domingo, 29 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Terceira Rodada - 29/01/2017

O domingo foi de sol, mas com um vento forte, que deixou a temperatura amena. Aproveitando esse clima agradável, os torcedores lotaram o Itaquá Dome, para o encerramento da terceira rodada do Apertura 2017. Vamos aos jogos!

ESTUDIANTES 1x4 SAN LORENZO

O Estudiantes vinha empolgado por conquistar seu primeiro ponto no campeonato na rodada anterior (2x2 com o Velez). Cristaldo treinou forte durante a semana as jogadas de armação e exigiu muito de Leandro Benítez e Enzo Perez. O San Lorenzo também conquistara seu primeiro ponto na rodada anterior (4x4 com o Huracán) e celebrava o bom futebol com o 4-3-3. Nesse jogo, Nilson surpreendeu e colocou Bordagaray no lugar de Erviti, sendo criticado, pois com Erviti a equipe faz o 4-4-2 losango quando não tem a bola. Outra crítica é que o fato de jogar com 3 atacantes e sem reposição pede que Tellechea seja o volante ao lado de Reynoso, mas Nilson manteve Buffarini em campo.

Todas as críticas foram por terra com 3 minutos de jogo. Após boa jogada que iniciou com Luciatti cobrando lateral para Romagnoli, o camisa 10 tocou a Stracqualursi na meia lua. De costas pro gol, o camisa 9 devolveu a Bordagaray, que chegou chutando forte, da entrada da área, para vencer a marcação de Andujar: San Lorenzo 1x0.

O time de Almagro foi se soltando e contava com o péssimo futebol que o Estudiantes apresentava. Na única jogada que o time de La Plata conseguiu encaixar, saiu o gol. Aos 6 minutos. Verón tocou na lateral da área para Marco Rojo, que apareceu de surpresa na direita. Trazendo para o meio, o camisa 6 chutou e Migliore fez ótima defesa. No rebote, a bola caiu aos pés de Boselli, que empurrou para o gol vazio e fez Estudiantes 1x1. Na comemoração, o camisa 9 criticou a torcida, que reclamava de seu pobre futebol.

O San Lorenzo ainda conseguiu ir para o intervalo em vantagem, quando Romagnoli se soltou. Após jogada bem tramada que começou na defesa com Tulla, a bola foi para Jonathan Ferrari na direita, que procurou Buffarini no meio. O camisa 8 tocou a Bordagaray na esquerda, que inverteu papéis com Romagnoli, armando o jogo. O camisa 13 viu Romagnoli livre na entrada da área e, com passe no meio da defesa, encontrou o camisa 10 livre. Romagnoli invadiu a área, driblou Andujar e chutou para o gol vazio, para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

No intervalo, Cristaldo tirou Rodrigo Braña e Gastón Fernandez para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Braña não marcava no meio e Gastón só foi escolhido porque Boselli havia feito o gol do Estudiantes. Já Nilson trocou Jonathan Ferrari e Buffarini por Tellechea e Piatti. A ideia era marcar a ponta esquerda (evitando os avanços de Marco Rojo) e colocando alguém do lado esquerdo para auxiliar na armação a Bordagaray.

O San Lorenzo não precisou de muito para aumentar, apenas 45 segundos. Na saída, Romagnoli tocou a Piatti e recebeu na frente. Driblou Federico Fernandez e, da entrada da área, mandou indefensável para Andujar. Na sequência, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma pela segunda vez no jogo: San Lorenzo 3x1.

A torcida do San Lorenzo foi ao delírio com o jogo perfeito de sua equipe, com toques inteligentes e marcação eficiente. Já a do Estudiantes vaiava a cada vez que a equipe errava, principalmente com Enzo Perez e Boselli, que erravam tudo o que tentavam. Por três vezes seguidas, Perez recebeu a bola e saiu com ela pela linha lateral, irritando a torcida a cada toque de bola.

O jogo estava ganho e o San Lorenzo tocava aos gritos de "olé" de seus torcedores, quando transformaram o jogo em goleada. Aos 9 minutos, uma jogada que começou na defesa com Ameli passou pelos pés de Tulla, Tellechea e Reynoso no campo do Velez. Dali, foi para o meio nos pés de Piatti, que viu Bordagaray se deslocando para a direita. O camisa 13 recebeu o passe e tocou em profundidade para Reynoso, que apareceu como elemento surpresa na área e chutou na saída de Andujar, fazendo San Lorenzo 4x1.

Destaque do jogo: Fabian Bordagaray. Tudo bem que Romagnoli marcou dois gols e que o time inteiro jogou bem. Mas Bordagaray foi o grande nome do jogo. Criticado ao entrar na ponta esquerda, marcou um gol e deu passe para outros dois, além de se movimentar o campo inteiro e ser a melhor opção de ataque para a equipe conseguir sua primeira vitória no campeonato.

VELEZ SARSFIELD 3x2 RACING

Duas incógnitas nesse jogo. Do lado do Velez, a empolgação por ser o único invicto do campeonato dava lugar à apreensão pelo fato da equipe não ter vencido ainda, com dois empates em dois jogos. Do lado do Racing, a apreensão era  por conta da derrota no clássico de Avellaneda (0x4 Independiente). O placar tão dilatado desanimou os jogadores, mas Paralelo os incentivou, dizendo que ainda haviam 12 rodadas para jogar.

O jogo foi eletrizante, disparado o melhor da rodada. O Racing partiu para cima e rondou a área por várias vezes, ainda no primeiro minuto. Porém, na única vez que o Velez pegou a bola, encaixou o contra ataque. Gago tocou a Insua no meio, que abriu na direita para Claudio Hussain. Dario Hussain retornou, puxando a marcação e Juan Sabia apareceu como elemento surpresa na área. O passe de Claudio Hussain foi preciso e o camisa 4 girou dentro da área, para chutar na saída de Saja e fazer Velez 1x0.

O gol fez muito bem ao jogo, que ficou mais quente ainda. As duas equipes chegavam com inteligência ao ataque e desperdiçavam chances. O toma lá, dá cá foi um festival de bolas na trave. Porém, aos 9 minutos, a bola não bateu na trave. Após o Racing reiniciar jogada com Enrique na esquerda, a bola foi para Pocchetino, que abriu na direita a Gamboa. O camisa 4 lateralizou a Diego Capria, que fez um lançamento primoroso para o outro lado do campo, já no ataque. Ruben Capria recebeu na esquerda, tirou Sabia da jogada e chutou da entrada da área, no ângulo de Sosa, fazendo Racing 1x1.

No intervalo, Tripa Seca tirou Gino Peruzzi e colocou Cubero. Já Paralelo sacou Pelletieri e colocou Fariña, para melhorar a marcação.

Logo na saída de bola, o Velez fez 2x1. Insua tocou a Claudio Hussain e correu para a esquerda. O camisa 8 driblou Ruben Capria, Quiroz e, da meia lua, desferiu belo chute para fazer Velez 2x1 aos 40 segundos.

Mesmo assim, a mudança de Paralelo deu resultado e Fariña anulou Turco Assad, que era o melhor do Velez no primeiro tempo. Mas isso fez com que Insua passasse a ter liberdade e corresse o campo armando jogadas e aparecendo para a conclusão. Saja teve que se desdobrar nas defesas e a equipe  se fechou para que Ruben Capria também tivesse liberdade para armar. Aos 5 minutos, conseguiram fazer a marcação perfeita e Quiroz desarmou Dario Hussain, tocando a Ruben Capria no meio. O camisa 10 avançou pelo meio e viu Latorre se deslocando para a esquerda. O passe foi preciso e Latorre driblou Sabia para entrar na área, torcendo o corpo para trazer a bola pro pé direito e chutar cruzado, sem chances para Sosa, fazendo Racing 2x2.

O jogo ficou melhor ainda, com as equipes jogando com mais inteligência e os goleiros salvando as belas jogadas tramadas. Quando parecia que o jogo terminaria empatado, o gênio deu o único toque que decide o jogo. Já nos acréscimos, o Velez partiu em contra ataque na esquerda, após Sebá Dominguez interceptar passe para Acosta. Ele abriu na lateral para Emiliano Papa, que avançou para o campo de ataque. Quando Fariña veio para lhe bloquear, Papa tocou a Turco Assad, que ajeitou na entrada da área e chutou cruzado, fazendo Velez 3x2. De sumido a herói, Turco Assad precisou de só um toque...

Destaque do jogo: Federico Insua. O camisa 11 fez o que não se via desde o Torneio Início, correndo o campo todo com liberdade para armar o jogo e concluir. Deu o passe para um gol e foi a principal opção ofensiva do Velez.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 6 pontos, 11 gols pró
2° Boca Juniors - 6 pontos, 8 gols pró
3° Independiente - 6 pontos, 6 gols pró
4° Velez Sarsfield - 5 pontos
5° San Lorenzo - 4 pontos
6° Racing - 3 pontos
7° Huracán - 2 pontos
8° Estudiantes - 1 ponto

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 6 gols
2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols
3° José Basualdo (Boca Juniors), Martin Palermo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente) e Diego Latorre (Racing) - 3 gols

NOTA RÁPIDA

  • No próximo final de semana, não haverá rodada na FIFUBO. A quarta rodada será disputada durante a semana seguinte.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Terceira Rodada - 28/01/2017

O verão continua castigando o Rio de Janeiro, mas o sol não foi capaz de afastar o público do Itaquá Dome, onde a terceira rodada do Apertura foi aberta. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 1x2 INDEPENDIENTE

O jogo mais esperado da rodada era justamente o que abria a rodada, com os dois vencedores dos clássicos na semana anterior. O River, empolgado pela vitória sobre o Boca (5x1), entrava em campo se apoiando no ótimo futebol de Trezeguet, artilheiro do campeonato. Já o Independiente, empolgado pela vitória sobre o Racing (4x0), queria mostrar que a vitória não foi um mero acidente.

O jogo foi muito bom, apesar do placar baixo. O Independiente tomou a iniciativa e ocupou os espaços do campo de defesa do River. Mas bastou uma bola ser perdida para tudo ir abaixo. Almeyda desarmou Gracián e tocou a Ferrari na direita. O camisa 2 tocou a Ortega mais à frente e o camisa 10 viu Trezeguet saindo do meio para a ponta. O passe em profundidade foi perfeitoEle j e o camisa 7 recebeu no bico da área, chutando cruzado e fazendo River 1x0 logo a um minuto.

O Independiente não se abalou e voltou a ocupar o ataque do River, mas foi só a equipe de Nuñez recuperar a bola e novamente o contra ataque buscou Trezeguet, que chutou para fora. O susto fez Bayer mudar o posicionamento de seus volantes, que passaram a marcar os pontas, impedindo o River de armar sua principal jogada. O jogo ficou técnico, mas as oportunidades não se concretizavam em gol.

O Independiente continuou pressionando o River no campo de defesa e foi premiado com um erro da defesa. Aos 9, Placente dividiu com Silvera e perdeu a bola. O camisa 11 fez o dois-um com Gracián, recebeu dentro da área e tocou na saída de Carrizzo, fazendo Independiente 1x1.

Quando parecia que o jogo iria para o intervalo assim, novo erro da defesa do River resultou na virada do Independiente. Ferrari perdeu a bola e Paz teve que fazer falta em Facundo Parra, na entrada da área. Gracián cobrou com perfeição, Carrizzo se esticou e não alcançou: Independiente 2x1, nos acréscimos.

No intervalo, Francescoli tirou Gallardo (que não conseguia armar o jogo) e Buonanotte (nulo em campo), para colocar Coudet e Funes Mori. Por outro lado, Bayer tirou os nulos Facundo Parra e Busse, para colocar Gandin e Acevedo em seus lugares.

As mudanças de Francescoli não surtiram efeito, os jogadores entraram muito mal. Já a estratégia de Bayer foi perfeita, com os volantes marcando os pontas e Montenegro grudado em Trezeguet. Assim, o Independiente derrubou o gigante goleador e saiu com sua segunda vitória no campeonato.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Ele já era o destaque da armação do Independiente. Quando Bayer mandou os volantes ficarem na marcação dos pontas, Gracián ficou sozinho para armar o jogo, mas se movimentou o campo todo e conseguiu dar conta do recado, dando o passe para o gol de Silvera e cobrando magistralmente a falta no gol da vitória.

HURACÁN 1x3 BOCA JUNIORS

Considerado um dos favoritos para se classificar às semifinais, o Huracán tem dois empates em dois jogos. A marcação eficiente não vem sendo a chave para vitórias, mas agora as coisas teriam que funcionar, já que Riquelme gosta de jogar com liberdade. Sr Rabina queria o meio de campo marcando forte, para não deixar o camisa 10 armar o jogo. Já o Boca passou uma semana conturbada. Não bastasse perder o Superclássico, tinha que ser de forma humilhante (1x5). A pressão caiu totalmente em cima de Madeirite e os torcedores foram em cima da diretoria, para pedir a substituição do técnico.

O jogo não foi bom. As duas equipes erravam muitos passes e o jogo ficava só na intermediária. As poucas chances de gol eram armadas pelo Boca, que até teve Riquelme se movimentando, mas aos poucos o camisa 10 foi sumindo da partida. Mesmo assim, as chances de gol não eram claras, os jogadores adiantavam demais a bola e o goleiro Islas saía do gol para abafar a jogada.

O intervalo só não aconteceu com placar em branco porque, nos acréscimos, a genialidade de Riquelme aconteceu. Após cobrança de tiro de meta de Abbondanzieri, o camisa 10 recebeu no meio e foi avançando. Quando a marcação foi para cima, ele viu Palermo entrando pela esquerda. O passe, no meio da defesa, foi preciso e Palermo recebeu dentro da área, chutando na saída de Islas e fazendo Boca 1x0.

No intervalo, Sr Rabina mudou o lado esquerdo, tirando os nulos Minici e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Cigogna ficou muito isolado e reclamou dos passes errados do camisa 6, que devia apoiá-lo pela esquerda. Já Madeirite mudou o lado direito, tirando Ibarra e Palacio para colocar Battaglia e Viatri. Já que o Huracán ia sair pro jogo, o Boca teria espaço para encaixar os contra ataques...

Era isso o que Madeirite pensava, mas tudo foi por água abaixo com apenas 15 segundos. Ruben Masantonio deu a saída de bola e correu para a esquerda, mas Villarruel driblou Riquelme para a direita e foi avançando. Serna apareceu para o desarme, mas também foi driblado pelo camisa 13, que foi até a entrada da área e chutou forte, vencendo Abbondanzieri e fazendo Huracán 1x1.

O gol fez o jogo voltar ao seu ritmo fraco. O Huracán não conseguia armar jogadas e o Boca esbarrava na marcação apertada dos adversários. Cigogna teve apenas duas chances no jogo, mas sem condições de transformá-las em gol.

Aos 6 minutos, a mudança de Madeirite deu resultado. Após Schiavi interceptar passe que ia para Cigogna e passar na direita para Battaglia, a ordem era para o camisa 12 não tentar o lançamento, era para sair jogando. Battaglia foi avançando pela direita e viu Viatri se deslocando do meio para a ponta. O passe foi curto, mas Viatri ganhou no corpo de Erramuspe, que ficou pedindo falta. O juiz mandou o jogo seguir (corretamente) e Viatri invadiu a área pela ponta, chutando cruzado e vencendo Islas: Boca 2x1.

A partir daí, o Huracán tentava armar jogadas, mas não conseguia. O Boca saía em contra ataques, mas não conseguia finalizar. O jogo estava fadado ao 2x1 não fosse uma jogada de Viatri pela ponta, em que ele acabou sendo derrubado no bico da área por Walter Ferrero. Riquelme cobrou a falta com perfeição e, no último lance do jogo, deu a vitória ao seu time: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Martin Arruabarrena. Curioso notar que Viatri, Palermo e Riquelme fizeram os gols e participaram da jogada dos três, mas o destaque foi o lateral esquerdo Arruabarrena. Com Riquelme marcado e Basualdo se preocupando com a marcação, coube ao camisa 3 assumir a função de armador e municiar tanto Palermo (no primeiro tempo) quanto Viatri (no segundo).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Segunda Rodada - 23/01/2017

Na impossibilidade de se fazer jogos no domingo, a segunda-feira se ofereceu para realizá-los e justo os dois clássicos do campeonato, em um mesmo dia! O calor forte e o início de semana não inibiram o público, que foi brindado com muita emoção.

BOCA JUNIORS 1x5 RIVER PLATE

O Superclássico colocava as duas equipes em pé de igualdade. O Boca estreou com vitória (4x0 no Independiente) e tinha a goleada no último Superclássico (4x1, em amistoso) como trunfos. Madeirite comemorou ter mais um dia para trabalhar e arrumar o meio de campo, para dar liberdade a Riquelme. O River também estreou goleando (5x0 no San Lorenzo) e comemorava o bom futebol de Trezeguet, artilheiro do campeonato. Para impedir os avanços do camisa 10 rival, Francescoli destacou Diego Armando Barrado para marcá-lo individualmente.

O primeiro tempo foi muito bom, com as equipes mostrando o futebol apresentado na primeira rodada, com grandes jogadas individuais e coletivas, mas o gol não saía. Carrizzo evitou três vezes que a bola chegasse ao fundo das redes, enquanto Abbondanzieri fez duas defesas milagrosas.

O primeiro gol só saiu aos 6 minutos. Após Berizzo arrancar pela esquerda, o passe foi na ponta para Trezeguet. Saindo do meio, o camisa 7 puxou a marcação e, com um toque de calcanhar, deixou Buonanotte com a bola próximo à entrada da área. Com um chute seco, o camisa 30 evitou a aproximação de Serna e viu a bola tocar no travessão antes de morrer no fundo das redes: River 1x0.

O gol despertou o Boca, que passou a se movimentar mais ainda e puxar as jogadas de ataque. Com Riquelme sendo anulado por Barrado, o time xeneize precisou voltar à tática da primeira rodada, com Basualdo aparecendo na armação. E assim, aos 8 minutos, eles conseguiram o empate. Basualdo recebeu de Schiavi e foi ao ataque, tabelando com Palermo e recebendo de volta no bico direito da grande área. Com um belo chute de efeito, venceu Carrizzo e saiu para comemorar: Boca 1x1.

Mas o River não é considerado uma das melhores equipes em todos os tempos à toa. Na saída de bola, a equipe armou a figura 8, com Gallardo tocando e correndo para a direita. Trezeguet pegou a bola e tocou à esquerda, matando a marcação. Como elemento surpresa, Berizzo apareceu livre e, da entrada da área, desferiu ótimo chute, no canto direito de Abbondanzieri: River 2x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna (que não marcava) e Riquelme (anulado por Barrado), para colocar Battaglia e Schelloto. Já Francescoli resolveu se segurar na defesa e sair nos contra ataques. Tirou Ortega e Gallardo e colocou Coudet e Funes Mori, passando a jogar com 3 volantes.

A estratégia de Gallardo se mostrou correta e o River dominou todo o segundo tempo, anulando as poucas chances que o Boca criava. Após um perde e ganha no meio de campo, a jogada característica do River surgiu. Almeyda desarmou Palacio e tocou na ponta direita para Funes Mori. O camisa 9 tocou no meio para Trezeguet e o camisa 7, já dentro da área, escolheu o canto e tocou no lado esquerdo de Abbondanzieri: River 3x1, aos 4 minutos.

A torcida do River começou a gritar olé a cada toque que o time dava, enquanto o Boca corria desesperadamente atrás da bola. Com Schelloto muito mal, o time não conseguiu armar uma jogada sequer no segundo tempo. Para piorar, aos 8 minutos Battaglia fez falta em Coudet na intermediária e levou o cartão amarelo. Dali, dava para chutar direto, mas Coudet preferiu tocar para Buonanotte e uma linda jogada se desenhou. O camisa 30 tabelou com Trezeguet, levou para a ponta direita, trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado, fazendo o gol mais bonito do jogo: River 4x1.

Os torcedores do Boca já deixavam o estádio quando o River ampliou nos acréscimos. Após mais uma tentativa de Basualdo e Schelloto não encontrar Palermo, Placente saiu jogando e tocou no meio para Coudet. O camisa 8 abriu na ponta para Ferrari, que viu Trezeguet saindo do meio para a direita. O passe foi preciso e o camisa 7 invadiu a área já chutando, para fazer River 5x1.

Destaque do jogo: David Trezeguet. 2 gols, 2 assistências, movimentação pelo campo todo e saída nos braços da torcida. Essa foi a tarde de segunda do camisa 7.

RACING 0x4 INDEPENDIENTE

O clássico seguinte foi o de Avellaneda, cercado de mistério. O Racing venceu na primeira rodada (3x2 no Estudiantes), mas a apreensão da torcida era porque a equipe não jogou bem. Mesmo após abrir 3x0 no primeiro tempo, deixou o Estudiantes encostar e por muito pouco não cedeu o empate. Para piorar, a forma técnica de Ruben Capria deixa a desejar, além da pouca movimentação de Acosta. Já o Independiente tem um clima muito pior. Totalmente dominados pelo Boca (0x4), não apresentaram nem sombra do futebol envolvente de 2016. Uma derrota no Clássico de Avellaneda podia comprometer o resto do campeonato.

O jogo começou muito ruim, com as duas equipes errando passes e não criando nenhuma oportunidade clara de gol, no que era o pior jogo do campeonato até aqui. O Independiente, ao menos, tentava criar, mas esbarrava nas limitações de seu armador, sumido em campo. O lance que mudou a partida aconteceu aos 7 minutos. Após uma tentativa de passe para Parra dar errado, Quiroz tocou a Pelletieri no meio de campo. O camisa 7 recuou a Pocchetino, que lançou Latorre na ponta esquerda. O camisa 11 inverteu o jogo para Acosta e o camisa 9 invadiu a área, sendo derrubado por Navarro. Ruben Capria cobrou o pênalti  no canto direito, mas Navarro voou e fez a defesa, mandando para lateral. A cobrança para Ruben Capria foi ruim e o Independiente recuperou a bola com Montenegro, que abriu na direita para Vella. O camisa 2 tocou no meio para Gracián e o camisa 19 pegou decidido a mudar a história do jogo. Ele avançou pelo meio e encarou a marcação de Quiroz, dando um lindo drible e chutando da entrada da área, uma bola em arco que entrou no ângulo de Saja: Independiente 1x0.

No intervalo, Paralelo novamente criou coragem para tirar Ruben Capria. Além dele, saiu Pelletieri, outro sumido em campo. Entraram Fariña e Hauche e Latorre foi para a armação, cabendo a Diego Capria virar o capitão do time. Já Bayer tirou Facundo Parra e Busse e colocou Acevedo e Gandin. Iria jogar fechado e sair em velocidade para os contra ataques...

As mudanças fizeram muito bem ao Independiente, que foi outra equipe no segundo tempo. O Racing continuou assistindo passivamente. O segundo gol do Independiente veio logo aos 2 minutos, em jogada de contra ataque. Matheu desarmou Hauche e tocou no meio para Montenegro. O camisa  5 abriu na ponta para Gandin, que viu Gracián se deslocando. O passe foi perfeito e o camisa 19 entrou na área, tocando na saída de Saja e fazendo Independiente 2x0.

A partir daí, todo o jogo passou a ser do Independiente. O terceiro gol veio aos 6 minutos, em erro da defesa do Racing. Gamboa tentou sair jogando e perdeu a bola para Mareque, que tocou a Silvera. Diego Capria deu um carrinho e mandou para lateral. Na cobrança, Silvera inverteu papéis e  tocou a Mareque, que invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, fazendo Independiente 3x0.

A torcida já gritava olé quando, aos 9 minutos, o Independiente deu números finais à partida. Após mais um desarme na defesa, Montenegro tocou a Vella, que tocou a Gracián no meio. O camisa 19 lançou Gandin na ponta e o camisa 9 foi até a linha de fundo, cruzando para a cabeçada precisa de Silvera, que fez Independiente 4x0, para delírio da sua torcida.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Sumido até a metade do primeiro tempo, o camisa 19 despertou pro jogo marcando dois belíssimos gols. A partir dali, começou a armar o jogo e levou sua equipe á frente várias vezes.

CLASSIFICAÇÃO
  1. River Plate - 6  pontos
  2. Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró
  3. Independiente - 3 pontos, 4 gols pró
  4. Racing - 3 pontos, 3 gols pró
  5. Huracán - 2 pontos, 7 gols pró
  6. Velez Sarsfield - 2 pontos, 5 gols pró
  7. Estudiantes - 1 ponto, 4 gols pró, 5 gols contra
  8. San Lorenzo - 1 ponto, 4 gols pró, 9 gols contra
ARTILHARIA
  1. David Trezeguet (River Plate) - 5 gols
  2. José Basualdo (Boca Juniors) e Daniel Cigogna (Huracán) - 3 gols
NOTAS RÁPIDAS
  • O milestone da rodada vai para Nestor Silvera. Ao fechar o marcador no Clássico de Avellaneda, ele chegou a incríveis 60 gols com a camisa do Independiente.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Segunda Rodada - 21/01/2017

O sábado começou com dia nublado e o sol aparecendo de quando em quando, mesmo assim o calor continuou forte. Nem por isso o público deixou de comparecer ao Itaquá Dome, para assistir à abertura da segunda rodada do Torneio Apertura. Os jogadores reconheceram o carinho do torcedor e os brindaram com dois grandes jogos. Vamos a eles!

VELEZ SARSFIELD 2x2 ESTUDIANTES

Vindos de um empate com o Huracán (3x3), no melhor jogo da rodada, os jogadores do Velez queriam aproveitar o buraco que o Estudiantes deixa no meio, para permitir que Insua atuasse com liberdade para armar o jogo. Do outro lado, apesar da derrota para o Racing na estreia (2x3), os jogadores do Estudiantes tinham motivos para comemorar, já que a equipe encostou após ir para o intervalo perdendo por 3x0, mostrando evolução no futebol apresentado no primeiro tempo. Caberia a Verón fazer a marcação a Insua, o que diminuía muito a capacidade de armação da equipe.

Mas a estratégia de Cristaldo foi correta. Com Verón marcando Insua, o Velez não teve como armar o jogo e não levou perigo à meta do time de La Plata. Já o Estudiantes contava com bom toque de bola, de paciência, para chegar à meta rival. Assim foi aos 4 minutos, quando Federico Fernandez recuperou bola perdida na zaga e tocou a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 procurou Leandro Benítez no meio, que abriu na direita para Enzo Perez. Com lindo toque entre os zagueiros, ele encontrou Boselli livre na esquerda, já entrando na área. O camisa 9 chutou de primeira na saída de Sosa e fez Estudiantes 1x0.

O gol fez maravilhas para o time de La Plata, que passou a jogar com tranquilidade. Já o Velez se afobou, partindo para o ataque de qualquer jeito e vendo suas jogadas morrerem no meio de campo, quando Verón desarmava Insua. Assim foi aos 9 minutos, quando Verón novamente desarmou Insua e tocou a Marco Rojo na esquerda. O lateral inverteu para Enzo Perez na direita, que voltou a inverter para Leandro Benítez na esquerda. Esse estilo de passes em zigue-zague fez a defesa do Velez bater cabeça, o que foi ótimo para Leandro Benítez, que avançou livre até a meia lua e chutou sem a menor chance para Sosa, fazendo Estudiantes 2x0.

No intervalo, Tripa Seca mudou o lado esquerdo. Tirou Romero e Turco Assad, que não saíram do lugar no primeiro tempo inteiro, colocando Cubero e Lucas Pratto em seus lugares. Já Cristaldo, percebendo que essa mudança seria feita, mudou o lado direito de seu campo, tirando Angeleri e Gastón Fernandez para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

A mudança de Tripa Seca se mostrou mais acertada e ainda deu um nó tático no rival. Pratto não entrou para se limitar ao lado esquerdo, aparecendo muito mais pelo meio e pela direita do que pelo lado originalmente destinado a ele. Cubero deu consistência ao meio de campo, com marcação forte e ajudando na saída de bola. Assim, o Velez envolveu o Estudiantes e encontrou seu primeiro gol aos 3 minutos. Após Gago desarmar Hernan Rodrigo Lopez, o passe procurou  Claudio Hussain no meio. O camisa 8 abriu na direita para seu irmão Dario, que viu Lucas Pratto fazendo movimento do centro para a direita dentro da área. O passe foi preciso e o camisa 12 encheu o pé para vencer Andujar, fazendo Velez 1x2.

A partir daí, o jogou ficou eletrizante, com o Velez pressionando e o Estudiantes se defendendo como podia, saindo em contra ataques velozes. Melhor para o Velez que, aos 8 minutos, encontrou o empate. Dario Hussain correu para o meio de campo e conseguiu desarmar Federico Fernandez, que se lançava ao ataque. O camisa 10 levantou a cabeça e viu Insua livre, pela primeira vez no jogo. O passe foi preciso e o camisa 11 recebeu livre, no buraco deixado por Fernandez. Trazendo a bola pro pé esquerdo, Insua ganhou o ângulo que necessitava para desferir chute indefensável e vencer Andujar, fazendo Velez 2x2.

A equipe de Buenos Aires ainda poderia ter saído com a vitória, mas o chute de Dario Hussain, já nos acréscimos, terminou com excelente defesa de Andujar, que espalmou para longe o que seria uma injustiça.

Destaque do jogo: Juan Sebastian Verón. Novamente, o camisa 11 foi o principal jogador do Estudiantes. Desta vez, abriu mão de jogar para anular a principal jogada do temido rival, marcando Insua em cima e ganhando todos os lances. Pena que cansou no segundo tempo e, no final, viu o adversário se desmarcar para empatar a partida, mas saiu de campo como o melhor.

SAN LORENZO 4x4 HURACÁN

Vindos de uma acachapante derrota para o River (0x5), os jogadores do San Lorenzo pegavam uma equipe de defesa forte. Nilson atendeu aos apelos do torcedor e montou a equipe no 4-3-3, montando um esquema em que o time voltava no 4-4-2 losango quando não tinha a bola. A Reynoso se juntava Buffarini na cabeça de área, com Romagnoli armando o jogo. No ataque, além de Stracqualursi de centroavante e Raul 'Pipa' Estevez na ponta direita, Erviti vinha como ponta esquerda, para jogar em velocidade e ajudar na armação. Quando a equipe não estivesse com a bola, Reynoso ficava fixo, com Buffarini de um lado e Erviti do outro, fechando o losango. Já o Huracán tinha motivos para acreditar em um bom jogo. O empate com o Velez (3x3) foi considerado o melhor jogo do campeonato até aqui e a marcação eficiente encontrava um contra ataque mortal, que poderia levar o time à liderança provisória.

É difícil dizer se o esquema de Nilson funcionou, pois antes que qualquer tática pudesse ser montada, sua equipe já vencia por 2x0. O primeiro gol foi marcado logo a um minuto, quando Ruben Masantonio voltava para cobrir o seu espaço na defesa e acabou atingindo Romagnoli. Falta próxima à área, que Romagnoli cobrou com perfeição para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O segundo gol veio aos 3 minutos, quando Centurión e Masantonio foram ao ataque, bateram cabeça e perderam a bola. Tulla recuperou e jogou a Romagnoli no meio, que foi avançando sem oposição. Da intermediária, o camisa 10 percebeu Islas adiantado e deu lindo toque de cobertura, para bater no peito, apontar ao chão e, novamente, fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

Com essa desvantagem, o Huracán não conseguiu se organizar. O San Lorenzo estava feliz com o resultado e não se abria para os contra ataques, condição essencial para fazer o jogo do Huracán fluir. Mesmo assim, nos acréscimos, a equipe conseguiu diminuir o prejuízo. Ruben Masantonio foi ao ataque, tabelou com Villarruel e viu a aproximação de Buffarini. Masantonio dividiu com o camisa 8, a bola ganhou efeito e morreu no fundo das redes, matando Migliore em um gol estranho: Huracán 1x2.

No intervalo, Nilson trocou o lado esquerdo, saindo Luciatti (que errava tudo) e Erviti (que não funcionou na ponta esquerda), colocando Tellechea e Bordagaray. Já Sr Rabina tirou o trapalhão Centurión e o inoperante Milano para colocar Erramuspe e Barrales, passando Cigogna para o lado direito.

A marcação ao camisa 9 era eficiente até aquele momento, mas Cigogna não é o mito à toa. Percebendo que não conseguiria ir ao ataque, o camisa 9 recuou para armar o jogo e mandou Erramuspe avançar. Como elemento surpresa, o camisa 12 recebeu do mito na frente e, da entrada da área, mandou um chute indefensável, que venceu Migliore: Huracán 2x2 aos 2 minutos.

O gol tornou as coisas mais interessantes, pois o San Lorenzo se lançou ao ataque e se abriu aos contra ataques do Huracán. Mesmo assim, Cigogna continuava marcado de perto. O San Lorenzo voltou a ficar na frente aos 5 minutos, quando Bordagaray tocou no meio para Romagnoli, que abriu na direita para Raul Estevez. Livre, o camisa 7 avançou pela ponta e, do bico da área, chutou cruzado e venceu Islas, fazendo San Lorenzo 3x2.

O gol voltou a empolgar a equipe de Almagro, que viu o Huracán tomar a iniciativa e se abrir aos contra ataques. Até então, Barrientos era garantia de segurança na entrada da área, mas o camisa 5 também se lançou ao ataque, deixando livre a área para os contra ataques do San Lorenzo. Ali, Bordagaray tocou para Stracqualursi, que chutou para boa defesa de Islas. Na cobrança de lateral, Stracqualursi recebeu novamente livre pelo meio, invadiu a área e mandou um chute, desta vez indefensável, fazendo San Lorenzo 4x2 aos 7 minutos.

Na saída de bola, aos 8, o Huracán voltou a descontar. Masantonio tocou e correu para a direita, mas Erramuspe chamou Barrales na esquerda. O camisa 11 avançou, viu a marcação se aproximar e tocou atrás. Erramuspe recebeu já dentro da área e chutou sem chances para Migliore, fazendo Huracán 3x4.

O jogo voltou a ganhar emoção, com o Huracán partindo com tudo para o empate e o San Lorenzo se trancando na defesa. Para ganhar o jogo, eles não podiam piscar perto do mito, mas a piscadela aconteceu. Aos 10 minutos, no único lance em que estava livre, Cigogna viu uma jogada começar lá atrás, com Romagnoli adiantando a jogada e perdendo para Walter Ferrero. O camisa 4 tocou a Minici na esquerda, que tocou no meio para Masantonio. O camisa 10 abriu no ataque para Barrales, que tocou no meio para Cigogna. Adiantando a bola, o camisa  9 deixou engatilhado o scopetazzo e, com seu tradicional chute, mandou sem chances para Migliore e deu números finais ao confronto: Huracán 4x4.

Tal qual o jogo anterior, a vitória ainda podia ter sorrido a uma das equipes, mas o chute de Stracqualursi encontrou uma defesa de ponta de dedo para Islas, que mandou a córner.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 finalmente estreou, participando de lances, armando jogadas e marcando dois gols, homenageando sua amada.

NOTAS RÁPIDAS

  • O jogo entre Velez e Estudiantes marcou a estreia de Rosálvio como auxiliar. Ele cumpre período experimental de 3 rodadas para garantir sua efetividade no cargo e, neste primeiro teste, se saiu bem. Se aprovado, a FIFUBO contará com 4 auxiliares para os árbitros.
  • O milestone da rodada vai para Romagnoli. Ao cobrar a falta no ângulo, contra o Huracán, o camisa 10 chegou a 70 com a camisa do San Lorenzo.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Primeira Rodada - 15/01/2017

O domingo de sol trouxe um bom público ao Itaquá Dome, para o encerramento da primeira rodada do Apertura 2017. Aqueles que compareceram ao estádio viram os dois melhores jogos da rodada. Vamos a eles!

HURACÁN 3x3 VELEZ SARSFIELD

Empolgados pelo vice campeonato do Torneio Início, inclusive com a vitória sobre o mesmo Velez nas semifinais (1x0), o Huracán queria manter a marcação forte no meio de campo, a fim de impedir a liberdade que Insua precisa para jogar. Do outro lado, a ordem é esquecer o Torneio Início e se concentrar no Apertura. O Velez é temido e respeitado pelos seus oponentes, mas quer vencer uma liga longa, para mostrar a sua superioridade também em campeonatos onde a regularidade precisa aparecer.

Os torcedores que compareceram ao Itaquá Dome viram aqui o melhor jogo da primeira rodada. As duas equipes se multiplicavam em campo, criando jogadas de pé em pé, com todos os jogadores participando, tanto em armação de jogada quanto em desarmes. Mas faltava o gol e ele só apareceu aos 6 minutos, após o Huracán encontrar uma falha na defesa do Velez, pelo lado esquerdo. Apesar do bloqueio na entrada da área, Centurión conseguiu driblar Claudio Hussain e tocar para Cigogna dentro da área. O mito chutou e Sosa defendeu, com a defesa afastando. No rebote, Danelón tocou a Ruben Masantonio no meio e o camisa 10 tocou por cima de Claudio Hussain, no mesmo lugar onde Cigogna estivera. Desta vez, quem recebeu dentro da área foi Centurión que, com um chute forte, venceu Sosa e fez Huracán 1x0.

O gol premiava a eficiência defensiva do Huracán, mas uma falha no minuto seguinte quase pôs tudo a perder. Na saída de bola, aos 7, Insua fez o "toca y me voy" com Romero, recebendo na frente e em condições de chutar. O chute saiu fraco, mas Islas falhou e morreu abraçado com a bola no fundo das redes: Velez 1x1.

O gol até devolvia um pouco de justiça à partida, pois se o Velez não era sombra daquele time temido (fruto da boa marcação em cima de Insua), o Huracán também não era dominante. Mesmo assim, a equipe do globo conseguiu ir para o intervalo em vantagem, após uma jogada de contra ataque, onde Danelón tocou a Masantonio, que tocou na direita para Centurión. O camisa 8 se livrou de Sebá Dominguez com facilidade e invadiu a área, sendo agarrado por Sosa. Pênalti que Cigogna cobrou, no ângulo direito de Sosa, que até acertou o canto, mas não alcançou: Huracán 2x1.

No intervalo, Sr Rabina previu que o Velez ia intensificar os ataques pela ponta e, por isso, mudou o lado esquerdo. Tirou Minici e Milano e colocou Erramuspe e Barrales. Já Tripa Seca tirou os irmãos Hussain, completamente nulos em campo, para colocar Cubero e Lucas Pratto. Gago passou a ser o capitão da equipe.

A mudança de Tripa Seca deu resultado e o Velez passou a ocupar mais o meio de campo, abafando a saída do Huracán e saindo rápido em contra ataque. Também houve a inversão dos jogadores, com os armadores participando da armação e os volantes aparecendo no ataque, com Insua recuando para ajudar na saída de bola. Assim, aos 3 minutos, veio o empate. Insua reiniciou o ataque invertendo para Peruzzi na direita. O camisa 2 tocou a Lucas Pratto no meio, que viu Cubero se deslocando para a área. O passe foi preciso e o camisa 13 recebeu de frente, tocando na saída de Islas e fazendo Velez 2x2.

O gol incendiou a equipe do Velez, que partiu com tudo para buscar a virada. E, para isso, contou com o Huracán se abrindo mais. Aos 6 minutos, o Velez engatou uma boa jogada de contra ataque, quando Sebá Dominguez rebateu bola que ia para Cigogna. A bola sobrou para Gago na entrada da área, que abriu na esquerda para Emiliano Papa. O camisa 3 avançou pela ponta e, com um belo passe, deixou Turco Assad livre dentro da área, para tocar na saída de Islas e fazer Velez 3x2.

Com o gol, o Velez passou a tocar a bola e procurar os contra ataques, já que o Huracán saía enlouquecidamente. Mas a retranca que Sr Rabina armou no intervalo ao tirar um lateral e colocar mais um volante, impedia que os contra ataques do Velez terminassem em gol. Com isso, o jogo ganhou intensidade, com um toma lá, dá cá eletrizante. Após Sosa impedir um gol do Huracán, o Velez saiu em contra ataque, mas Pratto acertou a trave. Na tréplica, o Huracán chegou ao empate, com Cigogna. O mito recebeu passe de Villarruel, invadiu a área e chutou na saída de Sosa, fazendo Huracán 3x3 aos 9 minutos.

O Velez ainda teve a bola do jogo no último lance, mas Islas se esticou para espalmar o chute de Insua e impedir que no melhor jogo da rodada alguém saísse vitorioso.

Destaque do jogo: Centurión. Em um jogo em que Cigogna fez dois gols e todos jogaram bem, fica difícil escolher o melhor, mas este foi Centurión. Com um gol e um penal sofrido, ele ajudou a sua equipe. Além disso, sua movimentação constante resultava em marcação forte na defesa e armação no ataque.

ESTUDIANTES 2x3 RACING

O último jogo da rodada era uma incógnita total. O Estudiantes jogou bem no Torneio Início, mas foi eliminado logo de cara. Não se sabe ao certo o que eles farão no campeonato, mas a expectativa é a de que não se classificarão pros playoffs. Para mudar esse paradigma, é essencial que os armadores participem intensamente da partida e que os dois atacantes joguem, uma vez que quando um se destaca, o outro se omite. Já o Racing é incógnita total por conta de seus últimos jogos. O amistoso no fim de ano contra o Bangu (vitória de 2x1) e a eliminação precoce no Torneio Início acendem a luz amarela em Avellaneda, pois seus principais atletas não parecem estar em boas condições. Mas o Clássico de Avellaneda, na próxima rodada, seria combustível para começarem o campeonato com o pé direito.

A incógnita se traduziu num jogão de bola, com as duas equipes ocupando o campo e trocando passes. Todos os atletas participavam, tanto no ataque, quanto na defesa. O único problema é que as jogadas terminavam em chutes tortos ou fracos, para defesas fáceis dos goleiros. O primeiro gol só saiu aos 6 minutos, em linda jogada coletiva do Racing. Marcado por três jogadores, Acosta voltou para buscar o jogo e se movimentou para o lado oposto, fazendo a jogada conhecida como Figura 8 após tocar a Ruben Capria, que tocou a Latorre e este devolveu a Acosta. Agora, o camisa 9 recebia sem marcação, mas com os seus três marcadores a bloquearem a visão de Andujar. O chute de Acosta ganhou efeito e Andujar só percebeu quando a torcida do Racing já comemorava: 1x0.

O Estudiantes continuou jogando bem, mas não conseguia furar o bloqueio do time de Avellaneda, que encontrou o segundo gol no único ponto fraco do Estudiantes, que abre o meio de campo para jogar pelos lados. Aos 8, Saja cobrou o tiro de meta no meio para Ruben Capria, que recebeu e avançou sem oposição. Com isso, Rodrigo Braña teve que sair da marcação a Latorre para impedir o avanço do camisa 10 do Racing. Inteligentemente, Capria percebeu a liberdade dada a Latorre e abriu o passe na esquerda. O camisa 11 recebeu dentro da área e tocou com extrema categoria na saída de Andujar, fazendo Racing 2x0.

O resultado já era ótimo para o Racing e injusto com o Estudiantes, mas podia se dilatar ainda mais. Nos acréscimos, Verón chutou e a bola bateu na zaga, sobrando para Martin Simeone, que tocou no meio para Ruben Capria. O camisa 10 abriu na direita para Acosta, que atraiu a marcação e deu na esquerda para Latorre. O camisa 11 recebeu livre, invadiu a área e chutou rasteiro na saída de Andujar, fazendo Racing 3x0.

No intervalo, Cristaldo tentava juntar os cacos. Sua equipe jogava como nunca e perdia como sempre. Ele mudou o lado esquerdo, tirando Marco Rojo e Mauro Boselli, para as entradas de Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. A entrada de Sanchez servia para fechar mais o meio, por onde o Racing iniciou os 3 gols. Já Paralelo tirou Pelletieri e colocou Fariña só para dar ritmo ao seu defensor reserva.

Outra coisa que foi combinada no intervalo foi uma jogada ensaiada na saída de bola. Verón fez um toque para Enzo Perez e correu para a esquerda. Perez tocou mais na ponta para Gastón Fernandez e o camisa 10 começou uma tabela com Verón de um lado a outro do campo. Esse pingue-pongue deixou a defesa do Velez perdida, correndo de um lado para o outro, até que Verón deixou Gastón Fernandez livre dentro da área para chutar na saída de Saja e fazer Estudiantes 1x3 logo aos 30 segundos.

O Estudiantes começou a tomar conta do meio de campo e ocupar a intermediária defensiva do Racing. Mas a equipe de Avellaneda defendia com unhas e dentes o seu arco e se organizava em perigosos contra ataques. Porém, o Estudiantes estava mais organizado e, com isso, o Racing não levou muito perigo. O jogo ganhou contornos dramáticos aos 7 minutos, quando o Estudiantes tentou duas jogadas seguidas, para Gastón Fernandez e Hernan Rodrigo Lopez, que a defesa afastou. Enzo Perez pegou o rebote da última jogada e abriu para Verón na esquerda. Com seu giro característico, o camisa 11 ajeitou a bola para um chute preciso, no ângulo de Saja, para fazer Estudiantes 2x3. O Racing segurou o resultado até o final e saiu com uma boa vitória em sua estreia.

Destaque do jogo: Diego Latorre. O camisa 11 se movimentou bem e se apresentou como a principal peça de ataque do Racing, marcando dois gols e ajudando sua equipe a sair com a vitória.

CLASSIFICAÇÃO

  1. River Plate - 3 pontos, 5 gols pró
  2. Boca Juniors - 3 pontos, 4 gols pró
  3. Racing - 3 pontos, 3 gols pró
  4. Huracán - 1 ponto, 3 gols pró
  5. Velez Sarsfield - 1 ponto, 3 gols pró
  6. Estudiantes - 0 ponto, 2 gols pró
  7. Independiente - 0 ponto, 0 gol pró, 4 gols sofridos
  8. San Lorenzo - 0 ponto, 0 gol pró, 5 gols sofridos

ARTILHARIA
  1. David Trezeguet (River Plate) - 3 gols
  2. José Horácio Basualdo (Boca Juniors), Martin Palermo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán) e Diego Latorre (Racing) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS
  • Após o jogo, a Federação se reuniu e decidiu mudar o sistema de sorteio de arbitragem. Atualmente, o árbitro que apita um jogo é excluído dos dois sorteios seguintes. Mas isso não impediu o juiz Dula Rápio de apitar o primeiro jogo do campeonato e voltar, ainda nessa rodada, para apitar o último. Com a nova regra, além de ficar impedido de participar dos dois sorteios seguintes, o árbitro também é impedido de apitar na mesma rodada.
  • Também após o jogo, em caráter experimental, a Federação nomeou um novo auxiliar. Agora, o quadro de auxiliares conta com 4 profissionais, com a chegada do ex jogador do Imperatriz e do Itacoatiara Surfers Rosálvio.  Ele irá participar de alguns jogos e a Federação avaliará se sua contratação será permanente ou se outro auxiliar será contratado.
  • Dois jogadores alcançaram milestones na rodada. Ao virar o jogo para a sua equipe contra o Huracán, Turco Assad chegou a 20 gols com a camisa do Velez. Já o giro espetacular e o chute preciso fizeram Verón chegar a 30 gols com a camisa do Estudiantes.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Torneio Apertura 2017 - Primeira Rodada - 14/01/2017

Chega o grande dia! O pontapé inicial da primeira liga do ano foi dado neste sábado! O sol voltou a brilhar, depois de alguns dias de chuva, e trouxe um calor forte. Mesmo assim, o público compareceu em grande número ao Itaquá Dome, lotando o estádio em busca de espetáculo. E os jogadores não deixaram por menos, mostrando que o Apertura deste ano será grandioso! Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 0x4 BOCA JUNIORS

Disposto a mostrar que não é uma equipe que nada e morre na praia, o Independiente tem a missão de largar bem. Além de querer estrear com o pé direito, a equipe quer a vitória para pegar moral para a próxima rodada, quando tem o Clássico de Avellaneda contra o Racing. Do outro lado, a empolgação após vencer o River em amistoso deu lugar à apreensão com a eliminação logo na primeira rodada do Torneio Início. Madeirite quer o Boca largando bem, com movimentação e um meio campo de forte movimentação, para deixar Riquelme com liberdade para criar.

O jogo começou num nível bom, com as equipes se movimentando e criando oportunidades, mas com a defesa atenta para impedir os chutes a gol. Aos poucos, o Boca foi tomando conta do campo e o Independiente começou a errar, perdendo bolas fáceis. Foi assim quando Fredes errou uma devolução para Vella, após este cobrar lateral. Arruabarrena roubou e tocou no meio a Cagna. Para não deixar o contra ataque evoluir, Montenegro fez falta no camisa 8, que cobrou rápido para Basualdo. O camisa 11 recebeu com uma avenida para evoluir, invadiu a área e foi derrubado por Navarro. Palermo cobrou o pênalti com força, no canto esquerdo de Navarro, que até acertou o canto, mas não a bola. Boca 1x0, aos 3 minutos, no primeiro gol do Torneio Apertura.

O gol desmontou o Independiente, que passou a errar muito mais, enquanto o Boca mostrava uma movimentação perfeita e um toque de bola envolvente. Aos 6 minutos, Serna desarmou Parra, que não se entendeu na tabela com Busse. O contra ataque encontrou Basualdo, que ligou rápido a Palermo na esquerda. O camisa 9 deu um toque de primeira e deixou Basualdo livre, próximo à meia lua, para mandar um chute perfeito e fazer Boca 2x0.

A partir dali, nada mais deu certo para o Independiente. Com Silvera muito bem marcado, o time não conseguia se movimentar e criar. Gracián não contribuía, em péssima forma. Aos 10 minutos, a defesa do Independiente voltou a falhar. Matheu se atrapalhou na saída de bola e passou errado, para lateral. Basualdo cobrou para Palermo, que invadiu a área pela esquerda e deu lindo chute, no ângulo de Navarro, fazendo Boca 3x0.

No intervalo, Bayer podia escolher qualquer um para tirar, mas preferiu uma formação ousada (nunca testada) para reverter o jogo. Escolheu os que falharam em gols, saindo Matheu e Montenegro para as entradas de Acevedo e Gandin. Assim, o time ficaria com Fredes e Busse de volantes e três jogadores no ataque. Já Madeirite trocou apenas para dar ritmo de jogo. Saíram Ibarra e Palacio e entraram Battaglia e Viatri.

É difícil saber se a escolha de Bayer deu certo, porque logo na saída, Facundo Parra tocou a Fredes e correu para receber de volta, mas Fredes se atrapalhou e perdeu para Cagna. O camisa 8 tocou rápido a Basualdo, que avançou pela esquerda e chutou da entrada da área, vencendo Navarro e fazendo Boca 4x0 com apenas 30 segundos.

O gol desmontou o Independiente de vez e o 4-3-3 não deu certo. O dia não era deles. Ao contrário, o Boca continuava tocando e fazendo lindas jogadas. Poderia ter ampliado aos 7 minutos, quando Viatri fez um carnaval na direita e cruzou para Palermo desviar, mas a bola tocou na trave...

Destaque do jogo: Martin Palermo. Além de marcar 2 gols, o camisa 9 deu passe para outros, criou jogadas, desperdiçou chances, apareceu na defesa... fez tudo aquilo que se esperava de Silvera e ainda calou os críticos que dizem que quem tem que ter liberdade no Boca é Riquelme. De quebra, mostrou que o time está pronto para pegar o maior rival na próxima rodada.

RIVER PLATE 5x0 SAN LORENZO

Campeão do Torneio Início, o River celebrou mais a volta de seu bom futebol. A defesa se portou bem e os passes saíram. Para esse jogo, Francescoli pediu aos jogadores que toquem bastante a bola, toques inteligentes, movimentação, aquilo que fez a equipe ser considerada o Barcelona do Futibou de Butaum. Do outro lado, as dúvidas persistem. Após ser eliminado para o River no Torneio Início (0x2), Nilson foi muito criticado por ter abandonado o 4-3-3 em prol do 4-4-2. Para esse jogo, o 4-4-2 seria mantido e, se necessário, o 4-3-3 seria aplicado no segundo tempo, por conta da dúvida sobre como armar o meio de campo para deixar Romagnoli com liberdade para  jogar.

O San Lorenzo até tentou tomar as rédeas do jogo, mas a marcação do River foi implacável desde o primeiro momento do jogo. A equipe de Nuñez foi dominando as ações e rondando a área do rival até conseguir seu primeiro gol aos 2 minutos. Almeyda tocou a Gallardo, que abriu na ponta para Ortega. O camisa 10 levantou a cabeça para passar para Trezeguet, mas o francês era marcado individualmente por Reynoso. Ortega, então, resolveu avançar com a bola e, da meia lua, mandou um chute de trivela, que venceu Migliore e fez River 1x0.

O gol fez o San Lorenzo se abrir e o River passou a ter espaços para jogar. Aí o barraco desabou em Almagro. Em linda jogada coletiva, que começou num desarme de Almeyda, a bola sobrou para Paz, que tocou para Berizzo na esquerda. O camisa 6 tocou a Gallardo no meio, que abriu a Buonanotte na esquerda. Vendo Trezeguet livre, o camisa 30 inverteu a bola para o outro lado do campo, com um lançamento de precisão cirúrgica. Trezeguet recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Migliore, fazendo River 2x0 aos 4 minutos.

A partir daí, o campo passou a ter uma só equipe. O San Lorenzo não conseguia trocar dois passes sem que a ótima marcação do River roubasse a bola e tocasse com maestria até a área do rival. A trave e o goleiro Migliore faziam o que podiam. Aos 9 minutos, após linda triangulação entre Trezeguet, Ferrari e Ortega, Ameli derrubou o camisa 10 no bico direito da área. Gallardo cobrou a falta com maestria e mandou a bola pro fundo das redes, fazendo River 3x0.

No intervalo, Francescoli trocou o lado esquerdo para dar ritmo aos jogadores. Sacou Berizzo e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori. O intuito, também, era reforçar a marcação, já que o San Lorenzo viria para o 4-3-3. E foi isso que Nilson fez, tirando os dois volantes que saem pro jogo (Piatti e Buffarini) para as entradas de Tellechea e Bordagaray. Assim, Tellechea e Reynoso dariam a proteção necessária para Romagnoli ter liberdade e armar para um ataque que teria Raul 'Pipa' Estevez e Bordagaray nas pontas e Stracqualursi no ataque.

As mudanças de Nilson não surtiram efeito, mas não por culpa de seus jogadores. A marcação do River era, simplesmente, perfeita. E as jogadas que se seguiam eram toques precisos de pé em pé, até a área do rival. O quarto gol saiu aos 4 minutos, na mais clássica jogada do River. Carrizzo cobrou tiro de meta para Gallardo no meio. O camisa 11 abriu na ponta esquerda para Funes Mori, que tocou no meio para Trezeguet. Deixando a bola correr, o camisa 7 ganhou ângulo e chutou de primeira, para vencer Migliore e fazer River 4x0.

Aos 7 minutos, a jogada mais bonita do River terminou em gol, de forma muito parecida com a do gol anterior. Migliore cobrou tiro de meta para Romagnoli no meio. O camisa 10 viu uma falha na defesa e tocou a Stracqualursi. Mas a "falha" era uma isca de Almeyda, para forçar Romagnoli a fazer aquele passe. Almeyda ocupou o espaço rapidamente e tocou para Paz na área. O camisa 4 recuou para Carrizzo e o goleiro abriu no meio para Gallardo. Com liberdade, o camisa 11 abriu na esquerda para Funes Mori, que com mais liberdade ainda, tocou no meio para Trezeguet. O camisa 7 recebeu já dentro da área e, com um chute alto, venceu Migliore mais uma vez, para marcar seu hat trick: River 5x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Se o ano começou com Trezeguet como destaque na conquista do Torneio Início, o primeiro jogo do Apertura foi a prova de que o francês vive em grande fase. Além do hat trick, o camisa 7 voltou a se movimentar pelo campo todo, buscando e armando o jogo, além de abrir espaços para seus companheiros. Se Palermo deu um forte recado do que espera o River no Superclássico, a resposta de Trezeguet é de que teremos uma batalha épica.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Torneio Início Apertura 2017

A temporada argentina começou na FIFUBO no último domingo, com o Torneio Início do Apertura 2017. Tradicionalmente, antes de cada liga há este torneio, que é disputado em forma eliminatória, com as equipes jogando partidas de 10 minutos (em tempo único), onde o vencedor é aquele que marcar mais gols. Se houver empate, aquele que tiver mais escanteios avança. Persistindo o empate, avança o vencedor em disputa de pênaltis. Por ser um torneio relâmpago, foi disputado todo no mesmo dia. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 2x0 SAN LORENZO

Única equipe a não colocar o título do Torneio Início como prioridade, o River queria avançar às semifinais para poder colocar todos os jogadores em campo (já que as substituições no jogo só são possíveis em caso de lesão). Francescoli quer acertar a defesa e a volta do "tik tik", o jogo baseado em toque de bola, envolvendo o adversário. Já o San Lorenzo quer o título do Torneio Início como uma forma de começar bem o ano. Empolgados após chegarem á final da Copa Olé, os jogadores sabem que depende somente deles para a equipe engrenar de vez. Nilson resolveu colocar a equipe no 4-4-2 losango, a despeito das últimas investidas em aplicar um 4-3-3 ao time.

O San Lorenzo fez um jogo muito bom, pressionando e saindo com boas opções ofensivas. Buffarini apoiou bastante e tabelou com Romagnoli, com Stracqualursi recebendo algumas bolas em condições. Chegaram a acertar a trave duas vezes. Mas a maior qualidade do River e o toque de bola envolvente mostram quem é o time grande aqui. Aos 4 minutos, após pressão do time de Almagro, o River saiu tocando. Almeyda tocou a Ferrari na direita, que procurou Ortega mais à frente. Invertendo o jogo, o camisa 10 encontrou Buonanotte, que tocou a Trezeguet no meio. O camisa 7 chutou de pé esquerdo, da entrada da área, e fez o primeiro gol argentino do ano: River 1x0.

O San Lorenzo bem que tentou voltar a controlar a partida, mas o River ficava com a posse de bola e cansava o adversário. De tanto tik tik, chegaram ao segundo gol aos 8 minutos, em sua jogada característica. Placente desarmou Stracqualursi e tocou a Gallardo no meio. O camisa 11 abriu a Ortega na direita, que procurou Trezeguet no meio. De dentro da área, o camisa 7 só teve que chutar na saída de Migliore para levar o River às semifinais: 2x0.

BOCA JUNIORS 0x2 VELEZ SARSFIELD

Duas equipes empolgadas e prometendo o título. Do lado do Boca, a diretoria deu um voto de confiança a Madeirite até o final do Apertura, mas teve uma boa dose de que o treinador permanecerá, com a vitória no último amistoso de 2016, um 4x1 no Superclássico. Madeirite prometia o título do Torneio Início como uma forma de mostrar que sua equipe estava no caminho das vitórias. Do outro lado, o supercampeão de 2016 queria mais. Após vencer os dois campeonatos disputados no ano passado (Torneio Início do Apertura, Copa Olé e Supercopa FIFUBO), os jogadores do Velez queriam confirmar a fama de maiores vencedores da Argentina conquistando tudo o que aparecia na frente. O jogo também marcava um duelo entre os dois armadores (Riquelme e Insua) e um debate sobre a liberdade dos craques como fator para a vitória.

Desta maneira, o jogo foi de muita marcação no meio, com uma equipe tentando anular o armador do outro lado. Aquele que conseguisse se libertar da marcação, por movimentação própria ou ajuda de seus companheiros, faria a diferença na partida. E quem conseguiu, aos  5 minutos, foi Insua. Após Gago interceptar passe que ia para Palacio, Insua correu para a direita do campo, recebendo a bola do camisa 5. Com liberdade, Insua viu Dario Hussain se movimentando para a área e, com um passe de precisão cirúrgica, o camisa 11 deixou o número 10 livre dentro da área. Hussain invadiu pela direita e chutou no ângulo de Abbondanzieri, fazendo Velez 1x0.

O Boca tentou sair pro jogo, mas Claudio Hussain e Lucas Romero marcavam Riquelme onde ele caísse. A solução foi sair pelo meio, mas isso significava deixar Insua livre. Assim, aos 9 minutos, o Boca partiu para a pressão e o Velez aliviou, com Romero. A bola sobrou na esquerda para Emiliano Papa, que tocou a Turco Assad na esquerda. Com um passe de primeira, o camisa 9 tocou a Insua que, novamente desmarcado, aproximou-se da área e mandou um chute preciso, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Velez 2x0.

HURACÁN 3x1 RACING

Dispostos a mostrar que não são a equipe pequena da liga, os jogadores do Huracán queriam conquistar o título do Torneio Início com muita marcação e contra ataques rápidos. Já o Racing foi a incógnita da semana. Até 2 dias antes do Torneio, não havia indicação de que iria disputar o título ou apenas preparar a equipe. A resposta veio na sexta-feira, quando Paralelo admitiu que sua equipe não tinha o Torneio Início como grande objetivo do ano, mas que iria disputá-lo por conta do histórico do time, campeão dos Torneios Início do Apertura e Clausura em 2014.

O problema é que, do outro lado, encontravam a marcação mais forte da liga. O Huracán montou um esquema fortíssimo na saída de bola e recuperou quando Martin Simeone tentava devolver a Ruben Capria. Com toques rápidos, Barrientos mandou no meio para Ruben Masantonio, que tocou de primeira para Villarruel. O camisa 13 foi avançando e desferiu belo chute da  intermediária, com efeito, vencendo Saja e fazendo Huracán 1x0.

O gol assustou o Racing, que tentou se reorganizar. Porém, a equipe vem enfrentando problemas de entrosamento, com os jogadores meio perdidos em campo. Assim, só na base do improviso poderiam chegar ao gol. E foi isso que aconteceu, aos 3 minutos. Pocchetino interceptou bola que ia para Milano e saiu jogando. Após tabelar com Enrique e receber de volta no meio, o camisa 6 não encontrou ninguém do seu time para tocar. Todo mundo estava do lado direito e a marcação também estava se encaminhando para aquele lado. Assim, Pocchetino foi avançando até a intermediária, onde ficou sem opções e resolveu arriscar. O chute foi forte e Islas não conseguiu alcançar. O Racing empatava em 1x1 e Pocchetino celebrava seu primeiro gol com a camisa azul e branca.

Mesmo assim, o Racing não se encontrou em campo. Acosta e Latorre ficavam em suas zonas de conforto, Ruben Capria parecia fora de forma e Martin Simeone não encontrava lugar para jogar. Desta forma, o Huracán viu seu trabalho de marcação se tornar  mais fácil e ainda podia se dar ao luxo de se organizar para o ataque. Assim foi quando o Racing se desfez da bola, que sobrou para Walter Ferrero. O camisa 4 tocou a Centurión na intermediária e o camisa 8 procurou Minici na esquerda. O lateral viu Cigogna no ataque, marcado por Gamboa, mas mesmo assim fez o lançamento. O toque que Cigogna deu, de costas para o marcador, foi genial e o mito se livrou da marcação com um drible que levantou o estádio. O público só não vibrou mais com o drible do que com o scopetazzo que Cigogna mandou de dentro da área, vencendo Saja e fazendo Huracán 2x1, aos 5 minutos.

O jogo ficou á feição do Huracán. Vencendo, marcando bem e com o adversário perdido, o time tinha tudo para avançar. E a tarefa ficou mais fácil aos 7 minutos, quando Ruben Capria tentou se aventurar no ataque e perdeu para Walter Ferrero. Enquanto o camisa 4 procurava Centurión no meio de campo, os jogadores do Racing remontaram o esquema defensivo com brilhantismo. Mas Centurión foi mais brilhante e, com 2 toques, conseguiu encontrar espaço para passar a bola para Cigogna. O mito também foi brilhante, pois precisou de um toque só para colocar a bola dentro da área e desferir outro scopetazzo, fazendo Huracán 3x1.

ESTUDIANTES 2x2  INDEPENDIENTE

Dispostos a mostrar que os conflitos ficaram no passado, os jogadores do Estudiantes queriam o título para reconquistarem o torcedor. Para isso, a participação dos armadores era fundamental, tanto para desafogar Verón quanto para ajudarem a municiar o ataque. Do outro lado estava uma equipe que não tinha que provar nada com a conquista do Torneio Início, mas queria o título para acabar com a fama de nadar e morrer na praia. O Independiente sempre joga um futebol envolvente, vence e, na hora da taça, perde.

Disso resultou o melhor jogo das quartas de final, com as duas equipes tocando bem e desperdiçando chances de ataque. A movimentação das duas equipes foi maravilhosa e os chutes na trave foram muitos. O Estudiantes abriu o marcador em cobrança de tiro de meta de Andujar, que encontrou Gastón Fernandez próximo à entrada da área. Com um toque genial, o camisa 10 levou a bola dentro da área e deu um toque sutil na saída de Hilário Navarro para fazer Estudiantes 1x0, aos 3 minutos.

O gol incendiou o Estudiantes, que passou a procurar mais as jogadas, com seus jogadores se multiplicando em campo. Já o Independiente tinha dificuldades, pois Gracián era bem marcado no meio e, apesar dos esforços, Busse não conseguia armar as jogadas de ataque. Assim, aos 5 minutos, o Estudiantes encontrou o segundo gol em linda jogada coletiva. Após desarmar Busse, Rodrigo Braña tocou no meio para Enzo Perez. O camisa 7 tocou mais à frente para Leandro Benítez, que abriu na direita para Angeleri. O camisa 2 tocou no corredor, já dentro da área, para Gastón Fernandez. Invadindo em diagonal, o camisa 10 deu novo toque sutil na saída de Hilário Navarro e fez 2x0 Estudiantes.

A essa altura, os torcedores do time de La Plata vibravam como há muito tempo não faziam. A equipe jogava bem e o Independiente parecia envolvido pela marcação rival. Mas o time de Avellaneda não pode ser menosprezado. Aos 8 minutos, Montenegro tocou a Vella na direita, que procurou Gracián no meio. Pela primeira vez desmarcado, o camisa  19 pôde levantar a cabeça e encontrar Silvera no ataque. Recebendo na esquerda, o camisa 11 percebeu a marcação se aproximando e viu Facundo Parra correndo para o meio da área. O toque foi preciso e Parra ainda teve tempo de ver o goleiro saindo, para tocar no canto e fazer Independiente 1x2.

Mesmo com essa linda jogada, a confiança dos jogadores do Estudiantes não se abalou. O jogo se encaminhava para o final e a equipe tinha a liderança no marcador. Mas Silvera está disposto a retomar seus melhores momentos e, para isso, não fica mais parado no ataque à espera da bola. Ele volta para armar jogo e até participa da marcação. Foi assim que, nos acréscimos, o camisa 11 saiu correndo feito um louco e desarmou Gastón Fernandez, até  então o melhor em campo, que avançava livre na direita, rumo a mais um gol. Silvera conseguiu tomar a bola do camisa 10, tocou a Mareque na esquerda e recebeu no meio de campo. Avançou, então, até a intermediária e, vendo o tempo se esgotar, resolveu arriscar. A bola ganhou altura e foi morrer no fundo da meta de Andujar. O Independiente empatava em 2x2 e, por ter um escanteio no jogo (contra nenhum do Estudiantes), avançou às semifinais em final dramático.

HURACÁN 1x0 VELEZ SARSFIELD

Se tem alguém que pode acabar com a liberdade de Insua, é o time do Huracán. Com a forte marcação, a ideia é impedir que o camisa 11 se movimente e crie. Por estar no segundo jogo, Sr Rabina colocou Erramuspe e Barrales nos lugares de Villarruel e Cigogna, para que todos os atletas jogassem. Do outro lado, a ordem é continuar avançando. Se o adversário marca forte, que se crie condições para que Insua tenha liberdade para trabalhar! Tripa Seca sacou Romero e Turco Assad para colocar Cubero e lucas Pratto, a fim de que todos pudessem jogar.

O Huracán amassou o Velez desde o início do jogo. Com a forte marcação, Insua não teve liberdade para trabalhar e os atacantes não conseguiram receber bolas em condições de jogo. Os laterais não conseguiam avançar, já que Danelón e Minici também marcavam bem. E os volantes não saíam pro jogo porque Cigogna corria de um lado a outro, chutando as bolas que lhe passavam. O mito da camisa 9 chutou quatro vezes durante a partida, para defesas milagrosas de Sosa. Até que, aos 7 minutos, o artilheiro venceu o duelo. Barrales cobrou escanteio rasteiro para Cigogna, que viu Sosa saindo e deixou a bola correr. O goleiro tentou cortar e derrubou o camisa 9. O próprio Cigogna cobrou o pênalti no canto direito, com Sosa indo para o lado esquerdo e levando o Huracán à final: 1x0.

RIVER PLATE 2x1 INDEPENDIENTE

Missão cumprida para os jogadores do River. A chegada às semifinais garantia que todos os atletas iriam jogar e, assim, Coudet e Funes Mori entraram nos lugares de Barrado e Ortega. Mas Francescoli dizia que, mesmo não sendo o objetivo principal, era para os jogadores se esforçarem ao máximo para vencer. Do outro lado, a empolgação com o dramático empate e o sonho de conquistar o Torneio Início mantinham o Independiente de pé. Também aproveitando o segundo jogo, Bayer tirou  Fredes e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin.

O jogo começou e foi digno de uma partida entre esses dois gigantes. Com bom toque de bola, as equipes iam para o ataque e a marcação rival se encarregava de afastar as oportunidades de perigo. Porém, o tik tik voltou a dar as caras, ainda que de uma forma um pouco diferente. Quando Almeyda tocou a Gallardo no meio, ele não abriu para uma das pontas, mas recuou a Ferrari. O camisa 2 tocou no corredor para Ortega e isso confundiu a marcação do Independiente, que precisou correr para a ponta direita para impedir o avanço do camisa 10. Foi aí que Ortega, rapidamente, devolveu a Trezeguet no meio. O camisa 7 ainda driblou Matheu antes de invadir a área e chutar na saída de Navarro, fazendo River 1x0 aos 3 minutos.

O gol não desanimou o Independiente, que continuava buscando as jogadas de ataque. E a persistência não demorou a virar gol de empate. Aos 5 minutos, Gracián tocou a Busse na esquerda, que abriu a Mareque mais na ponta. O camisa 3 ia avançando, quando viu Silvera se deslocando para o meio. O passe foi preciso e o camisa 11 invadiu a área, chutando na saída de Carrizzo e fazendo Independiente 1x1.

Escolados pelo que aconteceu com o Estudiantes, os jogadores do River trataram de avançar e buscar o segundo gol, mas o Independiente marcava forte e, se possível, buscava uma jogada de ataque para matar a partida. Com 1x1 também em escanteios, tudo indicava que teríamos cobranças de pênalti, mas Trezeguet estava em um domingo inspirado. Vendo que a bola não chegaria ao ataque, o camisa 7 voltou para buscar o jogo. Ao receber de Gallardo no meio, o camisa 7 levantou a cabeça e olhou para os dois lados, em busca de Ortega ou Funes Mori. Os laterais do Independiente avançaram e brecaram as chances de passe do centroavante francês. Então, Trezeguet resolveu avançar. Driblou Acevedo e Montenegro e, da entrada da área, acertou um belíssimo chute, que entrou no ângulo de Navarro e levou o River à final: 2x1.

HURACÁN 0x3 RIVER PLATE

Então a final! De um lado, um Huracán com moral após eliminar os dois últimos campeões de Torneio Início, dono de uma defesa forte e um Cigogna inspiradíssimo e autor de 3 gols, além de, tradicionalmente, ser uma pedra no sapato do River. Do outro lado, um River Plate sem se importar com Torneio Início, mas com moral após derrotar o Independiente e com ganas de vencer. Francescoli frisava sempre que o título não era o objetivo, mas a obrigação de vencer existia enquanto o time jogasse. Além disso, se Cigogna havia feito 3 gols, Trezeguet tinha 4 e era o dono da equipe.

Quem vê o placar, acha que o jogo foi tranquilo para o River. Mas não foi assim. Desde o início, as equipes se estudaram bastante e não quiseram se arriscar. O Huracán marcava forte e impedia o trik trik rival. Mas o River tinha um esquema sólido, com Almeyda e Barrado (que voltava ao time) impedindo qualquer tentativa de passe para Cigogna. Gallardo não conseguia furar o bloqueio de Centurión e Villarruel (que também voltava a campo), fora Ortega e Buonanotte (outro que voltava a jogar) sofriam com a marcação dos laterais do Huracán e Barrientos se encarregava de Trezeguet.

Mas o francês não foi eleito o melhor jogador do torneio à toa. Vendo que não conseguiria ter liberdade para concluir, Trezeguet passou a armar o jogo e cair pelas pontas. Foi assim que conseguiu uma boa jogada pela direita, que Walter Ferrero mandou para córner. O River conseguia sair na frente  em números de escanteio, mas a busca pela vitória está no DNA da equipe. Trezeguet cobrou o córner para o meio da área e foi ali que Buonanotte subiu, no meio dos zagueiros, para mandar forte cabeçada no canto direito de Islas, fazendo River 1x0 aos 8 minutos.

O gol fez o Huracán sair pro jogo, abandonando a marcação forte. Agora, precisavam virar o jogo, pois o empate ainda dava o título ao River, pelo número de escanteios (1x0). Foi assim que o feitiço virou contra o feiticeiro. O River se fechou com marcação forte e saiu em contra ataques perigosos. Assim, aos 10 minutos, Placente rebateu bola que ia para Cigogna e Almeyda tocou a Trezeguet no meio. Invertendo papéis, o camisa 7 deu uma de armador e tocou a Gallardo já no campo de ataque. O camisa 11 não encontrou oposição e invadiu a área, escolhendo o canto antes da saída de Islas e fazendo River 2x0.

A essa altura, a torcida do River já comemorava o título e o Huracán já tinha jogado a toalha. Estava nos acréscimos, precisando de 3 gols para ficar com o título. Para piorar, começou a apelar para faltas e o River agradecia, ficando com a bola. Assim, o Huracán errou um passe na defesa e Trezeguet invadiu a área para, finalmente, fazer o seu. Mas Islas saiu atabalhoadamente e fez pênalti. Ferrari cobrou no canto esquerdo de Islas, que foi para o lado oposto e o River fazia 3x0.

RIVER PLATE CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO APERTURA 2017

Curiosamente, a única equipe que não colocou a conquista do Torneio Início como objetivo foi a que saiu campeã. A moral pela conquista do título simbólico acompanha o time Millonario, que agora entra no Torneio Apertura com um alvo nas costas. Além da conquista vir com 3 vitórias, teve em Trezeguet o artilheiro (4 gols) e melhor jogador.

NOTAS RÁPIDAS

  • A conquista do título não foi a única  coisa a se celebrar em Nuñez. Os 4 gols marcados na competição fizeram Trezeguet chegar a 60 com a camisa do River, no primeiro milestone da temporada.
  • O Torneio Apertura deve começar no próximo final de semana. No sábado, jogam Independiente x Boca e River x San Lorenzo. No domingo, é a vez de  Huracán x Velez e Estudiantes x Racing.
  • A competição é disputada no sistema de todos contra todos, em turno e returno, com as quatro melhores equipes avançando às semifinais. Com a nova regra das 7 rodadas da FIFUBO, se chegar no meio do ano e o campeonato estiver parado, fazer-se-à o necessário para que se chegue à metade do campeonato (7 rodadas) e, aí, se avança aos playoffs.
  • O Torneio Início foi o primeiro campeonato da FIFUBO no ano onde as equipes argentinas apresentaram seus novíssimos ônibus-concentração. Agora, todas as equipes da FIFUBO têm casa própria, com lugares individuais para cada atleta.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Copa 3 Corações 2017

A bola começa a rolar em 2017 com a tradicional Copa 3 Corações, torneio triangular que reúne Imperatriz, Dallas Stars e Vasco. Pela primeira vez na História, era impossível apontar um favorito, motivo pelo qual o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, apesar do calor intenso. Ao final dos três jogos, a equipe com o maior número de pontos seria coroada como campeã. Caso houvesse empate em pontos, a equipe com o maior número de gols pró seria declarada vencedora e, persistindo o empate, quem tivesse sofrido menos gols levava a taça. Se ainda assim houvesse empate, as equipes disputariam nos pênaltis o título, em apenas uma disputa se houvesse empate entre duas equipes ou um triangular de penais se houvesse triplo empate. Mas nada disso foi necessário, embora tenha sobrado emoção. Vamos aos jogos!

IMPERATRIZ 4x2 VASCO

Atual bicampeão, o Imperatriz enfrenta problemas. Com a torcida pedindo pela modernização da equipe, o técnico Dircys sabe que alguns reforços são bem vindos, mas o mercado não está favorável. Por esse motivo, ele ainda deposita nos pés de Zenden a esperança de chegar ao tricampeonato. Do outro lado, problemas também aparecem. A última Copa 3 Corações expôs os problemas do Vasco, a falta de entrosamento e a deficiência física da equipe. Antônio Lopes sabe disso. Para derrotar seu oponente, armou uma cabeça de área com dois homens de marcação (Nasa e Bruno Lazaroni) e apostava em contra ataques rápidos pelas pontas.

A estratégia de Lopes deu certo e o Vasco conseguiu anular as principais jogadas de ataque do Imperatriz. Com Lazaroni marcando Zenden em cima, o Imperatriz precisava de Etcheverry na armação. Mas a marcação pesada do Vasco impedia a bola de chegar a Elton. E, assim, os contra ataques se ofereciam. Foi assim aos 2 minutos, quando Nasa interceptou bola que ia para Elton e foi puxado pelo camisa 9. Ele cobrou a falta para Petkovic, que ligou rápido na esquerda com Donizete. O camisa 13 avançou sem marcação e, da entrada da área, chutou alto e forte, sem chances para Charlie Brown, fazendo Vasco 1x0.

O Imperatriz percebeu que se expunha muito aos contra ataques e, por conta disso, recuou um pouco para se reorganizar. A equipe ganhou em saída de bola e teve mais opções para chegar ao ataque, embora o Vasco ainda marcasse bem. Aos 4 minutos, Charlie Brown repôs no meio para Etcheverry, que abriu na direita para Triton. Com belo passe em profundidade, o lateral encontrou Rodrigo Pimpão, que invadiu a área e chutou na saída de Carlos Germano, fazendo Imperatriz 1x1.

O jogo ficou emocionante e as equipes desperdiçaram boas oportunidades. Mas, aos 9 minutos, não houve como. Edmundo recebeu de Maricá na direita e chutou, com Charlie Brown espalmando para lateral. O próprio Edmundo tocou a Donizete, que invadiu a área e chutou cruzado, desta vez sem chances para o goleiro adversário: Vasco 2x1.

No intervalo, Dircys ousou. Tirou dois dos principais jogadores da equipe (Zenden e Denilson) e colocou Paulo Isidoro e Dinei. Já Antônio Lopes colocou Rogério Pinheiro e Beto nos lugares de Maricá e Bruno Lazaroni. Gilberto ia sair, mas Maricá sentiu uma lesão de pré-temporada e acabou saindo. A intenção de Lopes era se fechar mais e apostar em um ou outro contra ataque.

A jogada de Lopes continuou funcionando, mas um erro de arbitragem mudou a cara do jogo. Aos 2 minutos, Edmundo encontrou Donizete em mais um contra ataque e o camisa 13 chutou da entrada da área. A bola bateu no travessão, quicou e saiu. Os jogadores do Vasco alegaram que a bola entrou, mas o juiz disse que não e mandou o jogo seguir. Com isso, Ramon recebeu na esquerda e tocou para Etcheverry. O camisa 7 tocou mais à frente para Elton, que deixou a bola passar, encontrando Paulo Isidoro livre. O camisa 8 dominou e, da meia lua, mandou sua tradicional bomba, vencendo Carlos Germano e fazendo Imperatriz 2x2.

Os jogadores reclamaram muito, mas o jogo continuou e o Vasco se desconcentrou. Melhor para o Imperatriz, que cresceu no jogo e virou aos 5 minutos. Ramon recebeu de Stam e avançou pela esquerda. Quando a marcação chegou, ele passou a Dinei, que trouxe da ponta para o meio e chutou cruzado, fazendo Imperatriz 3x2.

Esse gol desmontou o Vasco de vez, fazendo a equipe não acertar mais nada no jogo. O Imperatriz tocava a bola à espera do fim do jogo, mas ainda encontrou aos 9 minutos uma forma de ficar mais confortável. Paulo Isidoro tocou a Elton que, de costas pro gol, tocou atrás para Dinei. O camisa 18 chutou fraco, mas Carlos Germano falhou e engoliu um frango incrível, dando números finais ao jogo: Imperatriz 4x2.

Enquanto os jogadores do Vasco cercavam o juiz, os do Imperatriz celebravam a bravura de Dircys, que tirou dois dos principais jogadores do time e seus reservas resolveram a partida.

VASCO 4x0 DALLAS STARS

Com a derrota, o Vasco desanimou de vez e passou a sonhar com o impossível. Precisava vencer fazendo, pelo menos, 3 gols no Dallas (para chegar a 5 pró) e torcer pro Dallas derrotar o Imperatriz sem fazer mais gols que o Vasco, no total. Sabendo que tal tarefa era impossível, Antônio Lopes promoveu mudanças na equipe. Saíram Carlos Germano (após a incrível falha), Maricá (por lesão), Nasa (opção tática) e Marcelinho (que não correspondeu) e entraram Márcio, Thiago Maciel, Leo Lima e Allan Delon. Já o Dallas queria uma boa campanha e só, já que seus jogadores não estavam em boa forma física, técnica e tática.

E foi isso mesmo, o Vasco dominando o jogo desde o início e o Dallas perdido em campo. O primeiro gol veio logo aos 2 minutos, quando Petkovic tocou a Donizete na ponta e o camisa 13 viu Edmundo se posicionando no meio. O passe foi preciso e o camisa 10 ainda ajeitou antes de chutar sem chances para Marty Turco, fazendo Vasco 1x0.

O gol foi bom para a equipe se acalmar, mas Lopes ainda queria pelo menos mais 2 gols, para o Vasco liderar. Assim, a equipe continuou marcando no campo do adversário e procurando chutar sempre que possível. Mas os tiros sempre paravam nas mãos de Marty Turco ou iam para fora. O nervosismo começou a bater e o time passou a errar passes. Mas a inspiração veio em Bruno Lazaroni, que já tinha parado Zenden no primeiro jogo e, agora, parava Mike Modano. Os jogadores viram a entrega do camisa 12 e resolveram botar a bola no chão. Os toques começaram a sair e, aos 9 minutos, Allan Delon deu ótimo passe em profundidade para Edmundo, que invadiu a área e chutou na saída de Marty Turco, fazendo 2x0.

O resultado já era ótimo para ir para o intervalo, mas ainda havia coelho dentro desta cartola. Após Bruno Lazaroni desarmar Mike Modano mais uma vez, a bola sobrou para Petkovic no meio e o sérvio inverteu para Edmundo na direita. O camisa 10 tocou no meio para Allan Delon e o camisa 28 deu um chute seco, que ganhou altura e morreu no fundo das redes de Marty Turco. O goleiro só viu  quando a bola já estava lá dentro: Vasco 3x0.

No intervalo, Antônio Lopes resolveu aumentar o poderio ofensivo, colocando Siston no lugar de Gilberto e Dominguez no lugar de Petkovic. Já Ken Hitchcock tentava juntar os cacos e colocar jogadores acostumados com o futebol, pois seus jogadores de hóquei apostavam muito no "dump and chase" (tática de rifar a bola e sair correndo atrás dela) e o time precisava de quem colocasse a bola no chão. Assim, saíram Mike Keane e Bill Guerin e entraram Zayas Loyola e Armstrong.

O jogo recomeçou  e foram precisos 40 segundos para o Vasco encontrar as redes. A bola foi recuada para Zayas Loyola e o meiocampista cubano furou horrendamente. Leo Lima pegou a bola na esquerda e correu. Zayas Loyola tentou se recuperar e desarmar o camisa 7, mas só serviu para tomar um drible desmoralizante. Leo Lima chutou da lateral da área, cruzado, e fez Vasco 4x0.

No final, os jogadores do Vasco se despediram do torneio e já esperavam a medalha de prata, pois era impossível que o Dallas derrotasse o Imperatriz jogando tão mal. Já o Dallas deixou a grande bomba para o fim do jogo. Ken Hitchcock avisou que sua equipe estava sentindo o peso da idade e que, por isso, esta seria a última competição oficial que o time jogaria.

DALLAS STARS 4x0 IMPERATRIZ

Ninguém sabia ao certo o que o Dallas faria, em seu último jogo oficial. Ken Hitchcock tirou Sergei Zubov e colocou Daryl Sydor, o único que não tinha entrado em campo ainda. Já Dircys, certo do título, poupou alguns jogadores, para dar oportunidade a outros. Saíram do time Triton, Stam, Ramon, Elton e Denilson, entrando Anderson Lima, Consuelo, Numan, Vander Carioca e Benjamin.

O jogo começou como uma festa do Imperatriz. A cada toque, a torcida comemorava. Com mais liberdade, Zenden tabelou e arriscou alguns bons chutes. Mas Marty Turco fazia cada defesa de ponta de dedos que irritava. O gol não saía e o Imperatriz começava a dar espaços para o Dallas, que começou a se soltar. E assim foi até os 6 minutos, quando Jason Arnott voltou ao meio de campo e foi tabelando, ora com Turgeon, ora com Morrow, até arriscar da intermediária. O forte chute encontrou o ângulo de Charlie Brown e o Dallas fez 1x0.

O gol fez os jogadores do Imperatriz ficarem apreensivos, muitos não conseguiram mais jogar. Para piorar, os que deviam acalmar os ânimos brigavam entre si. Foi assim aos 9 minutos, quando Cristóvão tocou a Etcheverry e o camisa 7 se atrapalhou com a bola, obrigando Cristóvão a fazer falta em Arnott. Enquanto Cristóvão e Etcheverry discutiam, Arnott tocou a Guerin na esquerda e o camisa 13 tocou a Mike Modano dentro da área. Sem marcação, o camisa 9 chutou forte e venceu Charlie Brown, fazendo Dallas 2x0.

No intervalo, Ken Hitchcock voltou a colocar Zayas Loyola e Armstrong, nos lugares de Mike Keane e Bill Guerin. Já Dircys teve que colocar ordem na casa, barrando Cristóvão e Etcheverry para colocar Rodrigo Souto e Paulo Isidoro. Com tantas variações táticas que ele poderia fazer, teve que punir os dois brigões. Leão passou a ser o capitão, no lugar de Etcheverry, e Dircys dizia que o time tinha 10 minutos para fazer 2 gols.

Mas quem fez os 2 gols foi o Dallas. O Imperatriz jamais conseguiu levar perigo ao gol de Marty Turco e o Dallas, desinteressado, fazia jogadas de ataque quando podia. Após um dump and chase, Mike Modano recebeu no meio. De costas pro gol, ele viu Armstrong correndo na esquerda. O passe foi preciso e o camisa 16 chutou cruzado após invadir a área, fazendo Dallas 3x0, aos 5 minutos

Ali, o Imperatriz jogou a toalha. Apenas via seus torcedores deixando o estádio e os poucos que ficaram começaram a vaiar e pedir por reforços. Por outro lado, a torcida do Vasco voltou ao estádio e começou a vibrar a cada toque dos jogadores do Dallas. Ainda celebraram aos 8 minutos, quando uma linda jogada que passou por Matvichuck, Turgeon, Zayas Loyola. Jason Arnott e Mike Modano encontrar Jere Lehtinen livre na direita, dentro da área, para tocar na saída de Charlie Brown e fazer Dallas 4x0.

Com esse resultado, pela primeira vez na História, o campeão não estava em campo após o apito final. Os jogadores do Vasco celebravam na concentração, enquanto os do Imperatriz tentava entender o que houve.

VASCO DA GAMA CAMPEÃO DA COPA 3 CORAÇÕES 2017

Na Copa mais disputada de todos os tempos, as 3 equipes venceram um jogo e perderam outro. Todas as equipes fizeram 4 gols em suas vitórias. A diferença foi que o Vasco fez 2 em sua derrota e, com 6 gols pró, interrompe a hegemonia do Imperatriz e celebra sua quarta Copa 3 Corações (2004, 2005, 2014, 2017). Curiosamente, a equipe que entrou em campo como a virtual campeã (Imperatriz) saiu de campo com a medalha de bronze (apesar dos 4 gols marcados, sofreu 6). A equipe que se despediu das competições oficiais (Dallas Stars) sai com uma medalha de prata (marcou 4 gols e sofreu outros 4) e o time que saiu de campo como derrotado voltou a campo para se sagrar campeão.

O vice presidente da FIFUBO com os atletas Donizete (Vasco), Dinei (Imperatriz) e Edmundo (Vasco), artilheiros da Copa  3 Corações, com 2 gols cada
Os jogadores do Imperatriz mostraram um desânimo total ao receberem a medalha de bronze. Ouviram vaias estrondosas e ainda tiveram que explicar como a soberba os levou à derrota.

Jogadores e comissão técnica do Imperatriz, em foto oficial após receberem a medalha de bronze
Já os jogadores do Dallas saíram ovacionados. Além do vice campeonato, foram homenageados pelas outras duas equipes.

Jogadores e comissão técnica do Dallas Stars, com a medalha de bronze e aplaudidos pelos jogadores de Imperatriz e Vasco, além de árbitros, jornalistas e dirigentes
Já os jogadores do Vasco festejavam sem ainda acreditarem no que tinha acontecido. Desacreditados, voltaram a campo ovacionados pelos seus torcedores e comemoraram muito quando a taça foi entregue.
O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entrega a Copa 3 Corações ao capitão do Vasco, Mauro Galvão
Assim, o Vasco conquista a primeira taça entregue pela FIFUBO em 2017 e celebra a volta de um futebol envolvente, que dominou a FIFUBO na primeira década do novo milênio. O Vasco se garante nas quartas de final da Supercopa FIFUBO, no fim do ano, contra o time campeão da Copa Rio. Se o Vasco ganhar esta competição, vai às semifinais da Supercopa automaticamente.
Foto oficial dos campeões da Copa 3 Corações, com Mauro Galvão erguendo o troféu à frente
NOTAS RÁPIDAS
  • Confirmada a retirada do time do Dallas Stars, o presidente da FIFUBO, Gabriel Omar Batistuta, garantiu que a Copa 3 Corações continuará sendo disputada, com apenas duas equipes desta vez. Vasco e Imperatriz farão o jogo único que abre o calendário anual da FIFUBO e o vencedor levará o troféu. A Copa, no entanto, não dará mais vaga à Supercopa FIFUBO. O campeão da Copa Rio entrará diretamente na semifinal da Supercopa.
  • Batistuta também confirmou que o troféu de artilheiro da Supercopa FIFUBO se chamará Troféu Mike Modano, em homenagem ao maior artilheiro da FIFUBO, o único que passou da casa  dos 100 gols.
  • Outra homenagem ao Dallas Stars confirmada por Batistuta foi um jogo, em data ainda a ser marcada e contando como oficial, entre o Dallas Stars e uma seleção da FIFUBO, composta tanto pelos times brasileiros quanto pelos argentinos.
  • Neste domingo será realizado o Torneio Início do Apertura 2017, em data única. Assim sendo, no próximo fim de semana já começa o Torneio Apertura 2017.
    Jogadores e comissão técnica do Vasco dão a volta olímpica com a Copa 3 Corações. Os jogadores Rogério Pinheiro e Beto erguem o treinador, Antônio Lopes.