Fredes (que não fazia boa partida) se sacrificou, correu e conseguiu botar a bola no chão. Da entrada da área, arriscou um chute e surpreendeu Migliore, fazendo Independiente 3x2.

Destaque do jogo: Walter Busse. Vendo a dificuldade de sua equipe em armar jogadas, o camisa 7 se multiplicou em campo. Além de marcar, foi ao ataque organizando jogadas. O passe para o gol de Silvera foi cirúrgico. Fora isso, foi presença constante no ataque.

VELEZ SARSFIELD 0x5 ESTUDIANTES

Ainda à procura de um padrão de jogo, o Velez mantinha a formação dos últimos dois jogos. Valdir Espinoza manteve o critério e colocou Cubero pelo terceiro jogo seguido, a exemplo do que havia feito com Lucas Romero. Mesmo este sendo o destaque do time, começava no banco. Já o Estudiantes, vindo de duas derrotas (2x5 River Plate e 3x4 Independiente), precisava da vitória para recuperar a liderança. Cristaldo treinou forte o posicionamento de Rodrigo Braña, visando dar a Verón um posicionamento mais adiantado, onde rendeu mais e levou sua equipe a três vitórias nos três primeiros jogos do campeonato. Fora isso, era mais uma equipe que não sabia como o Velez jogava, então não havia como pedir uma marcação especial na partida. Hernan Rodrigo Lopez era mantido no ataque, no lugar de Boselli.

Pois bastou a bola rolar para o Estudiantes dominar. Marcando forte e tocando a bola com maestria e com a participação de todos os jogadores, o time de La Plata não demorou a encontrar as redes. Aos 2 minutos, Desábato cobrou lateral na linha de defesa para Federico Fernandez na esquerda. O camisa 4 levantou a cabeça e viu um buraco do lado direito, então trouxe a bola para o meio e tocou a Enzo Perez na direita. Com um passe de pura maestria, o camisa 7 tocou a Gastón Fernandez na corrida, que entrou na área chutando de primeira e fazendo Estudiantes 1x0.

O gol mostrou a superioridade do Estudiantes em campo e evidenciou a zorra que o Velez era. Aos 5 minutos, em jogada parecida, saiu o segundo gol. Federico Fernandez sofreu falta de Dario Hussain e cobrou no meio para Verón. O camisa 11 tocou a Enzo Perez na direita e o camisa 7 avançou para chutar da intermediária e fazer Estudiantes 2x0.

No intervalo, Valdir Espinoza sacou Cubero e Dario Hussain e colocou os dois Lucas: Romero e Pratto. Já Cristaldo resolveu poupar jogadores, mudando o lado esquerdo. Saíram Hernan Rodrigo Lopez e Marco Rojo, entrando Mauro Boselli e Mathias Sanchez. Na prática, a mudança era só para poupar atletas do forte calor, pois todo o time atuava muito bem.

Logo na saída de bola, Lucas Romero mostrou a Espinoza quem deve ser titular. Tabelando com Insua, recebeu na direita e chutou para Andujar botar a corner. Claudio Hussain cobrou e Insua cabeceou, para Andujar fazer outra defesa maravilhosa. Essa pressão durou 2 minutos, até que Desábato conseguiu aliviar. A bola sobrou para Angeleri na direita, ele tocou a Verón no meio, que tocou a Enzo Perez mais à direita, que deu a Gastón Fernandez na ponta. O camisa 10 invadiu a área e tocou na saída de Sosa, para fazer Estudiantes 3x0.

O gol desanimou totalmente o Velez. A equipe melhorara, tentara, mas quem marcou foi o Estudiantes. Com isso, os jogadores pararam de tentar e isso foi o que contribuiu para a goleada. Aos 4 minutos, Federico Fernandez tocou para Rodrigo Braña na cabeça de área. O camisa 5 tocou a Verón no meio, que tabelou com Enzo Perez e deu mais à esquerda para Mathias Sanchez. O camisa 12 avançou e tocou para Leandro Benítez próximo à entrada da área. O camisa 8 trouxe para o pé esquerdo e soltou a bomba para fazer Estudiantes 4x0 em bela jogada coletiva.

Humilhados, os jogadores do Velez só torciam para o jogo acabar. Aos 7 minutos, Juan Sabia tocou errado e displicente para Insua, que reclamou bastante. O Estudiantes não tinha nada com isso e partiu em contra ataque. Rodrigo Braña deu mais à frente para Verón, que fez um passe em profundidade para Leandro Benítez entrar na área pela esquerda. Com a saída de Sosa, o camisa 8 tocou para Mathias Sanchez no meio e o camisa 12 só empurrou para o gol vazio: Estudiantes 5x0.

A partir daí, o Velez jogou a toalha de vez o Estudiantes tocou a bola, sob gritos de olé, para golear e voltar à liderança sob aplausos de sua torcida.

Destaque do jogo: Enzo Perez. É injusto dar o prêmio a um jogador, pois o destaque foi todo o time do Estudiantes. Porém, pela regra da  FIFUBO, somente um nome pode ser eleito e este foi o camisa 7. Armou o jogo, se movimentou o campo inteiro, deu opções, assistências e ainda fez um gol. Só não fez chover, o que cairia bem, diante do maçarico que está ligado em cima do Itaquá Dome.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 12 pontos, 22 gols pró
2° River Plate - 12 pontos, 17 gols pró
3° Independiente - 11 pontos
4° San Lorenzo - 10 pontos
5° Huracán - 9 pontos, 18 gols pró
6° Boca Juniors - 9 pontos, 17 gols pró
7° Velez Sarsfield - 3 pontos
8° Racing - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 8 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) e David Trezeguet (River Plate) - 7 gols
3° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Leandro Benítez (Estudiantes) - 6 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo em que derrotou o San Lorenzo, o volante do Independiente Fredes admitiu que vem jogando com uma antiga lesão. O camisa 8 passa por tratamento ainda neste domingo, visando estar pronto para jogar o clássico de Avellaneda no próximo sábado.
  • A próxima rodada é a última do primeiro turno. Tão logo se acabe, será feito um resumo das equipes até então.
  • Além disso, a FIFUBO decidirá se o final de semana seguinte será de folga ou se teremos jogos no meio da semana.

sábado, 15 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Sexta Rodada - 15/03/2014

Foi neste sábado abafado, de muito calor, que foi iniciada a penúltima rodada do primeiro turno do Apertura. Em dois duelos de Davi contra Golias, Golias não teve muitos motivos para sorrir. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 3x6 HURACÁN

O primeiro Golias era o Boca Juniors. Vindo de duas vitórias convincentes contra San Lorenzo e Racing (ambas por 3x1), com Riquelme jogando com mais liberdade, a equipe tinha neste jogo a chance de finalmente fincar seu pé na zona de classificação aos playoffs. Paralelo mantinha a equipe e o esquema, dando liberdade a seu camisa 10 para ter mais uma tarde de gala. Já o Huracán, que também vinha de duas vitórias (3x2 no Racing e 4x2 no Velez), havia apreensão. Sem contar com Danelon (suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e sabedor de que o calor era mais um inimigo, Sr Rabina pediu a seus jogadores que jogassem fechados e não procurassem muita velocidade, para não cansar, pois havia apenas o atacante Barrales no banco de reservas.

Bastaram 30 segundos para o pesadelo do Boca começar, quando Cagna tentou devolver passe para Riquelme, mas fez falta em Ruben Masantonio. O camisa 10 tocou rápido para Centurión, que avançou em velocidade pela esquerda e, da intermediária, soltou a bomba e fez Huracán 1x0.

Atordoado com o gol, o Boca demorou a se encontrar na partida. A marcação forte e a falta de vontade de alguns em atuar neste sábado faziam o time não organizar jogadas. Riquelme atuava sozinho, levando uma ou outra ajuda de Arruabarrena pela esquerda. E foi com esses dois que o empate surgiu. Aos 4 minutos, Riquelme tocou a Arruabarrena, que devolveu ao camisa 10 no bico esquerdo da área. Riquelme girou o corpo, ajeitou a passada e chutou de pé direito para vencer Islas, empatando para o Boca: 1x1.

Mas o empate não diminuiu o ótimo jogo do Huracán, que contava com falhas do Boca para chegar à sua área. Já nos acréscimos, Escudero foi ao ataque e deixou um buraco. Palácio errou o passe e Minici tocou rápido para Centurión invadir a área e tocar na saída de Abbondanzieri: Huracán 2x1.

No último lance do primeiro tempo, um erro clamoroso do árbitro. Pelas regras da FIFUBO, ao completar 10 minutos, o primeiro tempo acaba quando a bola sai. Mas se chegar a 12, acaba de qualquer jeito. Já passava dos 12 minutos quando Riquelme recebeu de Cagna no meio de campo e chutou para empatar.  O gol, oficialmente, saiu aos 12:03 e os jogadores do Huracán partiram para cima, mas o policiamento evitou maiores conflitos.

No intervalo, Paralelo trocou Palácio e Escudero (que saíram vaiados) e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia. Já Sr Rabina colocou Barrales no lugar de Milano.

Quando se esperava que os jogadores do Huracán fossem perder a cabeça, eis que eles voltaram a liderar o marcador com apenas 30 segundos. Na saída de bola, Masantonio tocou para Centurión, recebeu na frente, tabelou com Villarruel, girou o corpo e acertou belo chute para fazer Huracán 3x2.

A partir daí, nada mais deu certo pro Boca. Só Riquelme jogava, mas não tinha mais com quem tocar. Para piorar, Battaglia saiu para jogar como volante e deixou um buraco na zaga, por onde Centurión entrou, após receber passe de Villarruel, e tocou na saída de Abbondanzieri para fazer seu hat trick aos 4 minutos: Huracán 4x2.

Aos 5, o que era uma vitória se transformou em goleada. Schelloto chutou, Islas defendeu, Barrientos deu um bico para o meio. Ruben Masantonio pegou a bola e tocou na esquerda para Barrales, que invadiu a área driblando Battaglia e chutou rasteiro para fazer Huracán 5x2.

Com a goleada deixando todos perplexos e os erros de passe, o Boca ainda viu um erro de Arruabarrena na esquerda se tornar um contra ataque rápido. O passe iria para Palermo, mas Alexis Ferrero foi mais esperto e tocou a Villarruel, que deu a Masantonio no meio, que tocou para Erramuspe na direita. O camisa 12 chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer seu primeiro gol com a camisa do El Globo: Huracán 6x2 aos 7 minutos.

A partir daí, o Huracán tocava sob gritos de olé e o Boca esperava o tempo passar. Aos 9 minutos, Riquelme conseguiu acabar com a roda de bobo e tocar para Guillermo Barros Schelloto avançar pela direita e chutar cruzado para fazer Boca 3x6.

Destaque do jogo: Centurión. Com uma exibição de gala, o camisa 8 do Huracán se desdobrou em campo. Marcou forte, reiniciou jogadas e se aventurou ao ataque. Com assistências e um hat trick, foi o grande nome da partida.

RIVER PLATE 3x3 RACING

O segundo Golias a entrar em campo era o River Plate. Líder do campeonato e único invicto, o time de Nuñez sabia que o Racing merecia respeito, mas que o grande favoritismo era do River mesmo. Francescoli mandou a campo a equipe que vinha atuando, crendo na vitória para se manter líder. Já o Racing vive o seu inferno astral de ligas. Com 5 derrotas em 5 jogos e o último lugar na tabela, era o único sem nenhum ponto até então no campeonato. Nos fortes treinos da semana, Madeirite viu em Ruben Capria alguém com  "sangue nos olhos", tanto é que o camisa 10 até organizou o aquecimento e pediu a palavra já em campo para mudar a situação do time no campeonato.

Pois foi com essa atitude que o Racing tomou as rédeas da partida. Com Ruben Capria bem assessorado por Martin Simeone, a equipe tocou a bola no campo de ataque do River e criou boas jogadas para seus atacantes. Tímido, o time de Nuñez não era aquela equipe que força o adversário a perder a bola e sai em contra ataques mortais, mas ainda assim tocava com inteligência e acertava a trave de Saja algumas vezes.

Foi quando, aos 4 minutos, saiu o primeiro gol em linda jogada de Ruben Capria. Ao receber de Martin Simeone, o camisa 10 avançou pela meia direita e deu lindo passe na esquerda. Almeyda se esticou para cortar, mas não alcançou a bola, que sobrou para Latorre chutar rasteiro e fazer Racing 1x0.

O gol assustou o River e fez o Racing crescer. A marcação funcionava e os ataques eram bem organizados. Aos 9 minutos, Acosta chutou e Carrizzo fez linda defesa, mandando a corner. Latorre cobrou curto para Acosta, que tentou driblar Carrizzo, mas ia saindo com bola e tudo. Só que o goleiro, completamente estabanado, foi em cima do camisa 9 e o derrubou. Pênalti que Ruben Capria cobrou à meia altura, no canto esquerdo de Carrizzo, que até foi na bola mas não a encontrou: Racing 2x0.

No desespero, o River deu a saída. Gallardo tocou linda bola para Trezeguet, que entrou em velocidade e já viu Saja caindo. Com isso, teve calma e tocou no outro canto, para fazer River 1x2.

No intervalo, Francescoli tirou Trezeguet e pôs Funes Mori. Apesar do gol, o camisa 7 era presa fácil para a marcação do Racing e Funes Mori era mais leve e ágil para fugir da marcação. Já Madeirite não mudou e pediu para seus jogadores continuarem em cima, pois a vitória viria.

Veio o segundo tempo e o River cresceu. Passou a tocar melhor no campo de ataque e ainda tinha boa consistência para segurar os contra ataques do adversário. Aos 3 minutos, Pelletieri fez falta em Placente na intermediária, pela direita. Gallardo cobrou no contrapé de Saja, que não pôde fazer nada para evitar o empate: River 2x2.

A partir daí, o Racing se desesperou. O que era uma vitória bonita e fácil estava virando uma derrota humilhante de virada. E isso porque a equipe empatava ainda! Mas Ruben Capria fez questão de botar a bola no pé e, aos berros, reorganizar o seu time. Aos 7 minutos, ele tocou para Acosta na direita. Paz saiu para desarmá-lo e falhou bisonhamente. Acosta, então, tocou de calcanhar para Ruben Capria, que trouxe para o pé esquerdo e, sem ângulo, arrumou um efeito incrível na bola para encobrir Carrizzo e marcar o gol mais bonito do sábado: Racing 3x2.

A partir daí, virou ataque contra defesa. O Racing na retranca, tentando segurar a vitória, e o River no desespero, defendendo a invencibilidade. De tanto tentar, o River empatou aos 9. Buonanotte fez boa jogada pela esquerda e deu um toquinho que permitiu a Funes Mori entrar na área e tocar na saída de Saja, fazendo River 3x3.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Tudo bem que o time inteiro jogou bem, que Saja fez defesas milagrosas, mas as atitudes do camisa 10 antes, durante e após o jogo mudaram a cara do Racing. Em campo, fez 2 gols, liderou todas as jogadas de ataque e ainda deu o passe para o outro gol, mostrando que se o time pode chegar longe, vai ser pelos seus pés.

NOTAS RÁPIDAS

  • Em reunião após a rodada, o TJB condenou o árbitro Wilson Neca, suspendendo-o por 2 sorteios após as 2 partidas em que ele ficará de fora naturalmente. Os auditores entenderam que o desconhecimento da regra que permitiu Riquelme chutar com o tempo esgotado e o penal não marcado no próprio Riquelme no segundo tempo eram suficientes para condená-lo.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores. Os dois gols marcados contra o Huracán fizeram Riquelme chegar a 30 com a camisa do Boca. Já o penal bem cobrado por Ruben Capria fez o camisa 10 do Racing chegar a 10 na carreira.

domingo, 9 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quinta Rodada - 09/03/2014

O sol apareceu neste domingo, sem nenhuma nuvem no céu. A temperatura agradável e o campo levemente umedecido (devido às chuvas de sábado) tornavam o Itaquá Dome perfeito para a conclusão da quinta rodada do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

RACING 1x3 BOCA JUNIORS

Desesperado, com quatro derrotas em quatro jogos, o Racing precisava urgentemente de uma vitória, para ter o que brigar neste campeonato. Madeirite queria que os volantes encostassem mais em Ruben Capria e que Quiroz fosse o cão de guarda da entrada da área. Já o Boca, vindo de uma importante vitória sobre o San Lorenzo (3x1) e querendo encostar no grupo de cima, se aproveitando da vitória do Independiente sobre o Estudiantes e do empate entre River e San Lorenzo, ambos neste sábado. Paralelo pediu a seus volantes que ajudassem na marcação, pois queria que Riquelme tivesse liberdade total para percorrer o campo e armar o jogo. Alguns maldosos diriam que os dois treinadores estavam observando seus futuros times, pois corre nos corredores da Liga a informação de que eles irão trocar de time tão logo se encerre o Apertura.

Bastou a bola rolar para que a polêmica envolvendo os treinadores fosse posta em segundo plano. Com apenas 13 segundos, Ruben Capria tocou mal, Pelletieri consertou e deixou perfeita para Capria na intermediária, próximo à entrada da área. O camisa 10 chutou de pé esquerdo no ângulo de Abbondanzieri e fez Racing 1x0.

A euforia fez o Racing sair e criar mais, mas o Boca também se organizou e passou a explorar os contra ataques. Aos 2 minutos, Basualdo tocou para Riquelme na esquerda e o camisa 10 driblou Quiroz e chutou, para Saja espalmar. O próprio Riquelme pegou o rebote, virou o corpo e chutou, desta vez sem defesa, para empatar o jogo: Boca 1x1.

O Racing não se desesperou e continuou rondando a área do Boca, com Pelletieri, Ruben Capria e Martin Simeone, mas o Boca fazia a equipe de Avellaneda se desfazer da bola e saía em rápidos contra ataques. Foi assim que, aos 4 minutos, Schiavi recuperou bola que iria para Acosta e tocou para Basualdo. O camisa 11 tocou a Riquelme, que arrancou pelo meio, driblou Quiroz com extrema facilidade e tocou na saída de Saja para fazer Boca 2x1.

O Racing ainda foi ao ataque para tentar empatar o jogo, mas a sorte não estava do seu lado. Aos 5 minutos Martin Simeone fez linda jogada na direita e chutou no travessão de Abbondanzieri, com a bola saindo para lateral. Ibarra cobrou rápido para Cagna, que avançou, driblou Quiroz com muita facilidade e deu um lindo toque de cobertura para vencer Saja e fazer 3x1 para o Boca.

No intervalo, Madeirite sacou Latorre e Quiroz, que saíram vaiados, e colocou Hauche e Fariña. Já Paralelo, feliz com o ótimo desempenho de sua equipe, não fez mudanças, mantendo a formação original.

O Racing voltou desanimado pela sua má sorte e o Boca passou a tocar, esperando o tempo passar e fazendo um ataque aqui e ali. No último lance, Palermo recebeu a única bola em condições no jogo todo e chutou, mas Saja defendeu e o placar se manteve o mesmo.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Pelo segundo jogo consecutivo, o camisa 10 foi o grande nome da partida. Jogando com liberdade, atuou no campo de ataque com desenvoltura, municiando seus atacantes e marcando duas vezes. Já na defesa, se multiplicou e foi visto desarmando dentro da própria área. Uma tarde de gala.

HURACÁN 4x2 VELEZ SARSFIELD

O jogo de fundo era a típica partida de 6 pontos. Empatados em pontos, com apenas uma vitória em cima do Racing, os dois lutavam para ver quem ficaria em sexto ao final da rodada. Por falta de informações sobre o adversário, Sr Rabina armou uma senhora retranca, querendo que os seus atletas fossem fortes até 10 minutos após o término da partida. Já Valdir Espinoza sabia que a situação do Velez era outra, pois mesmo com 3 derrotas em 4 jogos, sabia que seu time ainda se acertava e jogava bem. Cubero era mantido, visando ter mais chances para Espinoza decidir quem completava o meio.

Pois foi a bola rolar para ver que Sr Rabina acertara nas táticas naquele dia. Forçando o erro do Velez, o Huracán marcava bem e saía em rápidos contra ataques. Foi assim que, a um minuto, Minici recuperou bola na esquerda e deu a Masantonio no meio. O camisa 10 lançou Cigogna na esquerda e o mito teve a bola a seu feitio para soltar o escopetazzo e fazer Huracán 1x0.

O Velez foi surpreendido pelo gol, mas ainda tentou sair ao ataque, só que o Huracán apertava a marcação e, aos 4 minutos, foi do lado direito que a jogada se desenhou. Danelon tocou a Mauro Milano na ponta e o camisa 7 invadiu a área, sendo derrubado por Sosa para não entrar com bola e tudo. Cigogna cobrou o penal com força, na parede da rede, mesmo com Sosa indo ao mesmo canto direito da bola, para fazer Huracán 2x0.

Neste momento, o Velez se deu conta de que caíra numa armadilha incrível, mas não sabia como sair. Aos 8 minutos, veio aquele que seria o golpe de misericórdia. Barrientos interceptou passe que seria de Dario Hussain e tocou a Masantonio no meio. O camisa 10 lançou a Cigogna na entrada da área, mas Gago se antecipou. O problema é que o camisa 5 quis sair jogando bonito e acabou pisando na bola, que sobrou para Cigogna dar um toque de categoria no ângulo oposto ao de Sosa para fazer seu hat trick: Huracán 3x0.

Com esse resultado maravilhoso, Sr Rabina sacou Milano e colocou Erramuspe, pronto a fazer um 4-5-1 extremamente retrancado para assegurar a vitória. Já Valdir Espinoza, desesperado, tirou Fernando Gago e Dario Hussain para colocar Lucas Romero e Lucas Pratto. Com isso, Cubero ficava de primeiro volante e Romero iria para o segundo volante, auxiliando Insua na armação.

Deu certo, a entrada de Romero fez o Velez ter mais opções e rondar mais a área do Huracán, conseguindo concluir mais vezes e chegar ao gol aos 2 minutos. Emiliano Papa tabelou com Romero, que deixou Turco Assad livre dentro da área. O camisa 9 só teve o trabalho de tirar Islas da jogada e empurrar para o gol vazio: Velez 1x3.

O problema é que a defasagem era de dois gols, o Velez teve que ir ao ataque e se sujeitou a contra ataques. Ainda rondou a área e chegou a acertar a trave de Islas, em duas bolas de Romero e uma de  Insua. Mas, aos 4 minutos, Alexis Ferrero interceptou passe que era para Turco Assad e tocou a Masantonio no meio. O meia tocou rápido para Centurión na direita e a bola ficou do jeito que o camisa 8 gosta para soltar seu chute de bico de pé esquerdo: Huracán 4x1.

Desanimado, o Velez passou a tocar e tentar diminuir o prejuízo, já sabendo que a vitória era impossível. Aos 9 minutos, Gino Peruzzi fez boa jogada pela direita e foi ao fundo para cruzar para Lucas Pratto completar com um chute forte e vencer Islas: Velez 2x4.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. Ruben Masantonio fez um jogo perfeito, dando assistência para três gols e sendo a ligação entre defesa e ataque. Mas o mito marcou um hat trick e foi o responsável direto pelo segundo triunfo de sua equipe no campeonato.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 11 pontos
2° San Lorenzo - 10 pontos
3° Estudiantes - 9 pontos, 17 gols pró
4° Boca Juniors - 9 pontos, 14 gols pró
5° Independiente - 8 pontos
6° Huracán - 6 pontos
7° Velez Sarsfield - 3 pontos
8° Racing - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) e Nestor Silvera (Independiente) - 7 gols
2° David Trezeguet (River Plate) -6 gols
3° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Benítez (Estudiantes) - 5 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Diego Cagna. O último gol marcado na partida contra o Racing foi o décimo do camisa 8 pelo Boca.
  • Devido a problemas com os Correios, a Copa do Mundo de Subbuteo foi cancelada. Isso não significa que não teremos Copa do Mundo este ano, apenas que a competição de Subbuteo, anunciada durante o Bootecon 2014, não poderá ser realizada. A FIFUBO lamenta.

sábado, 8 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quinta Rodada - 08/03/2014

Sábado chuvoso e com temperatura em queda, dia internacional da mulher, ainda com alguns resquícios do carnaval. O dia era perfeito para a abertura da quinta rodada do Apertura. E, em homenagem ao público feminino que compareceu em bom número ao Itaquá Dome, os dois jogos foram sensacionais. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 3x4 INDEPENDIENTE

Até a quarta rodada, o Estudiantes liderava e era a equipe a ser batida, até o River Plate cruzar o seu caminho e golear (5x2). De volta à realidade, o treinador Cristaldo tentava juntar os cacos e fazer o time de La Plata seguir adiante na competição, recuperando a liderança ao menos que por ora. A grande surpresa era (enfim!) a barração de Boselli. Hernan Rodrigo Lopez vinha como titular a primeira vez. Já o Independiente, vindo de boa vitória sobre o Velez (3x1) e em ascensão, tinha um desfalque no banco. Acevedo cumpria suspensão automática no lugar do goleiro Hilário Navarro, por conta da expulsão na rodada anterior.

O goleiro Andujar fez lambança logo com 30 segundos. Silvera invadiu a área, perdeu o ângulo e sairia com bola e tudo pela linha de fundo. Mas o goleiro do Estudiantes tentou roubar-lhe a bola e o derrubou: pênalti que o próprio Silvera cobrou no canto esquerdo, com Andujar indo para o canto direito logo a um minuto: Independiente 1x0.

O Estudiantes não se acanhou e mostrou poder de recuperação, reequilibrando o jogo e rondando a área do time de Avellaneda. De tanto rondar, acabaram sendo premiados, quando Leandro Benítez sofreu pênalti aos 5 minutos. Desta vez, quem cobrou foi Federico Fernandez, que bateu à meia altura no canto direito de Navarro, que foi nela mas não alcançou. Tendo melhor sorte que Verón em sua cobrança, o zagueiro colocou no placar: Estudiantes 1x1.

O jogo ficou bom e o Independiente equilibrou as ações, mas quem encontrou as redes foi, novamente, o Estudiantes. Em jogada que lembra o estilo de jogo do River Plate, Leandro Benítez forçou Vella a se desfazer da bola. Federico Fernandez recuperou e tocou para Rodrigo Braña reiniciar o ataque. O camisa 5 abriu na ponta para Marco Rojo, que encontrou Hernan Rodrigo Lopez mais à frente. Com um toque de gênio, o camisa 13 uruguaio tocou para Leandro Benítez, que invadiu a área e chutou forte para vencer Navarro, fazendo Estudiantes 2x1.

No intervalo, talvez pelo desgaste provocado pelo campo pesado, Cristaldo tirou Hernan Rodrigo Lopez e Marco Rojo para colocar Mauro Boselli e Mathias Sanchez. Já Bayer, insatisfeito com a pouca produtividade de Facundo Parra, o sacou, colocando Dario Gandin no seu lugar.

É difícil dizer quem acertou nas mudanças, pois com apenas 16 segundos saiu um gol. Gracián reiniciou o jogo tocando para Busse, que enganou a zaga do Estudiantes e chutou fraco. A bola molhada ajudou e Andujar engoliu um frango gigantesco: Independiente 2x2.

As duas falhas do goleiro nos gols do Independiente fizeram o Estudiantes desanimar. Com isso, o Independiente ganhou campo e passou a organizar melhor as jogadas. Aos 2 minutos, foi a vez do Independiente dar uma de River. Angeleri tentou avançar pela direita, mas Gracián o forçou a se desfazer da bola, que sobrou para Tuzzio reiniciar o ataque. Ele acionou Mareque na esquerda, que tabelou com Fredes e, ao invés de partir para o meio, deu mais à esquerda para Silvera, dentro da área. O camisa 11 ajeitou para o pé direito e chutou cruzado, vencendo Andujar, que nada pôde fazer desta vez: Independiente 3x2.

O Independiente cresceu e foi ao ataque para matar a partida, sendo premiado aos 6 minutos com mais um gol. Vella tocou para Busse, que inverteu boa bola para Silvera na esquerda. O camisa 11 foi ao fundo e cruzou rasteiro para Fredes, que entrou batendo de primeira e vencendo Andujar para fazer Independiente 4x2.

Entregue, o Estudiantes tentava retomar, mas tinha muita dificuldade. Leandro Benítez foi acionado na direita por Gastón Fernandez e perdeu a bola para Tuzzio. Enzo Perez pegou o rebote e passou de novo para Benítez, que invadiu a área e chutou de pé esquerdo para vencer Navarro aos 9 minutos, mas já era tarde: Estudiantes 3x4.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Fez o que se espera dele: gols. Ao sofrer e cobrar o penal com apenas um minuto e virar o jogo para a sua equipe na segunda etapa, marcou duas vezes e ajudou o Independiente a sair com os 3 pontos.

SAN LORENZO 1x1 RIVER PLATE

Com a derrota do Estudiantes, quem vencesse aqui sairia líder do campeonato. Tentando se recuperar após derrota para o Boca na rodada anterior (1x3), o San Lorenzo treinou forte. Nilson queria que seus volantes mais avançados e os laterais ajudassem a barrar o avanço dos pontas do River, cabendo a Reynoso a tarefa de marcar Trezeguet. Já do lado do River, o sentimento era o de que uma goleada como a aplicada ao Estudiantes (5x2) não apareceria todo dia. Ainda estava na cabeça dos jogadores o empate em 4x4 que o San Lorenzo lhes impôs no Clausura 2013, o que servia de alerta.

Pode-se dizer que, apesar do placar baixo, foi o melhor jogo do campeonato, quiçá do ano. As duas equipes jogaram no campo de ataque, com todos os jogadores participando dos lances, tocando com inteligência e desperdiçando boas chances. Com o campo aberto, o primeiro gol foi sair somente aos 5 minutos, quando Paz saiu da esquerda para a direita para interceptar passe que iria para Raul 'Pipa' Estevez. O camisa 4 tocou para Paulo Ferrari na meia direita e o camisa 2 deu mais à frente para Ortega. O camisa 10 avançou em diagonal e chutou cruzado da entrada da área para vencer Migliore, fazendo River 1x0.

Quem pensava que a goleada se desenhava, se enganou. O San Lorenzo continuou se impondo, tentando e parando sempre nas mãos de Carrizzo. Mas aos 9 minutos, nada pôde ser feito. Johnathan Ferrari (irmão do lateral do River) roubou bola de Buonanotte e tocou para Piatti na meia esquerda. O camisa 12 inverteu e deu belo passe para Buffarini, que chutou cruzado da entrada da área e pegou Carrizzo no contrapé: San Lorenzo 1x1.

No intervalo, Nilson sacou Luciatti e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Tellechea e Bordagaray. A intenção era colocar um lateral mais defensivo, já que o atacante atuava mais à frente que seu antecessor. Já Francescoli sacou Trezeguet e colocou Funes Mori, mais leve e habilidoso.

Apesar das mudanças e do jogo continuar em altíssimo nível, o placar não foi alterado. Grandes defesas, bolas na trave e gols anulados, como o de Gallardo aos 9 minutos (Berizzo estava impedido), mantiveram o placar igual, mas os torcedores deixaram o estádio com a certeza de que viram o melhor jogo do campeonato até aqui.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. Se o San Lorenzo só marcou um gol, é porque o goleiro do River foi uma muralha. Com grandes defesas, o camisa 1 impediu a vitória do San Lorenzo e garantiu sua equipe na liderança do campeonato.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo, o San Lorenzo entrou com recurso no TJB contra o árbitro Juan Carlos Loustau, por não ter dado um gol em bola que supostamente entrou, no segundo tempo. Por 2 votos 1, os auditores resolveram inocentar o árbitro e arquivar o processo, pois não há provas de que a bola realmente entrou.
  • O milestone da rodada vai para Nestor Silvera. O primeiro gol marcado logo no início do jogo contra o Estudiantes foi o vigésimo dele com a camisa 11 do Independiente.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quarta Rodada - 03/03/2014

Quanto riso, oh quanta alegria, mais de 75 mil torcedores presentes ao Itaquá Dome para assistir ao encerramento da quarta rodada do Apertura 2014, com dois jogos onde não faltou emoção! O sol abriu e ficou um calor forte. Dentro de campo, não foi diferente. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 5x2 ESTUDIANTES

Nos dois duelos do Clausura, o River Plate meteu 5x1 no Estudiantes. Para a partida de hoje, os comandados de Francescoli sabiam que a tarefa de repetir a goleada seria muito difícil. Mesmo assim, confiavam em seu jogo para derrubar a última equipe com 100% de aproveitamento no campeonato. Já do lado de La Plata, a empolgação estava em alta com a liderança. Bastava um empate para se isolar, mas a equipe tinha um sentimento de que, enfim, poderia jogar de igual para igual com o poderoso River Plate.

Mas bastou a bola rolar para o Estudiantes se apequenar. Com Rodrigo Braña dando espaços, Verón teve que ficar preso à cabeça de área, a fim de evitar que o River tivesse tanto espaço. Leandro Benítez e Enzo Perez eram figuras nulas e, com isso, o Estudiantes não atacou. Nas poucas vezes que chegou, Mauro Boselli não conseguia sequer dominar a bola. Já o River forçava o erro do Estudiantes e avançava em ataques perigosos.

De tanto martelar, conseguiu seu primeiro gol aos 4 minutos. Gallardo tocou na direita para Ortega, que serviu a Trezeguet no meio. Sem marcação, o camisa 7 avançou e chutou rasteiro na saída de Andujar, para fazer River 1x0.

O gol não acordou o Estudiantes, que continuava errando sem um pingo de organização. Já o River continuava em cima e o segundo gol veio aos 8 minutos, quando em jogada de contra ataque, Gallardo lançou a Ortega na direita e o camisa 10, novamente, serviu a Trezeguet no meio. Dentro da área, o camisa 7 deu um toque de cobertura e venceu Andujar, para fazer River 2x0.

No intervalo, para poupar, Francescoli tirou Buonanotte e colocou Funes Mori. Já Bayer, desesperado, tentava consertar as coisas. Tirou Braña e Boselli e lançou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Os que saíram foram muito vaiados quando a substituição foi realizada.

Mas nada mudou. Sanchez continuava dando os espaços que Rodrigo Braña havia dado no primeiro tempo. E foi assim que Berizzo interceptou passe que seria para Gastón Fernandez, lançando Funes Mori na esquerda. O camisa 9 ia avançar, mas foi derrubado por Enzo Perez. Gallardo cobrou direto, mesmo de tão longe, no lado oposto à barreira. Quando Andujar percebeu, a bola já estava dentro do gol, aos 2 minutos: River 3x0.

Tomando um chocolate, o Estudiantes se desesperou. O intuito, agora, era não levar uma goleada. Mas os erros de passe e os buracos deixados por Sanchez na cabeça de área foram cruciais para que tal resultado se desenhasse. Aos 4 minutos, Sanchez tentou ir ao ataque tabelando com Federico Fernandez e perdeu a bola para Ferrari. O camisa 2 tocou a Almeyda no meio, que reiniciou o ataque com Gallardo. O camisa 11 deu belo passe em profundidade para Trezeguet, que invadiu a área pelo meio e deslocou Andujar para fazer seu hat trick: River 4x0.

Na saída de bola, aos 5, Verón tocou para Enzo Perez, que tocou a Leandro Benítez na esquerda, que inverteu o jogo para Verón na direita. O resultado da chamada "figura 8" no meio de campo foi o camisa 11 chutando fraco e Carrizzo engolindo o frango, na única boa jogada tramada pelo Estudiantes até então: Estudiantes 1x4.
 
Os erros continuavam. Aos 7, Mathias Sanchez tentou passar para Hernan Rodrigo Lopez, mas perdeu a bola para Ferrari. O camisa 2 tocou a Almeyda na cabeça de área e o capitão tentou lançamento para Ortega. A bola sobrou para Marco Rojo, que foi deixar para Federico Fernandez. Só que o camisa 4 estava saindo da área para reiniciar o ataque e a bola ficou sozinha dentro da área, nos pés de Ortega, que chutou forte e venceu Andujar: River 5x1.

Tocando a bola, a equipe de Nuñez esperava o tempo passar. Nos acréscimos, Leandro Benítez tabelou com Marco Rojo e, da entrada da área, chutou cruzado para deixar um pingo de honra no ar: Estudiantes 2x5.

Destaque do jogo: David Trezeguet. O baile de carnaval do francês começou a ser desenhado no primeiro tempo, quando marcou duas vezes para levar sua equipe em vantagem para o intervalo. No segundo tempo, completou o carnaval do River ao fazer um hat trick e sair consagrado. Fora isso, foi o centroavante que se esperava, para onde as jogadas convergiam e por pouco não marcou mais gols.

VELEZ SARSFIELD 1x3 INDEPENDIENTE

Um jogo interessante se desenhava. Em ascensão, o Velez vinha de vitória sobre o Racing (3x1) e começava a apresentar o esboço de seu estilo de jogo. A única mudança era a entrada de Cubero no lugar de Romero, conforme plano de Valdir Espinoza de revezar os dois. Já o Independiente também tinha empolgação, após o empate com o River na rodada anterior (3x3). Bayer treinou a semana inteira mostrando o último jogo do Velez a seus atletas, com interesse dúbio: mostrar como joga o Velez e como ele quer o Independiente jogando, pelos dois lados e acionando todos os atletas. Uma importante mudança foi a troca de lado entre Busse e Fredes. Fredes jogaria na direita, marcando Insua individualmente.

E foi um jogo muito bom, o melhor da rodada. As duas equipes jogando com técnica apuradíssima, marcando bem no meio de campo e saindo em bons ataques. Os dois goleiros eram o destaque até os 8 minutos, quando Claudio Hussain saiu tabelando com Gino Peruzzi e arriscou de longe. Foi um chute fraco e de fácil defesa. Mas Hilário Navarro já estava pensando na reposição e se esqueceu de defender, engolindo um frango: Velez 1x0.

Apesar do resultado, os treinadores queriam manter as mesmas equipes para o segundo tempo, mas o forte calor os obrigou a mudar. Valdir Espinoza sacou Turco Assad (que não repetia a boa atuação da rodada anterior) e Fernando Gago, para colocar Lucas Pratto e Lucas Romero. A intenção dele era colocar os três volantes mais à frente, para impedir os avanços do Independiente. Já Bayer tirou Vella e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin. O intuito, aqui, era colocar o volante para fazer o lado direito, dando maior liberdade a Busse para apoiar Gracián.

Veio o segundo tempo e ficou claro o erro de Valdir Espinoza. Com a saída de Gago, os volantes se mandaram ao ataque desordenadamente e ficou um buraco na entrada da área do Velez. Foi por ali que o Independiente martelou o segundo tempo inteiro e Sosa teve que se desdobrar para garantir a vitória.

Porém, aos 4 minutos, Cubero chutou fraco e Navarro encaixou. O goleiro correu e lançou no meio para Gracián. O camisa 19 recebeu livre, avançou até a entrada da área e deu chute de muita categoria para vencer Sosa e fazer Independiente 1x1. Neste momento, o Velez tinha 6 jogadores no campo do Independiente, pedindo para levar o contra ataque.

Aos 5 minutos, um lance que poderia ter mudado o rumo do jogo. Em besteira de Montenegro, Navarro teve que tocar na bola fora da área, recebendo o cartão vermelho. Acevedo foi o sorteado para sair e cumprir a suspensão automática em seu lugar.

Mas, aos 7, um novo lance mudou a partida para o outro lado. Mareque tocou para Silvera, que deu a Busse na intermediária. O camisa 7 trouxe a bola para o meio e chutou. A bola tocou na trave e Sosa deu um tapa para tirá-la de dentro do gol. O juiz validou o gol e os jogadores do Velez partiram para cima dele: Independiente 2x1.

Contornada a confusão, os jogadores do Velez continuaram muito nervosos e partiram com tudo para o ataque, mas de forma desordenada. Melhor para o Independiente, que botou a bola no chão e tocou com inteligência para segurar o placar. Nos acréscimos, uma trama bem feita entre Gracián, Busse e Silvera deixou a bola ao feitio do camisa 11. Silvera chutou, Fredes meteu o pé na bola no meio do caminho e ela foi morrer do lado oposto aonde Sosa tinha ido: Independiente 3x1.

Destaque do jogo: Walter Busse. Com  o belo nó tático dado por Bayer, o camisa 7 teve mais liberdade para atacar. Auxiliou Gracián na armação, criou as melhores jogadas da equipe e foi premiado com o gol da virada.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 10 pontos
2° Estudiantes - 9 pontos, 14 gols pró
3° San Lorenzo - 9 pontos, 10 gols pró
4° Independiente - 7 pontos
5° Boca Juniors - 6 pontos
6° Huracán - 3 pontos, 8 gols pró
7° Velez Sarsfield - 3 pontos, 7 gols pró
8° Racing - 0 ponto

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 6 gols
2° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Nestor Silvera (Independiente) - 5 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Em reunião após a rodada, o TJB não acolheu o recurso do Velez, pedindo a punição ao árbitro Pedro Carlos Bregalda e ao Promotor, absolvendo ambos do suposto erro na partida entre Velez Sarsfield e Independiente.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores do River Plate. Com o hat trick, Trezeguet ultrapassou a marca dos 20 gols com a camisa milionária, assim como Ortega, que também chega aos 20.

sábado, 1 de março de 2014

Torneio Apertura 2014 - Quarta Rodada - 01/03/2014

Alô Niterói! Alô resto do mundo! Olha o Torneio Apertura 2014 chegando! Valeu! Sábado de carnaval, dia meio nublado mas extremamente tranquilo. A cidade vazia, por conta da folia de Momo, mas o Itaquá Dome recebendo um bom público na abertura da quarta rodada do Apertura 2014. Foram dois jogos de pura emoção, vamos a eles!

HURACÁN 3x2 RACING

A tabela nos reservou mais um duelo de desesperados, tanto Huracán quanto Racing tinham 3 derrotas em igual número de jogos e precisavam desesperadamente pontuar, para ter com o que brigar neste campeonato. O Huracán voltou a treinar forte seu esquema de defesa atenta o jogo inteiro e contra ataque letal, mas o treinador, Sr Rabina, havia pedido atenção especial a todos os seus jogadores, pois foi em falhas individuais que as derrotas vieram. Já do lado do Racing, treinos mais fortes por parte de Madeirite. Ele está desesperado com o péssimo futebol apresentado pela sua equipe e já teme um novo vexame no campeonato.

E foi a bola rolar para se ver que os temores de Madeirite eram mais que reais. Bem marcado, o Racing não criou e ainda viu um Huracán agudo, partindo para cima desde o início. Com um minuto, Milano invadiu a área e chutou. Saja defendeu, a bola ganhou efeito e ia entrando, quando Saja deu um tapa na bola. Os jogadores pressionaram o árbitro, Juan Carlos Loustau, mas este disse que a bola não havia entrado.

Aos 5, no entanto, o gol foi incontestável. Em uma jogada arriscada, Walter Ferrero desarmou Acosta e tocou para Minici na esquerda. O camisa 6 deu a Centurión na meia esquerda e o camisa 8 avançou, para chutar forte da intermediária e vencer Saja: Huracán 1x0.

O gol não serviu para acordar o Racing, que continuava jogando mal e via o Huracán rondar sua área em contra ataques perigosos. Mas, aos poucos, a equipe de Avellaneda começou a se soltar mais e criar oportunidades e o gol de empate veio na única jogada bem articulada da equipe no primeiro tempo. Saja cobrou tiro de meta para Martin Simeone, que deu a Ruben Capria no meio. O camisa 10 recebeu, levantou a cabeça e viu Acosta entrando livre na área. Com belo passe no meio de três jogadores, Capria encontrou Acosta na área e o camisa 9 só precisou tirar de Islas para empatar o jogo: Racing 1x1.

O gol foi uma bênção para a equipe que era dominada em campo e assustou o Huracán, mas a equipe de Buenos Aires continuou dominando as ações. Só que a sorte resolveu dar uma mãozinha ao Racing. Quando Martin Simeone avançou pela meia esquerda e arriscou um chute fraco da intermediária, o que se esperava era uma defesa fácil de Daniel Islas, mas o goleiro se atrapalhou e engoliu um frango nos acréscimos, que levava sua equipe para o intervalo com a desvantagem e o velho fantasma das falhas individuais: Racing 2x1.

No intervalo, Sr Rabina trocou Danelon e Milano por Erramuspe e Barrales. Já Madeirite tirou Quiroz (falhando muito no jogo) e Latorre (figura nula) para colocar Fariña e Hauche.

Se a intenção de Madeirite era consertar a entrada da área com um segundo volante, o tiro foi dado no pé e ainda respingou na perna. Logo com um minuto, Fariña abandonou seu posto e tentou ir ao ataque tabelando com Martin Simeone. Ao errar o passe, viu Centurión tocar rápido para Ruben Masantonio e o camisa 10 ir tabelando com Villarruel até invadir a área. Masantonio tentou driblar Saja e foi derrubado por ele. Cigogna cobrou o penal à meia altura e empatou o jogo, a despeito de Saja se esticar todo: Huracán 2x2.

A partir daí, o jogo foi todo do Huracán. A equipe voltou a dominar e o Racing sumiu. Fariña não cumpriu sua função na cabeça de área e Saja teve que se desdobrar para não sair de campo derrotado. Aos 8 minutos, porém, um lance que mostrou o desinteresse do Racing na partida decidiu a fatura para o outro lado. Ruben Capria recebeu de Gamboa livre no meio, para avançar até a entrada da área e decidir o jogo. Completamente alheio ao jogo, o camisa 10 acabou adiantando demais a bola. Islas saiu do gol, deu um carrinho e dividiu a bola com Capria. A bola ganhou velocidade, cruzou todo o campo e entrou mansa no gol de Saja. Islas marca seu terceiro gol com a camisa do Huracán e decide a partida: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Lucas Villarruel. A equipe do Huracán funcionou desta vez, mas a maior parte deste mérito é de seu camisa 13. Jogando de volante, não permitiu que o Racing avançasse pelo lado esquerdo da defesa do Huracán. Teve personalidade suficiente para sair com a bola e ajudar na armação, sendo responsável direto pelo empate, ao tabelar com Masantonio para que este sofresse o pênalti. Se multiplicou em campo e sai consagrado.

BOCA JUNIORS 3x1 SAN LORENZO

De um lado o Boca. Em três jogos, a equipe venceu uma e perdeu duas. Joga um futebol fraco e seu treinador Paralelo já dá pistas de que não continuará na equipe ao final do certame. Do outro, o San Lorenzo. A equipe de Almagro é surpreendente, em três jogos venceu os três e atua com um futebol bonito e convincente.

Só que foi um jogo muito ruim. Parece que os atletas já estavam na quarta-feira de cinzas, pois o que se viu até os 5 minutos foi uma sucessão de passes errados, jogadores saindo com a bola pela linha lateral e nenhuma jogada de perigo.

Somente aos 5, quando Romagnoli iniciou jogada na meia direita e passou a Piatti no meio, uma jogada de classe foi criada. O camisa 12 deu a Stracqualursi na área pela esquerda, o camisa 9 levou mais à ponta e cruzou rasteiro para o meio da área. Romagnoli entrou chutando de primeira e venceu Abbondanzieri para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

A partir daí, o San Lorenzo começou a jogar melhor e rondar a área do Boca. Stracqualursi, Raul 'Pipa' Estevez e Piatti cansaram de chutar a gol, mas Abbondanzieri se destacou com lindas defesas. Do lado xeneize, Palácio e Ibarra erravam tanto que a torcida já vaiava quando eles tocavam na bola.

O gol do Boca só sairia na sorte e ela sorriu ao time. Nos acréscimos, Riquelme tentava organizar uma jogada de ataque quando viu que não tinha opções para passar. Para piorar, tinha 4 jogadores formando uma muralha à sua frente. Ele resolveu arriscar de muito longe, crendo na pouca visão do goleiro diante do paredão de defensores. A bola subiu, encobriu Migliore e entrou no ângulo dele: Boca 1x1.

No intervalo, um desesperado Paralelo tentava dar algum padrão de jogo à sua equipe. Tirou os criticados Ibarra e Palácio e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Nilson tentava entender por que a sua equipe não atuava bem. Tirou os dois laterais, Johnathan Ferrari e Luciatti e colocou Tellechea e Erviti. A entrada do camisa 11 também servia para ajudar na saída de bola, pois Luciatti era muito acionado e pouco produzia.

A conversa no intervalo surtiu efeito para o Boca, que voltou dominando e passou a criar oportunidades. Também se aproveitava dos erros do San Lorenzo, que deixava muitos espaços graças à desorganização inexplicável de sua equipe.

Assim, não foi surpresa quando o Boca passou a frente aos 4 minutos. Basualdo já havia sido lançado por Riquelme em contra ataque na direita e chutou com força. Migliore voou e mandou a bola para lateral. Riquelme repôs para Basualdo, que estava no mesmo lugar do primeiro chute, e o camisa 11 chutou ainda sem ser incomodado, para enfim vencer Migliore: Boca 2x1.

A partir daí, nada mais deu certo para o San Lorenzo. Romagnoli passou a sofrer marcação individual de Cagna, Piatti tinha liberdade mas jogava mal e Stracqualursi se movimentava em vão. Foi em uma dessas, aos 8 minutos, que Arruabarrena desarmou o camisa 9 do San Lorenzo e tocou para Basualdo. O camisa recuou a Riquelme no meio e o camisa 10 tocou para Palermo na entrada da área. O centroavante dominou, girou e chutou forte para vencer Migliore e dar números finais ao confronto: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Ao lado de Abbondanzieri, único sobrevivente do péssimo primeiro tempo de sua equipe. Riquelme correu, buscou o jogo, mas não teve opções de passe. Assim sendo, resolveu sozinho a parada e empatou a partida. No segundo tempo, com mais liberdade, foi o maestro que se espera e deu o passe para os outros dois gols de sua equipe. Botou o bloco na rua e deu um baile neste carnaval.

NOTAS RÁPIDAS

  • O TJB não acolheu denúncia do Huracán contra o árbitro Juan Carlos Loustau, por não validar o primeiro gol contra o Racing. No entendimento dos auditores, o Huracán não apresentou provas do erro do árbitro e, por isso, a denúncia foi arquivada.
  • O milestone da rodada vai para Martin Simeone. O frango de Daniel Islas deu ao camisa 8 o seu décimo gol com a camisa do Racing.
  • Domingo é dia de carnaval na FIFUBO. A rodada se completa na segunda-feira, com River Plate x Estudiantes e Velez Sarsfield x Independiente.