domingo, 31 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Sexta Rodada - 31/08/2014

O sol resolveu aparecer neste domingo, fazendo o público sair de casa e lotar as arquibancadas do Itaquá Dome, no encerramento da penúltima rodada do primeiro turno.

ESTUDIANTES 0x4 RACING

As duas equipes vinham de três partidas sem vencer. A diferença é que o Estudiantes não empolga no atual certame. A preocupação é com a Verón-dependência, além da apatia dos outros jogadores. Do lado do Racing, a ordem é voltar a vencer depois de três jogos para continuar no grupo de cima.

Foi a bola rolar e o Racing já tomou a iniciativa. Nem precisou jogar bem, bastou jogar, pois a equipe do Estudiantes não se mexia em campo. Não foi surpresa quando, a 1 minuto, a equipe de Avellaneda inaugurou o marcador. Enrique recuperou bola e tocou para Martin Simeone. O camisa 8 procurou Latorre na esquerda, recebeu de volta e inverteu para Ruben Capria. O camisa 10 ajeitou e chutou sem chances para Andujar, fazendo Racing 1x0.

O gol empolgou a equipe de Avellaneda. Já o time de La Plata continuou parado em campo, esperando o apito final. Aos 5 minutos, Boselli fez falta em Acosta no meio de campo. O camisa 9 inverteu para a esquerda, encontrando Martin Simeone, que tocou na entrada da área para Ruben Capria. O camisa 10 recebeu, ajeitou para o pé esquerdo e acertou o ângulo de Andujar, fazendo seu segundo gol no jogo: Racing 2x0.

A vantagem já era considerável, mas o Racing percebeu que se esforçasse só um pouquinho, chegaria a um placar mais dilatado. Aos 7 minutos, Gamboa desarmou Verón e tocou para Quiroz. O camisa 5 abriu para Martin Simeone, que abriu mais à esquerda para Enrique. O camisa 3 puxou contra ataque sem ser incomodado e chutou da entrada da área, no contrapé de Andujar, para fazer Racing 3x0.

No intervalo, um desesperado Cristaldo tirou Leandro Benítez e Mauro Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopes. A intenção era jogar com 3 volantes para reforçar a marcação e não sofrer mais gols. Já Paralelo resolveu dar ritmo aos reservas, tirando Pelletieri e Acosta e colocando Fariña e Hauche.

O jogo ficou desinteressante. O Racing tocou a bola com calma para segurar a vitória e o Estudiantes  continuou parado em campo. Assim, somente dois lances são dignos de registro. Aos 4 minutos, Enrique cobrou lateral para Latorre, que tabelou com Martin Simeone, invadiu a área, perdeu o ângulo, tentou driblar Andujar e foi derrubado. Pênalti que Ruben Capria cobrou no canto esquerdo de Andujar para fazer seu hat trick: Racing 4x0.

No último lance do jogo, Saja fez pênalti em Angeleri. Federico Fernandez cobrou no canto direito e Saja espalmou para longe. Não era dia do Estudiantes.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Autor de um hat trick, o camisa 10 do Racing foi o grande nome da partida.

VELEZ SARSFIELD 2x3 HURACÁN

Vindo de sua primeira derrota no campeonato (1x3 para o River), o time do Velez não tinha tempo para se lamentar. Precisavam retomar o rumo das vitórias, para se manter perto do líder. Do outro lado, os gols de Cigogna são o combustível para a equipe do Huracán continuar sonhando com a classificação às semifinais. Mesmo assim, o empate com o Estudiantes (2x2) empurrava a equipe para o desânimo, pois o Huracán cedeu o empate no final da partida.

Quando a bola rolou, a impressão era que as duas equipes disputavam para ver quem escaparia da lanterna, tamanho o número de passes errados. Quando se arrumou, o Huracán inaugurou o marcador. Alexis Ferrero interceptou passe que iria para Turco Assad e tocou para Villarruel. O camisa 13 deu no meio para Masantonio, que trouxe para a meia esquerda. Com um passe primoroso, o camisa 10 encontrou Cigogna livre na entrada da área. O mito só teve que ajeitar para o pé direito e soltar o scopetazzo e fazer Huracán 1x0, aos 4 minutos.

O Velez se assustou com o gol e o Huracán apertou a marcação. A equipe do Velez tinha dificuldades para armar jogadas e as discussões de Insua com Claudio Hussain não ajudavam em nada. Mesmo assim, a equipe conseguiu se arrumar aos 7 minutos, quando Milano fez falta no campo de defesa do Velez. Papa cobrou para Romero no meio e o camisa 7 descobriu Turco Assad na esquerda. O camisa 9 tocou a Insua no bico da área e o camisa 11 trouxe para o pé esquerdo, antes de chutar em curva e vencer Islas, fazendo Velez 1x1.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Sr Rabina tirou Barrientos e Milano e pôs Erramuspe e Barrales.

O Velez voltou melhor e passou a rondar a área do Huracán, encontrando a virada aos 2 minutos. Sebá Dominguez afastou da área e a bola caiu aos pés de Insua no meio. Com passe preciso, o camisa 11 tocou já dentro da área para Lucas Pratto, que chutou de primeira na saída de Islas e fez Velez 2x1.

O Huracán começou a buscar o jogo novamente e o Velez caiu na apatia anterior, dando passes desnecessários e irritando sua torcida. Aos 6 minutos, Sosa cobrou tiro de meta errado e a bola saiu para lateral. Minici procurou Cigogna no meio e o mito só teve que ajeitar para o pé esquerdo e soltar o scopetazzo novamente, para fazer Huracán 2x2.

O gol irritou de vez a torcida do Velez, que passou a vaiar os jogadores. O Huracán percebeu nisso a oportunidade para a vitória e conseguiu virar novamente na saída de bola, aos 7. Insua tocou para Claudio Hussain, que esticou para Gino Peruzzi. Islas saiu do gol e dividiu com o lateral. A bola sobrou no outro lado do campo, para Danelón, que tocou para Villarruel. O camisa 13 avançou pela direita e, da entrada da área, acertou chute incrível, vencendo Sosa e fazendo Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. Novamente decisivo, o mito contribuiu com 2 gols para sua equipe derrubar o vice-líder.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 16 pontos
2° Velez Sarsfield - 10 pontos
3° Racing - 9 pontos, 19 gols pró
4° Boca Juniors - 9 pontos, 18 gols pró
5° Huracán - 9 pontos, 15 pontos
6° Independiente - 5 pontos
7° Estudiantes - 4 pontos
8° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols
2° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Ruben Capria (Racing) e David Trezeguet (River Plate) - 7 gols
3° Daniel Cigogna (Huracán) e Leandro Gracián (Independiente) - 6 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A próxima rodada será a última do primeiro turno. Após seu término (que terá o Superclássico no domingo), teremos uma análise da participação de cada equipe até então, provavelmente no meio da semana.
  • Independente dos resultados, o River Plate já assegurou a liderança na virada de turno, uma vez que abriu 6 pontos de vantagem para o segundo colocado.

sábado, 30 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Sexta Rodada - 30//08/2014

O sábado foi fechado, com muito frio e vento forte. Mas isso não afastou o público que foi ao Itaquá Dome assistir à abertura da penúltima rodada do primeiro turno do Clausura 2014. Os atletas não foram ingratos e deram um espetáculo dentro de campo. Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 3x5 RIVER PLATE

Empolgados pela primeira vitória no campeonato (4x2 no San Lorenzo), os jogadores do Independiente queriam partir para cima do River e continuar a ascensão. A ordem era marcar forte e sair em contra ataques. Líder do campeonato e empolgado pela vitória no choque de líderes (3x1 no Velez), o River queria continuar a boa carreira e se manter na liderança.

O jogo começou e o Independiente logo tomou as rédeas da partida. Aos 50 segundos, o River errou uma saída e a bola foi para lateral. Vella cobrou para Facundo Parra na direita e o camisa 17 viu Gracián livre no meio. O passe foi preciso e o camisa 19 avançou sem marcação, chutando da meia lua e fazendo Independiente 1x0.

O gol assustou o River e encheu de brios a equipe do Independiente. Marcando forte, a equipe de Avellaneda deixava o líder do campeonato sem opções para criar jogadas de ataque. Para piorar, quando perdiam a bola, viam o Independiente partir em velocidade para o contra ataque. Foi assim quando Ortega dividiu com Navarro aos 3 minutos. Montenegro afastou para o meio, onde Gracián pegou livre. O camisa 19 abriu rápido na esquerda para Silvera, que recebeu sem marcação, invadiu a área e chutou na saída de Carrizzo, fazendo Independiente 2x0.

O gol desmontou o River de vez. Sem conseguir trocar seus passes, a equipe não se aproximava da área. O Independiente, por sua vez, relaxou ao ver a vantagem e isso foi o grande problema. Nos acréscimos do primeiro tempo, enfim o River trocou passes. Berizzo deu a Gallardo no meio e o camisa 11 tocou a Buonanotte mais atrás. O camisa 30 tocou na direita para Ortega, correu e recebeu de volta, trazendo para o pé esquerdo e chutando sem chances para Navarro: River 1x2.

No intervalo, satisfeito com o "secreto de sus rojos", Bayer tirou Montenegro e colocou Acevedo. Do outro lado, Francescoli tentava arrumar as coisas e não se amedrontou para tirar dois jogadores-chave que não renderam aqui. Saíram Barrado e Trezeguet e entraram Coudet e Funes Mori.

A ousadia de Francescoli deu resultado e o River pressionou na saída de bola. Ferrari desarmou Gracián e tocou no meio para Gallardo. O camisa 11 abriu mais à esquerda para Coudet, que puxou contra ataque e chutou da intermediária para fazer River 2x2, com 30 segundos de jogo.

O gol empolgou o River, que partiu para cima. Mas um lance suspeito voltou a colocar o Independiente na frente aos 2 minutos. Vella foi para o chute e mudou a posição na hora do arremate. Carrizzo foi pego de surpresa e a bola entrou entre ele e a trave: Independiente 3x2.

Os jogadores do River protestaram, mas Francescoli gritou que ainda tinha jogo e era para eles se concentrarem em empatar a partida. E isso aconteceu na saída de bola, aos 3 minutos, em linda jogada ensaiada. Gallardo tocou para Coudet e puxou a marcação. Coudet driblou Gracián e tocou para a esquerda, aparentemente para ninguém. Mas o camisa 8 sabia quem viria ali e este foi Berizzo. O lateral apareceu de surpresa e chutou forte e cruzado, surpreendendo Navarro e fazendo River 3x3.

Esta linda jogada empolgou o River, que partiu para virar o jogo. Marcando bem, a equipe começou a tocar com tranquilidade e rondar a área do Independiente. A virada veio aos 6 minutos, quando Berizzo tocou para Gallardo no meio e o camisa 11 abriu na esquerda para Buonanotte. O camisa 30 deu lindo passe no meio, por entre os zagueiros, e Funes Mori recebeu livre, chutando na saída de Hilário Navarro e fazendo River 4x3.

O Independiente começou a correr, pois a vitória fácil se transformava em derrota em questão de minutos. O River agradeceu por ter mais espaço para trabalhar e ampliou aos 8 minutos. Coudet roubou de Facundo Parra e tocou para Gallardo. O camisa 11 tocou no meio para Funes Mori e o camisa 9 abriu na direita, onde Ortega recebeu livre e chutou sem chances para Navarro, dando números finais à partida: River 5x3.

Destaque do jogo: Eduardo Coudet. O volante não é dos preferidos da torcida, mas sempre que entra, ajuda. Desta vez, com a equipe perdendo, precisou de apenas 30 segundos para fazer o gol de empate. Deu passe para outros gols, ajustou a marcação e ainda ajudou na armação de jogadas.

BOCA JUNIORS 5x1 SAN LORENZO

O jogo de fundo colocava frente a frente duas equipes que não empolgavam. O Boca está na parte de cima da tabela, mas ainda não empolgou. O San Lorenzo, por sua vez, é o último colocado do campeonato. Se Romagnoli joga, o clube pode ganhar. Se não joga...

E o Boca precisou de apenas 12 segundos para começar a brilhar. Na saída de bola, Riquelme tocou para Cagna, recebeu na frente e mandou com imensa categoria, por cobertura, fazendo Boca 1x0.

Esperava-se alguma reação do San Lorenzo, mas a equipe de Almagro foi lenta e desorganizada. Com isso, o Boca tomou conta do jogo e partiu para a goleada. Aos 4 minutos, Arruabarrena recuperou bola perdida e tocou para Riquelme no meio. Vendo Palermo partir livre na esquerda, o camisa 10 tocou rápido e o camisa 9 chutou de primeira, vencendo Migliore e fazendo Boca 2x0.

O Boca diminuiu o ritmo e nem assim o San Lorenzo se animou. A equipe de Almagro ainda se desesperou quando Buffarini foi expulso, aos 8 minutos, mas o primeiro tempo terminou sem maiores alterações.

No intervalo, o Boca só mudou Schiavi por Battaglia para dar ritmo ao camisa 12. O San Lorenzo trocou Raul 'Pipa' Estevez e Piatti por Tellechea e Erviti, passando a jogar com apenas um homem na frente e um meio campo com dois volantes e dois armadores.

Não adiantou nada, pois o Boca continuou dominando. Com 2 minutos, o placar foi aumentado quando Palermo desarmou Stracqualursi lá na defesa e abriu para Ibarra na direita. Enquanto a bola passava para Cagna, Riquelme e Palácio, voltando a Cagna na intermediária, Palermo corria e chegava ao bico direito da área do San Lorenzo, onde recebeu, trouxe para o pé esquerdo e chutou sem chances para Migliore, fazendo Boca 3x0.

O gol deu um ar de marasmo ao jogo, pois o Boca passou a tocar satisfeito com o resultado e o San Lorenzo não demonstrou forças para reagir. Mesmo assim, a equipe de Almagro não tinha acabado com seu festival de besteiras e ainda tinha um coelho para tirar da cartola. Aos 5 minutos, Tulla resolveu dar um bico para a bola estourar em Basualdo e sair para tiro de meta. Só que mirou na trave e o desvio de Basualdo fez a bola ir para o fundo das redes, na pixotada do campeonato até aqui:  Boca 4x0.

A partir daí, a torcida do Boca não parava de rir e a do San Lorenzo já deixava o Itaquá Dome. Não viram Battaglia cobrar escanteio e Arruabarrena tocar de cabeça sem chances para Migliore aos 7 minutos, fazendo Boca 5x0.

Palermo ainda fez uma besteira aos 9, tentando roubar a bola e derrubando Stracqualursi na entrada da área. Romagnoli cobrou com perfeição, bateu ao peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma, ainda que discretamente: San Lorenzo 1x5.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Dois gols, movimentação constante, presença tanto no ataque quanto na defesa. Palermo fez de tudo e nem a falta que resultou no gol do San Lorenzo o impediu de sair aplaudido de campo.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra neste domingo e, no domingo que vem, teremos o Superclássico!
  • O milestone da rodada vai para Ariel Ortega. O gol que sacramentou a vitória e a liderança foi o trigésimo dele com a camisa 10 do River.

domingo, 24 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Quinta Rodada - 24/08/2014

Neste domingo, o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome e foi brindado com duas partidas de muita técnica. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 2x4 INDEPENDIENTE

O primeiro jogo colocava frente a frente os dois últimos colocados no campeonato. Penúltimo, o San Lorenzo queria aproveitar a má fase do adversário e retomar os rumos da vitória. Último, o Independiente é a única equipe que não venceu ainda no torneio e quer aproveitar a crise no adversário para, enfim, vencer.

O Independiente começou tomando a iniciativa, mas o San Lorenzo logo equilibrou as coisas e dominou. Foi preciso apenas dois minutos para sair na frente. O juiz Juan Carlos Loustau marcou falta em dois lances próximo à área do Independiente. Romagnoli tocou, Buffarini pisou na bola e o camisa 10 chutou sem chances para Navarro, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O Independiente não se acertou e viu o San Lorenzo rondar sua área, mas a equipe de Almagro não matou a partida. Aos 6 minutos, Busse recuperou bola no campo defensivo e fez lindo lançamento para a direita. Percebendo Silvera impedido, os jogadores começaram a gritar para ele não ir no lance, o que acabou acontecendo. Quem foi na bola foi Facundo Parra, que recebeu livre, invadiu a área e chutou forte na saída de Migliore, empatando para o Independiente: 1x1.

Na saída de bola, aos 7, o San Lorenzo errou e Gracián tocou rápido para Busse, que se atrapalhou e acabou fazendo falta em Stracqualursi no meio de campo. O camisa 9 tocou para Buffarini, recebeu na frente, invadiu a área pela ponta e cruzou para trás. Romagnoli veio testando forte e, novamente, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

O Independiente, já mais organizado, partiu em busca do empate. E conseguiu aos 9 minutos, quando Raul 'Pipa' Estevez fez falta em Parra no meio de campo. O camisa 17 tocou a Busse, que tocou a Gracián. O camisa 19 deu a Fredes, recebeu na frente e acertou lindo chute, fazendo Independiente 2x2.

No intervalo, Nilson sacou Raul Estevez e Ameli, colocando Bordagaray e Tellechea. Já Bayer tirou Gracián (que errava muitos passes, apesar do gol) e Vella (nulo), colocando Gandin e Acevedo.

O Independiente voltou melhor e passou a dominar as ações. Mas Gandin não é armador e Busse tampouco, o que fazia com que a equipe errasse muito o último passe. O San Lorenzo viveu de lampejos e foi aí que o Independiente percebeu que podia vencer. Aos 7 minutos, uma blitz da equipe de Avellaneda foi realizada. Primeiro Silvera chutou e Migliore defendeu a lateral. Acevedo cobrou a Facundo Parra, que chutou e Migliore fez linda defesa a córner. O próprio Parra cobrou e Silvera cabeceou, desta vez sem chances para o goleiro do San Lorenzo: Independiente 3x2.

O San Lorenzo partiu para o ataque no desespero e o jogo ficou à feição do Independiente para contra atacar. Aos 9, em linda jogada de Johnathan Ferrari, Romagnoli recebeu e dividiu com Navarro. A bola sobrou para Busse, que puxou o contra ataque sem ser incomodado, invadiu a área e chutou com raiva na saída de Migliore, dando a seu time a primeira vitória no campeonato: Independiente 4x2.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Se fosse empate ou vitória do San Lorenzo, o nome do jogo seria Romagnoli. Mas a honraria deve ser de um jogador do time vencedor e, por isso, Silvera leva. Fez o gol que deu a vitória a seu time, participou ativamente do jogo, se movimentou o tempo todo e instigou seus jogadores a buscarem o primeiro triunfo no campeonato.

RIVER PLATE 3x1 VELEZ SARSFIELD

Se o primeiro jogo era o duelo entre os últimos, o main event era o choque de líderes! Empatado com o líder, mas em segundo por ter um gol a menos, o River vinha empolgado para sair vitorioso. Francescoli queria a equipe tocando com calma e buscando Trezeguet, que fez hat trick nas duas últimas rodadas. Líder, o Velez vinha empolgado pela ótima campanha e pelo título da Copa Olé. O jogo prometia!

E foi, realmente, um jogão. O River partiu para cima desde o início e o Velez deu o troco no mesmo nível. Assim, a partida ganhou velocidade e emoção. O primeiro gol saiu aos 3 minutos, quando Emiliano Papa tentou tocar a Insua no meio, mas acabou acertando a bola para Ortega. O camisa 10 não perdeu tempo e ligou rápido no ataque, onde Trezeguet recebeu livre, ajeitou e chutou sem chances para Sosa, fazendo River 1x0.

O gol assustou a equipe do Velez, mas o time continuou buscando. O problema é que o River jogava muito mais e forçava a equipe adversária a se desfazer da bola, tocando pacientemente em busca de um lugar no ataque. Aos 6 minutos, Papa tentou sair jogando e, novamente, perdeu a bola para Ortega. O camisa 10 tocou a Trezeguet, recebeu, devolveu, passou por trás do francês e recebeu novamente. De frente, Ortega só teve que chutar colocado e vencer Sosa, fazendo River 2x0.

A desvantagem maior fez com que o Velez desanimasse de vez e o River passou a tocar com mais confiança. O problema é que a confiança foi em demasia e o time se desarrumou. Nos acréscimos, Insua recuperou bola no campo de defesa e percebeu Claudio Hussain livre na direita. O lançamento foi preciso e o camisa 8 chutou do bico da área para recolocar sua equipe no jogo: Velez 1x2.

No intervalo, Francescoli tirou Buonanotte e pôs Funes Mori, sendo criticado por isso, pois o camisa 30 atuava bem. Já Tripa Seca tirou Emiliano Papa (culpado nos dois gols) e Dario Hussain (nulo) e colocou Cubero e Lucas Pratto.

A intenção do treinador do Velez era aumentar a marcação e liberar seus meias e atacantes para pressionar o River. Mas a equipe de Nuñez não se importou com isso e continuou dominando o jogo, perdendo várias oportunidades, principalmente com Barrado e Gallardo. O gol que sacramentou a vitória veio aos 7 minutos, quando Sosa cobrou tiro de meta para o meio de campo e Gallardo ficou com a bola, abrindo na ponta esquerda para Funes Mori. O camisa 9 tocou no meio para Trezeguet, que driblou Gago, entrou na área chamando a marcação e devolveu atrás para Funes Mori. O camisa 9 recebeu sozinho e sentou a bomba, no gol mais bonito do jogo: River 3x1.

O choque de líderes foi o melhor jogo da rodada. O Velez entrou a 100 por hora. Mas o River entrou a 200 e saiu com a vitória mais que justa.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Desta vez, não fez 3 gols, mas participou dos 3. Marcou o primeiro, deu assistência nos dois últimos e foi o grande responsável pela sua equipe sair na liderança do campeonato.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 13 pontos
2° Velez Sarsfield - 10 pontos
3° Racing - 6 pontos, 15 gols marcados
4° Boca Juniors - 6 pontos, 13 gols marcados
5° Huracán - 6 pontos, 12 gols marcados
6° Independiente - 5 pontos
7° Estudiantes - 4 pontos
8° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 7 gols
2° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) - 6 gols
3° Leandro Gracián (Independiente) - 5 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após a rodada, em reunião no TJB, o árbitro Juan Carlos Loustau e o auxiliar Promotor foram advertidos por terem atrasado o início da partida San Lorenzo 2x4 Independiente.
  • O milestone da rodada vai para os dois destaques deste domingo. Nestor Silvera e David Trezeguet chegaram a 40 gols com as camisas de Independiente e River Plate, respectivamente.

sábado, 23 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Quinta Rodada - 23/08/2014

Neste sábado de sol e céu limpo, foi aberta a quinta rodada do Clausura 2014, no sistema "dois pra lá, dois pra cá". As quatro equipes não venceram na rodada anterior e tinham aqui a oportunidade de voltar a fazer 3 pontos.

HURACÁN 2x2 ESTUDIANTES

Vindo de empate com o Boca (2x2), o Huracán não tinha muitos motivos para comemorar, uma vez que tomou o gol de empate no último minuto. Mas os dois gols de Cigogna mostraram que o mito estava de volta à ativa e esta era a esperança da equipe para sair com a vitória. Do outro lado, a preocupação. O Estudiantes  vem de duas derrotas para Velez (3x2) e Boca (7x4). Na derrota para o Velez, ficou claro que Verón joga sozinho até cansar, sendo esta a preocupação de Cristaldo: fazer o resto do time render.

As palavras de Cristaldo foram bem assimiladas pela equipe, que pressionou desde o início. Em 2 minutos, foram três conclusões a gol que Islas defendeu. Na última delas, a bola sobrou para Centurión no meio. O camisa 8 tocou a Cigogna na esquerda, que tabelou com Masantonio, recebeu na frente e, da entrada da área, soltou o scopetazzo para fazer Huracán 1x0.

O Estudiantes continuou pressionando. Federico Fernandez se destacou para marcar Cigogna e foi assim que a equipe conseguiu chegar ao empate, aos 8 minutos. O camisa 4 desarmou o mito e tocou para Enzo Perez no meio. O camisa 7 recuou para Rodrigo Braña, que procurou Leandro Benítez mais à frente. O camisa 8 tocou para Marco Rojo próximo à entrada da área e o lateral trouxe para o pé esquerdo antes de desferir potente chute e fazer Estudiantes 1x1.

No intervalo, Sr Rabina trocou Minici e Milano por Erramuspe e Barrales. Já Cristaldo sacou Boselli e colocou Hernán Rodrigo Lopez.

O Estudiantes voltou melhor para o segundo tempo e empurrou o Huracán para o seu campo. Aos 3 minutos, depois de muita pressão, finalmente veio a virada. Desta vez foi Verón quem desarmou Cigogna e tocou na direita para Enzo Perez. Com lindo passe em profundidade, o camisa 7 encontrou Gastón Fernandez livre na área e o camisa 10 só teve o trabalho de tocar na saída de Islas e fazer Estudiantes 2x1.

O Huracán continuava buscando os contra ataques e o Estudiantes continuava mandando, mas foi cansando e diminuiu o ritmo. Assim, o Huracán foi ganhando terreno e só esperava um erro do Estudiantes para encontrar as redes. E ele veio aos 8 minutos, quando Federico Fernandez novamente desarmou Cigogna e partiu em velocidade para o ataque. Ele tentou um lançamento para Gastón Fernandez, mas Erramuspe interceptou e tocou para Barrales, que inverteu um lindo lançamento encontrando Cigogna livre. O mito recebeu e mandou de trivela para vencer Andujar e dar números finais ao confronto: Huracán 2x2.

Destaque do jogo: Daniel Islas. Tudo bem que Cigogna voltou a marcar duas vezes, mas o Huracán só não perdeu por causa das defesas de seu capitão. Islas fez um sem número de defesas, segurando a pressão do Estudiantes e dando todas as condições para Cigogna se consagrar.

RACING 2x2 BOCA JUNIORS

Vindo de dois jogos sem vitória (derrota para o River por 5x3 e empate em 4x4 com o Independiente), o Racing precisava vencer para tornar a encostar nos líderes. Já o Boca precisava comprovar que podia alcançar uma vaga às semifinais ao fim do campeonato, pois o futebol apresentado não empolgava ainda. Para apimentar mais ainda, Madeirite e Paralelo encontravam seus antigos comandados.

O Racing mostrou desde o início que ia mandar na partida. Com jogadas ensaiadas que mostravam entrosamento, a equipe chegava fácil à área do Boca, mas a equipe xeneize veio com a clara tática de se defender e explorar os contra ataques. Foi assim que, aos 3 minutos, em jogada de contra ataque, Cagna tocou para Ibarra no meio e o camisa 4 procurou Palermo na esquerda. O camisa 9 avançou, chutando do bico da área para vencer Saja e fazer Boca 1x0.

O gol não impressionou a equipe do Racing, que assimilou muito bem a tática de seu treinador, de ir esquentando aos poucos. Foi assim que, aos 6 minutos, buscou a igualdade. Pelletieri tentou passe para Latorre e Serna interceptou muito bem, mas errou a saída de bola e Ruben Capria recuperou. O camisa 10 tocou a Acosta na direita e o camisa 9 foi ao fundo para cruzar. Latorre recebeu e acertou o ângulo de Abbondanzieri, fazendo Racing 1x1.

Na saída de bola, aos 7, o Boca surpreendeu. Riquelme tocou e correu para a esquerda. Cagna foi para o drible, mas também trouxe para a esquerda e deu um belo passe para o camisa 10 receber na meia lua e chutar sem chances para Saja: Boca 2x1.

Na saída de bola, aos 8, o lance mais bonito da partida. Ruben Capria tocou para Martin Simeone e correu para a direita, mas o camisa 8 trouxe para a esquerda, surpreendendo a marcação e tocando para um espaço vazio. Ali apareceu Pocchetino, que deu em novo espaço vazio para o lado esquerdo da área, onde Martin Simeone correu, recebeu, trouxe para o pé direito e chutou cruzado sem chances para Abbondanzieri: Racing 2x2.

No intervalo, Madeirite tirou Schiavi e Palacio e colocou Battaglia e Schelloto. Paralelo tirou Pelletieri e colocou Fariña. O jogo continuou bom até a metade, quando os jogadores cansaram, diminuíram o ritmo e o jogo só alcançou alguma emoção no último minuto, com uma sucessão de ataques e contra ataques que, porém, não mudaram o resultado.

Destaque do jogo: Martin Palermo. O Racing dominou, fez lindas jogadas ensaiadas, mas o grande destaque foi o número 9 do Boca, que se movimentou bastante, fez um gol e foi a principal peça ofensiva de sua equipe.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Martin Simeone. A conclusão da ótima jogada que resultou no segundo gol de sua equipe foi o vigésimo gol do meiocampista com a camisa do Racing.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Quarta Rodada - 20/08/2014

A quarta rodada do Clausura só pôde ser encerrada na noite desta quarta-feira. Mas não faltou emoção a nenhum dos jogos!

VELEZ SARSFIELD 3x2 ESTUDIANTES

Disposto a recuperar a liderança, o time do Velez tinha como objetivo a vitória a qualquer custo. Os jogadores, empolgados pela goleada sobre o San Lorenzo (5x2), estavam completamente focados no objetivo de voltar à ponta, de preferência fazendo muitos gols para superar o River no desempate por gols pró. Do lado do Estudiantes, a ordem era esquecer o atípico jogo contra o Boca, quando foi derrotado por 7x4, voltando a crescer na competição e tentando se aproximar dos líderes.

A bola rolou e ambas as equipes partiram para o ataque. O Estudiantes ia mais aos trancos e barrancos, enquanto o Velez tinha organização. Algumas chances foram desperdiçadas de lado a lado até que Insua disputou no meio com Leandro Benítez e ganhou, tocando na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 inverteu para a direita, onde Emiliano Papa apareceu de surpresa, trazendo a bola para o pé esquerdo e chutando para inaugurar o marcador aos 4 minutos: Velez 1x0.

O Estudiantes deu a saída, aos 5 minutos, em boa jogada. Verón tocou para Leandro Benítez, correu e recebeu na frente, chutando na saída de Sosa. O goleiro uruguaio defendeu com o pé direito e a bola sobrou para a lateral direita. Gino Peruzzi recebeu a bola e puxou o contra ataque, tocando para Claudio Hussain, que invadiu a área e chutou rasteiro na saída de Andujar, fazendo Velez 2x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Lucas Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Cristaldo mudou o lado esquerdo. Saíram os inoperantes Marco Rojo e Mauro Boselli, entrando Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez.

A mudança de Cristaldo deu resultados imediatos. Na saída de bola, Verón tocou para Leandro Benítez e correu, recebendo na meia lua. O camisa 11 tirou de Gago e, agora sim, conseguiu chutar sem chances para Sosa, fazendo Estudiantes 1x2 logo aos 12 segundos.

O gol empolgou o Estudiantes, que jogava na base da raça de Verón. Aos 4 minutos, o camisa 11 aprontou novamente, recebendo de Enzo Perez dentro da área e trombando com Sosa. O árbitro Wilson Neca, que estreava no campeonato depois de 14 jogos, marcou pênalti que o próprio Verón cobrou no lado esquerdo de Sosa, que até foi na bola, mas não a alcançou: Estudiantes 2x2.

O gol empolgou a equipe de La Plata de vez, mas o Velez sobrava em campo e dava mostras de que ganharia na hora que quisesse. Aos 6 minutos, Federico Fernandez tentou sair driblando, mas acabou saindo com bola e tudo. Claudio Hussain tocou para Insua, que dominou com categoria e chutou de trivela para fazer belo gol e dar números finais à partida: Velez 3x2.

Destaque do jogo: Dario Hussain. O camisa 10 não participou de nenhum gol, mas levou perigo o tempo todo. Armou, concluiu, chamou a marcação. No segundo tempo, vendo a desorganização defensiva do Velez, se postou na entrada da área e ajudou na marcação, reorganizando o time.

BOCA JUNIORS 2x2 HURACÁN

A vitória sobre o Estudiantes (7x4) empolgou os jogadores do Boca, que enfim jogaram bem  e mostraram o futebol que os levou ao título do Apertura. A ordem era repetir a exibição da semana passada para embalar de vez. Do lado do Huracán, a vitória sobre o Independiente (4x2) empolgou a equipe, mas o jejum de Cigogna incomoda. A ordem era para o camisa 9 ficar sempre próximo à área e não se preocupar com marcação.

O Boca começou melhor e encontrou o gol logo aos 50 segundos, quando Walter Ferrero tentou dominar e saiu com bola e tudo pela lateral. Cagna cobrou para Riquelme, que trouxe a bola pro chão e chutou com extrema categoria para vencer Islas e fazer Boca 1x0.

Quem esperava que o gol fosse o prenúncio de nova noite de gala do Boca, se enganou. Quem esperava que o Huracán fosse se lançar ao ataque, também se enganou. O primeiro tempo foi marcado por marcação forte de ambas as equipes, que se impediam de chegar ao ataque. Mesmo assim, o Huracán conseguiu empatar aos 6 minutos, quando Minici cobrou lateral para Cigogna no bico esquerdo da área e o mito ajeitou para soltar seu tradicional scopetazzo e, enfim, romper o jejum de gols: Huracán 1x1.

No intervalo, Madeirite trocou a dupla de ataque. Saíram Palacio e Palermo e entraram Guillermo Barros Schelloto e Viatri. Já Sr Rabina trocou Villarruel e Milano por Erramuspe e Barrales.

O Huracán voltou melhor, a despeito do jogo continuar de forte marcação no meio de campo. Um novo posicionamento da equipe de Sr Rabina lhes trouxe a virada. Abbondanzieri cobrou tiro de meta procurando Riquelme, aos 4 minutos, mas Ruben Masantonio foi mais esperto e lhe roubou a bola, dando lindo passe no meio para Cigogna. O mito ajeitou e chutou de bico. A bola ganhou altura e entrou no meio do gol: Huracán 2x1.

O Boca não conseguia organizar jogadas de ataque e o Huracán se trancou na defesa para ficar com a vitória. Porém, aos 10 minutos, Cagna disputou na raça, acreditou e conseguiu ficar com a bola, tocando na esquerda para Schelloto. Riquelme puxou a marcação e o caminho se abriu para Schelloto ajeitar e chutar cruzado, vencendo Islas e dando números finais ao confronto: Boca 2x2.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito voltou a ser mito. Marcou seus dois primeiros gols no campeonato e foi figura relevante para o Huracán sair com um ponto.

CLASSIFICAÇÃO

1° Velez Sarsfield - 10 pontos, 15 gols pró
2° River Plate - 10 pontos, 14 gols pró
3° Racing - 5 pontos, 13 gols pró
4° Boca Juniors - 5 pontos, 11 gols pró
5° Huracán - 5 pontos, 10 gols pró
6° Estudiantes - 3 pontos, 10 gols pró
7° San Lorenzo - 3 pontos, 7 gols pró
8° Independiente - 2 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 6 gols
2° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
3° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente) e Ruben Capria (Racing) - 4 gols

domingo, 17 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Quarta Rodada - 17/08/2014

Domingo de sol e temperatura em elevação, dia ideal para ir ao Itaquá Dome assistir à abertura da quarta rodada do Clausura. Dois jogos espetaculares empolgaram o bom público presente ao estádio.

RIVER PLATE 4x1 SAN LORENZO

Empolgados após a vitória sobre o Racing (5x3), os jogadores do River queriam a vitória para se isolar na liderança. Francescoli pedia a seus jogadores que mantivessem a forma de jogar da rodada anterior, forçando o adversário a se desfazer da bola e tocando até chegar ao gol, procurando o centroavante. Do outro lado, o San Lorenzo ainda não decolou e começava a preocupar seus torcedores. Nilson também demonstra preocupação, pois se Romagnoli estiver bem, a equipe pode vencer; se ele estiver mal, a vitória fica muito mais difícil. Para piorar, Raul 'Pipa' Estevez não jogava, pois cumpria suspensão no lugar do goleiro Migliore. Bordagaray viria em seu lugar.

Seria um duelo interessante, visto que o jogo colocava frente a frente os artilheiros Romagnoli e Trezeguet e, também, os irmãos Johnathan e Pablo Ferrari.

Pois bastou a bola rolar para se perceber que o River dominaria. Marcando e tocando bem, a equipe não demorou a encontrar o caminho das redes. Com apenas 1 minuto, Berizzo forçou Romagnoli a se desfazer da bola e tocou a Barrado, que abriu na esquerda para Buonanotte. O camisa 30 tocou no meio para Trezeguet, que invadiu a área e chutou na saída de Migliore, fazendo River 1x0.

A equipe diminuiu o ritmo, mas o San Lorenzo não aproveitava as oportunidades. Somente aos 5 minutos apareceu o futebol de Romagnoli. O camisa 10 recebeu cobrança de tiro de meta de Migliore e, com lindo passe para a direita, deixou Stracqualursi sozinho dentro da área. O camisa 9 soltou a bomba e empatou o jogo: San Lorenzo 1x1.

O gol não empolgou o San Lorenzo e serviu para o River voltar ao jogo. Aos 8 minutos, após a equipe de Almagro desperdiçar um contra ataque, Berizzo tocou a Barrado no meio. O camisa 19 tocou mais à frente para Buonanotte, de costas pro gol, e o camisa 30 fez o trabalho de pivô tocando atrás para Trezeguet. O camisa 7 recebeu de frente e chutou forte para fazer seu segundo gol no jogo: River 2x1.

No intervalo, Francescoli sacou Ortega, que estava mal, colocando Funes Mori. Já Nilson tirou Reynoso (que deixou espaços para Trezeguet) e Piatti (que não se apresentava para ajudar Romagnoli) e colocou Tellechea e Erviti.

O jogo retornou e o River continuou dominando. Tocando a bola com inteligência, a equipe logo encontrou o caminho das redes. Aos 2 minutos, o San Lorenzo tentou ir ao ataque e Berizzo, inteligentemente, tomou a frente de Romagnoli, sofrendo falta. O próprio Berizzo cobrou para Pablo Ferrari na direita, que procurou Barrado no meio. O camisa 19 deu a Gallardo mais à frente e o camisa 11 abriu na direita, de onde Trezeguet chegou chutando de primeira e fazendo seu hat trick: River 3x1.

O San Lorenzo desmoronou de vez e ficou rezando para o tempo se esgotar. O River, por sua vez, dominava e tocava bonito, sob gritos de olé de sua torcida. Aos 6 minutos, transformou a partida em goleada, quando Funes Mori cobrou lateral para Trezeguet, que abriu na ponta direita, onde Pablo Ferrari recebeu e chutou colocado para vencer Migliore e dar números finais à partida: River 4x1.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Pelo segundo jogo consecutivo, faz um hat trick. O camisa 7 se movimentou bastante no ataque e estava sempre pronto a receber as bolas que seus companheiros enviavam, encontrando o caminho das redes e da liderança para o River.

INDEPENDIENTE 4x4 RACING

O jogo de fundo seria o clássico de Avellaneda, o primeiro clássico do Clausura. Ambas as equipes vinham de derrota, mas em situação completamente oposta. Do lado do Independiente, os dois vice campeonatos no ano ainda não foram assimilados. A equipe, a única que não venceu no campeonato, é a última colocada e vem de duas derrotas por 4x2, para Estudiantes e Huracán. Do lado do Racing, a derrota de 5x3 para o River não foi de todo ruim, visto que o futebol apresentado vem trazendo resultados. Se tomaram 5 gols por desatenção, fizeram 3, o que mostra que o trabalho ofensivo vem sendo feito.

Quando a bola rolou, a situação oposta das duas equipes ficou latente. Desorganizado, o Independiente não conseguia chegar ao ataque e se atrapalhava. Já o Racing mostrava entrosamento e foi assim que fez o primeiro gol logo a um minuto. Gracián fez falta na lateral direita em Diego Capria. O camisa 2 cobrou com belo lançamento para o outro lado do campo, encontrando Latorre livre dentro da área. Com uma matada precisa, o camisa 11 trouxe a bola pro chão e chutou para vencer Navarro e fazer Racing 1x0.

Na saída de bola, aos 2, o Independiente empatou. Gracián tocou para Fredes, recebeu na frente e, com um lindo toque de lado de pé, acertou o ângulo de Saja, que nada pôde fazer: Independiente 1x1.

Na saída de bola, aos 3, o Racing voltou a ficar na frente em jogada idêntica. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, recebeu na frente e, de pé esquerdo, chutou em curva para vencer Navarro: Racing 2x1.

O Independiente só encontrou as redes aos 9 minutos, em jogada parecida com a do primeiro gol do Racing. Navarro sofreu falta de Latorre e cobrou com um lançamento preciso para o campo de ataque, onde Facundo Parra recebeu livre e chutou na saída de Saja, fazendo Independiente 2x2.

No intervalo, Bayer não quis nem saber e tirou Silvera (novamente nulo), além de Vella. Entraram Gandin e Acevedo. Do lado do Racing, Paralelo tirou o improdutivo Acosta, além de Quiroz, colocando Hauche e Fariña.

O dedo do técnico foi visto do lado do Independiente, que passou a pressionar o Racing no seu próprio campo e a rondar a área. Com isso, não foi surpresa quando a equipe passou a frente aos 2 minutos. Fredes pressionou até Ruben Capria errar o passe e a bola sobrou para Mattheu. O camisa 4 tocou em profundidade para Acevedo, que puxou contra ataque pela direita, invadiu a área e chutou forte na saída de Saja, fazendo Independiente 3x2.

O Racing não se acanhou e continuou buscando o ataque. Aos 5 minutos, Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria no meio e o camisa 10 descolou um passe preciso para Latorre no meio da zaga. O camisa 11 invadiu a área e tocou na saída de Navarro, fazendo seu segundo gol no jogo: Racing 3x3.

O jogo ganhou contornos dramáticos e vários lances foram desperdiçados, até que o Racing armou uma blitz nos últimos minutos, com vários chutes e defesas de Navarro. Até que, aos 10 minutos, Latorre recebeu de Ruben Capria dentro da área, tentou driblar Hilário Navarro e foi derrubado. Pênalti que Ruben Capria cobrou deslocando Navarro e fazendo Racing 4x3.

O Independiente, com pouco tempo para empatar, teve que arriscar na saída de bola. E deu certo! Gracián tocou para Fredes e correu, recebendo bom lançamento na entrada da área. Saja saiu desesperado e foi driblado, com Gracián empurrando para o gol aberto e fazendo Independiente 4x4.

A situação se inverteu e o Racing arriscou. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, recebeu na entrada da área e chutou. Navarro fez linda defesa e, no rebote, Ruben Capria chutou por cima, coroando o belo clássico de Avellaneda.

Destaque do jogo: Diego Latorre. Com uma movimentação constante, o camisa 11 foi um tormento para a defesa do Independiente. Coroado com 2 gols, saiu com o prêmio de melhor em campo.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada deve ser encerrada na quarta-feira, se tudo der certo.
  • O milestone da rodada vai para Ruben Capria. O primeiro gol marcado no Clássico de Avellaneda foi o vigésimo dele com a camisa 10 do Racing.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Terceira Rodada - 11/08/2014

9 dias após sua abertura, a terceira rodada do Clausura foi encerrada. O tempo estava bom, céu limpo e temperatura em ascensão. O Itaquá Dome recebeu bom público, que foi saudado com dois jogos sensacionais. Vamos a eles!

RACING 3x5 RIVER PLATE

Sensação nas duas primeiras rodadas, o Racing queria a vitória para mostrar que vem para brigar pelo título.  Já o River recebe críticas. Seu treinador, Francescoli, é acusado como o responsável pelos altos e baixos da equipe, principalmente após o empate na semana anterior (3x3 com o Huracán), por suas mudanças e mais mudanças na equipe. O jogo ainda marcava o reencontro das duas equipes, após decidirem o Torneio Início do presente Clausura, que terminou com vitória do Racing por 2x0.

O jogo foi muito bom, com as duas equipes se alternando no ataque. O primeiro gol saiu logo a um minuto, em linda jogada de contra ataque. Gallardo cobrou escanteio e Saja segurou a bola, jogando no meio para Ruben Capria. O camisa 10 tocou a Acosta na direita e o camisa 9 tabelou com Pelletieri, recebendo na frente para invadir a área e chutar na saída de Carrizzo, fazendo Racing 1x0.

O River empatou na saída de bola, aos 2 minutos. Gallardo tabelou com Diego Armando Barrado e o camisa 19 recebeu na direita para chutar cruzado. Saja foi na bola, mas não alcançou: River 1x1.

O jogo continuou bom e as duas equipes desperdiçaram oportunidades. Aos 5 minutos, o Racing armou uma blitz e chutou umas 3 vezes para Carrizzo espalmar. Na última, a bola saiu para lateral. Acosta cobrou no meio para Martin Simeone chutar antes do bloqueio de Almeyda. A bola foi no ângulo de Carrizzo e o Racing chegou a 2x1.

O River chegou ao empate aos 9, quando Buonanotte cobrou lateral na defesa para Almeyda, que procurou Gallardo mais à frente. O camisa 11 abriu para Ortega na direita, que driblou Enrique e deu no meio para Trezeguet, que recebeu de frente e mandou lindo chute no ângulo de Saja, fazendo River 2x2.

Na saída de bola, aos 10, o Racing mostrou que tinha vindo para vencer. Ruben Capria tocou para Pelletieri, que driblou Gallardo, Almeyda e, da meia lua chutou rasteiro. Carrizzo não alcançou e o Racing foi para o intervalo vencendo por 3x2.

No intervalo, Paralelo tirou Enrique e Latorre e colocou Fariña e Hauche. Já Francescoli irritou a torcida ao tirar Buonanotte para colocar Funes Mori. A intenção era tirar Trezeguet, mas o gol do camisa 7 o manteve em campo. Mesmo assim, o camisa 30 fazia boa partida e não merecia sair.

Mal sabiam os torcedores que o dedo do técnico faria diferença dessa vez. O River chegou ao empate logo aos 2 minutos. Carrizzo cobrou tiro de meta no meio para Gallardo, que abriu na ponta para Ortega. O camisa 10 tocou no meio para Trezeguet e o camisa 7 só teve que encher o pé e vencer Saja: River 3x3.

O gol empolgou a equipe, que passou a dominar as ações. Consistente na defesa, o River saía tocando bem para o ataque, fazendo a torcida reviver os belos tempos de quando surgiu a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum". Após linda jogada, Gallardo chutou e Saja fez linda defesa, mandando a córner. O próprio Gallardo cobrou no segundo pau, onde Funes Mori cabeceou no contrapé e venceu Saja, fazendo River 4x3, aos 6 minutos.

O Racing tentou sair para o empate, mas acabou esbarrando na bela marcação adversária, que estava em momento nostalgia e forçava o adversário a se desfazer da bola. Após uma recuperação de Almeyda, a bola sobrou para Ferrari na direita, que tocou a Barrado no meio. O camisa 19 deu mais à frente para Gallardo, que procurou Ortega na ponta. Sob gritos de "olé", o camisa 10 deu o último toque para Trezeguet, já dentro da área. Da marca do pênalti, o francês chutou sem chances para Saja e deu números finais ao confronto: River 5x3.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Numa tarde de gala de toda a equipe, o hat trick do camisa 7 fez a diferença para a vitória chegar. De quase substituído a herói do jogo, Trezeguet saiu nos braços da torcida.

SAN LORENZO 2x5 VELEZ SARSFIELD

O último jogo da rodada trazia um ponto de interrogação em cima do nome do San Lorenzo. A equipe venceu bem o Huracán na primeira rodada (3x1) e perdeu bem para o Racing na segunda (1x3). De positivo, seu artilheiro Romagnoli, que havia marcado os 4 gols da equipe no torneio. Já do lado do Velez, além do título da Copa Olé, o bom começo de campeonato, empatando com o Racing (3x3) e vencendo o Boca (3x1), além do futebol correto que a equipe apresenta.

A bola rolou e logo o Velez partiu ao ataque. Bastaram 40 segundos para a equipe roubar a bola do San Lorenzo e sair pela esquerda. Lucas Romero atraiu a marcação e Emiliano Papa avançou com a bola dominada mais pelo meio, chutando da intermediária e acertando o ângulo de Migliore para fazer Velez 1x0.

O time se desorganizou após o gol. O San Lorenzo foi um bando desde o início. Mas a equipe de Almagro chegou ao empate aos 4 minutos, bem no seu estilo bumba-meu-boi. Raul 'Pipa' Estevez veio para trombar com Romero e ficou com a bola, na intermediária. Deu um lindo lençol em Romero, matou a bola no peito, deixou quicar no chão e soltou uma bomba no canto direito de Sosa, fazendo um golaço aos trancos e barrancos: San Lorenzo 1x1.

O primeiro tempo terminaria sem maiores registros, não fosse a trapalhada de Reynoso e Migliore, onde o goleiro tocou na bola fora da área, levando o cartão vermelho. Raul Estevez foi o escolhido para sair em seu lugar e cumprir a suspensão na próxima rodada.

No intervalo, Nilson tirou Reynoso (pela trapalhada) e Stracqualursi (nulo) para colocar Tellechea e Bordagaray. Já Tripa Seca tirou Insua (que jogava muito mal) e Turco Assad (nulo) para colocar Cubero e Lucas Pratto. Assim, Gago sairia da entrada da área e passaria a ser o armador da equipe, com Cubero jogando de cabeça de área.

A genialidade do técnico foi visível não só nessa mudança tática, como também colocando a equipe mais na defesa. Historicamente, em jogos da FIFUBO, quando uma equipe perde um jogador por expulsão, cresce e parte para ganhar a partida. Talvez por se encher de brios e fechar mais o time, talvez porque o adversário pense que tem um a mais e se lance ao ataque, se abrindo aos contra ataques, talvez uma conjunção disso tudo. Tripa Seca colocou seu time para jogar no contra ataque, atraindo o San Lorenzo e partindo com mais espaços para criar jogadas.

Não foi surpresa quando a equipe começou a construir a goleada aos 40 segundos. Gino Peruzzi roubou bola de Romagnoli e tocou para Dario Hussain. O camisa 10 avançou pela direita e chutou mal. Gago meteu o pé na bola no meio do caminho e viu a pelota ganhar altura, encobrindo Migliore e entrando mansa no gol: Velez 2x1.

A partir daí, o San Lorenzo não jogou mais. A equipe do Velez se multiplicou em campo, forçou o erro do adversário e saiu em contra ataques letais. Aos 2 minutos, Gago desarmou Romagnoli e abriu na direita para Peruzzi. O camisa 2 tocou a Dario Hussain na ponta e o camisa 10 deu a seu irmão mais à frente. Claudio Hussain avançou sem ser incomodado, invadiu a área pela direita e chutou forte para fazer Velez 3x1.

O San Lorenzo percebeu que não ganharia. Cansado, via um Velez inteiro (contra) atacar cada vez mais forte. Aos 5 minutos, o jogo virou goleada quando Cubero interceptou bola que iria para Bordagaray. O camisa 13 do Velez tocou na esquerda para Papa, que tocou mais à frente para Gago. O camisa 5 inverteu o jogo para Romero, recebeu de volta na esquerda e chutou de trivela, vencendo Migliore novamente e fazendo Velez 4x1.

A equipe diminuiu o ritmo, talvez por piedade, talvez para descansar. Mesmo assim, ampliou aos 9 em lindo lançamento de Emiliano Papa, invertendo do campo de defesa, na esquerda, para o lado direito da área do San Lorenzo, onde Dario Hussain recebeu livre. Ele chutou prensado contra Migliore e a bola sobrou nos pés de Lucas Pratto, que mandou para o gol vazio: Velez 5x1.

Na saída de bola, o San Lorenzo descontou. Romagnoli tocou para Buffarini, recebeu de volta já na entrada da área e chutou rasteiro, vencendo Sosa e, timidamente, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x5.

Destaque do jogo: Fernando Gago. O primeiro tempo do Velez foi ruim, com Gago na cabeça de área. No segundo tempo, o camisa 5 passou a armar o jogo e a equipe construiu bela goleada. Presença constante no ataque, distribuiu o jogo, fez assistências, marcou dois gols e foi o maestro que Insua não conseguiu ser no primeiro tempo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Velez Sarsfield - 7 pontos, 12 gols pró
2° River Plate - 7 pontos, 10 gols pró
3° Boca Juniors - 4 pontos, 9 gols pró, 8 gols contra
4° Racing - 4 pontos, 9 gols pró, 9 gols contra
5° Huracán - 4 pontos, 8 gols pró, 9 gols contra
6° Estudiantes - 3 pontos, 8 gols pró
7° San Lorenzo - 3 pontos, 6 gols pró
8° Independiente - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
2° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) - 4 gols
3° Enzo Perez (Estudiantes), Mauro Milano (Huracán), Acosta (Racing) e David Trezeguet (River Plate) - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Ao que parece, não haverá jogos no sábado. Assim sendo, a quarta rodada deve ser iniciada ainda no meio desta semana, se encerrando no domingo.

sábado, 2 de agosto de 2014

Torneio Clausura 2014 - Terceira Rodada - 02/08/2014

Agosto chega, com céu limpo e temperatura em elevação. O Itaquá Dome recebeu um bom público, na abertura da terceira rodada do Clausura 2014.

ESTUDIANTES 4x7 BOCA JUNIORS

Empolgados após a boa vitória sobre o Independiente (4x2), os jogadores do Estudiantes pegavam o Boca de olho em mais um triunfo. Rodrigo Braña atuou bem à frente da zaga e deu liberdade a Verón para armar e a intenção era repetir este esquema no jogo de hoje. Do outro lado, a crise bate à porta. Após 4 jogos sem vencer, Madeirite começa a ser questionado e já há nomes para substituí-lo.

O jogo começou a mil por hora e logo se viu que o Boca fez lição de casa. Verón tocou para Enzo Perez, recebeu na frente e chutou na trave de Abbondanzieri, com a bola saindo pela linha lateral. Arruabarrena jogou para a frente, num ponto futuro onde Basualdo chegou em velocidade, tocando na saída de Andujar e fazendo Boca 1x0 logo aos 40 segundos.

O gol surpreendeu o Estudiantes, mas nada que os impedisse de continuar buscando o ataque. Aos 2 minutos, nova jogada terminou no travessão, com Leandro Benítez concluindo. A bola sobrou para Ibarra, que chegou antes de Verón e inverteu para Serna. O camisa 5 tocou mais à frente para Arruabarrena, que procurou Riquelme no meio. O camisa 10 deu lindo passe para Palermo, que chutou da  entrada da área e ampliou sem a menor chance para Andujar, em linda e envolvente jogada coletiva: Boca 2x0.

Se o primeiro gol surpreendeu, o segundo foi um pânico ao Estudiantes, que passou a se lançar cegamente ao ataque. Aos 4 minutos, Schiavi roubou bola que iria para Gastón Fernandez e tocou para Cagna. O camisa 8 abriu na direita para Ibarra, que lançou a Riquelme na frente. O camisa 10 recebeu, viu o goleiro adiantado e deu lindo toque de cobertura, para fazer Boca 3x0.

Foi só neste momento que os jogadores do Estudiantes entenderam que suas jogadas estavam marcadas. O Boca treinou a semana inteira com base no que o time de La Plata faz e ensaiou jogadas de contra ataque. Aos 7 minutos, Rodrigo Braña foi para estourar a bola na lateral com Cagna e o camisa 8, inteligentemente, saiu da disputa. O próprio Cagna cobrou o lateral para Arruabarrena, que apareceu de surpresa no meio (no buraco deixado por Braña) e chutou da entrada da área para derrotar Andujar novamente: Boca 4x0.

Na saída de bola, o Estudiantes descontou. Verón tocou a Enzo Perez, recebeu na frente e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri: Estudiantes 1x4, aos 8 minutos.

Aos 9, em jogada idêntica, o Boca ampliou. Riquelme tocou a Basualdo, recebeu na frente e chutou com extrema categoria, para fazer Boca 5x1.

No intervalo, um atônito Cristaldo tentava juntar os cacos. Tirou os imóveis Marco Rojo e Mauro Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Madeirite tirou Palácio (de novo nulo) e Escudero (que já tinha cartão amarelo) e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia.

O jogo reiniciou e o Boca continuou em cima. Aos 2 minutos, após uma blitz onde Riquelme chutou na trave, Basualdo chutou o rebote para defesa de Andujar, a bola sobrou para Ibarra, que enfim venceu o goleiro do Estudiantes: Boca 6x1.

O Estudiantes descontou na saída de bola novamente, aos 3. Verón tocou a Enzo Perez, recebeu na frente e chutou colocado para vencer Abbondanzieri: Estudiantes 2x6.

Mas o jogo era todo do Boca, que tocava verticalmente e chegava com facilidade ao ataque. Foi assim que saiu o sétimo gol, aos 5 minutos, quando Ibarra recebeu de Serna e tocou à frente para Cagna. O camisa 8 deu a Schelloto na ponta e o camisa 13 tocou mais à frente para Riquelme. Com um lindo drible, o camisa 10 se livrou de Desábato, invadiu a área e deslocou Andujar para fazer seu hat trick: Boca 7x2.

Na saída de bola, aos 6, o Estudiantes descontou novamente. Verón tocou para Enzo Perez que, desta vez, não devolveu. Ele driblou Basualdo, driblou Serna e, da entrada da área, deu lindo toque por cobertura e fez Estudiantes 3x7.

Quando o jogo já se encaminhava para seu fim, o Estudiantes descontou novamente. Nos acréscimos, Federico Fernandez isolou a bola para a frente e ela caiu aos pés de Enzo Perez, dentro da área. O camisa 7 se aproveitou da incerteza de Abbondanzieri e chutou para o gol vazio, dando números finais ao confronto: Estudiantes 4x7.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Em um jogo onde todo o time do Boca atuou muito bem, o camisa 10 foi o grande nome da partida. Marcou 3 gols, deu assistências e fez lindas jogadas, na partida que a imprensa classificou como "La Boca llena de goles".

HURACÁN 4x2 INDEPENDIENTE

O jogo de fundo era um jogo de desesperados. O Huracán vinha de um heroico empate com o River (3x3), mas preocupado com a situação de Cigogna. O mito vem atuando longe da área, sem ajudar muito. Do outro lado, a crise é muito pior. Vindo de derrota para o Estudiantes (2x4), com um abatimento forte devido aos vice campeonatos nos dois campeonatos no ano, o Independiente tenta juntar os cacos para começar a vencer no campeonato.

O marasmo do Independiente foi visto logo no início. Gracián tocou a Busse, que tocou no ponto futuro para Mareque. O camisa 3 fez falta em Villarruel ao tentar pegar a bola. O camisa 13 cobrou rápido para Mauro Milano, no buraco deixado por Mareque na ponta direita, e o camisa 7 avançou, chutando cruzado para pegar Navarro de surpresa e fazer Huracán 1x0 logo aos 30 segundos.

O Independiente tentou continuar a jogar, mas foi surpreendido em novo contra ataque. Desta vez, Walter Ferrero chegou antes de Gracián e tocou para Villarruel no meio. O camisa 13 avançou tabelando com Masantonio e recebeu dentro da área, dividindo com Navarro. A bola sobrou nos pés de Masantonio, que só teve que empurrar para o gol vazio aos 2 minutos: Huracán 2x0.

No desespero, o Independiente tentava se armar, mas neste momento o Huracán apertou a marcação e não deixou o time de Avellaneda jogar. Na única vez em que conseguiram encaixar uma jogada, saiu o gol. Aos 6 minutos, Mattheu tocou a Fredes no meio e o camisa 8 descobriu Gracián se deslocando para a direita. O passe foi preciso e, do bico da área, Gracián chutou e venceu Islas para fazer Independiente 1x2.

Nos acréscimos, o Huracán ampliou. Islas cobrou tiro de meta para Centurión, que deu para Masantonio mais à frente. O camisa 10 tocou para Cigogna uma bola perfeita e o mito fez uma jogada de gênio. Fingiu avançar, atraiu toda a marcação e inverteu na direita para Milano. O camisa 7 recebeu livre, invadiu a área e chutou na saída de Navarro, para fazer Huracán 3x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión (cansado) e colocou Erramuspe. Já Bayer, aos berros, tentava arrumar a equipe. Tirou Busse e Facundo Parra e colocou Acevedo e Gandin.

O jogo não mudou. O Huracán continuava marcando muito bem e forçando os erros do Independiente. Prova disso foi o quarto gol, aos 3 minutos. Fredes levantou a cabeça para ver para quem passar e só viu jogadores do Huracán. Tentou isolar a bola, mas Erramuspe se colocou à frente e bloqueou. A bola sobrou para Montenegro, que também tentou isolar, mas Cigogna se posicionou à frente e impediu o estouro. A bola sobrou para Villarruel, que recebeu livre, invadiu a área e tocou na saída de Navarro para fazer Huracán 4x1.

Na única jogada em que conseguiu armar no segundo tempo, aos 9, o Independiente voltou a encontrar as redes. Navarro cobrou tiro de meta para Fredes, que deu para Gracián mais à frente. Com um lindo passe, o camisa 19 deixou Gandin livre dentro da área e o camisa 9 só teve que concluir: Independiente 2x4.

Destaque do jogo: Lucas Villarruel. Num jogo de marcação forte, o destaque foi para o camisa 13. Se multiplicou na defesa, apareceu para armar o jogo, deu assistências e fez um gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • Provavelmente, a terceira rodada só será concluída na segunda-feira.
  • Alguns jogadores conseguiram milestones nesta rodada. Os dois gols marcados contra o Boca fizeram Verón chegar a 20 com a camisa do Estudiantes. Já o primeiro gol contra o próprio Estudiantes foi o 40° de Riquelme com a camisa do Boca. O Independiente pode ter perdido, mas Gandin fez seu décimo gol com a camisa vermelha.