domingo, 30 de junho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Primeira Rodada, Grupo C e Segunda Rodada, Grupo A - 30/06/2019

O inverno com cara de verão de Niterói incomoda demais. Mas quando um dia desses cai no domingo, dá praia e todo mundo fica feliz. Quando tem jogo no Imperatriz Arena, a felicidade é maior. Quando a rodada é do Mundial de Futibou de Butaum, a felicidade é completa. Desta forma, o estádio lotou, com torcedores ávidos por jogos de qualidade e os atletas não decepcionaram. Vamos aos jogos!

INGLATERRA 0x2 COREIA DO SUL

Finalizando a primeira rodada, o Grupo C apresentou a primeira grande zebra da competição. A Inglaterra, terceira colocada na Copa do Mundo 2018 e franca favorita ao título desta edição, estreava com toda a confiança de quem sabe ser protagonista na FIFUBO. A Coreia do Sul, estreando em mundiais e fazendo seu primeiro jogo contra outra seleção, sabia estar diante de um gigante do Futibou de Butaum.

Mas foi só a bola rolar para as diferenças desaparecerem. Com uma pré temporada relaxante, os jogadores não focaram nos treinos e, assim, não estavam no melhor de sua forma. O esquema 4-4-2 em linha força o passe longo e a Coreia do Sul já estava preparada para tal. Com uma defesa bem posicionada, os asiáticos conseguiam repelir os ataques ingleses e ainda saíam em qualidade para o contra ataque. O jogo foi passando com os coreanos tocando a bola no campo adversário e os ingleses, acuados, sem conseguir criar jogadas de perigo.

As coisas começaram a ficar bem difíceis aos 6 minutos, quando Beckham tentou esticar para Owen, mas Akai Tomeya cortou, tocando a Masao Tachibana na meia esquerda. O camisa 7 tocou no campo de ataque para Jayeon e viu o craque do time avançar para o contragolpe. Com um belo passe nas costas de Bridge, o camisa 10 encontrou Lee Young-Un livre. O camisa 11 invadiu a área e chutou rasteiro para vencer Paul Robinson e fazer Coreia do Sul 1x0.

No intervalo, Alex Ferguson tentou fazer as coisas funcionarem para os britânicos. Tirou Wayne Bridge e Peter Crouch para colocar Carragher e Rooney. Com isso, pretendia melhorar a marcação na defesa e ganhar em velocidade no ataque. Já Kozo Kira, sabendo que teria o contra ataque à disposição, preferiu apostar na velocidade. Tirou Urabe e Joo Sung para colocar Kishida e Taki. Kishida iria para a zaga, com Tomeya na lateral, para impedir os avanços de Beckham. Taki faria as jogadas em velocidade pela ponta direita.

O fato é que Ferguson errou na leitura do jogo. A Coreia do Sul é conhecida pela sua velocidade. Querer apostar corrida contra os asiáticos é suicídio. Talvez se tivesse apostado no jogo aéreo, mantendo Crouch em campo, a Inglaterra teria alguma chance. Apostar que Rooney e Owen fariam tabelas em alta velocidade, auxiliados por Joe Cole, foi um grande erro. A Coreia do Sul continuou levando vantagem na marcação e tinha os contra ataques à disposição, onde os irmãos Tachibana tabelavam com Jayeon e levavam a bola para Lee Young-Un e Taki desperdiçarem ótimas chances.

Aos 5 minutos, a Coreia do Sul matou o jogo, depois de tanto tentar. Em mais uma jogada de contra ataque, Jayeon tocou a Kazuo Tachibana na ponta direita. O camisa 8 trouxe a bola para o meio e rolou na entrada da área para Masao Tachibana. O camisa 7 chutou de primeira e pegou mal, mandando a bola fraca para a direção do gol. Mas Paul Robinson abaixou para pegá-la, falhou e a bola passou pelo meio dos seus braços, em um frango incrível: Coreia do Sul 2x0.

Destaque do jogo: Masao Tachibana. Considerado o gêmeo menos talentoso, o camisa 7 mostrou suas credenciais logo no primeiro jogo do Mundial. Iniciou a jogada do primeiro gol, fez o segundo, apareceu bem na marcação e como principal armador da equipe. Se multiplicou em campo e saiu consagrado.

Assim, a primeira rodada foi encerrada. Mas como a rodada na FIFUBO é dupla, a segunda rodada do Grupo A começou na sequência. Vamos ver mais este jogo!

ARGENTINA 2x1 HOLANDA

Com uma boa pré temporada, os argentinos chegam ao Mundial esperançosos na conquista do título. Já a Holanda joga sua sorte na competição. Após perderem pro Brasil na estreia (1x3), precisam vencer fazendo muitos gols, se quiserem ainda ter alguma chance de classificação.

Os torcedores que vieram ao Imperatriz Arena foram presenteados com o melhor jogo da competição até aqui. Desde o início, a Argentina dominou as ações e, com jogadas inteligentes, se fartou de perder oportunidades. Só no primeiro tempo, foram quatro bolas na trave, fora as defesas de Van Der Sar. A Holanda não ficou atrás e, passado o susto de ver os argentinos sufocando, botaram a bola no chão e foram ao ataque. Com Zenden atuando com liberdade, as jogadas fluíam para as pontas e, de lá, procuravam Kluivert no meio para a conclusão. Com uma bola na trave e duas defesas difíceis de Abbondanzieri, os holandeses mostraram que não aguardariam a desclassificação passivamente.

Quando o primeiro tempo se encaminhava para terminar em branco, aconteceu o primeiro gol da partida. Aos 9 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta, Kluivert se esticou todo e conseguiu desviar a bola, que caiu nos pés de Zenden. O camisa 10 abriu na esquerda para Overmars, que rolou no meio para Kluivert, na clássica jogada do River Plate. O camisa 9 recebeu na meia lua, olhou o posicionamento do goleiro e desferiu um ótimo chute no canto esquerdo, fazendo Holanda 1x0.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou Mercado e Scocco para colocar Kranevitter e Tevez. Assim, reforçava a marcação e mantinha a formação ofensiva no mesmo estilo. Cruyff, por sua vez, melhorou o equilíbrio defensivo e a saída de bola, tirando Van Bronckhorst e Seedorf para colocar Triton e Jordi Cruyff. Triton faria a lateral direita e Numan iria para a esquerda.

O segundo tempo continuou em um nível altíssimo, mas a arbitragem prejudicou o andamento do espetáculo logo a um minuto. A Holanda deu a saída de bola, com Zenden e Jordi Cruyff tabelando até o campo de ataque. Mas Gabriel Milito apareceu e desarmou o ataque adversário, tocando a Messi no meio. O camisa 10 puxou o contra ataque e, com um passe na direita, encontrou Conca. O camisa 8 recebeu uma bola esticada com mais força. Stam veio para o combate e Conca acabou ganhando com um tranco de corpo. Enquanto os holandeses pediram a falta óbvia, Conca ajeitou a bola para o pé esquerdo e, da meia lua, acertou um bonito chute no canto direito de Van Der Sar, para fazer Argentina 1x1.

Os jogadores holandeses já tinham cercado Chris Kavanagh por conta daquele lance e reclamaram mais ainda quando o árbitro não marcou uma falta claríssima de Mascherano em Bergkamp na entrada da área. Mesmo assim, a partida continuou espetacular, com as duas equipes criando e desperdiçando oportunidades. Cada posse de bola era uma jogada de perigo.

A situação permaneceu assim até os 7 minutos, quando Abbondanzieri cobrou tiro de meta e, desta vez, acertou a jogada. Messi recebeu no meio, avançou até o campo de ataque e abriu na esquerda para Tevez. Deixando a bola correr um pouco, o camisa 11 levou mais para a ponta, driblou Triton para entrar na área e chutou cruzado, vencendo Van Der Sar e fazendo Argentina 2x1.

Destaque do jogo: Lionel Messi. O camisa 10 fez uma partida espetacular. Com duas assistências, liderou a virada de sua equipe. Com presença constante do meio para a frente, conduziu as jogadas, ditou o ritmo do jogo e concluiu com perigo várias vezes, exigindo sempre o melhor de seus companheiros.

NOTAS RÁPIDAS

  • O Mundial continua no final de semana que vem onde, espera-se, terá a fase de grupos concluída. No sábado, os jogos da segunda rodada dos grupos B e C. No domingo, os três jogos da terceira rodada.
  • Com os resultados no sábado e no domingo, a Holanda é a primeira equipe eliminada da competição. Mas, até o momento, tem o artilheiro da competição. Patrick Kluivert anotou dois gols e lidera a corrida pela Bola de Ouro de artilheiro.
  • Já o TJB teve a sua primeira atuação neste domingo. A Holanda entrou com uma reclamação, aceita pelos auditores. O árbitro Chris Kavanagh e o auxiliar Daniel Pomeroy foram suspensos por uma rodada, por conta da falta não marcada que resultou no gol de empate da Argentina. Assim, estão fora do sorteio da terceira rodada, retornando na fase final.

sábado, 29 de junho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Primeira Rodada, Grupos A e B - 29/06/2019

Enfim, o grande dia! O sábado de céu limpo e temperatura amena traz o clima ideal para a abertura do Mundial de Futibou de Butaum 2019. O Imperatriz Arena teve capacidade esgotada para as primeiras partidas da competição, recebendo autoridades, celebridades do mundo esportivo e torcedores, ávidos para a maior competição de Futibou de Butaum do mundo!

Antes da bola rolar, o presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, foi ao centro do gramado, saudar os torcedores, explicar como será a competição e demonstrar seu desejo de ver as melhores partidas no Mundial.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, declara aberto o Mundial de Futibou de Butaum 2019

Para a primeira partida, Brasil e Holanda se enfrentariam. A equipe sulamericana, vice campeã em 2018, surpreendeu na escalação. Dorival Junior barrou Ronaldinho Gaúcho e desfez o 4-3-3. Em seu lugar, Alex jogaria, fruto da excelente pré-temporada feita pelo camisa 7. O problema é que o Brasil teria quatro jogadores canhotos encostando no ataque.

Já a Holanda, penúltima colocada em 2018, vinha cheia de problemas. O último amistoso antes da Copa (0x1 Camarões) foi de uma pobreza ímpar. A equipe não se acertou taticamente e isso prejudicou muito a parte técnica. Mesmo assim, Cruyff manteve a equipe no 4-3-3, pedindo aos pontas que jogassem mais próximos do meio, a fim de triangular com Kluivert.

A primeira partida do Mundial teve Anderson Daronco como árbitro e Daniel Pomeroy como auxiliar.

Antes do jogo, o campeão do Giro D'Italia 2019, Luciano Pagliarini, foi convidado a ir ao centro do gramado para mostrar o troféu conquistado naquela competição e dar o pontapé inicial do Mundial.

O campeão do Giro D'Italia 2019, Luciano Pagliarini, exibe o troféu de campeão e dá o pontapé inicial da partida.

Com o cerimonial finalizado, restava apenas uma coisa, aquela que os torcedores mais esperavam: que a bola rolasse no Mundial de Futibou de Butaum 2019!

Jogadores em campo, a saída pertenceu à seleção brasileira.

BRASIL 3x1 HOLANDA

Partida amistosa é uma coisa; Mundial de Futibou de Butaum é outra completamente diferente. Assim que a bola rolou, a Holanda começou a dominar as ações por completo. Com uma marcação eficiente, fruto da inversão dos zagueiros, o selecionado europeu conseguiu evitar os avanços de Denilson pela ponta esquerda, principal forma brasileira de levar a bola ao ataque. Por outro lado, Bergkamp era o alvo das jogadas holandesas. A armação sempre procurava o lado direito, onde o camisa 7 partia em velocidade e criava situações de perigo para os europeus.

O primeiro gol do Mundial veio aos 5 minutos. Kleberson tentou sair pelo meio da zaga, buscando Cafu na lateral direita. Mas o passe foi errado e a bola caiu nos pés de Overmars, que rolou no meio para Kluivert, no buraco deixado pelo camisa 15 brasileiro. Lucio correu para a cobertura, mas Kluivert conseguiu driblá-lo com facilidade, invadindo a área pelo centro. Com um chute forte no canto esquerdo, o camisa 9 venceu a resistência de Carlos Germano e fez Holanda 1x0.

O gol mostrou que os holandeses eram melhores e mais organizados em campo, enquanto o Brasil não conseguia dar sequência às jogadas. Ronaldo atuava muito recuado e, com isso, obrigava Alex a abrir na direita, onde não conseguia render. Do outro lado, Bergkamp corria o campo todo, de uma ponta a outra, aparecendo no meio e exigindo o melhor de seus companheiros de ataque.

Mas do outro lado também há o toque de genialidade que, mesmo sumido na maior parte do jogo, a qualquer momento aparecerá e mostrará todo o seu brilhantismo. Aos 10 minutos, Zé Roberto cobrou lateral no lado esquerdo da intermediária holandesa para Denilson. O camisa 17, ao invés de avançar pela ponta, foi trazendo a bola para o meio, buscando ângulo para o melhor passe. E ele foi preciso. Denilson inverteu rasteira para o lado direito, nas costas da zaga, e pegou Alex entrando livre em diagonal. O camisa 7 invadiu a área, trouxe para o pé esquerdo, viu o posicionamento do goleiro e mandou o chute conhecido como "Bola Fubá". A bola entrou calma, entre o goleiro e a trave e o primeiro tempo terminou empatado: Brasil 1x1.

No intervalo, Dorival Junior promoveu uma pequena revolução. Tirou Kleberson e Denilson e colocou Roque Junior e Ronaldinho Gaúcho. Assim, Roque Junior ia para a zaga, Edmilson ficaria como primeiro volante (às vezes, líbero), Ronaldinho ficaria na meia direita, Alex seria o meia esquerda e Rivaldo seria o segundo atacante, ao lado de Ronaldo.

Já Cruyff reforçou a marcação e melhorou a saída de bola. Saíram Heitinga e Seedorf, entrando Triton e Jordi Cruyff. Assim, Triton iria para a lateral direita, colocando Numan na zaga e Jordi Cruyff fazendo a saída de bola pelo lado esquerdo. Davids iria para o outro lado, para marcar Rivaldo.

As mudanças promovidas de lado a lado também mudaram o panorama do jogo. Com Alex na armação, o Brasil ganhou qualidade no passe e, embora não tivesse mais Denilson para jogar em velocidade pela esquerda, pôde liberar Roberto Carlos para apoiar o ataque. Já a Holanda tinha uma saída de bola muito mais equilibrada e isso fez com que as jogadas fluíssem com mais naturalidade.

Mas o que desequilibrou o jogo mesmo foi Alex indo para o meio de campo. O Brasil ganhou muito com isso e, aos 5 minutos, chegou à virada. Carlos Germano cobrou tiro de meta para Ronaldinho no meio e o camisa 11 abriu na esquerda para Alex. O camisa 7 avançou com a bola, chamou a marcação e, quando esta chegou, o toque mais à frente encontrou Rivaldo livre. Na entrada da área, o camisa 10 recebeu já no pé esquerdo. Ajeitou e mandou um chute indefensável para Van Der Sar e fez Brasil 2x1.

A partir daí, o panorama da partida mudou completamente. A Holanda começou a correr enlouquecidamente atrás da bola, enquanto o Brasil tinha os contra ataques à disposição. O jogo ganhou em emoção, mas o Brasil soube segurar o ímpeto do rival. E, aos 10 minutos, matou a partida.

A Holanda se lançou ao ataque freneticamente, pelo lado esquerdo, levando toda a marcação brasileira para aquele lado. Na última hora, Overmars rolou na meia lua para Kluivert dominar e empatar a partida. Mas Zé Roberto apareceu com um desarme salvador e tocou a bola mais à frente para Alex. O camisa 7 puxou o contra ataque, viu o Ronaldo e Rivaldo livres do lado esquerdo do ataque, mas um buraco enorme do outro lado, por onde corria Ronaldinho. O passe foi ali e o camisa 11 invadiu a área e tocou na saída de Van Der Sar para dar números finais ao confronto: Brasil 3x1.

Destaque do jogo: Alex. Em um duelo muito equilibrado, os dois camisas 7 se destacaram. Mas enquanto Bergkamp é unanimidade no time holandês, Alex é a surpresa. Convocado para ser reserva de Rivaldo, ganhou a posição na pré-temporada e não decepcionou. Marcou duas vezes no último amistoso (3x3 Imperatriz) e, aqui, foi o desafogo da equipe. Quando a bola passou por seu pé, o Brasil criou. Fez o gol de empate e deu o passe para os outros dois, que selaram a vitória.

JAPÃO 1x1 CAMARÕES

De um lado, os campeões mundiais de 2018, que surpreenderam o mundo e, hoje, já são uma realidade. O Japão manteve o nível altíssimo de suas exibições, aperfeiçoou seu projeto Supercampeões e chega como favorito ao bicampeonato. Do outro, o último colocado na Copa do Mundo, que era goleado em todos os jogos e joga um futebol mais peladeiro. Camarões atua de forma irresponsável e isso lhes custa muitos pontos. O técnico Zlatko Dalic cobrou muito de seus jogadores um respeito maior às táticas e atenção do início ao fim.

O trabalho de Dalic pode ser considerado excelente, já que Camarões esteve melhor desde o início. A equipe africana sufocou os asiáticos assim que a bola rolou e não deixou-a sair do campo de defesa nipônico. Com Pagal atuando no campo de  ataque, os camaroneses fizeram jus à alcunha de "Leões Indomáveis", circulando a área adversária e desperdiçando inúmeras chances. A trave salvou duas vezes e Wakabayashi, ao menos umas três. O Japão tentava sair, mas foi só com alguns chutes de longe que chegou.

Mesmo assim, o fator sorte tem que contar e, nesse quesito, o Japão é fora de série. Seguraram o adversário o primeiro tempo inteiro e, no último lance, conseguiram abrir o marcador. O juiz Luis Carlos Felix já olhava para o relógio para encerrar o primeiro tempo quando Tsubasa lançou Taro Misaki na ponta direita. O camisa 11 foi ao fundo e cruzou para o segundo pau, mas a bola foi forte demais. Kojiro Hyuga conseguiu dominar e, mesmo sem ângulo e marcado por Tataw, deu um drible desmoralizante no camisa 2 e acertou um chute perfeito, sem chances para Nkono: Japão 1x0.

No intervalo, Sr. Mikami tirou Sawada e Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Já Zlatko Dalic trocou Tataw e Oman Biyik por Ndip e Roger Milla.

As mudanças de Dalic deram muito mais consistência ao time camaronês, pois agora tinham alguém a quem mirar no campo de ataque. Roger Milla atuou em velocidade pelo campo de ataque inteiro e deu opções. O Japão, por sua vez, tinha os contra ataques à disposição, mas ainda pecava muito na marcação, deixando enormes buracos.

E foi assim que os africanos empataram. Hiroshi tentou sair jogando e, ao buscar uma tabela com Shun Nitta no ataque, errou o passe. Camarões saiu em velocidade pelo lado esquerdo, obrigando Jun Misugi a voltar correndo para cobrir o buraco deixado pelo camisa 3 japonês. Makanaky recebeu a bola do lado esquerdo, viu o camisa 8 japonês chegar correndo e lhe aplicou um desmoralizante chapéu. Avançando pela ponta, o camisa 20 camaronês cruzou para a área, onde Kunde cabeceou com força, sem chances para  Wakabayashi, dando números finais ao confronto: Camarões 1x1.

Destaque do jogo: Jean Claude Pagal. O camisa 11 camaronês foi o exemplo perfeito do que é o futebol daquela equipe. Uma mistura da aplicação tática que Zlatko Dalic quer aplicar com a despreocupação dos jogadores, Pagal ora atuava como o volante aplicado que ajudava na marcação a Tsubasa e Hyuga, ora atuava como o peladeiro, se arriscando no campo de ataque. Com isso, participou ativamente da armação e também concluiu com perigo, acertando duas bolas na trave.

NOTAS RÁPIDAS

  • O Mundial prossegue neste domingo, com dois jogos. Enquanto Inglaterra e Coreia do Sul fazem a partida inaugural do Grupo C, a Holanda já define seu futuro contra a Argentina.
  • Se os holandeses perderem para os argentinos, já se despedem do Mundial, classificando não só a Argentina, como também o Brasil.
  • O Mundial prossegue no próximo final de semana, quando os Grupos B e C farão sua segunda rodada no sábado e, no domingo, os três jogos finais dos grupos.

terça-feira, 25 de junho de 2019

LMC - Giro D'Italia 2019

Enquanto a bola não rola para o Mundial de Futibou de Butaum, os ciclistas dão o seu show. Conforme prometido, o Giro D'Italia foi encerrado nesta semana, com uma grande festa, uma corrida de arrepiar e emoção até o fim. Vamos a um relatório das doze etapas do primeiro Grand Slam do ano!

Primeira Etapa

O Giro D'Italia começou com um contra relógio, um tipo de prova meio chato, onde a grande emoção é saber quem chegará ao final em menos tempo. E ali começaram as surpresas. Em uma prova deste tipo, espera-se que os especialistas fiquem na frente e, neste quesito, era de se esperar que Lance Armstrong, Chris Froome, Bauke Mollema, Alberto Contador, Romain Bardet e, principalmente, Fabian Cancellara dessem o ar de sua graça. Mas foram os sprinters quem brilharam. Oscar Freire venceu sua primeira prova na LMC, com Murilo Fischer em segundo e Chris Froome em terceiro. Um começo surpreendente de Giro e Maglia Rosa para Oscar Freire.

Segunda Etapa

Com a primeira corrida de verdade, não faltou emoção. Etapa plana e chegada em sprint, tudo pronto para um final eletrizante. Luciano Pagliarini despontou na última reta em primeiro, mas se sabia que sua função ali era embalar, pois haviam três sprinters logo atrás. Coube a Fernando Gaviria conquistar sua primeira vitória na LMC, com Tom Boonen em segundo e Mark Cavendish em terceiro. Pagliarini embalou os três sprinters mas não teve forças e acabou em quarto. O ponto negativo desta prova foi o primeiro abandono da competição e justamente Chris Froome, que despontava como favorito ao título da competição. A Maglia Rosa continuou com Oscar Freire.

Terceira Etapa

Nova etapa totalmente plana, um paraíso para os sprinters. Tudo indicava uma nova chegada em sprint, mas ninguém contava que a fuga iria vingar. Ela vingou e Bauke Mollema venceu, levando também a Maglia Rosa. Em segundo ficou Lance Armstrong e, em terceiro, Tom Dumoulin. Gaizka Lejarreta abandonou a prova.

Quarta Etapa

Aqui, as coisas começavam a ficar complicadas. Com algumas subidas em 5 e 6%, os sprinters teriam que mostrar resistência se quisessem chegar ao final em condições de disputar a vitória. No final, o estilo combativo de Phillipe Gilbert lhe trouxe a vitória, com Murilo Fischer em segundo e Sylvain Chavanel em terceiro, em uma etapa sem abandonos e Maglia Rosa mantida para Bauke Mollema.

Quinta Etapa

As montanhas continuavam a aparecer, mas ficando mais inclinadas. Aqui, a média ficou entre 6 e 8%, exigindo ainda mais dos sprinters, que teriam uma chegada plana, mas um meio de prova difícil. Desta vez, ninguém conseguiu se embalar e Luciano Pagliarini venceu, com Oscar Freire em segundo e André Greipel em terceiro. Bauke Mollema foi o quarto e manteve a Maglia Rosa.

Sexta Etapa

A última etapa antes das montanhas, mas com alguma inclinação ainda nos 6 e 8%. Os italianos finalmente deram o ar de sua graça e levaram o público ao delírio, na esperança da vitória de Vincenzo Nibali, que liderava com folga. Mas a chegada foi apertada e a disputa por posições acabou levando o "Tubarão de Messina" ao chão. O público italiano vibrou da mesma forma, porque quem venceu foi Fabio Aru. Thor Hushovd foi o segundo e Mark Cavendish, o terceiro. Indignado por ter sido atingido, Vincenzo Nibali recorreu ao TCB, que puniu Aru e Hushovd com a perda de dois pontos de esforço na prova seguinte. Bauke Mollema continuava com a Maglia Rosa.

Sétima Etapa

Perder dois pontos na largada era tudo o que os dois não precisavam, porque a sétima etapa marcava o início das provas de montanha. Apenas um ponto da prova era plano; todo o resto era subindo. As subidas nesta etapa começaram em 6%, mas chegaram a 9% em alguns pontos e muitos ciclistas não aguentaram, foram quatro abandonos nesta etapa. Phillipe Gilbert, Thibaut Pinot, Romain Bardet e Bauke Mollema ficaram pelo caminho e a disputa da Maglia Rosa se acirrou. André Greipel venceu, com Danilo Di Luca em segundo e Tom Dumoulin em terceiro. Oscar Freire herdou a Maglia Rosa.

Oitava Etapa

As montanhas ficavam cada vez mais difíceis. Com as primeiras inclinações em 7% e a máxima chegando a 10%, os ciclistas ficaram bem espaçados e quem atacou cedo deu sorte. Rafael Andriato surpreendeu a todos e deu à equipe de ciclismo do Imperatriz F.B. sua primeira vitória no Giro D'Italia e na LMC. Em segundo ficou Oscar Pereiro Sio e Vincenzo Nibali, enfim, foi ao pódio com a terceira colocação. Beneficiado com o quarto lugar e alguns pontos em metas volante, André Greipel assumiu a Maglia Rosa, em etapa sem abandonos.

Nona Etapa

A última das etapas de montanha seria a mais dura de todas. Com inclinações entre 9 e 12% e chegada em 10%, os ciclistas sabiam que teriam seu pior dia ao redor da Itália. Por isso, optaram em andar juntos e revezarem-se na cabeça do pelotão, deixando para a parte final os ataques. Desta forma, quem se beneficiou foi Thor Hushovd, que venceu sua primeira corrida na LMC e comemorou muito a vitória. Em segundo, ficou Tom Boonen e, em terceiro, Julian Alaphilippe. A Maglia Rosa continuou com André Greipel, que foi quem somou mais pontos nas montanhas e, por isso, ficou com este título. Todos conseguiram chegar ao final das montanhas.

Décima Etapa

De volta ao plano, os ciclistas tiveram mais refresco, mesmo que ainda pegassem algumas inclinações entre 5 e 6%. Com chegada em sprint, todos puderam acelerar. Luciano Pagliarini resistiu ao sprint de Tom Boonen e venceu sua segunda prova no Giro, deixando o belga em segundo. Em terceiro, Oscar Pereiro Sio. Peter Sagan e Julian Alaphilippe não resistiram ao cansaço das montanhas e abandonaram, enquanto André Greipel continuou com a Maglia Rosa.

Décima Primeira Etapa

A penúltima etapa do Giro trouxe uma leve inclinação de 5% no meio da prova e o resto plano e perfeito para os sprinters se destacarem. Foi a última etapa com metas volantes, então era bom acelerar para pegar os pontos e chegar na última etapa com chances de título. E quem se aproveitou disso foi Oscar Pereiro Sio e Luciano Pagliarini. Os dois lideraram desde o início e, ao final, o espanhol celebrou sua vitória, com o brasileiro em segundo e André Greipel em terceiro, se esforçando enlouquecidamente para tentar ultrapassar os dois primeiros. O esforço foi em vão e Luciano Pagliarini vestiu a Maglia Rosa pela primeira vez.

Décima Segunda Etapa

E enfim chegamos à etapa final do Giro D'Italia 2019! Nada menos que cinco ciclistas chegaram ao final com chances, sendo que Luciano Pagliarini e André Greipel eram separados por apenas um ponto. Três pontos atrás, Oscar Pereiro Sio ainda estava muito próximo dos líderes. Oscar Freire e Tom Boonen tinham chances remotíssimas de título, mas ainda estavam na disputa. Uma etapa emocionante se desenrolou, com aqueles ciclistas que não conquistaram nada no Giro tentando um último brilho. Os postulantes ao título se espantaram com o ritmo elevado e não conseguiram sair do pelotão intermediário, até que Oscar Freire resolveu arrancar para o título. O ciclista espanhol da Rabobank era o único na disputa do título a andar na fuga e o público prendeu a respiração, à espera do final.

Oscar Freire suou sangue, ficou de pé na bicicleta, arrancou em um sprint eletrizante, mas não conseguiu vencer. Alberto Contador venceu na fuga, com Oscar Freire em segundo quase colado no compatriota. Rafael Andriato liderou a prova inteira, com folga, mas o cansaço falou mais alto e ele não conseguiu emplacar mais uma vitória. Mesmo assim, deu mais uma glória ao Imperatriz F.B. ao chegar em terceiro.

Para ser campeão, André Greipel precisava de um quinto lugar, se Luciano Pagliarini não chegasse entre os seis. Mas andou sempre no pelotão intermediário e acabou em décimo sexto. Tom Boonen tinha chances matemáticas, mas a fadiga acumulada nas onze etapas anteriores falou mais alto e ele terminou apenas em décimo oitavo. Pior fez Oscar Pereiro Sio, que só precisava chegar ao pódio para ser campeão e terminou em vigésimo segundo, na antepenúltima colocação.

Melhor para Luciano Pagliarini, que controlou a corrida e contou com a sorte. Foi o nono na etapa e, como nenhum dos postulantes conseguiu o resultado que desejava, cruzou a linha de chegada comemorando o título.

O pódio da última etapa. O vencedor, Alberto Contador (Astana) no meio, ladeado por Oscar Freire (Rabobank) e Rafael Andriato (Imperatriz)

LUCIANO PAGLIARINI CAMPEÃO DO GIRO D'ITALIA 2019

O brasileiro da equipe Saunier Duval deu uma arrancada surpreendente. Com bons resultados durante toda a competição, vestiu a Maglia Rosa na penúltima etapa e soube administrar para conquistar seu primeiro título na LMC e logo um Grand Slam. André Greipel foi muito bem nas montanhas, mas vacilou em algumas chegadas e ficou com um amargo vice campeonato com apenas um ponto de diferença para o campeão. O esforço de Oscar Freire pode não ter lhe dado o título, mas o fez finalizar em terceiro na classificação e subir ao pódio.

O pódio do Giro D'Italia 2019. Luciano Pagliarini (Saunier Duval) venceu e, ladeado pelo segundo colocado, André Greipel (Lotto Belisol) e o terceiro, Oscar Freire (Rabobank) posou para a foto oficial.

André Greipel pode não ter conseguido o título do Giro, mas seus bons resultados nas etapas de montanha lhe renderam o prêmio de montanha, uma honraria dada aos ciclistas mais resistentes.

André Greipel (Lotto Belisol) após receber o prêmio de montanha.
Já Luciano Pagliarini era só sorrisos. O alívio ao ver que Alberto Contador não deixou Oscar Freire passar era latente na Saunier Duval. O Brasil conquista seu primeiro Grand Slam e Pagliarini, seu primeiro título na LMC.

O presidente da LMC, Lothaire Bluteau, entrega o troféu do Giro D'Italia ao grande vencedor, Luciano Pagliarini.

NOTAS RÁPIDAS
  • Luciano Pagliarini foi o ciclista que mais venceu, com duas vitórias. Ainda teve um segundo lugar.
  • Oscar Freire também subiu ao pódio três vezes, com uma vitória e dois segundos lugares. André Greipel também subiu ao pódio três vezes, mas com uma vitória e dois terceiros lugares.
  • Os brasileiros não brilharam só com o título de Pagliarini. Rafael Andriato venceu uma prova e ficou em terceiro em outra, enquanto Murilo Fischer foi segundo em duas ocasiões.
  • Os italianos poderiam sair frustrados com a falta de resultados de seus ciclistas. Mas a vitória de Fabio Aru, o segundo lugar de Danilo Di Luca, o terceiro de Vincenzo Nibali e o fato de todos terem completado o Giro é motivo de festa no país.
  • Por falar em abandonos, um quarto dos ciclistas deixou a prova mais cedo. Oito ciclistas abandonaram a competição, deixando apenas 24 para completar o Giro.
  • Bauke Mollema foi um dos que abandonou, mas sua frustração é maior que a dos demais, por ter saído quando liderava a competição e despontava como favorito ao título. Mesmo com o abandono, só foi superado em pontos duas etapas depois. O número de pontos que tinha conquistado até então fez dele o quinto melhor, mas seu abandono o obriga a ir para a última colocação, levando os pontos conquistados até então (27) para o ranking geral.
  • Só para se ter uma ideia do que Mollema fazia até então no Giro, dos ciclistas que levam pontos extra para o ranking, além dos pontos conquistados na competição (do primeiro ao sexto), o quinto e o sexto tiveram menos pontos que o ciclista holandês. Tom Boonen fez 25 e Sylvain Chavanel, 24.
  • Agora, os ciclistas se preparam para os campeonatos continentais. O campeonato europeu e o campeonato panamericano não contam pontos para o ranking, mas servem como preparação para a Copa do Mundo e, também, uma vitória sempre vale.
  • O sucesso do Giro D'Italia já rendeu frutos. O Tour de France e a Vuelta a Espanha estão confirmados e, em reunião com o presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, o presidente da LMC, Lothaire Bluteau, conseguiu os troféus que serão dados naquela competição. Além disso, ficou acertada a criação da Liga das Nações de Ciclismo, mais uma competição para agitar o calendário.
  • Mas, a hora é de voltar as baterias para o Mundial de Futibou de Butaum! A competição começa nesta sexta, com jogos de arrepiar e o campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, dando o pontapé inicial da competição!

O campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, com o troféu da competição.


domingo, 23 de junho de 2019

Arte e Botões - República Tcheca - 22/06/2019

O inverno chegou, os preparativos para o Mundial de Futibou de Butaum estão a mil e o blog não pode parar. Então, mais uma arte. Vamos apresentar a República Tcheca de 2006!

Em 2004, 2005 e 2006, a República Tcheca pintava com uma das maiores (senão a maior) gerações de sua História. Liderados por Nedved, os tchecos tinham outros grandes nomes, como o goleiraço Petr Cech, os defensores Grygera, Jankulovski, Ujfalusi e Rozehnal, os meias Vladimir Smicer e Rosicky (o Pequeno Mozart) e os atacantes Milan Baros e Jan Koller. O terceiro lugar na Eurocopa 2004 foi o melhor resultado, mas saber que Koller (55), Baros (41), Smicer (27) e Rosicky (23) são os maiores artilheiros da História da seleção, já dá uma mostra do que era aquela geração.

Não foi à toa que, em 2005 e 2006, a República Tcheca foi a segunda colocada no ranking da FIFA, somente atrás dos campeões mundiais, o Brasil de Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e companhia. Mesmo assim, para formação dos cabeças de chave no mundial, a FIFA resolveu utilizar, além do ranking, o critério de participações nas últimas Copas. Como os tchecos ficaram de fora em 1998 e 2002, acabaram fora também da lista de cabeças de chave para 2006. Isso não os impediu de vir como favoritos ao título mundial, caindo no grupo E, ao lado de Itália, Estados Unidos e Gana.

A vitória logo na estreia sobre os Estados Unidos (3x0, com um de Koller e dois de Rosicky) mostrava que os tchecos vinham dispostos a marcar de vez seu nome no futebol mundial. Mas as derrotas para Gana e Itália (ambas por 0x2) puseram fim ao sonho da classificação e deixaram os tchecos em vigésimo lugar, de um total de trinta e duas seleções.

Mesmo assim, a geração ficou marcada. Vários jogadores atuaram nos principais times do mundo e ganharam inúmeros títulos, incluindo a Liga dos Campeões da Europa. E, agora, eternizados na FIFUBO, com o goleiro, os doze principais jogadores de linha e o treinador, que arma a equipe num 4-4-2, onde Nedved e Rosicky armam o jogo para Baros e Koller jogarem enfiados na área.

Sempre fui fã da força do futebol tcheco, desde a Copa de 1990, quando golearam os Estados Unidos (5x1) na primeira fase e, nas oitavas de final, golearam a Costa Rica (4x1), caindo nas quartas de final para a campeã Alemanha, com um gol de pênalti e um 1x0 bem disputado. A geração de 2004 a 2006, para mim, é a prova de que os tchecos sabem jogar bola e, por isso, escolhi-os para esta arte.



NOTAS RÁPIDAS

  • Os últimos amistosos de preparação para o Mundial de Futibou de Butaum foram disputados neste domingo, com Inglaterra 2x2 CROL e Holanda 0x1 Camarões. Com isso, acabou-se a fase de amistosos e, agora, só pequenos treinos serão disputados.
  • O Mundial de Futibou de Butaum começa na próxima sexta-feira e sua primeira fase deve se estender por todo o final de semana.
  • No Giro D'Italia, o final de semana serviu para colocar muita coisa em dia. As montanhas chegaram e, logo na primeira das três etapas, quatro ciclistas abandonaram, incluindo o holandês Bauke Mollema, que era o Maglia Rosa até então.
  • Com aquela magia que só jogos de dado podem trazer, as três etapas de montanha terminaram com vitória de sprinters (coisa que você jamais verá no ciclismo de verdade). E, com isso, André Greipel terminou como o grande campeão de montanha do Giro D'Italia 2019.
  • Greipel também aproveitou-se do abandono de Bauke Mollema para ficar com a Maglia Rosa, mas foi ultrapassado por Luciano Pagliarini na décima primeira e penúltima etapa. Agora, o brasileiro lidera a corrida pelo título do primeiro Grand Slam da LMC.
  • Problemas de ordem pessoal impediram o encerramento do Giro D'Italia neste final de semana, mas a última etapa será disputada durante a semana e o campeão será coroado com grande festa.
  • Luciano Pagliarini (34), André Greipel (33), Oscar Pereiro Sio (31), Oscar Freire (26) e Tom Boonen (25) ainda estão na disputa e devem travar duelos emocionantes até o final, em um grande sprint.
  • Vale lembrar que o campeão do Giro D'Italia será convidado para dar o pontapé inicial do Mundial de Futibou de Butaum, além de apresentar o troféu para os presentes ao Imperatriz Arena. O relatório completo da competição será apresentado aqui, na postagem da primeira rodada do Mundial.

domingo, 16 de junho de 2019

Arte e Botões - Mais Ciclismo - 16/06/2019

A bola, finalmente, voltou a rolar na FIFUBO. Mas nada de jogos oficiais, nada de campeonato. Tivemos jogos amistosos neste final de semana, para preparar as seleções para o Mundial de Futibou de Butaum. E tivemos ciclismo também.

Mas, para não deixar o blog parado, vamos postar mais uma arte. Sim, eu gosto de ciclismo, você já deve ter notado. Recentemente, descobri um site que transmite as principais provas do calendário. Isso significa poder ver ciclismo todos os dias, o ano inteiro. E, para homenagear esta paixão e celebrar a inédita conquista de um equatoriano no Giro D'Italia (Richard Carapaz chocou o mundo ao vencer o primeiro Grand Tour da temporada), resolvi fazer mais 24 ciclistas.

Os 32 que fiz anteriormente viraram botões, ainda que protótipos (mas há planos de fazer botões definitivos deles) e compõem a Liga Mundial de Ciclismo. Estes 24 que fiz agora são apenas artes de ciclistas que ficaram de fora, mas poderiam ter entrado na "elite do ciclismo de botões". Não vou explicar um a um quem são, o estilo e a equipe, para a postagem não ficar longa. Mas vou deixar os nomes de cada um, começando da fila de cima, da esquerda para a direita. Há equipes que já foram apresentadas anteriormente, casos de Astana, Saunier Duval, Lampre, Rabobank, Sky e Lotto Belisol; mas há equipes que não apareceram nas artes anteriores, casos de Movistar, Lotto NL Jumbo, BMC, Europcar, Orica Scott, Engura, Bbox Bouygues Telecom e uma das minhas favoritas, Acqua & Sapone. Dito isto, vamos às artes!


Nesta primeira arte, temos Alexander Vinokourov, Ricardo Riccò, Alessandro Petacchi, Juan Antonio Flecha, Denis Menchov, Laurens Ten Dam, Juan Jose Cobo Acebo, Richard Carapaz, Winner Anacona, Nairo Quintana, Alejandro Valverde e Bradley Wiggins.


Na segunda arte, temos Edvald Boasson Hagen, Tony Gallopin, Rinaldo Nocentini, Primoz Roglic, Robbie McEwen, Richie Porte, Simon Gerrans, Thomas Voeckler, Bryan Coquard, Simon Yates, Sam Bennet e Pierre Rolland.

Eis aí os 24 ciclistas que poderiam (e ainda podem) entrar na LMC, mas que ficaram de fora porque o número de vagas é limitado. São ciclistas que correm ou correram no período de 2008 para cá e que, de alguma forma, fizeram o esporte brilhar. Com estilos variados, de nacionalidades diferentes e com conquistas em diversas provas, apertaram ainda mais a minha paixão pelas bicicletas.

NOTAS RÁPIDAS

  • Como já dito anteriormente, as seleções estão fazendo seus amistosos de preparação para o Mundial. Até aqui, os resultados foram os seguintes: Japão 4x1 Independiente, Coreia do Sul 1x1 Racing, França 1x2 Estudiantes, Brasil 3x3 Imperatriz, Argentina 2x1 River Plate e Alemanha 4x1 Vasco.
  • Entre o feriado de Corpus Christ e o próximo final de semana, teremos Inglaterra x CROL e Holanda x Camarões. Depois, podemos ter mais alguns jogos, mas dificilmente todas as seleções voltarão a campo antes do Mundial, que deve começar entre o último final de semana de junho e o primeiro de julho.
  • Até lá, o ciclismo segue a todo vapor no Giro D'Italia. Com cinco etapas disputadas, a Maglia Rosa está com Oscar Freire, ciclista espanhol da Rabobank, que tem 20 pontos. Em segundo, está Bauke Mollema, holandês também da Rabobank, com 19. Na sequência, dois brasileiros seguem de perto os líderes. Murilo Fischer, da FDJ, tem 18 pontos e Luciano Pagliarini, da Saunier Duval, tem 17.
  • Pagliarini venceu a quinta etapa da prova, a primeira de um brasileiro em um Grand Slam. Com o segundo lugar, Oscar Freire recuperou a Maglia Rosa que havia perdido na terceira etapa. Ainda restam 7 etapas para coroar o campeão do Giro D'Italia.
  • Do outro lado, fica a decepção pelos dois abandonos, de Chris Froome (segunda etapa) e Gaizka Lejarreta (terceira etapa).

domingo, 9 de junho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum - Lançamento Oficial - 09/06/2019

Mais um final de semana sem jogos. De novo a coluna impede qualquer tipo de partida. Mas o Imperatriz Arena abriu as suas portas do mesmo jeito, desta vez, para o lançamento oficial do Mundial de Futibou de Butaum 2019 e a divulgação do regulamento!

Treinadores e capitães de seleções, jornalistas, árbitros e dirigentes, todos reunidos no Imperatriz Arena, para o lançamento do Mundial de Futibou de Butaum 2019.

Lembrando as regras da FIFUBO, em anos de Copa do Mundo de Futebol, a FIFUBO realiza a Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Em anos sem Copa, a FIFUBO realiza o Mundial de Futibou de Butaum. 2019 terá a segunda edição do torneio magno de seleções, o primeiro chamado Mundial.

A edição deste ano conta com novidades. Além de ser a primeira disputada no Imperatriz Arena, terá nove seleções (contra oito, em 2018), será a primeira com os novos árbitros da FIFUBO e dará aos campeões os novos troféus. Vale lembrar que a Copa do Mundo entrega ao seu campeão o troféu conhecido como Copa FIFA, enquanto o Mundial entrega ao seu campeão dois troféus, conhecidos como Copa Toyota ou o antigo Mundial Interclubes.

O diretor de seleções da FIFUBO, Sr. Concha Marítima; o presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta; o vice presidente, Ruben Paz; e o diretor de arbitragem, José Roberto Wright. À frente, no centro, os dois troféus que serão entregues ao campeão mundial e, nas pontas, os prêmios individuais de artilheiro e MVP do Mundial.

Como dito anteriormente, este será o primeiro Mundial que contará com a reforma completa da FIFUBO. Assim, os novos árbitros, que já andaram apitando partidas entre clubes, farão sua estreia em mundiais. Lembrando que cada rodada é composta por 3 jogos (1 de cada grupo), enquanto semifinais, disputa de terceiro e quarto lugares e final é tida como uma rodada.

Os árbitros se fizeram presentes na festa de lançamento do Mundial.

Seguindo o regulamento da FIFUBO, a classificação do Mundial anterior definirá a posição de cada equipe no sorteio do Mundial seguinte. Assim, Japão (campeão), Brasil (2º colocado) e Inglaterra (3º colocado) ficaram como cabeças de chave; Alemanha (4º colocado), Argentina (5º colocado) e França (6º colocado) ficaram como divisão 1; e Holanda (7º colocado), Camarões (8º colocado) e Coreia do Sul (estreante), divisão 2. Cada grupo terá uma equipe de cada divisão. Os capitães das equipes eram chamados a escolher seus grupos de acordo com a posição na Copa do Mundo 2018. 

Capitães e treinadores à espera do sorteio dos grupos.

Vale lembrar que o Mundial é o torneio magno da FIFUBO. Desta forma, os jogos seguem a tabela. Ao contrário de torneios amistosos com três equipes, onde a equipe perdedora no primeiro jogo enfrenta a que está de fora, aqui se uma equipe vencer um jogo e estiver na próxima rodada, ela pode se classificar antecipadamente. Dito isso, vamos ver como ficaram os grupos do Mundial de Futibou de Butaum 2019 e os jogos de cada grupo!

GRUPO A

Brasil, Argentina e Holanda
O primeiro jogo do Mundial será Brasil x Holanda. Na segunda rodada, Argentina x Holanda e, na terceira, Brasil x Argentina.

GRUPO B

Japão, França e Camarões

A primeira rodada terá Japão x Camarões. A segunda rodada terá França x Camarões e a terceira, Japão x França.

GRUPO C

Inglaterra, Alemanha e Coreia do Sul
Na primeira rodada, Inglaterra x Coreia do Sul. Na segunda rodada, Alemanha x Coreia do Sul. Na terceira, Inglaterra x Alemanha.

Os líderes de cada grupo e o melhor segundo colocado se classificam para as semifinais, que terão um sorteio para definir os jogos e outro para definir quem fica com o mando de campo inicial na disputa do terceiro lugar e final (vale lembrar que tanto nas semifinais quanto nas decisões, há troca de lado no intervalo, o que não ocorre na fase de grupo).

Os critérios de desempate são os seguintes: pontos, gols pró, gols contra, vitórias, empates, derrotas, sorteio. Isso vale tanto para classificação direta quanto para o melhor segundo colocado. Nas semifinais e decisões, se houver empate, o vencedor será definido nos pênaltis.

Após cada jogo, é escolhido o melhor jogador em campo. Aquele que tiver sido eleito o melhor mais vezes ao final do torneio será o MVP do Mundial. Se houver empate, uma junta técnica composta pelo presidente da FIFUBO, o vice e o diretor de seleções escolherá o MVP.

E assim está definido o Mundial de Futibou de Butaum 2019. Começando com Brasil x Holanda, o torneio promete muita emoção, com o Superclássico das Américas ainda na fase de grupos, o clássico dos rivais ferrenhos Inglaterra x Alemanha e muitos outros duelos épicos. Muitas autoridades e celebridades do meio esportivo já confirmaram presença e, espera-se, o campeão do Giro D'Itália já coroado para dar o pontapé inicial na competição.

Mas o Mundial só deve ocorrer lá para o final do mês ou início de julho. Até lá, as seleções continuarão seus amistosos (se nada impedir a realização de partidas) e o ciclismo continuará em alta. Muitas emoções chegando para a FIFUBO no meio do ano!

sábado, 1 de junho de 2019

Arte e Botões - Fórmula Indy - 01/06/2019

Pra ser sincero, está muito difícil arrumar tempo para tocar a Liga FIFUBO. As semanas vão passando, coisas vão acontecendo e os jogos não ocorrem. O campeonato parou na quinta rodada e não consegui mais retomar. Para piorar, agora no meio do ano ocorre o Mundial de Futibou de Butaum e as seleções pedem passagem para seus amistosos de preparação.

Mas a aventura não vai parar aqui no blog. Vamos apresentar mais uma arte. Desta vez, vamos falar de Fórmula Indy!

Quando programei as duas artes alternativas (F1 e NBA), não imaginei que a de F1 fosse dar tanto retorno (e você pode conferir aqui. Foi um sucesso tremendo, muita gente comentou e disse que adorou a ideia. Assim, pensei em fazer uma arte similar, da F-Indy que rolava na época da F1 cuja arte postei.

Naqueles anos 90 maravilhosos, enquanto McLarens, Williams e Ferraris duelavam nas manhãs de domingo na Globo, as tardes eram reservadas para as Penskes, Lolas e Chip Ganassis nas tardes da Bandeirantes. Bons pilotos, velocidade altíssima em circuitos ovais e diversão garantida na Fórmula Indy. Tivemos alguns anos depois uma geração muito melhor, com Alessandro Zanardi, Gil de Ferran, André Ribeiro e outros. Mas o foco é naquela geração de Fittipaldi, Mansell, Andrettis e afins. São apenas 10 botões, mas cada um com uma história rica.


  • Al Unser Jr - Bicampeão da Indy (1990 e 1994), vencedor das 500 Milhas de Indianapolis (1992 e 1994) e campeão em outras categorias. Aqui, nas cores da Galles/Kraco Racing.
  • Bobby Rahal - Tricampeão da Indy (1986, 1987 e 1992) e vencedor das 500 Milhas em 1986. Aqui, nas cores da Lola Chevrolet.
  • Arie Luyendyk - Com apenas 7 vitórias na F-Indy, não conquistou títulos, mas seu apelido de "O Holandês Voador" era garantia de muita velocidade. Aqui, nas cores da Doug Shierson Racing.
  • Mario Andretti - Nascido na Itália, mas genuinamente americano, campeão da Fórmula 1 (1978) e da Fórmula Indy (1984) e vencedor das 500 Milhas (1969), representa aqui as cores Newman/Haas.
  • Michael Andretti - Filho de Mario, tinha fama de ser um corredor veloz e arrojado, mas era na verdade um maluco. Jogava o carro de qualquer jeito e dava muita sorte. Conquistou o título da F-Indy em 1991. Aqui, representa as cores da Newman/Haas.
  • Eddie Cheever - Piloto mediano, sempre tinha seu nome citado no pelotão, mas nunca entre os primeiros. Por esse motivo, jamais foi campeão. Mas tem um registro histórico com a vitória nas 500 Milhas de Indianapolis em 1996. Aqui, representa a Chip Ganassi.
  • Emerson Fittipaldi - Nosso grande ídolo, o "Ayrton Senna da Fórmula Indy", corria com as mesmas cores da Marlboro que Senna ostentava na McLaren na mesma época. Bicampeão da Fórmula 1 (1972 e 1974) e campeão da Fórmula Indy (1989), curiosamente no mesmo ano em que Senna era campeão na F1. Venceu as 500 Milhas de Indianapolis em duas ocasiões (1989 e 1993) e causou polêmica ao preferir beber suco de laranja de suas fazendas ao invés do tradicional leite dos campeões. Aqui, representando a sua imortal Penske.
  • Paul Tracy - O canadense que surgiu muito bem como segundo piloto e logo engoliu Fittipaldi, ganhou a F-Indy (2003) e a Indy Lights (1990). Aqui, corre pela Penske.
  • Rick Mears - Companheiro de Emerson, era conhecido por alguns como "Gerhard Berger americano", por causa da comparação entre Senna e Fittipaldi. Mas a realidade era bem diferente, pois Mears levou o título da Indy em 3 ocasiões (1979, 1981 e 1982) e as 500 Milhas de Indianapolis em quatro (1979, 1984, 1988 e 1991), todas pela Penske que defende aqui.
  • Raul Boesel - Um piloto fraco, sem a menor expressão. Passou pela F1 sem conquistar um pódio sequer e, na F-Indy, também não fez nada. A não ser a mágica prova das 500 Milhas em 1989, quando terminou em terceiro. Mas era brasileiro e nós torcíamos por ele como torcíamos para Maurício Gugelmin na F1. Aqui, defende as cores da Lola Judd.

NOTAS RÁPIDAS

  • Era para a Liga parar na nona rodada para o Mundial, mas o meio do ano chegou, o Mundial pede passagem e a Liga FIFUBO fez sua pausa na quinta rodada.
  • A partir deste domingo, teremos amistosos de preparação e a Liga só retorna após o novo campeão mundial ser coroado. As 9 seleções usarão os próximos dias com amistosos e as equipes farão papel de sparring nessa brincadeira. Algumas serão chamadas para enfrentar as seleções, enquanto outras ficarão em férias forçadas.
  • Na LMC, por outro lado, as coisas continuam funcionando. Neste sábado, começou o Giro D'Italia, o primeiro Grand Slam do ano. Composta por 12 etapas, a difícil competição atravessará a Bota para coroar seu campeão com direito ao tradicional troféu em forma de mola.
  • A primeira etapa foi o contra relógio, que terminou com vitória do espanhol Oscar Freire, da Rabobank, que se emocionou ao ver confirmado seu primeiro triunfo na LMC. Em segundo ficou o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux) e, em terceiro, o inglês Chris Froome (Sky).