sábado, 31 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Segunda Rodada dos Playoffs Semifinais - 31/05/2014

Sábado com sol, poucas nuvens e temperatura agradável. O dia ideal para dois jogos excelentes no playoff semifinal do Apertura 2014. Vamos a eles!

RIVER PLATE 5x5 INDEPENDIENTE

Após perder o primeiro jogo, o River é obrigado a ganhar os dois seguintes para se classificar, ou empatar um e ganhar o outro para levar para os pênaltis. Francescoli não queria o péssimo início de jogo que a equipe fez no primeiro jogo, adiantando a zaga para evitar a aproximação do Independiente. Do lado do Independiente, uma vitória o classificaria direto à final, sem necessidade do terceiro jogo e era nisso que Bayer se fiava. Ele pedia aos seus jogadores que fizessem uma pressão ao time adversário e que se lembrassem do histórico neste campeonato contra o rival: 3 jogos e nenhuma derrota (4x3, 3x3 e 4x3).

Bastou o jogo começar para se ter a impressão de que teríamos jogo no domingo. O River começou muito bem, marcando forte e tocando a bola, lembrando seus melhores dias. A equipe forçava o adversário a se desfazer da bola e buscava no seu tradicional toque para Gallardo no meio, dele para as pontas e das pontas para Trezeguet, a jogada de ataque ideal. E foi assim aos 2 minutos, quando Gracián adiantou demais e Carrizzo saiu para ficar com a bola. Ele repôs para Gallardo no meio, que abriu a Ortega na direita. O camisa 10 deu a Trezeguet no meio. Mesmo marcado por Montenegro, o centroavante francês conseguiu acertar belo chute e vencer Navarro, fazendo River 1x0.

O gol deu tranquilidade ao River, que sabia que dominava o adversário e continuava a rondar a área do Independiente. Aos 5 minutos, Mareque deu carrinho e mandou a bola a lateral. Trezeguet cobrou para Gallardo, que deu um giro de extrema categoria e chutou cruzado para vencer Navarro, fazendo um golaço: River 2x0.

No primeiro jogo foi assim, só que com o Independiente. Mas a equipe de Avellaneda não liderou o campeonato e se classificou com folgas à toa. Sem se importar com a adversidade, eles sabiam que só tinham um caminho a tomar e este era para a frente. Gracián passou a se movimentar e levar o time à frente e foi assim que a equipe chegou ao gol. Aos 7 minutos, Busse desarmou Ortega e tocou a Fredes na direita. O camisa 8 deu a Gracián mais à frente e o camisa 19 arriscou de muito longe. A bola ganhou efeito e enganou Carrizzo, entrando em sua meta: Independiente 1x2.

O gol incendiou a equipe, que passou a povoar o campo de ataque. De tanto tentarem, acabaram premiados aos 9 minutos. Gracián recebeu de Montenegro e deu lindo passe para Facundo Parra dentro da área. O camisa 17 chutou, Carrizzo defendeu e o rebote se ofereceu aos pés de Gracián, que empurrou para o gol aberto e fez Independiente 2x2.

No intervalo, Francescoli estava satisfeito com o rendimento da equipe e não mexeu, limitando-se a dar ordens táticas para buscar a vitória. Já Bayer trocou o lado direito, curiosamente o que levou à vitória no jogo passado: sacou Vella e Parra e colocou Acevedo e Gandin.

O jogo continuou excelente. Logo a um minuto, Almeyda cobrou falta na barreira. O rebote caiu aos seus pés e o camisa 5 driblou os marcadores antes de chutar no canto aberto de Navarro e fazer seu primeiro gol no campeonato: River 3x2.

O Independiente não se acanhou e partiu para cima. Aos 4 minutos, Acevedo roubou bola de Buonanotte e tocou a Gandin na direita. O camisa 9 avançou e entregou a Gracián no meio. O camisa 19 dominou, trouxe para o pé esquerdo e chutou no canto de Carrizzo, fazendo seu hat trick: Independiente 3x3.

A ótima partida de Gracián inflamou seus companheiros, que se movimentavam e corriam como nunca. O River, aos poucos, foi se desarmando ante à movimentação do time adversário. E o jogo se incendiou aos 7 minutos. Gracián desarmou Trezeguet e tabelou com Busse. O camisa 19 recebeu à frente e deu lindo passe para a esquerda, onde Silvera recebeu livre, invadiu a área e tocou na saída de Carrizzo para colocar o Independiente pela primeira vez na frente: 4x3.

O River se desesperou, mas continuou indo para cima. Aos 8 minutos, Ferrari roubou bola na direita, tabelou com Gallardo e deu passe em profundidade. Trezeguet recebeu já dentro da área e girou para chutar cruzado, fazendo River 4x4.

Na saída de bola, aos 9, Gracián tocou para Busse, recebeu na frente, se livrou de Berizzo e Almeyda e chutou cruzado. Carrizzo se esticou, mas não alcançou: Independiente 5x4.

Na saída, já nos acréscimos, Gallardo tocou para Trezeguet, que esticou mal. Gallardo recuperou a bola e tocou atrás a Trezeguet. O francês ajeitou de longe e soltou a bomba, na última bola do jogo. Navarro foi com tudo, mas não alcançou e o jogo ganhou números finais: River 5x5.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. O hat trick de Trezeguet não passou despercebido, mas Gracián foi disparado o melhor. Marcou 4 gols, deu o passe para o outro, levou sua equipe ao ataque e teve uma tarde de gala no Itaquá Dome.

BOCA JUNIORS 2x2 ESTUDIANTES

Por ter vencido como visitante e por dois gols de diferença, o Boca entrava como franco favorito a vencer de novo e carimbar o passaporte à final sem precisar jogar a terceira partida. Paralelo pedia a seus jogadores que continuassem o jogo que os levou até ali, certo da classificação. Já o Estudiantes dá mostras de cansaço. Após um primeiro turno excepcional, a impressão que dá é que os jogadores deram todo o gás naquele turno e, por isso, as atuações estão aquém das esperadas. Mesmo assim, Cristaldo fez questão de frisar que se a equipe perdesse hoje, jogava todo o campeonato fora.

As palavras de Cristaldo surtiram efeito e o Estudiantes pressionou desde o início, tomando a iniciativa. A equipe rondou o gol de Abbondanzieri 4 vezes antes do primeiro minuto e encontrou seu gol aos 2. Palácio tentou passar para Palermo e Braña interceptou, passando a Verón no meio. O camisa 11 mandou para o ataque para Boselli, que recuou a Gastón Fernandez. O camisa 10 acertou um chute no ângulo de Abbondanzieri e comemorou com seus companheiros: Estudiantes 1x0.

O time de La Plata jogava uma partida perfeita. A marcação irritava os jogadores do Boca. Quando um atleta da equipe xeneize pegava a bola, não via ninguém desmarcado para passar e um jogador do adversário em cima, que lhe tomava a bola, saindo rápido para o contra ataque. Foi assim aos 5, quando o Estudiantes montou uma blitz e chutou de várias formas, com Abbondanzieri defendendo todas. Numa delas, Escudero mandou para fora. Boselli cobrou o lateral para Leandro Benítez, que ajeitou para o pé esquerdo e chutou cruzado para fazer Estudiantes 2x0.

No intervalo, Paralelo tratou de acalmar os ânimos e trocar o lado direito. Tirou Ibarra e Palácio (que não saiu do lugar no primeiro tempo) e colocou Battaglia e Viatri. Já Cristaldo, satisfeito com o rendimento de sua equipe, não mudou.

A impressão de antes da bola rolar se manteve no segundo tempo. O Estudiantes fez um jogo perfeito e os jogadores cansaram na segunda etapa. Mesmo assim, a equipe de La Plata continuou dominando o jogo, muito por conta da partida ruim que o Boca realizava. Assim sendo, o Boca só marcaria por conta de golpes de sorte. E eles estavam presentes! Aos 5 minutos, o lado esquerdo do Estudiantes partiu para o ataque com Federico Fernandez, Marco Rojo e Mauro Boselli. Schiavi conseguiu rebater a bola para a entrada da área, onde Serna tocou a Cagna. O camisa 8 tocou mais à frente para Viatri, que recebeu a bola e invadiu a área com muita calma, tocando no canto de Andujar e descontando para o Boca: 1x2.

Naquele momento, uma derrota por um gol de diferença ou o empate eram a mesma coisa, pois o Boca ganhara a primeira partida por dois gols de diferença. O Estudiantes, então, partiu para o ataque para tentar voltar a ficar em vantagem, mas o Boca melhorou e se defendeu com competência. Aos 9 minutos, numa bola lançada para a área, Abbondanzieri saiu de soco e Escudero deu um bico para longe. A bola caiu aos pés de Viatri na entrada da área. O camisa 7 girou, ajeitou o corpo e chutou no canto de Andujar, empatando a partida: Boca 2x2.

No último lance do jogo, Riquelme roubou de Benítez e tocou a Cagna. O camisa 8 chutou da intermediária e a bola iria no ângulo, mas Andujar voou e evitou o gol que desclassificaria sua equipe do campeonato.

Destaque do jogo: Lucas Viatri. Numa partida em que sua equipe não atuou bem, saiu do banco para marcar dois gols e manter a vantagem do Boca sobre o Estudiantes.

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 19 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados do sábado, se faz necessário o terceiro jogo, neste domingo. Independiente e Boca se classificam vencendo ou empatando seus jogos, sendo que o Boca ainda pode perder por um gol de diferença que avança à final. Já River e Estudiantes só vão à final vencendo seus duelos, sendo que o River precisa vencer por dois gols de diferença, pois diferença de um leva para os pênaltis, e o Estudiantes precisa de vitória com margem de 3 gols. Se vencer por 2 gols de diferença, teremos pênaltis.
  • O milestone desta rodada vai para três jogadores: O primeiro gol marcado contra o Boca foi o décimo de Gastón Fernandez com a camisa do Estudiantes. Já Trezeguet e Gallardo chegaram, respectivamente, a 30 e 40 gols com a camisa do River, com seus gols marcados contra o Independiente.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Primeira Rodada dos Playoffs Semifinais - 28/05/2014

Nesta quarta-feira chuvosa e de muito frio, foi iniciada a primeira das três rodadas do playoff semifinal, com dois jogos de pura emoção. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 4x3 RIVER PLATE

Dono de melhor campanha na temporada regular, o Independiente chega aos playoffs como franco favorito ao título. Mas Bayer quer evitar o oba-oba e focar seus jogadores na conquista do título. Lembrou que o River perdia para o Huracán por 2x0 na última rodada e conseguiu virar e chegar aos playoffs. Do lado do River, Francescoli usava o mesmo jogo para incentivar seus jogadores. Dizendo que playoffs são um novo campeonato, o treinador queria mostrar que quando o River colocava a bola no chão, era imbatível. Nos dois jogos na temporada regular, o Independiente empatou em 3x3 e venceu por 4x3.

Bastou a bola rolar e o Independiente mostrou por que é o favorito ao título. Com apenas 22 segundos, Gracián tocou para Busse, que driblou Gallardo e levou para a ponta. Com um leve toque, ele continuou puxando a zaga para a ponta direita e a bola ficou parada, à espera de Vella. O lateral veio como elemento surpresa e chutou de primeira, acertando o ângulo de Carrizzo e fazendo um golaço em jogada ensaiada: Independiente 1x0.

O gol assustou o River, que não conseguiu se organizar e viu o Independiente continuar tocando bem. Aos 2 minutos, Mattheu desarmou Buonanotte e tocou a Vella na direita. O lateral deu mais à frente para Fredes, que avançou pela ponta e deu um leve toque para o meio. Facundo Parra recebeu e chutou cruzado. Carrizzo fez golpe de vista e a bola entrou no cantinho: Independiente 2x0.

2x0, com apenas dois minutos, é para assustar qualquer um. O River continuou vendo o Independiente dominar a partida sem dar chance. Forçando a equipe de Nuñez a se desfazer da bola e saindo com velocidade pelas pontas, o time de Avellaneda mostrava todo seu poderio. E, aos 5 minutos, o terceiro gol surgiu em jogada de contra ataque. Montenegro tocou a Busse na esquerda e o camisa 7 inverteu para Vella na direita. Com um passe no corredor, o camisa 2 encontrou Facundo Parra, que invadiu a área pelo bico e chutou cruzado para vencer Carrizzo e fazer Independiente 3x0.

A partir daí, o temor era uma goleada que tornasse impossível reverter nos dois próximos jogos. Então, o River começou a plantar jogadores na defesa para tentar segurar o ataque do Independiente e, se possível, encaixar um contra ataque. E foi assim que, aos 8 minutos, o River encontrou seu gol. Placente rebateu bola para a frente, Trezeguet puxou a marcação para o meio e Barrado encontrou Gallardo na direita. O camisa 11 recebeu na entrada da área e contou com o zagueiro Paz a atrapalhar o goleiro para chutar no canto e descontar: River 1x3.

No intervalo, Bayer trocou Montenegro por Acevedo para evitar lesões. Já Francescoli procurou acertar o posicionamento, fazer alguma mudança tática e tirar Trezeguet para colocar Funes Mori.

As mudanças de Francescoli deram resultado e o River voltou muito melhor para o segundo tempo. Com a zaga mais adiantada para impedir os avanços, a equipe de Nuñez passou a ter o controle do jogo e rondar mais a área do Independiente. Aos 2 minutos, Paz forçou o Independiente a se desfazer da bola e tocou para Berizzo. O camisa 6 tocou a Placente, que buscou o passe para Funes Mori.  O camisa 9 perdeu, mas a bola voltou para Placente, que tocou para a esquerda, encontrando Diego Armando Barrado. O camisa 19 dominou, avançou e, da entrada da área, deu um toque de categoria que surpreendeu Navarro e fez River 2x3.

Vendo o filme do último jogo do River se repetir, o Independiente se acovardou e passou a ver o placar com bons olhos. Mas o River queria mais e pressionou a equipe de Avellaneda para o seu campo. Aos 5 minutos, uma blitz termina em empate. Gallardo tentou e a zaga bloqueou. Funes Mori tentou e a zaga bloqueou. Ferrari pegou o rebote e tocou para Ortega já dentro da área. Desta vez a zaga não bloqueou e o camisa 10 deu um belo toque para empatar a partida: River 3x3.

O jogo pegou fogo e as duas equipes passaram a ter chances. O River partiu para uma virada histórica e o Independiente passou a jogar para não pagar vexame. O jogo ficou aberto e sobrou emoção. Até que, aos 9 minutos, Tuzzio desarmou Ortega e tocou para Acevedo. O camisa 12 tocou mais à frente para Gracián, que deu um toque para a esquerda, encontrando Silvera. Apagado no jogo, o camisa 11 avançou pela ponta e invadiu a área, chutando cruzado e mostrando que precisa de apenas uma bola para decidir: Independiente 4x3.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Com os dois gols que marcou no primeiro tempo, o camisa 17 foi a principal força ofensiva da equipe e cimentou a vitória no primeiro jogo dos playoffs.

ESTUDIANTES 1x3 BOCA JUNIORS

Depois de um primeiro turno de sonhos e um segundo de pesadelos, o Estudiantes arrancou duas vitórias nos acréscimos de seus dois últimos jogos e conseguiu a vaga em segundo. Mas Cristaldo alertou seus jogadores de que as péssimas exibições não seriam perdoadas nos playoffs. Do lado do Boca, a empolgação pela temporada de recuperação que o levou a golear o Velez no último jogo (4x0) e terminar em terceiro. Na temporada regular, uma vitória para cada lado: Estudiantes 4x3 no turno e Boca 5x2 no returno.

O Estudiantes começou bem e buscou o ataque, obrigando Abbondanzieri a fazer boas defesa. O Boca, por sua vez, jogava em contra ataques e também levava perigo. O jogo ficou assim até os 5 minutos, quando Enzo Perez chutou, Abbondanzieri defendeu e Schiavi aliviou para a esquerda. Arruabarrena pegou a bola e avançou pela ponta, dando um belo passe em profundidade para Palermo. O camisa 9 invadiu a área e soltou a bomba na saída de Andujar, fazendo Boca 1x0.

O Estudiantes tentou se reorganizar, mas se desorganizou. Aos 7 minutos, Enzo Perez tentou driblar Serna e foi desarmado. O camisa 5 tocou para Arruabarrena na esquerda e o lateral avançou sem ser incomodado, driblando Desábato e chutando para Andujar defender. A bola sobrou nos pés do próprio Arruabarrena, que empurrou para o gol vazio e fez Boca 2x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Marco Rojo (que não se mexeu) e Boselli (que se esforçou, mas pouco fez) e colocou Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez (que ninguém entendeu por que começou no banco, se fez 3 gols no último jogo). Já Paralelo tirou Ibarra e Palácio e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto.

O Boca continuou dominando o jogo, se aproveitando de um Estudiantes desarrumado, cuja torcida vaiava Enzo Perez a cada tentativa. Mas o Boca tocava mais a bola, esperando o tempo passar e tentando um ataque aqui e outro acolá. Só que a confiança deu lugar à apreensão aos 6 minutos, quando Gastón Fernandez fez boa jogada pela esquerda e chutou para Abbondanzieri espalmar. A bola sobrou aos pés de Hernán Rodrigo Lopez e Abbondanzieri voou para tentar pegar a bola, derrubando o uruguaio. Pênalti que Federico Fernandez cobrou no meio do gol, com Abbondanzieri indo para o canto esquerdo: Estudiantes 1x2.

O jogo ganhou emoção e, mesmo desordenado, o Estudiantes partiu ao ataque, levando perigo. O Boca se limitou a defender e tentar contra ataques esporádicos. O jogo ficou assim até os acréscimos, quando Leandro Benítez cobrou escanteio e Schiavi rechaçou. A bola sobrou para Riquelme no meio e o camisa 10 lançou rápido para Palermo. O camisa 9 invadiu a área e deu um toque por cima de Andujar, vendo a bola tocar no travessão antes de entrar: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Roberto Abbondanzieri. Palermo fez dois gols e Arruabarrena fez uma partida excepcional, mas o Boca não sairia vencedor sem seu goleiro. Sem culpa no gol de pênalti, Pato fez lindas defesas, que deram ao time xeneize a primeira vitória neste playoff.

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 18 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 13 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Facundo Parra. Os dois gols que marcou contra o River o fizeram chegar a 10 com a camisa do Independiente.
  • Os playoffs continuam no sábado. Se Independiente e Boca vencerem, não há necessidade do terceiro jogo, com a final começando no domingo mesmo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Quarta Rodada - 26/05/2014

Com o domingo cheio, a última rodada do Apertura 2014 teve que ser disputada na tarde desta segunda-feira, com tempo instável, mas sem chuva. E não faltou emoção!

RIVER PLATE 3x3 HURACÁN

Pra falar a verdade, o campeonato inteiro dependia deste jogo, de maneira que todas as atenções da última rodada se concentraram aqui. Com 21 pontos e em terceiro, o River Plate só precisava do empate para se classificar, pois manteria o Huracán (o quinto) atrás de si. Francescoli pediu a seus jogadores que se dedicassem ao máximo para conseguir a classificação. Do lado do Huracán, Sr Rabina estava confiante. Com 19 pontos, somente a vitória interessava, pois o Boca (o quarto) tinha 20. Os gols de Cigogna eram a arma. No turno, Huracán 4x4 River Plate.

Quando a bola rolou, o que se viu foi o River do campeonato. À exceção de uma jogada criada antes dos dois minutos, o time não fez mais nada a não ser irritar sua torcida. Trezeguet se arrastava em campo, talvez sabendo que não poderia ser substituído (Funes Mori cumpria suspensão, por expulsão no jogo anterior). Com isso, o Huracán foi se acertando e buscando o ataque, mas Cigogna era marcado de perto e isso afastava a equipe do ataque. Somente aos 7 minutos, conseguiu marcar. Trezeguet foi cobrar lateral no campo de defesa e mandou para a entrada da área. A bola caiu aos pés de Danelon, que chutou sem a menor chance para Carrizzo, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Huracán: 1x0.
 
Desesperado, desarrumado e vaiado por sua torcida, o River não conseguia se organizar. Ortega tentava levar o time pela direita, mas não encontrava ninguém à frente para concluir. Para piorar, em nova falha da equipe, o Huracán encontrou as redes. Aos 9 minutos, Trezeguet errou passe e Islas saiu, tocando a Centurión no meio. Com um passe de gênio, o camisa 8 inverteu o jogo e encontrou Danelon livre. O lateral avançou pela direita sem ser incomodado e, da entrada da área, chutou sem chances para Carrizzo, fazendo Huracán 2x0.

No intervalo, um desesperado Francescoli tentava organizar o time. Aos berros, explicava o que queria e falava sobre a eminente ameaça de desclassificação. Sacou Ferrari (que foi muito vaiado) e colocou Coudet, que iria para o meio e empurrava Barrado para a lateral direita. Já Sr Rabina, contente com a atuação de sua equipe, tirou Villarruel e Milano porque cansaram, colocando Erramuspe e Barrales para manter o nível.

O River voltou como outra atitude. A equipe começou a buscar o ataque e pressionar o Huracán para dentro de seu campo. Aos 2 minutos, Ortega fez boa jogada pela esquerda e foi derrubado por Alexis Ferrero. Gallardo cobrou a falta com perfeição e venceu Islas: River 1x2.

O gol assustou o Huracán e incendiou o River, que passou a ser o River consagrado na FIFUBO, forçando o adversário a se desfazer da bola e saindo no toque. Aos 5 minutos, Paz desarmou Barrales e tocou a Placente, que deu a Almeyda no meio, que tabelou com Barrado. Almeyda tocou a Trezeguet, que foi vaiado assim que encostou na bola. Para piorar, estava muito longe da área, mas resolveu arriscar assim mesmo. A bola ganhou velocidade e altura e entrou no ângulo de Islas, fazendo as vaias virarem aplausos: River 2x2.

O resultado já era o suficiente para o River se classificar, mas a torcida começou a apoiar e os jogadores se inflamaram. O Huracán, então, foi cada vez mais pressionado e errou muito. Aos 7 minutos, Barrado roubou bola de Barrales e tocou a Gallardo. O camisa 11 lançou Trezeguet, que deu um leve toque na bola, encontrando Buonanotte livre. O camisa 30 invadiu a área e deu lindo toque de cobertura, vencendo Islas e virando para o River: 3x2.

A torcida já comemorava a classificação quando novo erro do River os deixou apreensivos. Ortega tentou recuar para Almeyda, mas acertou um belo passe para Cigogna. O mito invadiu a área e soltou o escopetazzo para empatar o jogo, mas já era tarde: Huracán 3x3.

Destaque do jogo: Alexis Danelon. Embora o Huracán não tenha conseguido a vaga, os 2 gols do lateral fizeram dele o nome da partida. Além disso, suas constantes subidas pela direita infernizaram a vida do River.

VELEZ SARSFIELD 0x4 BOCA JUNIORS

O último jogo da temporada regular tinha gosto de despedida para o Velez. Após a partida, Valdir Espinoza deixaria o cargo da equipe na qual dirigiu por 6 meses. Para isso, ele queria uma despedida de gala, com uma vitória em jogo que não valia praticamente nada. Já classificado, o Boca precisava da vitória apenas para terminar em terceiro e pegar o Estudiantes, ao invés do Independiente. Paralelo, que também já tem prazo para deixar o comando da equipe, queria dar ritmo aos demais jogadores, pois os playoffs começam ainda essa semana. No primeiro turno, Boca 2x2 Velez.

O Velez até começou bem, com Insua se movimentando e chutando a gol para difíceis defesas de Abbondanzieri. Mas, aos poucos, foi diminuindo o ritmo e o Boca foi ganhando terreno. Aos 6 minutos, saiu seu primeiro gol. Insua fez boa jogada e chutou, para Abbondanzieri espalmar. A bola sobrou para Schiavi, que tocou a Arruabarrena na esquerda. Com visão apurada do jogo, o camisa 3 fez um lançamento para a esquerda, onde Palermo recebeu livre e foi indo até invadir a área e tocar na saída de Sosa: Boca 1x0.

O gol desanimou o Velez, que viu a "despedida de gala" se tornar mais um filme de terror. Com isso, o time parou de produzir e passou a irritar a sua torcida, principalmente com o excesso de toques inúteis dos irmãos Hussain. Já nos acréscimos do primeiro tempo, Dario Hussain tentou chutar de longe, aproveitando Abbondanzieri fora do gol, mas Serna pulou e bloqueou o chute. A bola sobrou para Arruabarrena, que saiu pela esquerda e deu novo passe para Palermo, que recebeu livre. Desta vez, o camisa 9 não entrou na área, chutando de sua entrada e vencendo Sosa: Boca 2x0.

No intervalo, Valdir Espinoza estava sereno e resignado. Apenas trocou Romero e Turco Assad por Cubero e Lucas Pratto, para que os dois reservas também entrassem em campo no último jogo do campeonato. Já Paralelo sacou Schiavi (que já tinha cartão amarelo) e Palácio (nulo em campo) para colocar Battaglia e Viatri. Guillermo Barros Schelloto só não entrou porque a equipe não pode fazer 3 substituições.

O jogo continuou sem a presença do Velez. O Boca só tocava a bola para aguardar o tempo acabar, visivelmente poupando jogadores. Mesmo assim, ainda encontrou o terceiro gol aos 5 minutos. Escudero afastou bola da área e Palermo pegou no meio de campo. O camisa 9 recuou a Arruabarrena, que deu um passe rápido para Basualdo. O camisa 11 avançou sem ser incomodado e, da entrada da área, mandou com efeito para vencer Sosa: Boca 3x0.

Aos gritos de olé, a equipe xeneize tocava a bola e esperava o apito final. O Velez, cansado e desanimado, também esperava o fim de um campeonato melancólico. Mas, sua fama de "rei das goleadas" ainda tinha que aparecer e foi assim aos 8 minutos, quando Battaglia roubou bola de Lucas Pratto, tocou a Serna e recebeu na frente, tocou a Riquelme e recebeu mais à frente, invadiu a área e chutou na saída de Sosa: Boca 4x0.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Tudo bem que Arruabarrena deu o passe para os três primeiros gols, com genialidade. Mas os dois gols de Palermo no primeiro tempo deram tranquilidade ao Boca para fechar a temporada regular com goleada.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 33 pontos, 14 jogos, 10 vitórias, 3 empates, 1 derrota, 53 gols pró, 29 gols contra
2° Estudiantes - 25 pontos, 14 jogos, 8 vitória, 1 empate, 5 derrotas, 41 gols pró, 38 gols contra
3° Boca Juniors - 23 pontos, 14 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 5 derrotas, 48 gols pró, 39 gols contra
4° River Plate - 22 pontos, 14 jogos, 5 vitórias, 7 empates, 2 derrotas, 44 gols pró, 36 gols contra
5° Huracán - 20 pontos, 14 jogos, 6 vitórias, 2 empates, 6 derrotas, 44 gols pró, 43 gols contra
6° San Lorenzo - 14 pontos, 14 jogos, 4 vitórias, 2 empates, 8 derrotas, 31 gols pró, 41 gols contra
7° Racing - 12 pontos, 14 jogos, 3 vitórias, 3 empates, 8 derrotas, 32 gols pró, 42 gols contra
8° Velez Sarsfield - 6 pontos, 14 jogos, 1 vitória, 3 empates, 10 derrotas, 17 gols pró, 41 gols contra

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 20 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 17 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 13 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Finalizada a temporada regular, quatro equipes continuam na disputa, nos playoffs. Os jogos são Independiente x River Plate e Estudiantes x Boca Juniors, em melhor de três. Por terem melhor campanha, Independiente e Estudiantes jogam a primeira e terceira partidas em casa, restando a River e Boca serem mandantes apenas no segundo jogo.
  • A equipe de melhor campanha em cada semifinal, ao final dos três jogos, se classifica para o playoff final. Isso significa que vai à final quem fizer mais pontos nesses três jogos. Se houver empate nos pontos, os critérios de desempate são gols pró e gols contra, nesta ordem. Persistindo o empate, haverá disputa de pênaltis no último jogo.
  • Se uma equipe ganhar os dois primeiros jogos, não há necessidade de se disputar uma terceira partida.
  • Em sessão no TJB após a rodada, o árbitro Dula Rápio e seu assistente, Promotor, foram suspensos por um sorteio, por irregularidades na súmula do jogo River Plate 3x3 Huracán.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores do Boca Juniors. O terceiro gol da equipe contra o Velez foi o de número 30 de Basualdo com a camisa xeneize. Já Palermo, com os dois que marcou contra a mesma equipe, chegou a 50 com a camisa do Boca.

sábado, 24 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Quarta Rodada - 24/05/2014

Sábado chuvoso e com temperaturas baixas, mas só fora de campo. Dentro das quatro linhas, a temperatura subiu, com dois jogos que eram só para cumprir tabela, mas que trouxeram muita emoção a seus torcedores. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 4x3 SAN LORENZO

Ao conseguir a vaga no último minuto de sua partida anterior (2x1 Velez), o Estudiantes entrava em campo mais tranquilo, mas queria a vitória para garantir o segundo lugar no geral e ter vantagem de jogar duas vezes em casa na semifinal. Do outro lado, o aniversário do treinador Nilson e uma despedida honrosa eram o combustível para o San Lorenzo buscar a vitória, em jogo onde Romagnoli voltava ao time após cumprir suspensão e Tellechea atuava no lugar de Johnathan Ferrari, expulso no jogo anterior (0x6 Independiente). No primeiro turno, San Lorenzo 1x3 Estudiantes.

Quando a bola rolou, ficou a impressão de que se o San Lorenzo jogasse assim o campeonato todo, já estava classificado. A equipe se multiplicou em campo, não deixando o Estudiantes jogar e ainda conseguindo sair rápido para o ataque, onde Andujar fazia defesas milagrosas. Mas isso foi somente até os 4 minutos, quando Migliore mandou para o campo contrário e Stracqualursi dividiu com Desábato. Melhor para o camisa 9 do San Lorenzo, que ficou com a bola e, dentro da área, mandou sem chances para Andujar: San Lorenzo 1x0.

O Estudiantes, que já não jogava bem, passou a jogar pior ainda. Ao errar uma saída de bola no meio de campo, aos 6, Enzo Perez entregou nos pés de Romagnoli, que deu lindo passe a Tellechea na direita. Sem ser incomodado, o camisa 20 partiu da intermediária até a área do Estudiantes, quando chutou forte na saída de Andujar e marcou seu  primeiro gol com a camisa do San Lorenzo: 2x0.

As coisas não davam certo e, aos 8 minutos, Reynoso roubou bola de Gastón Fernandez, que fez falta no camisa 5. Ele cobrou rápido para Romagnoli, que deu novo passe em profundidade, desta vez para Buffarini. O camisa 8 tocou a Piatti e recebeu na frente, já dentro da área, quando deu um leve toque e tirou as chances de Andujar alcançá-la: San Lorenzo 3x0.

Dominado completamente, o Estudiantes só descontou nos acréscimos quando Enzo Perez fez boa jogada pela direita, invadiu a área e chutou. Migliore fez linda defesa, mas a bola sobrou nos pés de Rodrigo Braña, que empurrou para o gol vazio e fez seu primeiro gol no campeonato: Estudiantes 1x3.

No intervalo, Bayer sacou Boselli e Braña (mesmo marcando o gol, jogava mal) e pôs Hernán Rodrigo Lopez e Mathias Sanchez. Já Nilson, em primeiro lugar, agradeceu aos artilheiros que foram comemorar seus gols com ele e, em segundo lugar, tirou Piatti (cansado) e Raul 'Pipa' Estevez (nulo) e colocou Erviti e Bordagaray.

O segundo tempo começou e o San Lorenzo parou. Parecia que tinham resolvido dar de presenta a seu treinador um primeiro tempo de sonhos, mas só o primeiro tempo. Com isso, mesmo jogando mal, o Estudiantes foi ganhando terreno e descontou aos 4 minutos. Leandro Benítez recuperou bola na esquerda e deu bom passe em profundidade para Hernán Rodrigo Lopez chutar de primeira, de dentro da área, para fazer Estudiantes 2x3.

O San Lorenzo parou de vez e passou a contar os minutos para o jogo se encerrar e o Estudiantes aproveitou para partir para cima, em busca do empate. Aos 8 minutos, Verón tocou a Leandro Benítez na esquerda e o camisa 8 foi à linha de fundo, cruzando para Hernán Rodrigo Lopez testar forte e vencer Migliore: Estudiantes 3x3.

O empate já era um prêmio maravilhoso, mas o Estudiantes está se especializando em ganhar jogos no último lance, como havia sido contra o Velez e, agora, contra o San Lorenzo. Já nos acréscimos, Gastón Fernandez partiu com a bola dominada e foi desarmado por Reynoso. Enzo Perez pegou o rebote e inverteu o jogo, encontrando Hernán Rodrigo Lopez livre na área para chutar e fazer seu hat trick: Estudiantes 4x3.

Destaque do jogo: Hernán Rodrigo Lopez. Sem o uruguaio em campo, o Estudiantes perdeu por 3x1. Com ele em campo, um hat trick e uma virada espetacular.

INDEPENDIENTE 3x2 RACING

O clássico de Avellaneda não valia absolutamente nada. Já classificado e com o primeiro lugar pra lá de garantido, o Independiente queria apenas continuar a campanha maravilhosa e manter o ritmo para os playoffs. Já do lado do Racing, uma vitória fazia a equipe terminar o campeonato em sexto, além de ser o último jogo de Madeirite à frente da equipe. No primeiro turno, Racing 2x2 Independiente.

O jogo foi muito bom, de pura técnica de ambos os lados. Mas gol mesmo só aos 7 minutos, quando Vella cobrou lateral para Facundo Parra, que girou no bico da grande área e chutou sem chances para Saja: Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer resolveu testar opções. Tirou Mareque e Gracián e colocou Acevedo e Gandin, colocando os dois para jogarem fora de posição, a fim de se acostumarem a eventuais improvisos. Já Madeirite trocou o inoperante lado direito do campo, tirando Diego Capria e Acosta e colocando Fariña e Hauche.

O jogo continuou bom, mas emoção mesmo só no final do jogo. Aos 8 minutos, um displicente Silvera perdeu bola no ataque. Fariña tocou rápido a Ruben Capria no meio e o camisa 10 deu passe genial para Hauche, que chutou de primeira de dentro da área e empatou o jogo: Racing 1x1.

Na saída de bola, aos 9, Gandin tocou a Fredes, que driblou Ruben Capria e, antes da chegada de Quiroz, chutou sem chances para Saja: Independiente 2x1.

Na saída de bola, aos 10, Ruben Capria tocou para Martin Simeone, recebeu na direita, ajeitou a bola para o pé esquerdo com extrema categoria e chutou com um efeito impressionante. Navarro voou, a bola passou por cima do seu braço e caiu dentro do gol: Racing 2x2.

Na saída de bola, já nos acréscimos, Gandin tocou a Fredes, recebeu na direita já dentro da área, driblou Saja e empurrou para o gol vazio, no último lance do jogo: Independiente 3x2.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Em jogo em que Silvera não levou perigo, coube ao camisa 17 dar o ritmo no ataque. Abriu o marcador, deu passes, se apresentou para o jogo e saiu como o melhor em campo.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após a derrota para o Independiente, o treinador Madeirite se despediu dos jogadores do Racing. Em um ano, conquistou duas copas (Copa Olé e Supercopa FIFUBO, ambas em 2013) e um Torneio Início (Apertura 2014), transformando o Racing no maior campeão da Era Argentina na FIFUBO. Madeirite vai treinar o Boca Juniors ao término do campeonato e seu substituto no Racing será o atual treinador do Boca, Paralelo.
  • Também após o jogo, o presidente da FIFUBO, Batistuta, entregou ao capitão do Independiente, Tuzzio, o Troféu Guterres, dado à equipe que termina a temporada regular na primeira competição, como mostra a foto abaixo:
    Tuzzio e demais atletas do Independiente recebem de Batistuta o Troféu Guterres, de melhor equipe da temporada regular do Apertura 2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Terceira Rodada - 22/05/2014

A quinta-feira trouxe um calor inesperado, um vento quente forte, que lembrou as tardes de verão. E foi nesse clima que a penúltima rodada do Apertura se encerrou. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 0X6 INDEPENDIENTE

Com remotíssimas chances de classificação, o San Lorenzo tinha que vencer seus dois jogos, torcer para Boca e Huracán não marcarem mais pontos e ainda tirar uma desvantagem de quase vinte gols. Para piorar, o jogo era contra o líder do campeonato e o time de Almagro não tinha Romagnoli, expulso na partida anterior. Erviti jogaria em seu lugar e Piatti seria o capitão. Do outro lado, a classificação e a liderança garantidas davam ao Independiente um ar de fim de festa. Sem mais nada a almejar como equipe, as baterias voltavam para a artilharia do campeonato, onde Silvera ainda tinha chances. No primeiro turno, Independiente 3x2 San Lorenzo.

Quando a bola rolou, parecia que o líder era o San Lorenzo. Sufocando o Independiente, a equipe de Almagro não saía do campo de ataque e chutava um sem número de bolas, levando Navarro a ser o melhor em campo até então. Foi somente na metade do primeiro tempo que o Independiente começou a jogar e, aos 7 minutos, encontrou o caminho das redes. Mattheu desarmou Raul 'Pipa' Estevez e fez lindo passe em profundidade. Facundo Parra recebeu e, da entrada da área, soltou a bomba para vencer Migliore: Independiente 1x0.

Silvera jogava mal, mas seus companheiros insistiam em lhe passar as bolas, para ver se ele desencantava. E foi assim que, aos 9 minutos, o segundo gol surgiu. Fredes cobrou lateral para Silvera, no bico da área. O camisa 11, de costas para o gol, fez lindo giro e chutou. A bola entrou no ângulo de Migliore e o Independiente fazia 2x0.

A situação da equipe de Almagro não era boa. Precisando vencer e perdendo de 2x0, ficava a sensação de que o time podia tentar o que quisesse, que a sorte estaria para os lados de Avellaneda. Para piorar, Johnathan Ferrari fez falta dupla no meio de campo, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O Independiente viu a dificuldade do adversário e se apiedou, mas parecia que o San Lorenzo queria tomar mais gols. Erviti dominou mal e fez falta em Gracián no meio de campo. O camisa 19 cobrou rápido e Busse foi avançando sem ser incomodado, até chutar da entrada da área e vencer Migliore nos acréscimos: Independiente 3x0.

No intervalo, Nilson sacou o inoperante Erviti e Raul Estevez, colocando Tellechea e Bordagaray. Com isso, Tellechea faria a lateral, Reynoso se desdobraria na cabeça de área e Buffarini e Piatti jogariam mais à frente, armando o jogo. Bayer, por sua vez, tirou Montenegro (que dava espaços na defesa) e Parra, colocando Acevedo e Gandin.

O segundo tempo começou e o San Lorenzo não voltou a campo. Com Acevedo jogando uma partida absurdamente maravilhosa, o time de Avellaneda dominou o campo todo e chegou ao quarto gol logo aos 2 minutos. Reynoso tentou sair jogando e foi desarmado por Gracián, que tocou a Busse na esquerda. O camisa 7 lançou Silvera, que recebeu a bola com uma avenida no meio para avançar e assim o fez, chutando na saída de Migliore: Independiente 4x0.

O desespero tomou conta do San Lorenzo e, em jogada idêntica, a goleada aumentou aos 4 minutos. Novamente Reynoso quis atacar de armador e, novamente, foi desarmado por Gracián. O camisa 19 tocou a Fredes na direita, que lançou para Silvera no ponto futuro. Silvera invadiu a área pela direita e chutou. Migliore deu rebote e a bola sobrou pro próprio Silvera, que chutou para o fundo das redes com o gol vazio. O gol lhe dava o hat trick e o Independiente chegava a 5x0.

A partir daí, se apiedando do adversário batido, o Independiente tocou a bola e esperou o tempo passar. Mas o San Lorenzo tomou três gols no primeiro tempo e insistia em tomar três no segundo. Para isso, deixava a zaga aberta e foi assim que o time de Avellaneda chegou novamente. Navarro repôs no meio de campo para Gracián, que inverteu o jogo na direita para Fredes. O camisa 8 trouxe a bola para o meio, viu a já tradicional avenida e, da entrada da área, chutou rasteiro e deu números finais ao jogo: Independiente 6x0.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. O camisa 11 não jogava bem e dava a Hilário Navarro a honra de ser o melhor em campo. Mas depois de um hat trick, não há como não dar a ele o prêmio de destaque.

ESTUDIANTES 2x1 VELEZ SARSFIELD

O Estudiantes precisava da vitória para conseguir sua classificação antecipada. Jogando um futebol muito pobre no segundo turno, o time de La Plata queria aproveitar que o Velez não tem mais nada a almejar no campeonato para vencer e voltar a entrar na zona de classificação. Do lado do Velez, o desânimo é geral e a expectativa é pela estreia de Tripa Seca no comando do time. Mesmo assim, a equipe ainda queria vencer os dois jogos e tirar 14 gols de desvantagem do Racing para deixar de ser o último colocado e não ser a última equipe a entrar em campo em todas as rodadas do Clausura. No primeiro turno, Velez 0x5 Estudiantes.

Pode-se dizer com inteira tranquilidade que foi o pior jogo do campeonato até aqui. Duas equipes desorganizadas, erros de passe, pouquíssimas chances de gol que terminavam em finalizações bizarras. Assim sendo, o gol teria que ser sobrenatural. Aos 7 minutos, Enzo Perez pegou a bola e partiu sozinho, driblando Gino Peruzzi e Sabia e entrando na área. Ao tentar passar por Sosa, este o derrubou. Pênalti que Federico Fernandez cobrou no canto direito, onde Sosa foi, mas não encontrou a bola: Estudiantes 1x0.

Quando já comemorava a vitória que lhe caía dos céus, o Estudiantes sofreu o empate. No último lance do primeiro tempo, Lucas Romero dividiu com Verón e a bola sobrou para Insua na entrada da área, pela direita. O camisa 11 trouxe a bola pro pé esquerdo e chutou rasteiro. Andujar fez golpe de vista e falhou: Velez 1x1.

No intervalo, aos berros, Cristaldo sacou Rodrigo Braña (que deixava espaços na defesa) e Boselli (que só se movimentou ao ver que ia sair) e colocou Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Valdir Espinoza sacou os irmãos Hussain (que simplesmente não se mexeram no primeiro tempo) e colocou Cubero e Lucas Pratto. Gago passaria a ser o capitão.

O jogo continuou sofrível, com muitos erros de passe e pouca, quase nenhuma, finalização. Somente aos 9 minutos o Estudiantes foi à frente e encontrou o gol. E novamente com Enzo Perez, que dividiu com Cubero e ganhou, dando lindo passe em profundidade para Gastón Fernandez finalizar na saída de Sosa e dar números finais ao confronto: Estudiantes 2x1.

Destaque do jogo: Enzo Perez. No show de horrores (se é que podemos chamar de "show") visto no Itaquá Dome, somente o camisa 7 fez alguma coisa. Se movimentou, tentou organizar o jogo e foi o responsável pelos dois gols de sua equipe, ao sofrer o penal do primeiro e dar o passe para o segundo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 30 pontos
2° Estudiantes - 22 pontos
3° River Plate - 21 pontos
4° Boca Juniors - 20 pontos
5° Huracán - 19 pontos
6° San Lorenzo - 14 pontos
7° Racing - 12 pontos
8° Velez Sarsfield - 6 pontos

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 19 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 17 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 12 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória sobre o Velez, o Estudiantes é a segunda equipe a garantir vaga nos playoffs. A equipe ainda pode ser alcançada por River, Boca e Huracán. Porém, River e Huracán se enfrentam e só um pode ultrapassar a equipe de La Plata.
  • A derrota para o Independiente acabou com os sonhos do San Lorenzo. A equipe só pode chegar a 17 pontos, enquanto o Boca (o último na zona de classificação) tem 20.
  • Com isso, três equipes ainda disputam vaga. O vencedor do confronto entre River Plate e Huracán garante a sua vaga, sendo que o River também se classifica com empate. Já o Boca depende de um empate do River para ficar com a vaga, desde que o Huracán não faça três gols.
  • O milestone da rodada vai para Nestor Silvera. Os dois primeiros que marcou contra o San Lorenzo fizeram-no chegar a 30 com a camisa do Independiente.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Terceira Rodada - 19/05/2014

Na impossibilidade de fazer jogos no final da semana, a segunda-feira tem jogo pela décima terceira rodada. O dia meio nublado foi de dois jogos de pura emoção. Vamos a eles!

HURACÁN 5x6 BOCA JUNIORS

Vindo de uma vitória que o colocou em segundo lugar no campeonato (2x1 no Velez), o Huracán vinha disposto a derrotar seu oponente num "jogo de 6 pontos". Já o Boca, vindo de uma inesperada derrota (2x3 Racing), precisava da vitória para não ter que depender de combinação de resultados na última rodada. No primeiro turno, Boca Juniors 3x6 Huracán.
 
O jogo começou a mil por hora. O Huracán tomou a iniciativa e obrigou Abbondanzieri a fazer difíceis defesas. Mas se expôs a contra ataques e foi assim que, com um minuto, o Boca chegou ao primeiro gol. Schiavi desarmou Milano e tocou a Riquelme. O camisa 10 deu a Basualdo na esquerda e o camisa 11 teve uma avenida para avançar, chutando da entrada da área e fazendo Boca 1x0.

O gol assustou o Huracán e o Boca passou a dominar a partida. Aos 4 minutos, Palermo cobrou falta no meio de campo para Basualdo e correu para receber, no que é chamado na FIFUBO de "toca y me voy". O camisa 9 invadiu a área e soltou a bomba na saída de Islas para fazer Boca 2x0.

Se 1x0 já assustava, o que dirá 2? Desorganizado, o time do Huracán viu o Boca ganhar terreno e tocar bonito, como se espera de um time grande. Aos 7 minutos, Palermo cobrou escanteio e Basualdo testou para mandar a bola no fundo das redes: Boca 3x0.

A partir daí, o jogo virou um massacre. Aos 9 minutos, o gol mais bonito do jogo. Abbondanzieri cobrou tiro de meta para Riquelme no meio. O camisa 10 recuou para Basualdo, que fez lindo lançamento, invertendo a jogada para Palácio. Discreto no jogo, mas eficiente (marcava Cigogna até então), o camisa 19 recebeu e invadiu a área em diagonal, tocando por cobertura na saída de Islas e fazendo um belo gol: Boca 4x0.

Antes do intervalo, o Huracán descontou. Masantonio deu a saída para Villarruel, que driblou Riquelme e viu Serna se aproximar. Antes da chegada do camisa 5, ele chutou. Abbondanzieri, encoberto por Serna, não viu a bola, que entrou em seu canto direito, enquanto Villarruel comemorava seu primeiro gol com a camisa do Globo: Huracán 1x4.

No intervalo, um desesperado Sr Rabina tirou Barrientos e Milano e colocou Erramuspe e Barrales. Já Paralelo, contente com sua equipe, tirou Escudero e colocou Battaglia. Aí começava o drama...

O Huracán voltou partindo para cima e o Boca só contava os minutos para comemorar a fácil vitória. Mas começou a errar na defesa e viu o jogo dar uma guinada. Aos 2 minutos, Battaglia tentou sair jogando, mas Villarruel recuperou a bola e chutou. Abbondanzieri espalmou, a bola bateu no chão, ganhou efeito e entrou, em um frangaço do goleiro xeneize: Huracán 2x4.

Vendo que o jogo podia mudar, o Boca resolveu jogar. Mas ainda era desorganizado e via o Huracán tomar terreno. Cigogna, que passou a jogar do lado direito para segurar Palermo, teve mais movimentação e, aos 4 minutos, recebeu de Masantonio e mandou um belo chute para vencer Abbondanzieri: Huracán 3x4.

O gol desesperou o Boca, mas Basualdo tratou de acalmar os companheiros. Na saída de bola, Riquelme tocou para ele, que driblou Masantonio e Erramuspe antes de chutar da entrada da área e vencer Islas. O gol lhe deu o hat trick e o Boca respirava aos 5 minutos: 5x3.

Na saída, aos 6, nova apreensão. Masantonio tocou, Villarruel fez o corta luz e Centurión saiu com a bola dominada. Os jogadores do Boca pediram falta em Basualdo, mas Juan Carlos Loustau mandou seguir. Melhor para Centurión, que aproveitou a distração dos adversários, trouxe para o pé esquerdo e chutou com violência para fazer Huracán 4x5.

O jogo virou ataque contra defesa e o Boca, acuado, tentava contra atacar. Somente aos 8 minutos pôde respirar, quando Basualdo sofreu falta no bico esquerdo da área. Riquelme cobrou por cima da barreira e a bola ainda tocou no travessão antes de quicar para dentro do gol: Boca 6x4.

Nos acréscimos, Villarruel tocou para Masantonio, que ajeitou para Cigogna. De muito longe, o mito soltou o escopetazzo e acertou o ângulo de Abbondanzieri, mas era tarde: Huracán 5x6.

Destaque do jogo: José Basualdo. Neste jogo com muitos gols, o Boca jamais sairia vitorioso sem o apoio de seu camisa 11. Autor de um hat trick e de assistência para dois gols, além de sofrer a falta que originouo o sexto, Basualdo participou de todos os gols de sua equipe e saiu consagrado.

RACING 2x4 RIVER PLATE

O resultado do jogo anterior eliminou o Racing da disputa. Por isso, seus jogadores entraram desanimados, prontos a cumprir tabela. O River, vindo de duas derrotas e um empate, precisava voltar a vencer se não quisesse entrar na última rodada dependendo de combinação de resultados. No primeiro turno, River 3x3 Racing.

Quando a bola rolou, o Racing não demonstrava nenhum interesse em jogar, se limitando a marcar. Errando muito e com a apatia imperando, o River também não demonstrava interesse em ganhar. Com isso, o Racing foi se empolgando e dominou a partida. Aos 4 minutos, Paz se mandou ao ataque e o River perdeu a bola. Quiroz tocou a Diego Capria na direita, que tocou a Pelletieri no meio. O camisa 7 tocou para Acosta na direita e o camisa 9 deu a Ruben Capria no meio. Da entrada da área, o camisa 10 escolheu canto e mandou, sem chances para Carrizzo: Racing 1x0.

Vaiado, o River não acertava nada e ainda via o Racing chegar. Por duas vezes, o time de Avellaneda carimbou a trave do River e ainda obrigou Carrizzo a fazer outras defesas para evitar um placar maior. Assim sendo, o River só marcaria se tivesse sorte e foi isso que aconteceu. Aos 9 minutos, Saja repôs a bola e voltou displicente para o gol, derrubando Gallardo na área. O juiz Wilson Neca marcou pênalti, que Ferrari cobrou no canto esquerdo de Saja, que foi para o direito: River 1x1.

No intervalo, visando dar oportunidade a todos os jogadores, Madeirite sacou Diego Capria e Latorre e colocou Fariña e Hauche. Já Francescoli, visando melhorar a qualidade da equipe, tirou Paz e Trezeguet e pôs Coudet e Funes Mori.

O jogo continuou a mesma coisa. O Racing voltou desinteressado, mas ante o desinteresse maior do River (que levou seus torcedores a protestar), tomou conta da partida. E logo aos dois minutos, conseguiu voltar a liderar o placar. Fariña cobrou lateral, Acosta deixou a bola passar e Pelletieri, do mesmo lugar e nas mesmas condições de Ruben Capria, escolheu o canto para tirar a bola do alcance de Carrizzo: Racing 2x1.

A torcida vaiava e o River já fazia as contas para o duelo na última rodada, quando Buonanotte cobrou falta no meio de campo para Ortega, aos 5 minutos. O camisa 10 invadiu em diagonal e, da entrada da área, deu belo toque de cobertura para vencer Saja com um golaço: River 2x2.

No lance seguinte, Funes Mori fez falta tripla e foi expulso, no único lance em que tentou alguma coisa. A partir daí, mais um empate era visto com bons olhos, mas o inesperado voltou a surgir para o River. Aos 8 minutos, Barrado (que foi jogar na zaga na saída de Paz) recuperou bola rifada e tocou para Berizzo na esquerda. O camisa 6 tocou mais à frente para Coudet. O camisa 8 avançou desajeitado, sem conseguir trazer a bola para o pé direito, e chutou de esquerda. A bola ganhou efeito e venceu Saja: River 3x2.

Empolgados com a virada ante o final do jogo, os jogadores do River apertaram a marcação. Na saída de bola, aos 9, Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que tentou driblar Almeyda. O camisa 5 o desarmou e recuou para Barrado, que fez um lançamento no corredor esquerdo para Coudet chutar, em situação idêntica à anterior e, novamente, vencer Saja: River 4x2.

Destaque do jogo: Eduardo Coudet. A torcida pede sua troca por Carbonero ou Ledesma, mas a diretoria o mantém no elenco. Vaiado ao entrar no intervalo e trocar de posição com Barrado, Coudet se desdobrou para fechar o lado esquerdo do meio de campo e tentar organizar o time. Saiu do banco para marcar dois gols e terminou nos braços da torcida.

NOTAS RÁPIDAS

  • A vitória do Boca tirou qualquer chance do Racing de chegar aos playoffs, fazendo da equipe de Avellaneda a segunda eliminada no torneio.
  • Expulso contra o Racing, o atacante Funes Mori cumprirá suspensão na próxima rodada.
  • A rodada termina amanhã, com San Lorenzo x Independiente e Estudiantes x Velez. Se tudo der certo, os jogos agora serão quarta, sábado e domingo até o final, com o campeonato se encerrando no dia 08/06.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores. O primeiro gol contra o Boca foi o trigésimo de Cigogna com a camisa do Huracán, enquanto Pelletieri fez o décimo com a camisa do Racing contra o River.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Segunda Rodada - 14/05/2014

Nesta ótima tarde de quarta-feira, com algumas nuvens a colorir o céu, foi encerrada a décima segunda rodada do Apertura, com dois jogos de pura emoção. Vamos a eles!

BOCA JUNIORS 2x3 RACING

Duas equipes com muito em comum. Não confirmado por ninguém, mas de conhecimento geral, o câmbio de treinadores ao final do campeonato parece irreversível. Além disso, tanto Boca quanto Racing têm como auxiliares os irmãos Buchanans Special Reserve, sendo o 7 o de Boca e o 3 o do Racing. A derrota de Estudiantes e River Plate dá ao Boca o direito de sonhar com a vice liderança, caso vença seu oponente. O bom futebol apresentado até então dava ao time de Paralelo o favoritismo na partida. Já do lado do Racing, um último sopro de esperança para as pouquíssimas chances de classificação. Se não vencesse, a equipe de Avellaneda seria eliminada do campeonato. No primeiro turno, Racing 1x3 Boca Juniors.

Tão logo a bola rolou, o espetáculo e a polêmica deram o ar de sua graça. Com apenas 30 segundos de jogo, Ruben Capria e Martin Simeone fizeram uma estonteante tabela, até o camisa 8 receber próximo à entrada da área e chutar forte. A bola tocou no travessão e Abbondanzieri deu um tapa no ar para tirá-la, mas José Roberto Wright validou o gol, dizendo que a bola já havia passado da linha fatal: Racing 1x0 e confusão com os jogadores do Boca partindo para cima do árbitro.

Contornada a confusão, o relógio voltou a correr e o Boca deu a saída. Em jogada idêntica, a tabela foi entre Riquelme e Basualdo, com o camisa 11 driblando Ruben Capria e chutando antes de Quiroz chegar. A bola entrou no ângulo de Saja e o jogo estava empatado em 1x1 aos 45 segundos.

A partir daí, a polêmica foi esquecida e o espetáculo voltou a reinar absoluto. Com lindas tramas, tanto Boca quanto Racing chegavam à meta adversária. Mas desarmes espetaculares, defesas de ponta de dedo e a trave evitaram um novo gol, até que o acaso e a genialidade deram as mãos. Palácio cobrou escanteio curto para Riquelme, que devolveu a Cagna na meia lua. O camisa 8 chutou e Saja fez linda defesa. A bola subiu e Quiroz deu de cabeça a Martin Simeone. Vendo que Acosta estava marcado, o camisa 8 apontou para Pelletieri correr pela ponta direita e passou para o camisa 7. Pelletieri recebeu, avançou e, da entrada da área, chutou em diagonal e fez lindo gol: Racing 2x1.

No intervalo, Paralelo sacou Palácio e pôs Guillermo Barros Schelloto, visando dar mais qualidade ao toque de bola. Já Madeirite sacou Pocchetino (que havia falhado em duas ocasiões) e pôs Fariña.

Quando a bola rolou, o nível continuou alto, mas o Racing começou a se sobressair, com lindas jogadas. Aos 4 minutos, Diego Capria cobrou lateral no campo de defesa para Quiroz, que fez um lançamento lindo e primoroso para o outro lado do campo. A bola encontrou Latorre, que invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri para ampliar: Racing 3x1.

O time de Avellaneda passou a tocar a bola e esperar o tempo passar, enquanto um desarrumado Boca tentava chegar ao campo de ataque. Quando Riquelme resolveu organizar as coisas, o Boca passou a chegar. Aos 8 minutos, Schelloto tocou para Riquelme, que chutou para linda defesa de Saja. Schelloto cobrou o corner na cabeça de Palermo, que testou com força e deu números finais ao jogo: Boca 2x3.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Impressiona a qualidade deste jogador, completo. Marcou, armou, fez tabelas, organizou a equipe. Marcou um gol, deu assistência para outro e foi o grande nome da partida.

VELEZ SARSFIELD 1x2 HURACÁN

Já eliminado, o Velez decidiu usar os três jogos finais para começar a aprontar a equipe para a Copa Olé e o restante da temporada. Já o Huracán quer a vitória para voltar ao G4, chegar à vice liderança e espantar o fantasma da rodada (nenhum time entre o segundo e quarto lugares venceu). No primeiro turno, Huracán 4x2 Velez.

Quando a bola rolou, parecia que o fantasma ainda estava circulando o gramado do Itaquá Dome. O Velez tomou a iniciativa do jogo e rondou a área do rival, que teve que contar com as defesas de Islas para não sair perdendo, enquanto buscava o contra ataque.

Aos 3 minutos, uma falha minúscula mostrou que com o mito não há perdão. Emiliano Papa recebeu no bico da sua área e levantou a cabeça para procurar opção de passe e essa pequena olhada foi o suficiente. Cigogna lhe roubou a bola com um toquinho e chutou para vencer Sosa, fazendo Huracán 1x0.

O Velez não desanimou e continuou em cima, mas com o placar a seu favor, o Huracán se fechou na defesa e saiu nos contra ataques com velocidade, o que fez com que as principais ações fossem suas. Já nos acréscimos, Islas cobrou tiro de meta para o meio. Centurión dominou e avançou, dando lindo passe nas costas de Claudio Hussain para Cigogna. De frente para o goleiro, o mito não perdoa e o Huracán fazia 2x0 naquele momento.

No intervalo, Valdir Espinoza tirou Claudio Hussain (Gago passou a ser o capitão) e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Sr Rabina sacou Milano e Minici e pôs Barrales e Erramuspe.

O jogo caiu um pouco de nível, com o Huracán satisfeito e o Velez desanimado. Somente nos acréscimos, quando Ruben Masantonio fez uma falta na lateral esquerda da área em Papa o placar mudou. Insua cobrou com categoria e a bola entrou no ângulo oposto de Islas, mas já era tarde: Velez 1x2.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. É difícil o melhor jogador da partida não ser o cara que marcou os dois gols da vitória de sua equipe. Com precisão cirúrgica e faro de gol, o mito marcou para sua equipe e garantiu o segundo lugar ao término da rodada.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 27 pontos
2° Huracán - 19 pontos, 36 gols pró
3° Estudiantes - 19 pontos, 35 gols pró
4° River Plate - 18 pontos
5° Boca Juniors - 17 pontos
6° San Lorenzo - 14 pontos
7° Racing - 12 pontos
8° Velez Sarsfield - 6 pontos

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 17 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 14 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 12 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Diego Latorre. O gol marcado contra o Boca foi o décimo de sua carreira.
  • Com os resultados da rodada e somente 6 pontos em disputa, o Racing tem pouquíssimas chances de classificação. Tem que vencer seus jogos, fazer muitos gols e torcer contra Boca e River. O River não pode pontuar e o Boca só pode fazer 1 ponto até lá.
  • Já o Independiente só precisa de mais um ponto para garantir o primeiro lugar na classificação.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Segunda Rodada - 12/05/2014

Como não houve jogos no final de semana passado e nem haverá no próximo sábado, a décima segunda rodada do Apertura começou na tarde desta segunda-feira, de céu limpo e temperaturas baixas, mas com dois jogos de muita emoção. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 5x2 ESTUDIANTES

O duelo do líder contra o vice líder colocava duas equipes distintas em campo. O Independiente, dono de invejável campanha e vindo de goleada sobre o Velez (5x0), queria garantir a classificação com uma vitória nesta rodada. Já o Estudiantes, vindo de 3 jogos sem vitória, a chance de redenção com uma vitória sobre o líder era o combustível. No primeiro turno, Estudiantes 3x4 Independiente.

A bola rolou e o que se viu foi um jogo de altíssimo nível, digno de um duelo entre os dois times que lideram o campeonato. Ambas as equipes jogavam com inteligência e lindas jogadas eram realizadas, com destaque para o Estudiantes, que atacava mais, porém deixava espaços na defesa. E foi assim que, aos 4 minutos, o placar foi inaugurado. Após recuperação de bola, Fredes recuou para Vella, que tocou a Facundo Parra. Como a bola veio atrás, o camisa 17 voltou tudo e deu a Gracián no meio. Com passe de pura maestria, o camisa 19 tocou para Silvera que, mesmo acossado por Desábato e Braña, chutou de pé direito e mandou para o fundo das redes de Andujar: Independiente 1x0.

A resposta do Estudiantes veio na saída de bola. Verón tocou para Leandro Benítez, que driblou Gracián e Montenegro e, da entrada da área, chutou forte e com curva para vencer Hilário Navarro: Estudiantes 1x1.

O Estudiantes continuou jogando bem, principalmente com Verón e Benítez, que armavam boas jogadas para Mauro Boselli e Gastón Fernandez, mas deixavam o time exposto a contra ataques e foi assim que, aos 7 minutos, o Independiente voltou a ficar na frente. Montenegro interceptou passe que iria para Boselli e tocou para Fredes, que lançou para Parra. O camisa 17 chamou a marcação e tocou para Gracián em linda jogada de ultrapassagem. O camisa 19 invadiu a área e chutou forte, de bico, para vencer Andujar e fazer Independiente 2x1.

Antes do intervalo, houve espaço para polêmica. Aos 9 minutos, Angeleri disputou com Busse de forma mais intensa. O árbitro Wilson Neca não deu falta e o camisa 2 tocou para Verón, que girou da intermediária, pela direita. A bola ganhou velocidade e efeito e não deu chances a Navarro: Estudiantes 2x2.

No intervalo, Bayer tirou Mattheu e pôs Acevedo. Já Cristaldo sacou Rodrigo Braña (que devia dar proteção à zaga, mas não o fazia) e colocou Mathias Sanchez em seu lugar.

A ideia de Cristaldo era, com Sanchez, ter a proteção que Braña não dava. Mas, na prática, nada mudou. O Estudiantes continuou fazendo boas jogadas, mas era exposto a contra ataques. Aos 3 minutos, Facundo Parra recebeu e avançou pela direita, cruzando para a entrada da área. Vella recebeu e chutou forte, sem marcação, para fazer Independiente 3x2.

O gol desestabilizou o Estudiantes, que passou a tentar o ataque desordenadamente. Aos 7 minutos, Angeleri fez falta em Silvera na esquerda, afastado da área. Gracián cobrou com maestria, mesmo de longe, e fez o seu segundo no jogo: Independiente 4x2.

O gol deu ao Estudiantes a certeza que a vitória não chegaria e o time iria para o quarto jogo sem vencer. O Independiente tomou conta do terreno de jogo e chegou ao quinto gol nos acréscimos. Em bola recuperada, Acevedo tocou na esquerda para Mareque, que fez lindo lançamento para Facundo Parra no outro lado do campo. O camisa 17 tocou de primeira para Fredes, que invadiu até a entrada da área e chutou rasteiro para vencer Andujar: Independiente 5x2.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Linda atuação de Facundo Parra (autor de 3 assistências), mas o Independiente só venceu por conta das ótimas defesas de Navarro. O Estudiantes pressionou quase que em toda a partida, mas parou nas mãos do goleiro, com excelente atuação.

RIVER PLATE 2x4 SAN LORENZO

Com péssimas atuações, o River não vence há dois jogos e desperta a desconfiança de sua torcida. Francescoli pediu a seus atletas que voltassem a se concentrar no jogo de passes e não olhassem para o outro lado do campo. Do lado do San Lorenzo, os 8 jogos sem vencer incomodaram. Romagnoli chamou a atenção nos treinamentos e pediu para os jogadores suarem sangue nas últimas rodadas, em um esforço para voltarem ao futebol de alto nível que os levou a serem considerados favoritos ao título nas três primeiras rodadas. No primeiro turno, San Lorenzo 1x1 River Plate.

Quando a bola rolou, não se via o San Lorenzo dos últimos 8 jogos. Tocando bem a bola e puxando a equipe para a frente, o time de Almagro dominava as ações, principalmente nas tabelas entre Romagnoli e Piatti. O River, por sua vez, era o mesmo dos últimos jogos: sem criatividade, sem vontade de vencer, esperando o acaso.

Mas o acaso dá as caras no Apertura várias vezes. Aos 6 minutos, Gallardo fez linda jogada e chutou. Migliore se esticou e mandou a corner. Ortega cobrou no primeiro pau e Trezeguet chegou testando forte, para mandar a bola para o fundo das redes e comemorar o primeiro gol: River 1x0.

Apesar do desanimo por ver que, novamente, jogavam bem e não venciam, os jogadores do San Lorenzo continuaram jogando, incentivados por Romagnoli. E foram compensados aos 9 minutos. Trezeguet recebeu bola esticada e dividiu com Migliore. O goleiro levou a melhor e afastou a bola, que encontrou Reynoso. O camisa 5 deu a Romagnoli na meia esquerda, que tabelou com Buffarini e recebeu de volta já na entrada da área. Romagnoli trouxe para o pé direito e chutou com efeito para vencer Carrizzo. Feito isso, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

Se o empate caía dos céus, o que dizer uma virada? O River errou a saída e Reynoso pegou a bola perdida, dando a Romagnoli no meio. O camisa 10 tocou para Piatti, que avançou pela esquerda e chutou próximo à entrada da área para vencer Carrizzo e fazer San Lorenzo 2x1.

No intervalo, Francescoli tirou Buonanotte e colocou Funes Mori. Já Nilson sacou Raul 'Pipa' Estevez e pôs Bordagaray, visando dar mais consistência ao ataque.

O jogo perdeu um pouco do brilho e ficou mais restrito ao meio de campo. Até que, aos 4 minutos, Gallardo tocou a Funes Mori na esquerda. O camisa 9 avançou, driblou dois marcadores, trouxe para o pé direito e chutou da entrada da área para vencer Migliore: River 2x2.

Na saída de bola, o lance que poderia ter resolvido o jogo: Romagnoli tentou chutar e fez falta tripla, recebendo o cartão vermelho. Esperava-se que o River fosse dominar e partir para a vitória, mas o San Lorenzo se multiplicou em campo. Piatti tomou conta da armação e Reynoso se agigantou na entrada da área, como não se via desde a terceira rodada.

Aos 8 minutos, Reynoso roubou bola de Trezeguet e tocou para Piatti. O camisa 12 avançou pela esquerda e, com passe de gênio, inverteu para a direita, onde Bordagaray recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Carrizzo: San Lorenzo 3x2.

Desesperado, o River partiu em busca do empate, mas se desorganizou e viu os jogadores do San Lorenzo ganharem todas as disputas. A equipe de Almagro passou a tocar a bola, no estilo do River Plate de outrora, e chegou ao quarto gol já nos acréscimos, em linda jogada coletiva que terminou em passe de Piatti para Stracqualursi concluir de dentro da área: San Lorenzo 4x2.

Destaque do jogo: Ignácio Piatti. Romagnoli seria eleito o melhor em campo se não fosse expulso. Como foi, seu fiel escudeiro levou os louros. Após a expulsão do capitão (Amelli herdou a faixa), o camisa 12 trouxe a responsabilidade para seus pés e se desdobrou tanto na marcação quanto na armação. Fez um gol e deu assistências para tirar o San Lorenzo de uma fila de 8 jogos.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória sobre o Estudiantes, o Independiente é a primeira equipe a se classificar para os playoffs. O time de Avellaneda chegou aos 27 pontos e não pode mais ser alcançado pelo Huracán (o primeiro fora do G4), que só pode chegar a 26.
  • Por outro lado, a derrota do Velez para o mesmo Independiente na rodada anterior fez da equipe a primeira a ser eliminada do campeonato. O Velez tem 6 pontos e só pode chegar a 15, enquanto o Boca (o quarto colocado) tem 17.
  • Após o jogo entre Independiente e Estudiantes, atletas de ambas as equipes reclamaram dos erros de arbitragem, o que levou o juiz Wilson Neca a ser julgado pelo TJB. Os auditores suspenderam o árbitro por uma partida.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Primeira Rodada - 09/05/2014

Está cada vez mais difícil casar datas para realizar os jogos. Por este motivo, a molhada tarde de sexta-feira foi o dia escolhido para o complemento da décima primeira rodada do Apertura 2014. Vamos aos jogos!

ESTUDIANTES 2x2 RIVER PLATE

Um jogo de duas equipes apreensivas. Vindo de duas derrotas por goleada (1x4 Huracán e 2x5 Boca), o Estudiantes perdeu a liderança e viu o Independiente se distanciar na dianteira. A semana livre de treinos fez Cristaldo preparar melhor a equipe, a fim de reencontrar o rumo das vitórias. O River também vem de derrota (3x4 Independiente), a sua primeira no campeonato. Mas Francescoli está preocupado com o péssimo futebol apresentado até então, com 5 empates em 10 jogos. Atenção na marcação e toque de bola eram a chave da equipe Millonaria. No primeiro turno, River Plate 5x2 Estudiantes.

O jogo começou com o River partindo para cima, mas curiosamente sem a participação de seus atacantes. Logo a um minuto, em boa jogada de contra ataque pela esquerda, a equipe de Nuñez abriu o marcador. Paz tocou na esquerda para Berizzo e o lateral avançou. Com bom passe para a entrada da área, o camisa 6 viu Barrado dominar, trazer para o pé direito e chutar com extrema categoria, fazendo River 1x0.

O Estudiantes não se importou com a adversidade e buscou se organizar. Com isso, o empate era questão de tempo. Aos 3 minutos, Almeyda derrubou Enzo Perez na entrada da área. Verón cobrou com extrema categoria e Carrizzo não alcançou: Estudiantes 1x1.

No intervalo, Cristaldo trocou Angeleri por Boselli. Já Francescoli tirou o apagadíssimo Trezeguet e lançou Funes Mori, que recebeu cartão amarelo antes da bola rolar, por ter entrado em campo sem autorização do árbitro.

Com a bola rolando, o Estudiantes fez aquilo que já fazia na última metade do primeiro tempo. Mais bem plantado, o time marcava bem e saía em bons contra ataques, com organização e toque de bola. Aos 4 minutos, a virada. Em boa trama, Enzo Perez tocou para Verón, que deu a Gastón Fernandez. O camisa 10 invadiu a área, tentou driblar Carrizzo, mas foi derrubado pelo goleiro. Pênalti que Federico Fernandez cobrou no canto direito de Carrizzo, que quase chegou nela: Estudiantes 2x1.

O time de La Plata continuou dominando e perdendo oportunidades, enquanto o River era desorganizado e não conseguia sequer criar uma jogada. Mas, aos 9 minutos, a sorte ficou do lado do time millonario e o empate foi selado. Boselli fez falta em Placente, que cobrou na direita para Ferrari. O lateral direito fez um lançamento para o outro lado do campo e encontrou Ortega livre no bico da área. O camisa 10 entrou chutando cruzado e venceu Andujar, para fazer River 2x2.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. O camisa 11 voltou a jogar o futebol que levou o Estudiantes à ponta da tabela. Mais adiantado, foi o armador central e principal fonte de ataque do time. Fez um gol em cobrança magistral de falta, iniciou a jogada que culminou no pênalti do segundo gol e foi presença constante no ataque.

INDEPENDIENTE 5x0 VELEZ SARSFIELD

No duelo entre o primeiro e o último colocados, o que menos importava era o que rolava dentro das quatro linhas. Ao Independiente, a vitória o distanciaria na liderança e era um passo importantíssimo rumo à classificação. Contando com o retorno de Gracián (suspenso na última rodada), a ordem era vencer respeitando a dor do adversário. Do lado do Velez é que as coisas estavam agitadas. Rumores indicavam que o novo treinador já tinha acertado contrato e que Valdir Espinoza já havia acertado para dirigir o São Paulo, bastando apenas a desclassificação no campeonato para o anúncio ser feito. No primeiro turno, Velez 1x3 Independiente.

Quando a bola rolou, no entanto, a impressão que dava era a de que os jogadores do Velez tinham uma nova ideia: ganhar todos os jogos e classificar o time. Tocando bem, marcando e chegando ao ataque, a equipe tomou a dianteira do jogo. Uma tabela entre Insua e Gago, onde o camisa 5 acertou o travessão de Navarro mostrava que o Velez era melhor.

Mas o Independiente não é líder à toa. Basta um equívoco e a equipe encontra as redes. E assim aconteceu aos 4 minutos, quando Lucas Romero tentou desarmar Fredes e saiu com bola e tudo pelo lado. Facundo Parra cobrou o lateral para Vella, que invadiu pelo meio sem ser incomodado e chutou na saída de Sosa para fazer Independiente 1x0.

Mesmo perdendo, o time de Buenos Aires ainda jogava bem. Com Insua se movimentando e criando chances, o Velez não parecia estar atrás no marcador e na tabela. Mas foi se desorganizando e um novo erro lhe impôs novo revés. Aos 9 minutos, Sosa colocou a bola no chão para repor, mas não havia para quem tocar. Enquanto ele procurava, Vella lhe roubou a bola e foi atingido pelo goleiro. Quem cobrou o penal foi Nestor Silvera, que bateu no canto direito do goleiro, à meia altura, e fez Independiente 2x0.

Nos acréscimos, ainda tivemos um golpe de crueldade. Insua tocou para Romero e recebeu na frente, mas foi desarmado por Gracián. O camisa 19 tocou para Busse, que tabelou com Silvera e recebeu na frente, perdendo o ângulo. Quando ocorre esse tipo de situação, o indicado é chutar com o lado do pé e torcer para a bola fazer a curva, mas quando se é líder do campeonato, tenta-se o mais difícil que ele se realizará. Busse deu uma cavadinha. A bola subiu, perdeu força e caiu dentro do gol, a despeito dos esforços de Sosa de mandá-la por cima. O golaço levava o Independiente ao intervalo com 3x0.

No intervalo, Bayer sacou Facundo Parra e colocou Dario Gandin. Já Valdir Espinoza sacou Romero e Turco Assad e mandou a campo Cubero e Lucas Pratto.

O Velez não teve forças para reagir e viu o Independiente, mais organizado, dominar o jogo. A equipe passou a tocar a bola e esperar uma chance de ampliar, ou simplesmente esperar o fim do jogo. Aos 3 minutos, em linda tabela pela esquerda, Mareque tocou para Silvera, que deu belo passe para Montenegro. O camisa 5 trouxe para o meio e chutou no canto de Sosa, para fazer Independiente 4x0.

Goleado, o Velez ainda tentou descontar, mas a ótima marcação do líder do campeonato os forçava a se desfazer da bola. Já nos acréscimos, Vella tocou para Fredes, que lançou em profundidade para Gandin. O camisa 9 invadiu a área e foi derrubado por Sosa, em penal que Silvera cobrou da mesma forma que o anterior e deu números finais ao confronto: Independiente 5x0.

Destaque do jogo: Luciano Vella. O camisa 2 se superou na partida de hoje. Como elemento surpresa, fez um gol e sofreu o pênalti que originou o segundo tento. Ainda foi presença constante no ataque, tabelando e servindo aos companheiros.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 24 pontos
2° Estudiantes - 19 pontos
3° River Plate - 18 pontos
4° Boca Juniors - 17 pontos
5° Huracán - 16 pontos
6° San Lorenzo - 11 pontos
7° Racing - 9 pontos
8° Velez Sarsfield - 6 pontos

ARTILHARIA

1° Daniel Cigogna (Huracán) - 15 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 13 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 11 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Apesar de ainda ter chances remotas de se classificar, a diretoria do Velez apenas esperou o apito final para anunciar seu novo treinador. O escolhido é Tripa Seca, que vinha treinando o Rio Cricket na liga niteroiense.
  • Antigo jogador do Imperatriz e de outras equipes na Era Amadora da FIFUBO, Tripa Seca foi um volante clássico, de boa visão de jogo e senso de marcação apurado. Como treinador, não teve muitos jogos pelo Rio Cricket para mostrar seu estilo.
  • Apesar de a diretoria não ter definido metas com Espinoza (pois a equipe estava estreando e conhecendo a Liga), houve um descontentamento grande com o time, último colocado do campeonato e com algumas goleadas sofridas, o que acelerou a busca por um novo comandante.
  • Valdir Espinoza continuará treinando o Velez até o final do campeonato, enquanto Tripa Seca já estará na concentração, a fim de conhecer os jogadores, o auxiliar Parraguez (que se manterá na equipe após a saída do treinador), a metodologia de trabalho e, também, se fazer conhecer.
  • Ao término da participação do Velez na competição, Espinoza vai dirigir o São Paulo. Rumores indicam que o convite havia sido feito quando as duas equipes se enfrentaram, no amistoso de estreia do Velez na FIFUBO. Mas, ninguém confirma.
  • O milestone da rodada vai para Diego Armando Barrado. O gol marcado contra o Estudiantes foi o décimo do camisa 19 pelo River Plate.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Torneio Apertura 2014 - Décima Primeira Rodada - 01/05/2014

Feriado do dia do trabalho, dia de muito trabalho no campo de jogo! O público que aproveitou a folga para ir ao Itaquá Dome nesta tarde/noite assistiu a dois belos jogos. Vamos a eles!

RACING 4x2 HURACÁN

Esboçando uma reação no campeonato, o Racing vinha embalado após conseguir sua primeira vitória, duas rodadas antes. O empate com o Velez (2x2) na rodada anterior dava ao time a vontade de continuar brigando para subir na tabela e chegar ao terceiro jogo sem perder. Já do lado do Huracán, as duas vitórias recolocaram o time na zona de classificação e, com a tabela embolada, uma vitória dava ao time a chance de subir até o segundo lugar. No primeiro turno, Huracán 3x2 Racing.

A bola rolou e o Racing começou a mil por hora, sem dar tempo do Huracán armar seu esquema defensivo. Logo a dois minutos, Masantonio fez falta em Diego Capria no meio de campo. O camisa 2 tocou para Pelletieri, que deu lindo passe em profundidade para Acosta invadir a área e chutar na saída de Islas e fazer Racing 1x0.

O começo de jogo do Racing assustou o Huracán, que ainda nem tinha se arrumado em campo e já estava em desvantagem. Mas o Racing não parou por aí. Aos 5 minutos, após blitz na entrada da área, Enrique cobrou o lateral para Pelletieri. O camisa 7 ajeitou e chutou bonito, sem chances para Islas, para fazer Racing 2x0.

Aclamado pela eficiência de seu futebol, o Huracán não conseguia jogar e ainda via o criticado Racing dominar todas as ações, com marcação forte e saídas rápidas e inteligentes. Mas a empolgação pode complicar e foi isso que aconteceu aos 8 minutos, quando Martin Simeone tentou pegar a bola e acertou Mauro Milano próximo à entrada da área. O mito Cigogna cobrou a falta com perfeição, uma bomba que encobriu a barreira e entrou na meta de Saja: Huracán 1x2.

No intervalo, Madeirite sacou Latorre e colocou Hauche. Já Sr Rabina tirou Milano e pôs Barrales e, com isso, Cigogna passava a jogar do lado direito.

O segundo tempo foi extremamente oposto ao primeiro. O Racing, contente com o resultado, se trancou na defesa. O Huracán, por sua vez, partiu para o ataque em busca do empate. E ele veio logo aos 3 minutos, quando Minici recuperou bola rifada e tabelou com Centurión, até dar um passe em profundidade e encontrar Barrales. O camisa 11 invadiu a área em diagonal e chutou cruzado para vencer Saja e fazer Huracán 2x2.

Diante do quadro até aquele momento, se esperava que o Racing voltasse a apresentar o futebol do campeonato inteiro e tomasse uma virada, mas o que aconteceu foi que a equipe acordou na saída de bola, aos 4 minutos. Ruben Capria tocou para Pelletieri e correu para receber de volta. O camisa 7, ao invés disso, driblou Ruben Masantonio, driblou Quiroz e, da entrada da área, chutou rasteiro e cruzado para vencer Islas e colocar o Racing na frente novamente: 3x2.

O Huracán voltou a buscar o jogo e o Racing partia em contra ataques. Em um deles, aos 9 minutos, deu números finais ao jogo. Diego Capria tocou para seu irmão, Ruben, na direita. O camisa 10 inverteu a Martin Simeone na esquerda esperando que o camisa 8 fosse chutar. Mas Simeone devolveu a Ruben Capria, que trouxe para o pé esquerdo e chutou rasteiro, encontrando o cantinho de Islas e fazendo Racing 4x2.

Destaque do jogo: Agustín Pelletieri. O camisa 7 foi o grande nome da partida. Em sua função de volante, ajudou na marcação. Mas também foi a principal peça ofensiva ao fazer tabelas pela direita e marcando dois gols.

SAN LORENZO 2x5 BOCA JUNIORS

Em franca decadência, o time de Almagro precisava reencontrar o caminho das vitórias, que não vê há 7 rodadas. Do lado do Boca, a ausência de Serna (expulso na rodada anterior) era o problema, em uma equipe que buscava a segunda vitória consecutiva para recuperar seu lugar no G4, com a derrota do Huracán. Battaglia atuaria no lugar de Serna e Palermo seria o capitão. O jogo marcava, também, a volta do árbitro Dula Rápio, de fora há 13 jogos. No primeiro turno, Boca Juniors 3x1 San Lorenzo.

E foi um jogo muito bom. O começo mostrou duas equipes jogando em velocidade e marcando forte. Porém, logo com um minuto, o San Lorenzo tratou de pôr um freio quando Reynoso roubou bola de Palermo e tocou a Buffarini no meio. Com uma visão de jogo espetacular, o camisa 8 tocou a Stracqualursi no meio de quatro marcadores e o camisa 9 invadiu a área para soltar a bomba e vencer Abbondanzieri: San Lorenzo 1x0.

O gol assustou o Boca, que demorou a reencontrar o rumo da partida. Quando o fez, porém, empatou em jogada genial. Schiavi tentou sair jogando e foi bloqueado por Romagnoli. A bola subiu e Schiavi jogou de cabeça para trás, para a saída de Abbondanzieri. O camisa 1 pegou a bola e jogou no meio, onde Riquelme deu um toque de calcanhar para Basualdo. O camisa 11 dominou, levantou a cabeça e inverteu o jogo, pegando Palácio livre. O camisa 19 invadiu a área e chutou na saída de Migliore para empatar aos 5 minutos: Boca 1x1.

O empate trouxe emoção ao jogo e as duas equipes passaram a criar e desperdiçar oportunidades. Porém, aos 7 minutos, o San Lorenzo voltou a ficar na frente em falha da equipe do Boca. Riquelme tentou dominar a bola e fez falta em Buffarini. Enquanto os jogadores se levantavam, Romagnoli cobrou rápido e encontrou Stracqualursi livre. O camisa 9 dominou a bola e, da entrada da área, soltou outra bomba que surpreendeu Abbondanzieri: San Lorenzo 2x1.

Quando já pensava que iria para o vestiário em vantagem, o time de Almagro foi surpreendido. Nos acréscimos, Riquelme tocou na frente para Basualdo. O camisa 11 recuou a Arruabarrena e correu para receber na frente, chutando da meia lua para vencer Migliore: Boca 2x2.

No intervalo, Nilson sacou Amelli e Luciatti e colocou Tellechea e Erviti. Já Paralelo tirou Palermo (que prometeu, prometeu e não cumpriu) e pôs Viatri (Riquelme passou a ser o capitão).

A entrada do camisa 7, novamente, foi benéfica ao time. Aos 2 minutos, Battaglia interceptou lançamento para Raul 'Pipa' Estevez e tocou na esquerda para Arruabarrena. O camisa 3 tocou a Basualdo, que avançou e tocou em profundidade para Viatri. Ajeitando o corpo, o camisa 7 ficou com a bola e se livrou de Reynoso, antes de chutar da entrada da área e vencer Migliore, fazendo Boca 3x2.

A partir daí, o San Lorenzo tentou ir ao ataque, mas sem organização. O Boca, por sua vez, estava bem plantado em campo e ainda conseguia se organizar para ir ao ataque. Aos 6 minutos, Palácio arrancou pela direita e foi derrubado na lateral da área por Erviti. Riquelme cobrou a falta com maestria e Migliore não achou: Boca 4x2.

O gol desmontou de vez o San Lorenzo, que viu o oitavo jogo sem vitória chegar, enquanto o Boca tocava a bola para delírio de sua torcida. E, ainda assim, transformou o jogo em goleada. Aos 9 minutos, Battaglia recebeu de Schiavi e arrancou pelo meio, tocando a Basualdo mais à esquerda. O camisa 11 tirou Reynoso da jogada e chutou de pé esquerdo para vencer Migliore e dar números finais ao confronto: Boca 5x2.

Destaque do jogo: Sebastian Battaglia. Com a difícil missão de substituir o capitão Serna, o camisa 12 não se omitiu. Barrou as principais tentativas do San Lorenzo de invadir a área e ainda saiu ao ataque para dar o passe para o último gol. Um gigante em campo.

NOTAS RÁPIDAS

  • Houve uma leve recuperação na bola Spongos, mas ela ainda apresenta uma pequena deformação. Assim sendo, haverá uma série de testes para ver se ela se molda novamente. Começando nessa rodada, cada jogo terá um tempo com a Spongos e outro com a bola de lã.
  • A rodada termina no próximo domingo, se tudo der certo. Provavelmente na próxima semana, os jogos poderão ser no final da semana, mas na décima terceira rodada os jogos de meio de semana voltarão.