domingo, 27 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Segunda Rodada - 27/10/2013

Domingo de tempo estranho. Ora fazia sol forte, ora ficava nublado, às vezes uma chuva fraca caía. Mas nada impediu os torcedores de irem ao Itaquá Dome para assistirem à abertura da décima segunda rodada do Clausura 2013, pois os dois jogos do dia poderiam embolar o campeonato, classificar mais um time, dois ou todos os quatro para as semifinais. Vamos aos jogos!

RACING 2x0 HURACÁN

O Racing, já desclassificado, era uma incógnita. Ninguém sabia ao certo o que a equipe de Avellaneda poderia aprontar no jogo, já que podia muito bem entrar sem pressão e fazer um bom jogo, ou entrar sem nenhuma responsabilidade e deixar o jogo rolar. A única certeza é que Madeirite iria fazer todas as substituições a que teria direito, para dar chances a todos os jogadores. Já o Huracán precisava empatar ou vencer para garantir a vaga nas semifinais com antecipação. Vindo de uma virada épica contra o Estudiantes (6x5) e com Cigogna voltando a marcar, a equipe de Buenos Aires tinha uma empolgação extra para o jogo. No primeiro turno, Huracán 2x5 Racing.

O Racing marcou logo aos 20 segundos. Na saída de bola, Ruben Capria esticou para Pelletieri. Walter Ferreiro correu para interceptar, pisou na bola e caiu. A bola sobrou limpa para Pelletieri, do bico da área, chutar forte e cruzado para vencer Islas e fazer Racing 1x0.

O gol desestruturou o Huracán e empolgou o Racing, que foi para cima com belos toques e boas jogadas. Aos 2 minutos, Ruben Capria recebeu e se preparou para invadir a área. No desespero de bloquear o lance, Daniel Islas empurrou Pelletieri e o juiz Dula Rápio marcou pênalti. Ruben Capria cobrou no canto direito, mas Islas voou e conseguiu fazer a defesa. Era o que o Huracán precisava para entrar no jogo. Porém, uma marcação forte do Racing impedia os avanços do time de Buenos Aires e o primeiro tempo terminou mesmo 1x0 para o time de Avellaneda.

No intervalo, Madeirite cumpriu o prometido. Tirou Diego Capria e Diego Latorre (duas figuras nulas) e colocou Fariña e Hauche. Já Sr Rabina trocou Villarruel e Mauro Milano por Erramuspe e Diego Barrales.

O jogo continuou da mesma forma. O Huracán, desinteressado, não conseguia furar a bela marcação do Racing, que buscava tocar a bola na espera de um contra ataque mortal. E este só veio aos 6 minutos, em jogada magistral da equipe de Avellaneda. Pocchetino recuperou bola na defesa e tocou para Martin Simeone, que conseguiu um domínio difícil e tabelou com o camisa 6. Com um lançamento magistral, ele conseguiu inverter o jogo e encontrar Acosta livre na direita. O camisa 9 só ajeitou e chutou forte, na saída de Islas, para dar números finais ao confronto: Racing 2x0.

Destaque do jogo: Martin Simeone. O camisa 8 jogou sua melhor partida até aqui. Marcando com aplicação e desafogando a equipe na saída de bola, foi o gigante que se esperou o campeonato inteiro. O lançamento para o segundo gol foi de uma maestria ímpar.

ESTUDIANTES 1x5 RIVER PLATE

Para o jogo de fundo, o Huracán jogou a batata quente nas mãos do Estudiantes, pois um empate tirava a equipe de La Plata do campeonato. O Estudiantes, empolgado pelas boas partidas (mesmo com derrota em algumas), jogava nesta partida a sua sorte no campeonato. Cristaldo resistia à pressão da torcida, que pedia Hernan Rodrigo Lopez no lugar de Boselli, que não fez um gol no campeonato. Mas o artilheiro uruguaio permanecia no banco. Já o River, único classificado e empolgado com a vitória no Superclássico (3x2), tinha problemas para a partida de hoje. Com Gallardo e Almeyda suspensos no lugar de Carrizzo, era óbvio que Coudet e Funes Mori entrariam, pois eram os únicos reservas da equipe. O problema era a alteração tática. Ortega passava a atuar na armação e Funes Mori (centroavante de origem) jogava na ponta direita. Com Coudet, Barrado atuaria mais recuado. Ferrari era o capitão da equipe, na ausência de Almeyda. No primeiro turno, River Plate 5x1 Estudiantes.

Em nenhum momento do jogo, o Estudiantes tomou a dianteira. Tocando a bola com inteligência (para não cansar os jogadores) e marcando forte, o River deixava para a equipe de La Plata a missão de abrir buracos para tentar armar jogadas de ataque. Assim, a equipe de Nuñez tinha os contra ataques à sua disposição e foi assim que conseguiram o primeiro gol logo aos dois minutos. Paz recuperou bola na área e saiu pela esquerda com Berizzo. O camisa 6 tocou no corredor para Buonanotte, que avançou pela esquerda e chutou forte, da entrada da área. A bola ainda tocou no travessão antes de quicar para dentro: River 1x0.

O Estudiantes tinha dificuldades e contava com Veron para armar a equipe, pois Leandro Benítez era figura nula em campo. Mesmo assim, aos 5 minutos, eles conseguiram o empate, em jogada parecida com a do gol do River. Federico Fernandez recuperou bola na área e saiu pela esquerda com Marco Rojo. O camisa 6 tocou no corredor para Enzo Perez, que avançou e chutou da intermediária. Carrizzo espalmou com dificuldades para o meio da área e a bola, pererecando, sobrou para Veron. O capitão do time mergulhou de peixinho e tocou de cabeça para o fundo das redes. Os jogadores do River reclamaram impedimento, mas José Maria Paz dava condições a Veron: 1x1.

No minuto seguinte o River conseguiu voltar a ficar na frente. Diego Armando Barrado saiu com a bola dominada da sua intermediária, tabelou primeiro com Berizzo, depois com Trezeguet, e da entrada da área chutou com força para vencer Andujar, aos 6 minutos: River 2x1.

No intervalo, somente o Estudiantes fez alterações (o River não tinha reservas à disposição). Cristaldo trocou Leandro Benítez e Mauro Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Com isso, Veron passava a ter liberdade total na armação. Cristaldo sabia que o campeonato seria jogado em apenas 10 minutos...

Mas a mudança não surtiu efeito. O River continuou dominando. Marcando forte e saindo em contra ataques, encontrou o terceiro gol logo a um minuto, quando Ferrari recuperou bola esticada na direita, tocou para Coudet e o camisa 8 descobriu Trezeguet livre no meio. O camisa 7 francês ganhou no pé de ferro contra Mathias Sanchez e, com chute forte, venceu Andujar, fazendo River 3x1.

Este gol derrubou a equipe de La Plata de vez, pois dava a impressão de que nada que fizessem seria bom o suficiente para derrubar o gigante River Plate. E, realmente, nada poderia derrubar a forte marcação e o contra ataque mortal, como ficou provado aos 4 minutos. Angeleri, assustado com a presença de Buonanotte em seu encalço, jogou a bola para lateral na intermediária. Berizzo tocou, Buonanotte deixou para Ortega e o camisa 10 chutou cruzado para vencer Andujar, fazendo River 4x1.

Este gol, além de sepultar qualquer chance de classificação do Estudiantes, ainda trouxe de volta o fantasma da goleada sofrida no primeiro turno. Piedoso quanto a isso, o time do River passou a tocar a bola com muita lentidão, para fazer o jogo passar e o Estudiantes não sofrer mais. Mas Angeleri estava assustado e, vendo Trezeguet em seu encalço, jogou a bola para fora novamente, desta vez a corner, aos 6 minutos. Berizzo tocou para Trezeguet curtinho e o camisa 7, vendo o goleiro adiantado, chutou por cobertura, fazendo um golaço sem ângulo, praticamente um gol olímpico: River 5x1.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. Apesar dos dois gols de centroavante marcados por Trezeguet, o destaque do jogo foi o volante Barrado. Peça fundamental na marcação forte e principal armador da equipe, o camisa 19 foi o responsável por dar velocidade aos contra ataques da equipe. E ainda marcou um belo gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória do River em cima do Estudiantes, a equipe de La Plata não pode mais se classificar para as semifinais, pois só pode chegar aos 16 pontos, enquanto o Independiente (o quarto colocado) já tem 17 pontos.
  • Com isso, River, Boca, Huracán e Independiente garantem vaga nas semifinais, restando agora decidirem a posição de cada um na tabela final.
  • O milestone da rodada vai para David Trezeguet. Com o primeiro gol marcado contra o Estudiantes, o atacante francês chega a 10 na carreira.
  • A péssima campanha do Racing no campeonato tem um dado curioso. Suas duas únicas vitórias no certame foram em cima do Huracán, terceiro colocado e já classificado para as semifinais.
  • A rodada se encerra no meio da semana, com Boca Juniors x San Lorenzo e um amistoso do Velez, com adversário ainda a ser definido, como jogo bônus.

sábado, 19 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Primeira Rodada - 19/10/2013

Sábado de céu azul e temperatura em elevação, o dia ideal para um Superclássico! Ideal também para o fechamento da décima primeira rodada do campeonato, com dois jogos dos mais emocionantes do ano. Vamos a eles!

RIVER PLATE 3x2 BOCA JUNIORS

O Superclássico vem capturando a atenção das torcidas a semana inteira. O River, desta vez em baixa após dois empates e a perda da liderança, vinha com equipe completa após Berizzo cumprir suspensão contra o Independiente, no lugar de Carrizzo (que não pode ser expulso por ser goleiro). O Boca, com a confiança em alta após recuperar a liderança em grande estilo, também tinha equipe completa. Em entrevista durante a semana, Abbondanzieri dizia que nem a baixa produtividade de alguns jogadores (principalmente Riquelme) era capaz de atrapalhar a empolgação da equipe, pois ele sabia que o camisa 10 e os outros cresceriam neste clássico. No primeiro turno, Boca Juniors 4x3 River Plate.

E foi um jogão de bola! As duas equipes tocando com classe, utilizando todo o tempo para tramar jogadas, com boa participação de todos os atletas e um bom revezamento na liderança da partida. O primeiro gol, no entanto, só saiu aos 5 minutos, quando Basualdo avançou pela esquerda e deu belo passe em profundidade para Palermo dentro da área. O camisa 9 chutou, Carrizzo defendeu e, no rebote, o próprio Palermo empurrou para o gol vazio, incendiando o Itaquá Dome: Boca 1x0.

O River não se intimidou e continuou buscando o empate, tramando boas jogadas e sendo premiado aos 9 minutos, quando Placente saiu da defesa em velocidade e deu bom passe no meio da zaga para Gallardo, que se aproveitava do buraco deixado pelo volante Serna. Gallardo avançou até a entrada da área e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri para empatar: River 1x1.

No intervalo, Francescoli fez apenas uma mudança, ao tirar Buonanotte e colocar Funes Mori. Já Paralelo tirou Serna (imperdoável pelo buraco deixado no gol de empate) e Palacio (novamente apagado) e pôs Battaglia e Viatri em seus lugares. Palermo passou a ser o capitão do Boca e a postura dos dois treinadores, de tirar atacante de movimentação para pôr centroavante, indicava um jogo mais ofensivo no segundo tempo.

Mas uma coisa que aconteceu com 42 segundos mudou a história do Superclássico. Carrizzo tocou na bola fora da área e foi expulso. Gallardo foi o sorteado para sair em seu lugar e, com isso, Francescoli foi obrigado a mudar toda a logística da equipe. Ortega deixou a ponta direita e passou a armar o jogo, Funes Mori deixou a ponta esquerda e passou a dividir o centro de ataque com Trezeguet, sendo que o francês foi para a esquerda e o argentino atuou na direita.

Essa mudança demorou a surtir efeito para o River e o Boca se aproveitou disso para pressionar, criando as melhores situações, em uma verdadeira blitz. De tanto tentarem, conseguiram a virada aos 2 minutos, quando Arruabarrena cobrou lateral para Basualdo, que invadiu a área e foi derrubado por Carrizzo. Pênalti que Palermo cobrou deslocando Carrizzo e acabando de vez com a má fama em cobranças penais: Boca 2x1.

Com um a menos e em desvantagem no placar, o River tinha que se expor e tentar o empate. E ele veio aos 4 minutos, quando Cagna fez falta em Barrado no meio de campo. José Maria Paz cobrou rápido para Trezeguet, que inverteu para a direita e fim de encontrar Funes Mori. O camisa 9 invadiu a área e se aproveitou de falha de Abbondanzieri, que abriu o corredor para ele chutar. A bola entrou mansa e o River empatou: 2x2.

O River cresceu com o gol e passou a acreditar na vitória, mas seu goleiro fez nova lambança aos 7 minutos. Carrizzo, novamente, tocou na bola fora da área e foi expulso pela segunda vez no jogo. Sorteado em seu lugar, Almeyda saiu (Ferrari passou a ser o capitão) e o River ficou completamente perdido, pois nessa brincadeira perdeu dois dos três meio campistas que tinha no jogo.  Francescoli não mudou, apenas plantou Barrado e liberou Ortega de vez. O River passou a marcar pressão, para afastar o Boca da área e segurar o empate.

Mas se os deuses do futebol jogaram para o Boca no primeiro turno, desta vez jogaram a favor do River. Aos 9 minutos, Schiavi fez falta em Funes Mori no bico da área. Sem os dois cobradores oficiais, demorou-se a definir quem cobraria a falta, até que Ortega se apresentou, ajeitou e chutou por cima da barreira, no ângulo de Abbondanzieri: River Plate 3x2.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Independente da derrota, o centroavante foi a grande figura do clássico. Dois gols, movimentação intensa e uma ameaça constante ao gol do River. Pena que estava do lado derrotado...

HURACAN 6x5 ESTUDIANTES

A situação do jogo era a seguinte: vitória ou empate do Huracán eliminava o San Lorenzo, mas mantinha uma chance mínima do Estudiantes. Vitória do Estudiantes embolava a disputa por completo, pois diminuiria a distância para o quarto colocado (o próprio Huracán) para apenas 2 pontos, com 9 ainda em disputa.

O Huracán, além disso, tinha um desfalque seriíssimo. Barrientos não atuaria, expulso no lugar de Daniel Islas no último jogo. Em seu lugar entrava Erramuspe. Já o Estudiantes, vindo de duas vitórias no returno, tinha a empolgação pela arrancada e o time completo. Cristaldo pediu aos dois atacantes, Gastón Fernandez e Mauro Boselli, que se movimentassem pelo ataque todo, para confundir Erramuspe.

E o jogo foi todo do Estudiantes, que avançou feito rolo compressor, com boa participação de Verón, Benítez e Perez na articulação de jogadas. Logo a um minuto, Verón deu belo passe para Leandro Benítez, que avançou pela esquerda e chutou cruzado, no ângulo de Islas, para fazer Estudiantes 1x0.

O gol foi ótimo para o Estudiantes mostrar sua recuperação no segundo turno e o segundo não demorou a sair, em nova trama do trio de armadores. Verón tocou para Benítez na esquerda, que chamou toda a marcação e inverteu na direita para Enzo Perez. O camisa 7 recebeu na diagonal e chutou cruzado para vencer Islas e fazer Estudiantes 2x0 aos 3 minutos.

Aos 4, no erro de saída do Huracán, o Estudiantes partiu em velocidade com Verón tocando para Benítez na esquerda. O camisa 8 avançou e chutou. Islas deu rebote e a bola sobrou nos pés de Verón, que empurrou para o gol vazio: Estudiantes 3x0.

Com este resultado em tão pouco tempo, a goleada já estava desenhada. Embora Cigogna se movimentasse, o Huracán não tinha como fazê-lo chegar à área para concluir e isso prejudicava o andamento da equipe de Buenos Aires. Só um momento espírita poderia fazer o jogo mudar. E ele aconteceu aos 7 minutos. Verón arrancou pelo meio e chutou forte, rasteiro. Islas defendeu com o pé esquerdo e a bola foi indo, indo, indo sem oposição, até entrar mansamente no gol de Andujar. Foi o segundo gol de Daniel Islas com a camisa do Huracán.

Para o Estudiantes e seu bom jogo, não foi mais que um gol de honra, tanto que a equipe continuou jogando seu belo futebol, mas os deuses do futebol não estavam muito contentes com a estada em La Plata e resolveram mudar de lado. Aos 9 minutos, Cigogna voltou ao meio de campo para buscar jogo e tabelou com Centurión e Minici. Vendo que não poderia avançar muito, o mito recebeu passe de Minici à sua feição e mandou um escopetazo de longe, acertando o ângulo de Andujar: Huracán 2x3.

No intervalo, ambos mudaram suas peças nulas de ataque. Sr Rabina tirou Milano e pôs Barrales; Cristaldo tirou Boselli (que ainda não marcou com a camisa do Estudiantes) e pôs Hernan Rodrigo Lopez.

Não foram as mudanças que deram uma virada no jogo, mas o que os treinadores falaram. Com uma nova postura, o Huracán anulou o Estudiantes e virou de forma espetacular. Logo aos 13 segundos, na saída de bola, Ruben Masantonio tocou para Centurión, que avançou pela direita. Com a bola caindo mais do lado direito, só restava ao camisa 8 o chute de trivela e Andujar se preparou para isso. Mas Centurión virou o corpo e chutou de chapa, deslocando Andujar e vendo a bola tocar na trave antes de entrar: Huracán 3x3.

O gol desconcertou totalmente o Estudiantes e o Huracán partiu para cima em busca da vitória. Aos 2 minutos, em linda jogada que começou com tiro de meta de Islas para Erramuspe, passe no meio para Ruben Masantonio, que passou no meio de dois jogadores no meio de campo e deu linda bola para Cigogna nas costas da zaga, o camisa 9 invadiu a área e tirou do alcance de Andujar para virar o jogo para o Huracán: 4x3.

A partir daí, um show da equipe de Buenos Aires. Aos 3 minutos, em erro de saída do Estudiantes, foi a vez de Minici receber de Walter Ferreiro à sua feição: de longe pela esquerda. O chute saiu forte e cruzado e venceu Andujar, com Minici comemorando o quinto gol de sua equipe: Huracán 5x3.

Entregue, o Estudiantes errava bolas fáceis e via o seu lindo toque de bola dos primeiros 5 minutos de jogo passar para o lado do Huracán. Aos 5, em nova jogada maravilhosa de Walter Ferreiro para Minici na esquerda; de Minici para Centurión no meio; de Centurión para Barrales na entrada da área; de Barrales para Masantonio e de Masantonio de volta para Barrales, só restava ao camisa 11 o chute sem goleiro para fazer Huracán 6x3.

Parecia um castigo muito grande para o belo futebol do Estudiantes no segundo turno, então as coisas teriam que ficar mais equilibradas, para não ficar tão feio. Aos 7 minutos, Leandro Benítez recebeu de Hernan Rodrigo Lopez pela esquerda, avançou em velocidade e chutou cruzado para fazer Estudiantes 4x6.

Aos 9 minutos, em jogada idêntica, quem tocou foi Benítez e quem avançou foi Hernan Rodrigo Lopez, para chutar cruzado e vencer Islas: Estudiantes 5x6.

A partir daí, o time de La Plata cresceu e a equipe de Buenos Aires se desesperou, mas foi no momento em que brilhou a estrela de Daniel Islas, com duas defesas de ponta de dedo para garantir a vitória nos acréscimos.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. Se o jogo terminasse aos 5 minutos do primeiro tempo, o prêmio iria para Verón. Poderia também ser dado a Islas, autor de milagres em campo e de um gol de goleiro. Mas o mito merece o prêmio pelos dois golaços que fez e pela movimentação constante, o que resultou na inflamação de sua equipe em busca de uma virada.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 20 pontos
2° Boca Juniors - 18 pontos, 32 gols pró
3° Huracán - 18 pontos, 24 gols pró
4° Independiente - 17 pontos
5° Estudiantes - 10 pontos
6° San Lorenzo - 9 pontos
7° Racing - 5 pontos

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) e Nestor Silvera (Independiente) - 11 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) - 9 gols
3° Leandro Benítez (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A vitória no Superclássico deu ao River Plate a classificação antecipada para as semifinais. A equipe de Nuñez chegou aos 20 pontos e o Estudiantes, o primeiro fora da lista de classificação, só pode chegar a 19.
  • Por outro lado, a vitória do Huracán eliminou o San Lorenzo. A equipe de Almagro, agora, só pode chegar a 16 pontos e o Independiente (o primeiro na lista de classificação) já tem 17.
  • O Estudiantes tem jogo crucial contra o River Plate no próximo fim de semana, pois sua situação é complicadíssima. A equipe de La Plata só pode chegar a 19 pontos. Nos dois jogos que lhes restam, Boca e Huracán não podem fazer mais que um ponto e o Independiente (que folga na rodada) não pode fazer mais que dois. Mesmo assim, uma derrota ou empate do Estudiantes põe um ponto final na sua arrancada rumo à classificação.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Primeira Rodada - 15/10/2013

Novamente, ante à impossibilidade de se jogar no fim de semana, o Torneio Clausura teve que ser jogado numa terça-feira. Menos mal que o solitário jogo, em dia parcialmente nublado, teve como fundo um amistoso de estreia. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 4x3 INDEPENDIENTE
 
O San Lorenzo joga a sua sorte neste campeonato, desfalcado de Reynoso, expulso no lugar do goleiro Migliore contra o River Plate. Em seu lugar, Piatti atuaria como primeiro volante. Já o Independiente joga para alcançar a liderança e, para isso, tem o time completo.
E foi o Independiente quem dominou as ações do primeiro tempo, com toques envolventes, muitas chances, participação de vários atletas nas jogadas de ataque e cinco, sim, eu disse CINCO, bolas na trave. O primeiro gol saiu aos 2 minutos, quando Mareque chutou de muito longe, fraco. Migliore largou e Tula foi dominar para sair jogando, mas pegou na canela e a bola foi parar no fundo das redes: Independiente 1x0 com um gol contra.

Aos 5, linda jogada termina no segundo gol. Montenegro interceptou passe e tocou para Mareque sair pela esquerda. O lateral tocou para Fredes, que encontrou Silvera no meio. Da entrada da área, o camisa 11 ajeitou e chutou cruzado para vencer Migliore e fazer Independiente 2x0. Foi o décimo primeiro gol de Silvera no certame, artilheiro isolado.

Antes do intervalo, o San Lorenzo ainda descontou, em falha de Tuzzio. O camisa 6 se precipitou em tentar lançamento e foi interceptado por Buffarini. O camisa 8 tocou para Stracqualursi dentro da área, onde Tuzzio devia estar, e o camisa 9 só teve o trabalho de tirar Hilário Navarro da jogada e fazer San Lorenzo 1x2.

No intervalo, Nilson tirou Erviti e Raul 'Pipa' Estevez (duas figuras nulas) e pôs Tellechea e Bordagaray. Com isso, Tellechea passava a primeiro volante e Piatti e Buffarini ganhavam liberdade na criação. Já Bayer trocou Busse e Facundo Parra por Acevedo e Gandin.

O jogo continuou à feição do Independiente, que precisou de só dois minutos para ampliar, quando Silvera recuou para Fredes, que tocou para Gracian. O camisa 19 avançou, perdeu um pouco o ângulo, mas mandou de trivela para acertar o ângulo de Migliore e fazer Independiente 3x1.

O jogo estava ganho e só muita besteira faria o Independiente não sair com três pontos. E as besteiras aconteceram! Na saída de bola, aos três, Romagnoli tocou para Buffarini, que chutou fraco e cruzado. Navarro ficou olhando, enquanto a bola morria mansamente no fundo das redes: San Lorenzo 2x3.

Aos cinco minutos, quando Gracian jogou a bola para lateral inexplicavelmente, o San Lorenzo armou linda jogada. Johnathan Ferrari tocou para Romagnoli, que avançou pelo meio e tocou para Buffarini na entrada da área. O camisa 8 recuou para Stracqualursi pegar de primeira e vencer Navarro, fazendo San Lorenzo 3x3.

Aos 9 minutos, o lance mais polêmico da partida. Montenegro avançou pelo meio e chutou.  A bola tocou na trave e no chão, atrás de Migliore, havendo dúvidas se a bola entrou ou não. Chico Lírio, árbitro do jogo, mandou seguir e o San Lorenzo avançou com Romagnoli, que tentou o passe para Stracqualursi, mas Tuzzio desviou para lateral. Romagnoli cobrou rápido para Buffarini, que invadiu a área e tocou na saída de Navarro e fez o impossível: San Lorenzo 4x3. Após o jogo, os jogadores do Independiente partiram para cima do árbitro, que teve que sair de campo escoltado pela polícia.

Destaque do jogo: Júlio Buffarini. O camisa 8 se superou, em uma partida onde Romagnoli não jogou bem. Fez dois gols e deu o passe para os outros dois, sendo o principal responsável por sua equipe ainda ter chances remotas de classificação.

NOTAS RÁPIDAS
 
  • Após o jogo em que o San Lorenzo derrotou o Independiente por 4x3, a equipe de Avellaneda entrou com representação contra o árbitro Chico Lírio no TJB, por conta do gol anulado. Por 2 votos a 1, os auditores decidiram pela condenação do árbitro, suspendendo-o por três jogos, além dos dois onde ele não pode atuar, por conta do regulamento. Assim, Lírio ficará de fora dos próximos cinco sorteios.
  • Na mesma sessão, os auditores isentaram de culpa o auxiliar, Promotor, que escapou sem pena nenhuma.
  • A equipe do San Lorenzo ganha uma sobrevida, mas pode ser desclassificada no último jogo da rodada, quando Huracán e Estudiantes se enfrentam. Só continuará sonhando se o Huracán não pontuar.
VELEZ SARSFIELD 6x5 SÃO PAULO
O jogo de fundo foi o amistoso de estreia do Velez, que não conta como jogo oficial, nem para fins estatísticos. Foi um jogo no melhor estilo de pelada, cujo primeiro tempo terminou 3x3. A ordem dos gols na primeira etapa foi Toninho Cerezo (2), Claudio Hussain (2), Dario Hussain, Catê, respectivamente. No segundo tempo, o Velez ampliou para 5x3 com Dario Hussain e Federico Insua, mas o São Paulo encostou em 4x5, com Elivelton. O Velez ampliou, novamente com Insua, e o São Paulo descontou no finalzinho com Palhinha.

O destaque do jogo foi Claudio Hussain, autor de dois gols, dono de algumas assistências e das melhores jogadas de ataque de sua equipe. O Velez, agora, passa por novo condicionamento físico, e fará mais alguns amistosos quando houverem jogos solitários na Liga.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Rodada - 08/10/2013

Ante à impossibilidade de se jogar nos finais de semana, a décima rodada do Clausura só foi finalizada nesta terça-feira, com dois jogos com intervalo de 3 horas entre um e outro. Ao menos eram as quatro melhores equipes em ação. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 6x3 HURACÁN

 O Boca, vindo de derrota para o Estudiantes (2x4), tinha que vencer para se distanciar na tabela. Seus jogadores, criticados pelo desinteresse em campo, tinham uma conversa exaltada com o treinador Paralelo, pressionado a mudar, mas ainda crente que os atletas poderiam corresponder. Já o Huracán, também vindo de derrota para o Independiente (1x4), tentava voltar ao rumo das vitórias. Seu treinador, Sr Rabina, também era pressionado a barrar Cigogna, apagado nos últimos jogos. No primeiro turno, Huracán 2x1 Boca Juniors.

E o Huracán começou bem, dominando e tocando a bola, chutando muito a gol, mas sem acertar o alvo. Só conseguiram chegar ao gol aos 4 minutos, quando uma bola esticada encontrou Minici. O camisa 6 tocou para Cigogna na esquerda e o camisa 9 tinha a bola ao seu gosto, pronta para o "escopetazo". O chute saiu forte e foi no ângulo oposto de Abbondanzieri: Huracán 1x0.

Dominando o jogo, o Huracán perdeu boas oportunidades. O Boca, em contrapartida, continuava muito mal, com alguns jogadores bem desinteressados. O gol de empate, no entanto, saiu de um festival de lambanças na saída de bola. Riquelme tocou para Cagna, que devolveu ao camisa 10. Riquelme adiantou demais e a bola ficou para Alexis Ferrero. O zagueiro se atrapalhou com o goleiro Daniel Islas, que tocou na bola fora da área: falta em dois lances e expulsão de Islas. O escolhido no sorteio para sair de campo no lugar do goleiro foi Barrientos. Na cobrança de falta, Riquelme e Cagna voltaram a se atrapalhar e a bola sobrou para Islas. Mas o goleiro também fez pixotada e derrubou Cagna na hora de afastar a bola. Pênalti que Palermo cobrou muito bem, deslocando o goleiro e empatando em 1x1 aos 6 minutos.

A expulsão desmontou o esquema do Huracán e foi aí que o Boca cresceu. Em bola que sobrou na defesa, Escudero tocou para Ibarra, que lançou no corredor para Palacio.  O camisa 19 recebeu, avançou até a intermediária e chutou cruzado para vencer Islas, aos 8 minutos, e fazer Boca 2x1.

No intervalo, Paralelo perdeu a paciência com os dois lambões e tirou Riquelme e Cagna, colocando Guillermo Barros Schelloto e Battaglia em seus lugares. Já Sr Rabina tirou Milano e colocou Erramuspe, para recompor o meio de campo, deixando Cigogna isolado no ataque.

O Huracán reequilibrou o jogo com essa mudança e encontrou o empate logo aos dois minutos, quando Ruben Masantonio tocou para Cigogna no meio e o camisa 9 invadiu a área para tirar Abbondanzieri do lance antes de empurrar para o gol vazio: Huracán 2x2.

O empate foi um susto para o Boca, mas a equipe logo voltou a dominar, se aproveitando do espaço no campo. Aos 5 minutos, Schelloto cobrou escanteio na cabeça de Battaglia. Adiantado, Islas viu a bola o encobrir e entrar no fundo das redes, para fazer Boca 3x2.

Com isso, o Boca passou a dominar o jogo e o Huracán se desmontou de vez. Mas ainda assim, neste jogo maluco, o Huracán conseguiu o empate, quando Villarruel roubou bola na intermediária e tocou para Ruben Masantonio. O camisa 10 avançou pela direita e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri, fazendo 3x3 no placar, aos 7 minutos.

Aos 8, o Boca novamente se acertou. Battaglia avançou pela direita e deu para Palacio. O camisa 19 inverteu o jogo e pegou Schelloto livre na esquerda. O camisa 13 trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Islas e fazer Boca 4x3.

A partir daí, só deu Boca. Com o Huracán batido, a equipe xeneize dominou e chegou ao quinto gol novamente com Battaglia, aos 9 minutos, em jogada de contra-ataque. Ele recebeu de Ibarra, avançou pela direita, invadiu a área e chutou na saída de Islas: Boca 5x3.

Já nos acréscimos, foi a vez de Palermo receber de Schelloto na direita, trazer para o pé esquerdo e chutar cruzado, para dar números finais ao confronto: Boca 6x3.

Destaque do jogo: Sebastián Battaglia. Com dois camisas 9 em campo marcando dois gols e Minici se esforçando o jogo inteiro, como um volante reserva poderia se destacar? Simples: saindo do banco para marcar forte, aparecer como opção na armação e ainda marcando dois gols. Battaglia só não fez chover  porque o céu abriu nesta tarde em Itacoatiara. Cagna terá muito trabalho para se recuperar depois dessa...

INDEPENDIENTE 2x2 RIVER PLATE

O jogo de fundo, que começou só à noite, colocou frente a frente os dois líderes, as duas equipes que apresentavam o melhor futebol até então. Do lado do Independiente, a empolgação em alta e a confiança na artilharia de Nestor Silvera. Do lado do River um problema: cumprindo suspensão no lugar de Carrizzo, Berizzo desfalcava o time e criava um problema para Francescoli. Com Coudet em seu lugar, quem iria para a lateral esquerda, Coudet ou Barrado? O primeiro jogou assim no Superclássico do primeiro turno e foi muito mal. O segundo seria uma opção melhor, mas desfalcaria o meio de campo, onde é o destaque do time. Barrado foi para a lateral. No primeiro turno, River Plate 4x1 Independiente.

Foi um jogo amarrado, com muitos erros de passe e muita marcação no meio de campo. O River não criou quase nada no primeiro tempo e o Independiente se esforçava um pouquinho mais. Não foi à toa que conseguiu sair do primeiro com a vitória parcial. Aos 5 minutos, Vella tocou para Montenegro, que deu a Busse no meio de campo. O camisa 7 deu belo passe para Facundo Parra na direita e o camisa 17 invadiu a área para tocar na saída de Carrizzo e fazer Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer trocou Busse, cansado, por Acevedo. Já Francescoli tirou o apagado Trezeguet (autor de um hat trick no primeiro turno) e pôs Funes Mori.

A mudança do River não surtiu efeito, enquanto que o Independiente segurava o resultado numa maior organização. Mas o jogo continuou amarrado até os 4 minutos, quando o time de Avellaneda ampliou. Silvera puxou a marcação e Mareque deu lindo passe em diagonal para Gracián. O camisa 19 avançou pela esquerda, trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Carrizzo: Independiente 2x0.

Batido, o River parecia ter entregue os pontos, enquanto o Independiente passou a tocar a bola mais ainda. Mas, aos 8 minutos, tudo mudou. Gallardo cobrou lateral dentro da área para Almeyda. No elemento surpresa, o capitão do time invadiu e chutou de pé esquerdo para vencer Navarro e fazer River 1x2.

O gol e as palavras de Almeyda incendiaram o River, que passou a buscar o empate. E conseguiu nos acréscimos, quando Buonanotte avançou pela esquerda e tentou tocar para Funes Mori no meio, mas o passe saiu para trás. Gallardo consertou e acertou o passe para o camisa 9, que ajeitou o corpo e chutou no ângulo oposto de Navarro, no contrapé, fazendo River 2x2.

O empate foi um castigo ao Independiente, que jogou melhor e foi mais organizado. A escolha de Francescoli em pôr Barrado na lateral matou a criatividade do time, mas conseguiu um empate na sorte.

Destaque do jogo: Gallardo. Ante à mediocridade do River, o camisa 11 se destacou. Além de duas assistências, foi o único que criou alguma coisa e ainda mandou três bolas na trave.

CLASSIFICAÇÃO

1°  Boca Juniors - 18 pontos.
Independiente - 17 pontos, 30 gols pró.
3° River Plate - 17 pontos, 27 gols pró.
4° Huracán - 15 pontos.
5° Estudiantes - 10 pontos.
6° Racing - 5 pontos.
7° San Lorenzo - 4 pontos.

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 10 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors) - 9 gols
3° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols

sábado, 5 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Rodada - 05/10/2013

Neste sábado de céu encoberto e vento gelado, um único jogo abriu a rodada de número 10 do Clausura, ante à impossibilidade do mesmo jogo ter ocorrido no meio da semana. Mas, além deste jogo, tivemos uma grande surpresa, que saberemos a seguir.

ESTUDIANTES 4x1 RACING

O Estudiantes, fazendo campanha de recuperação no segundo turno, era o favorito. Além do bom futebol que vem desenvolvendo, ainda contava com a empolgação de uma vitória sobre o Boca (4x2) em seu último jogo. Já o Racing, em clima de fim de festa, jogava todas as suas fichas nesta partida, pois uma derrota significaria o fim do sonho da classificação à fase final. No primeiro turno, Racing 2x2 Estudiantes.

E o Racing começou a mil por hora, com velocidade e bons toques. Antes de um minuto, Ruben Capria já havia chutado para a defesa de Andujar e, no rebote, havia tocado para Latorre invadir a área e tirar o goleiro da jogada, para fazer Racing 1x0 logo aos 48 segundos.

O gol relâmpago surpreendeu o Estudiantes, cujos jogadores nem haviam saído de suas posições iniciais. Ao errar uma saída de bola, o time de La Plata viu o Racing voltar em velocidade a armar boa jogada de ataque, desperdiçando com Ruben Capria. A equipe tocava bem, seus jogadores envolviam o time de La Plata, mas um erro lhes causou o empate. Pocchetino saiu da defesa para ajudar no ataque e tocou para Enrique, que tocou a Latorre. O camisa 11 quis recuar para Quiroz, mas errou o passe. A bola caiu aos pés de Enzo Perez, que girou, adiantou a bola e chutou forte para vencer Saja e fazer Estudiantes 1x1, aos 2 minutos.

O gol foi bom para o Estudiantes, que conseguiu frear o ímpeto do Racing e equilibrar as ações. As duas equipes tocavam a bola com qualidade, mas os jogadores foram saindo de suas posições e ocasionando uma zorra no campo. Melhor para o time de La Plata, que mesmo assim conseguiu marcar bem. Em dado momento, Pocchetino virou atacante e deixou novo buraco na defesa, mas o ataque do Estudiantes se adiantou e obrigou o Racing a rifar a bola. Desábato pegou, tocou para Angeleri na direita, o lateral encontrou Rodrigo Braña no meio e este deu belo passe em profundidade para Federico Fernandez. O zagueiro, que se aventurava na ponta direita, recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Saja para fazer Estudiantes 2x1 aos 5 minutos.

No intervalo, Cristaldo trocou Boselli (figura nula em campo) e pôs Hernan Rodrigo Lopez, sendo criticado por manter Leandro Benítez em campo, pois este tinha encontrado uma faixa passiva do campo e permaneceu ali. Já Madeirite não suportou as duas falhas de Pocchetino e a passividade de Acosta (que destoava do resto do time) e pôs Fariña e Hauche.

A genialidade de Cristaldo foi vista na saída de bola, quando Verón tocou e Benítez deu bela matada na direita, trazendo a bola para o pé esquerdo e chutando para difícil defesa de Saja. Os dois times continuaram jogando bem, mas os goleiros aparavam as bolas que lhes vinham.

Isso ocorreu até o 7° minuto, quando Enzo Perez recebeu na direita e deu lindo passe entre dois marcadores para pegar Marco Rojo livre na esquerda. O lateral chutou de primeira e venceu Saja para fazer Estudiantes 3x1.

A partir daí, o Racing desanimou e o Estudiantes passou a tocar a bola, sob os gritos de "olé" de sua torcida. E foi assim que chegou à goleada, aos 9 minutos. Em linda trama que contou com toques de Verón, Braña, Marco Rojo, Gastón Fernandez e Enzo Perez, o camisa 7 chutou no travessão e, no rebote, Leandro Benítez mandou para o gol vazio, para fazer Estudiantes 4x1 e mostrar que seu treinador acertou em mantê-lo em campo.

O belo futebol coletivo do Estudiantes fez a equipe encostar no grupo de cima, enquanto que a derrota eliminou o Racing do campeonato. A partir de agora, seus três próximos jogos serão apenas para cumprir tabela e começar a pensar no ano que vem.

Destaque do jogo: Mariano Andujar. O excelente trabalho coletivo do Estudiantes os levou a marcar 4 gols. Mas a vitória só veio graças aos milagres operados por seu goleiro. Em três lances no fim do primeiro tempo, o camisa 1 voou e tocou com a ponta dos dedos para mandar a bola a corner, sendo que o último foi um milagre, com Latorre concluindo dentro da área. Quando a bola passou por ele (no lance que originou o último gol do jogo), o chute de Ruben Capria encontrou a trave. No fim, no último lance da partida, ainda espalmou chute de Martin Simeone e saiu ovacionado pela torcida.

CONHECENDO A NOVA EQUIPE DO CAMPEONATO ARGENTINO

A felicidade deste sábado ficou completa quando, antes da bola rolar, o novo time que irá disputar as competições da FIFUBO se apresentou no gramado do Itaquá Dome.

VELEZ SARSFIELD
Os atletas do Velez são: 1. Sebastian Sosa, 2. Gino Peruzzi, 3. Emiliano Papa, 4. Juan Sabia, 5. Fernando Gago, 6. Sebá Dominguez, 7. Lucas Romero, 8. Claudio Hussain (c), 9. Turco Assad, 10. Dario Hussain, 11. Federico Insua, 12. Lucas Pratto, 13. Fabian Cubero, Treinador: Valdir Espinoza, Auxiliar técnico: Parraguez
Equipe composta somente por botões fechados, o Velez disputará os torneios Apertura, Clausura e a Copa Olé. Seu treinador, Valdir Espinoza, confirmou os rumores de que deixaria o cargo de observador técnico da Federação para assumir a equipe (seu último trabalho havia sido à frente do Fluminense) e, auxiliado por Parraguez (que deixou o comando do São Paulo), utilizará o esquema 4-4-2 losango, sendo que utilizará 3 volantes mais defensores, deixando a cargo de Insua a armação livre e a missão de municiar o ataque. Além disso, contará com os avanços dos laterais constantemente, principalmente na esquerda, por onde Papa passará em velocidade. Ainda sem partidas oficiais, a equipe não contabiliza nenhum título.

DESTAQUE
Claudio Hussain. Em um time recheado de craques, o capitão e volante é o grande destaque pela sua versatilidade. Além de marcar, sabe sair para o jogo e pode jogar nas laterais (principalmente na direita) e na zaga. Ao lado do irmão, Dario, forma uma dupla que atua com muito entrosamento.
Assim sendo, o Velez atuará em alguns amistosos, pois só poderá disputar competições oficiais a partir do ano que vem. O primeiro jogo será ainda nesta semana, contra o São Paulo.