sábado, 28 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Nona Rodada - 28/09/2013

Sábado de céu azul, sem nenhuma nuvem, mas com um vento forte e gelado, o que atrasou o início dos jogos em cinco horas. Mas nada impediu o fechamento da nona rodada do Clausura 2013. Vamos aos jogos!

HURACÁN 1x4 INDEPENDIENTE

As duas equipes vinham empolgadas com a chance de assumir a liderança, graças ao tropeço do River na abertura da rodada (4x4 com o San Lorenzo). O Huracán, vindo de vitória sobre o mesmo San Lorenzo na primeira rodada, tinha um sério problema: seu maior ídolo Cigogna não anotava há 4 jogos. Mesmo assim, Sr Rabina o mantinha na equipe. Do lado do Independiente, o empate com o Racing em jogo eletrizante e a possibilidade de assumir a liderança eram o combustível de uma equipe que não passava sustos no campeonato, apesar de jogar muito bem num jogo e pessimamente em outro.

Mas quem começou em cima foi o Huracán. Com apenas um minuto de jogo, um erro infantil da defesa do Independiente fez a equipe de Buenos Aires inaugurar o marcador. Tuzzio e Mareque saíram para o ataque e deixaram um buraco no lado esquerdo da defesa. Alexis Ferrero cobrou falta para Danelon ainda em seu campo de defesa e o lateral avançou pelo corredor aberto. Danelon descobriu Mauro Milano livre na direita e passou-lhe a bola, no que o camisa 7 recebeu, invadiu a área e fez Huracán 1x0. O treinador do Independiente, Bayer, ficou enfurecido com este lance.

O jogo ficou à feição do Huracán, que marcava forte e saía em contra-ataques perigosos, enquanto que o Independiente não conseguia se organizar (estava em seu dia ruim). Mas, aos 8 minutos, a equipe de Avellaneda finalmente chegou ao empate. Em uma bola esticada na esquerda, Mareque correu e conseguiu chegar, passando para Silvera no meio. O camisa 11 recebeu, ajeitou para o pé direito e chutou forte para vencer Islas e fazer Independiente 1x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e colocou Erramuspe, mas não teve peito para tirar Cigogna. Já Bayer mostrou que tem peito. Além da bronca nos defensores do lado esquerdo, tirou Tuzzio e Facundo Parra, colocando Acevedo e Gandín. Com a saída de Tuzzio, Montenegro passou a ser o capitão do time.

As mudanças surtiram efeito e o Independiente voltou completamente mudado (passou a ser o dia bom). Com apenas 13 segundos, chegou à virada, quando Gracián deu a saída de bola para Fredes, que avançou com dificuldade (o campo estava muito empoeirado, dificultando a movimentação) e chutou de pé esquerdo, de bico, para vencer Islas: Independiente 2x1.

A partir daí, o Independiente passou a apertar a marcação e sair em bons ataques. Sempre com dois homens a marcar Cigogna, impedia os avanços do Huracán. Aos 7 minutos, o terceiro gol saiu, quando Acevedo se lançou ao ataque, tabelou com Gracián e deixou o camisa 19 livre no meio para ajeitar, escolher o canto e desviar Islas: Independiente 3x1.

Com o jogo à sua feição, o Independiente transformou em goleada aos 9 minutos, quando Fredes cobrou lateral para Silvera, o camisa 11 saiu da marcação de Villarruel e Danelon e, com extrema categoria, mandou um chute colocado no ângulo de Islas para marcar um golaço e dar números finais ao jogo: Independiente 4x1.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Em um jogo amarrado por conta da ventania e da poeira no campo, o camisa 11 se superou, ao se deslocar e dar opções de conclusão de jogadas. Seus dois gols foram fundamentais para se isolar na artilharia do certame.

RACING 1x3 BOCA JUNIORS

O jogo de fundo, mesmo com a ventania fria que ainda varria o Itaquá Dome, atraiu bom público, por ser o clássico da rodada. Do lado do Racing, a certeza de que não havia mais espaço para erros. Do lado do Boca, vindo de derrota para o Estudiantes (2x4), a certeza de que alguns jogadores tinham que se encaixar no esquema mais rápido para não dar sopa para o azar.
Mas os jogadores do Boca não entraram no esquema. O jogo foi todo à feição do Racing, embora as duas equipes errassem muitos passes, tornando o jogo ruim de se ver. Mas, aos 6 minutos, o Racing conseguiu um escanteio que Martin Simeone cobrou na cabeça de Latorre para o camisa 11 abrir o placar: Racing 1x0.

O Boca, com todas as dificuldades e erros de passe, ainda conseguia alguma coisa com os avanços de Arruabarrena pela esquerda. Em dois lances o lateral passou para Palermo carimbar o travessão. Do lado do Racing, uma melhor organização e boa participação de Ruben Capria faziam o time chegar com perigo, o que fez de Abbondanzieri figura importantíssima na partida. Mesmo assim, o intervalo ainda apontava Racing 1x0.

No intervalo, Madeirite parecia satisfeito com sua equipe, mas tirou Pelletieri e colocou Fariña, porque o camisa 7 era o único que destoava no meio. Já Paralelo não pensou duas vezes antes de sacar Palacio e Riquelme e colocar Viatri e Guillermo Barros Schelloto.

A mudança de Paralelo foi vital no jogo. O Boca passou a dominar e conseguiu o empate logo a um minuto, quando Basualdo tocou para Schelloto no meio e o camisa 13 avançou sem marcação, chutando da intermediária e contando com o golpe de vista de Saja para a bola entrar mansa no canto: Boca 1x1.

A partir daí, só quem errava passes era o Racing. O Boca, com a entrada de Schelloto, passou a ser outro time. O gol da virada, no entanto, veio somente aos 4 minutos, quando em meio a uma desorganização geral no campo, Arruabarrena avançou livre pela esquerda e só viu Pocchetino pela frente. Com um drible fácil, o lateral avançou até a entrada da área e chutou forte na saída de Saja para fazer Boca 2x1.

Mesmo com erros de passe, o Racing ainda teve chances que pararam nas mãos de Abbondanzieri, ou no caso da única que passou por ele, a trave salvou, em cobrança de falta de Ruben Capria. Como quem não faz, leva, o Racing sofreu o terceiro gol aos 9 minutos, em novo contra ataque. Escudero recebeu de Schelloto, trouxe para o meio e chutou fraco. Saja fez novo golpe de vista e engoliu novo frango: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Roberto Abbondanzieri. Em um jogo com muitos erros de passe, é incrível que as equipes ainda chutassem a gol. Mas ocorreram alguns chutes e se o Boca venceu é por conta de seu goleiro, que fez ótimas defesas e foi a grande figura da partida.

CLASSIFICAÇÃO:

1° Independiente - 16 pontos, 28 gols pró
2° River Plate - 16 pontos, 25 gols pró
3° Boca Juniors - 15 pontos, 24 gols pró
4° Huracán - 15 pontos, 16 gols pró
5° Estudiantes - 7 pontos
6° Racing - 5 pontos
7° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA:
1° Nestor Silvera (Independiente) - 10 gols
2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS:
  • A próxima rodada é a decisiva, pois San Lorenzo e Racing só têm chances de chegar, respectivamente, a 16 e 17 pontos e os últimos na zona de classificação (Boca e Huracán) têm 15 pontos.
  • A negociação para a aquisição de mais um time chega a seu ponto final. É esperado que a rodada do próximo sábado já traga a revelação de quem é este time e quais são seus jogadores, treinadores e esquema.
  • Aliás, o treinador já é conhecido. Valdir Espinoza assumirá a equipe, inclusive já pediu desligamento da Federação, onde atuava como consultor técnico.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Nona Rodada - 18/09/2013

Nesta quarta-feira de chuva fina foi aberta a nona rodada do Torneio Clausura 2013, com um jogo repleto de emoção. Vamos a ele!

RIVER PLATE 4x4 SAN LORENZO

O que esperar de um jogo onde de um lado está o líder do campeonato, que se manteve na liderança mesmo sem jogar na rodada anterior, e do outro está o último campeonato, praticamente eliminado e já pensando no ano que vem? O correto seria uma vitória fácil do líder, mas não foi isso que aconteceu.
O River, empolgado pela boa campanha, vinha tranquilo para mais uma fácil vitória. Francescoli mantinha a equipe que vinha atuando nos últimos jogos. Sua torcida ocupava boa parte do Itaquá Dome, mesmo com a chuva fina que caía no estádio. Já o San Lorenzo, pensando no ano que vem, vinha tranquilo e fazendo testes. Nilson pensou em barrar Erviti, mas manteve o camisa 11. No primeiro turno, San Lorenzo 0x2 River Plate.

Curiosamente, quem começou em cima foi o San Lorenzo. A equipe começou a chutar a gol, com a trave e o goleiro Carrizzo salvando o River, até que a bola sobrou para Luciatti na esquerda. O lateral trouxe um pouco mais para o meio e chutou a bola rente a grama, pegando velocidade quando tocou na grama molhada e vencendo Carrizzo para fazer San Lorenzo 1x0, logo aos 2 minutos. Antes do gol, um lance polêmico. Os jogadores do River reclamaram de falta de Romagnoli em Barrado, mas José Roberto Wright mandou o lance seguir.

Quando se esperava que o gol fosse incendiar o San Lorenzo, que não deixava o River jogar, foi exatamente o oposto que aconteceu. Como o meio era marcado, o River começou a sair pelas pontas, com boas tabelas entre Ortega e Ferrari do lado direito e Berizzo e Buonanotte no lado esquerdo. Assim, o River foi criando oportunidades e passou a bombardear o gol de Migliore, que fez defesas maravilhosas e foi salvo pela trave, como na linda tabela entre Ortega e Gallardo que o camisa 11 chutou no ângulo, mas a bola bateu no travessão e saiu.

Com tanta pressão, o gol era questão de tempo. E saiu aos 6 minutos. Após mais uma blitz, a zaga do San Lorenzo conseguiu afastar para o meio de campo e Luciatti fez falta em Gallardo, recebendo o cartão amarelo por isso. O camisa 11 cobrou rápido para Buonanotte, que recebeu sozinho na entrada da área, ajeitou, girou, trouxe para o pé esquerdo e chutou sem chances para Migliore, empatando para o River Plate: 1x1.

Aí só deu River e a virada veio aos 8 minutos, em linda jogada. O San Lorenzo mandou uma bola para lateral. Berizzo cobrou para Buonanotte, que devolveu ao lateral esquerdo. Berizzo, então, inverteu o jogo para a direita e pegou Trezeguet livre. O camisa 7 invadiu a área e tocou na saída de Migliore, para fazer River 2x1.

No intervalo, somente o San Lorenzo mudou. Nilson tirou os apagadíssimos Erviti e Stracqualursi e colocou Piatti e Bordagaray.

Porém, o drama aumentou com apenas um minuto, quando Migliore saiu da área e tocou na bola. Pela regra da FIFUBO, isso é falta em dois lances e cartão vermelho para o goleiro. Como o goleiro não pode ser expulso, é sorteado um jogador para sair em seu lugar e pegar a suspensão automática e o escolhido foi justamente o volante central Salvador Reynoso.

A partir daí, tudo ficou mais fácil para o River, que chegou ao terceiro gol aos 3 minutos, em mais uma linda jogada. Almeyda tocou para Ferrari na direita. O lateral tocou bola longa para Ortega, que encontrou Buonanotte livre na esquerda. O toque foi preciso e o camisa 30 só precisou ajeitar e chutar para fazer seu segundo gol no jogo: River 3x1.

O River passou a administrar o resultado e ver como o San Lorenzo não reagia. Mas tudo mudou no mesmo feitiço que o time de Almagro caiu. Após uma cobrança de lateral de Johnathan Ferrari, Carrizzo tocou na bola fora da área, sendo expulso. Berizzo foi o sorteado para sair em seu lugar e o River também ficou com 10, aos 5 minutos.

Aos 7 minutos, o San Lorenzo descontou em boa jogada de Piatti, que foi avançando pelo meio e tocou para Romagnoli na direita. O camisa 10 recebeu, avançou e chutou cruzado para vencer Carrizzo e fazer San Lorenzo 2x3. Na comemoração, bateu no peito, apontou para o chão e fez a taunt da Paloma.

O gol acordou o San Lorenzo e deixou o time do River nervoso. Placente levou cartão amarelo por reclamação e coube ao apagado Diego Armando Barrado tentar controlar o time, mas foi em vão. Aos 9 minutos, Migliore cobrou tiro de meta para o meio de campo. Romagnoli ajeitou a bola com categoria, trouxe para o pé direito e fez lindo passe em profundidade para Raul 'Pipa' Estevez. O camisa 7 invadiu a área e chutou forte, cruzado, para empatar o jogo para o San Lorenzo: 3x3.

Com o tempo regulamentar estourado, o River fez uma saída desesperada e conseguiu encontrar as redes. Gallardo tocou para Trezeguet, recebeu na frente e, da intermediária, deu um chute de mestre. A bola entrou no ângulo de Migliore e os jogadores do River celebraram o 4x3.

Mas o que parecia uma suada vitória virou um empate num jogão. Na saída do San Lorenzo, Romagnoli foi enfileirando até ser derrubado por José Maria Paz na entrada da área. O zagueiro recebeu o cartão amarelo e Romagnoli ajeitou a bola. A cobrança saiu perfeita e venceu Carrizzo, enquanto Romagnoli batia no peito, apontava para o chão e fazia a taunt da Paloma para celebrar o seu 25° gol com a camisa do San Lorenzo: 4x4.

Na saída de bola, no último lance do jogo, o River repetiu a jogada do quarto gol. Gallardo tocou para Trezeguet, recebeu na frente e, da intermediária, deu um chute de mestre. Mas essa bola tocou na trave e o empate foi mantido, em um jogo em que a trave foi carimbada diversas vezes, vimos grandes jogadas, defesas e oito gols.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Para começar, menção honrosa a Buonanotte, que fez dois gols e deu assistência para mais um, e Trezeguet, que fez um e foi presença constante no ataque. Mas o camisa 10 do San Lorenzo estava inspirado. Para uma equipe praticamente eliminada e enfrentando o líder do campeonato, o San Lorenzo precisava de alguém que fizesse mágica e Romagnoli foi esse cara. Com jogadas geniais, marcação na saída de bola, lindas assistências e dois gols de mestre, o camisa 10 se iguala a Silvera na artilharia do campeonato e homenageia sua amada.

sábado, 14 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Oitava Rodada - 14/09/2013

Sábado de calor e céu azul também é sábado de Torneio Clausura 2013! A oitava rodada foi encerrada com dois jogos, um deles com emoção de sobra e muita polêmica! Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 5x5 RACING

De um lado, uma equipe que apresentava um futebol consistente e vinha empolgada pela ótima colocação ao final do primeiro turno. O Independiente tinha problemas só no banco de reservas, pois Acevedo cumpria suspensão por conta da expulsão contra o Estudiantes. Do outro, uma equipe que vinha como favorita, mas que vinha apresentando um futebol decepcionante. Madeirite conversou a semana inteira com seus atletas, a fim de colocar o time nos eixos para uma arrancada. Esses eram os ingredientes do Clássico de Avellaneda, que lotava o Itaquá Dome.  No turno, Racing 2x4 Independiente.

E a conversa de Madeirite deu resultado. O Racing abriu o marcador com apenas 20 segundos. Ruben Capria trocou passes com Martin Simeone. O camisa 8, então, passou a tocar com Pelletieri e recebeu na frente. Com uma bela matada, Martin Simeone ajeitou para um chute certeiro, que venceu a marcação de Hilario Navarro e fez Racing 1x0.

O Independiente ficou perdido e não conseguiu se organizar a bola direito. Assim, Montenegro e Navarro se atrapalharam e Matheu teve que jogar para corner, aos 2 minutos. Ruben Capria cobrou na cabeça de Latorre, que mandou para o fundo das redes: Racing 2x0.

O Independiente, aos poucos, foi tentando se acertar e conseguiu organizar jogadas de ataque.  Em uma delas, aos 4 minutos, Vella tocou para Facundo Parra, que invadiu a área pela direita. Quando Saja saiu, ele tocou para Nestor Silvera empurrar para o gol vazio e recolocar o Independiente no jogo: 1x2.

O gol incendiou o Independiente, que partiu para cima. Em lindo passe de Gracián, Facundo Parra invadiu a área pela direita e chutou. Saja defendeu e a bola tocou na trave, mas há dúvidas se cruzou a linha do gol antes de sair.

Por outro lado, o Racing continuava jogando bem e chegou ao terceiro gol aos 9 minutos. Em bonita jogada, Martin Simeone tocou para Ruben Capria, que descobriu Latorre na esquerda. O camisa 11 recebeu, invadiu a área e chutou, tirando Navarro da jogada e fazendo Racing 3x1.

Quando se achava que o Independiente iria para o intervalo com uma desvantagem grande, eis que Gracián finalmente apareceu, na saída de bola. Ele tocou para Busse, recebeu na frente e chutou no ângulo de Saja, fazendo Independiente 2x3.

O jogo estava tão bom, que nenhuma das duas equipes mexeu no intervalo. Apenas aquele bate-papo para o Independiente tentar a virada e para o Racing manter o resultado.

Se estava bom, melhorou ainda mais no segundo tempo. O Independiente passou a dominar o jogo e partir para cima. O empate veio quando Fredes recebeu livre de Mareque no meio, invadiu a área e, ao invés de chutar, tentou o drible, sendo derrubado por Saja. Pênalti que Silvera cobrou com imensa categoria e venceu Saja para empatar o jogo: 3x3, aos 2 minutos.

O gol incendiou o Independiente, que passou a buscar a virada. E ela veio, aos 5 minutos. Gracián perdeu o controle da bola, Acosta veio para estourar e a bola caiu aos pés do próprio Gracián que, da entrada da área, chutou com precisão cirúrgica e acertou o ângulo de Saja para fazer Independiente 4x3.

O Racing se perdeu por completo com esse gol. Na saída de bola, Martin Simeone passou curto e Gracián dominou. Ruben Capria tentou roubar a bola e fez falta. Gracián cobrou rápido para Busse, que avançou até a intermediária e soltou bonito chute, no ângulo oposto de Saja, para fazer Independiente 5x3.

Ali, o Racing viu que ou acordava ou ia perder as chances de ainda disputar uma vaga nas semifinais. E passou a ir ao ataque no abafa. Aos 8 minutos, Enrique pegou uma bola vadia e arrancou. Tabelou com Martin Simeone e continuou em velocidade, até chutar cruzado da entrada da área e vencer Navarro, fazendo Racing 4x5.

O gol trouxe um toque maior de dramaticidade ao jogo, porque o Racing passou a buscar o ataque freneticamente e o Independiente tentava tocar a bola para o tempo passar. Só que o Racing conseguiu roubar a bola e organizar uma última tentativa de ataque. Ruben Capria tentou passar para Latorre na área, Matheu rechaçou e a bola sobrou para Martin Simeone. O camisa 8 chutou cheio de efeito, Navarro tocou na bola, a bola tocou na trave e Navarro tirou, mas ficou a dúvida se dentro do gol ou não. O juiz, Pedro Carlos Bregalda, validou o gol e o Racing empatou em 5x5, enquanto os jogadores do Independiente partiram para cima do árbitro.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Sumido até então, o camisa 8 foi peça fundamental neste clássico sensacional. Assim como Latorre, Silvera e Gracián, fez 2 gols. Mas a entrega, a marcação e a organização de jogadas foram o diferencial deste jogador que, enfim, mostra o futebol que o consagrou na Copa Olé.

SAN LORENZO 1x2 HURACÁN

O segundo jogo já começava com um alvo nas costas, por conta do belíssimo clássico que vimos anteriormente. E foi um jogo fraco tecnicamente. Do lado do San Lorenzo, a quase certeza de que o campeonato estava perdido. Nilson escalava a mesma equipe que havia atuado o campeonato inteiro e esperava que Romagnoli mantivesse o belo futebol que o levou a dividir a artilharia com Palermo e Silvera na virada do turno. Já do lado do Huracán o futebol surpreendente que foi mostrado no primeiro turno era a esperança de classificação no segundo. Sr Rabina mantinha as esperanças nos gols de Cigogna. No primeiro turno, Huracán 2x1 San Lorenzo.

O San Lorenzo não jogou absolutamente nada o primeiro tempo inteiro, cabendo ao Huracán organizar as jogadas e levar perigo ao gol adversário. O primeiro gol saiu aos 5 minutos, quando uma sucessão de besteiras na defesa do San Lorenzo fez a torcida do Globo delirar. Tula tentou desarmar Cigogna e saiu jogando errado. A bola sobrou nos pés de Minici, que trouxe para o meio, tocou para Milano e recebeu na meia lua para dar um chute de extrema categoria e vencer Migliore: Huracán 1x0.

O segundo gol foi aos 8, em bonita trama que começou no tiro de meta. Daniel Islas tocou na direita para Danelón, que fez bom passe no corredor para Mauro Milano. O camisa 7 trouxe a bola para o meio, invadiu a área e tocou por cobertura, fazendo um golaço: Huracán 2x0.

No intervalo, o San Lorenzo trocou Tula e Erviti por Tellechea e Piatti. Além disso, Nilson deu uma bronca nos volantes, que abriram as pontas, por onde saiu o segundo gol do Huracán. Já Sr Rabina tirou o cansado Villarruel e colocou Erramuspe, mantendo Cigogna, que jogava muito mal.

O Huracán continuou dominando o jogo, mas passou a tocar a bola e administrar o resultado. O San Lorenzo, com Romagnoli jogando muito mal, não conseguia chegar à área. Na única boa jogada, aos 6 minutos, Buffarini tocou em profundidade para Stracqualursi invadir a área e chutar cruzado, fazendo seu primeiro gol com a camisa do time de Almagro: San Lorenzo 1x2.

Destaque do jogo: Mauro Milano. O jogo foi todo do camisa 7. Com Cigogna jogando muito mal, era para Milano que as jogadas de ataque convergiam. Além disso, deu o passe para o primeiro gol e fez o segundo, mantendo Barrales no banco no intervalo.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 15 pontos, 21 gols pró
2° Huracán - 15 pontos, 15 gols pró
3° Independiente - 13 pontos
4° Boca Juniors - 12 pontos
5° Estudiantes - 7 pontos
6° Racing - 5 pontos
7° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° Nestor Silvera (Independiente) - 8 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors) - 7 gols
3° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo em que Independiente e Racing empataram em 5x5, ação impetrada pelo Independiente por conta da anulação de um gol próprio e validação de outro do oponente, os membros do TJB decidiram por 2 votos a 1 condenar o árbitro Pedro Carlos Bregalda a um jogo de suspensão. Assim, além dos 2 jogos em que ele deve ficar de fora por conta do regulamento, ele ficará suspenso por mais um, ficando fora da nona rodada.
  • Já o árbitro Dula Rápio, que voltava de suspensão na partida entre San Lorenzo e Huracán foi absolvido da acusação de irregularidades na súmula da partida. Por 2 votos a 1, os auditores do TJB decidiram que não houve irregularidade alguma.
  • O milestone da rodada ficou por conta de Nestor Silvera. Com o primeiro gol marcado contra o Racing, o camisa 11 do Independiente chegou a 10 na carreira.
  • As negociações para a aquisição do oitavo e último time da Liga Argentina já começaram! Em breve, novos desdobramentos. Porém, a equipe só poderá atuar a partir do Torneio Início do Apertura, em 2014. Até lá, só poderá disputar amistosos.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Oitava Rodada - 05/09/2013

O returno do Torneio Clausura deveria ter se iniciado na última quarta-feira. Porém, as fortes chuvas que caíram em Itacoatiara deixaram o gramado do Itaquá Dome encharcado, impedindo a realização da partida. Com a leve melhora do tempo nesta quinta, o jogo pôde rolar e nós vamos a ele!

BOCA JUNIORS 2x4 ESTUDIANTES

Um jogo um tanto quanto curioso. O Boca, vindo de derrota para o Independiente (2x3), mas mantendo sua segunda colocação no campeonato, queria a vitória para tirar a liderança do River. Já o Estudiantes, mesmo vindo de derrota (4x5, também para o Independiente) vinha empolgado pela recuperação de seu futebol. No primeiro turno, o Boca havia vencido por 5x1, mas nem os jogadores do Boca, nem os do Estudiantes, tinham o sentimento de que tal resultado se repetiria. Para isso, tanto Paralelo quanto Cristaldo mantinham as equipes que vinham atuando o campeonato inteiro.
O jogo começou truncado, com o Estudiantes desorganizado e o Boca tentando se soltar e foi só aos 5 minutos que as coisas começaram a esquentar. Palacio recebeu de Ibarra na direita e chutou cruzado. Andujar espalmou e a bola saiu para lateral. O próprio Palacio cobrou para Martin Palermo. O camisa 9 trouxe para o meio e, de frente, não tinha como desperdiçar. O chute saiu forte e venceu Andujar para fazer Boca 1x0, o sétimo gol de Palermo em sete jogos, artilheiro isolado do certame.

O gol desorganizou o Estudiantes e fez o Boca se soltar mais e isso foi muito bom, pois a equipe de La Plata perdeu a bola, que sobrou a Arruabarrena e este lançou a Basualdo. O camisa 11 invadiu pela esquerda e chutou e Andujar fez uma belíssima defesa, com a bola tocando no travessão e saindo pela lateral. Basualdo cobrou o lateral para Cagna, que invadiu pelo meio e, com um toque de muita categoria, deslocou Andujar e fez Boca 2x0 aos 7 minutos, em gol idêntico ao primeiro.

O Estudiantes continuou desorganizado, mas passou a tentar algo e arriscar de longe. Foi assim que conseguiu o gol, aos 9 minutos. Rodrigo Braña roubou no meio e tabelou com Leandro Benítez. Braña arriscou de longe e acertou belíssimo chute, no ângulo de Abbondanzieri, fazendo Estudiantes 1x2.

O primeiro tempo terminou quando Federico Fernandez avançou pela esquerda e chutou cruzado. A bola tocou no pé da trave e saiu, dando um toque de emoção a um jogo maravilhoso. No intervalo, Paralelo tirou Schiavi e Riquelme e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Cristaldo trocou Angeleri e Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

As mudanças do Estudiantes fizeram efeito com apenas 1 minuto, quando Leandro Benítez avançou pela esquerda e deu belo passe invertendo o jogo para a direita. Enzo Perez recebeu livre e chutou cruzado para empatar o jogo em 2x2.

Logo ficou latente a mudança tática de Cristaldo. Ao colocar um volante no lugar do lateral direito, além de melhorar a saída de bola e marcar bem o lado direito, ele tinha mais um reforço para fazer bloqueio no lado em que Palermo caía. A marcação do Estudiantes melhorou e o Boca ficou preso, sem conseguir criar. O único ponto negativo eram os atacantes, em fase ruim. Mas um time com um elenco que se ajuda tem alternativas para este problema.

E isso ficou claro aos 4 minutos, quando uma sucessão de contra-ataques resultou na virada do Estudiantes. Os defensores do Boca foram apoiar o ataque, para tentar furar o bloqueio no meio, mas deixaram um buraco na defesa. Primeiro, Rodrigo Braña tocou para Leandro Benítez, que invadiu pela esquerda e chutou para a defesa de Abbondanzieri. Depois, Rodrigo Braña roubou novamente e tocou para Marco Rojo. O lateral esquerdo avançou pela esquerda e chutou forte, desta vez vencendo o goleiro xeneize e fazendo Estudiantes 3x2.

O Boca se desestruturou de vez, as mudanças não surtiram efeito e Palermo parou de receber bolas. Assim, o Estudiantes chegou ao quarto gol, aos 7 minutos. Hernan Rodrigo Lopez cobrou escanteio na cabeça de Leandro Benítez, que mandou no canto de Abbondanzieri e deu números finais ao confronto: Estudiantes 4x2.

O Boca mostrou que continua sendo uma equipe que esquenta aos poucos, mas desta vez houve uma apatia geral. Mesmo marcando dois gols iguais e se aproveitando da ótima fase de Palermo, cansou e foi dominado, sem ter opções para sair da forte marcação.

Já o Estudiantes mostrou nos últimos dois jogos que tem um estilo parecido com o do Boca, vai esquentando aos poucos. Hoje, perdendo de 2x0, foi se acertando e conseguiu uma virada muito boa, para iniciar bem o segundo turno.

Destaque do jogo: Rodrigo Braña. Embora Leandro Benítez tenha se saído um armador sensacional, o destaque foi o volante Rodrigo Braña. Enquanto o time estava perdido, ele era o porto seguro. Sempre bem posicionado, interceptou passes, desarmou os jogadores do Boca, armou jogadas e fez o primeiro gol.

domingo, 1 de setembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Sétima Rodada - 01/09/2013

E eis que neste domingo de sol e temperatura em elevação foi finalizado o primeiro turno do Torneio Clausura 2013, com dois jogos pra lá de empolgantes. Vamos a eles!

SAN LORENZO 2x1 RACING

Um jogo apreensivo. O San Lorenzo era a única equipe que não tinha pontuado ainda, mas já havia mostrado uma evolução no último jogo. Nilson mantinha a mesma equipe que jogava junta desde o início. Já o Racing, outrora favorito ao título por conta da conquista da Copa Olé, fazia campanha decepcionante (apenas 1 vitória em 5 jogos) e precisava vencer para virar o turno com alguma chance. Madeirite mantinha a equipe que havia atuado o campeonato inteiro.
E bastaram 40 segundos para o San Lorenzo mostrar que é uma outra equipe. Enquanto o Racing tentava jogar com habilidade, o San Lorenzo era adepto do "bola pro mato, que o jogo é de campeonato" e foi assim que conseguiu o primeiro gol. Martin Simeone adiantou demais a bola e Tula chegou bicando. A bola viajou e foi cair na intermediária de defesa do Racing, nos pés de Romagnoli. O camisa 10 driblou Quiroz com facilidade e chutou sem chances para Saja para fazer San Lorenzo 1x0, enquanto batia no peito, apontava para o chão e fazia a taunt da Paloma.

O San Lorenzo passou a tocar mais a bola e o Racing conseguiu se organizar. Boas jogadas foram criadas de lado a lado até os 4 minutos, quando Stracqualursi fez falta em Pochettino, que tocou para Ruben Capria no meio. O camisa 10 tabelou com Martin Simeone e avançou pelo meio até tocar na esquerda, dentro da área, para Latorre. O camisa 11 só teve o trabalho de ajeitar para o pé direito e chutar, fazendo Racing 1x1.

O gol equilibrou um jogo que estava bom. O San Lorenzo criou boas jogadas com Romagnoli, Stracqualursi e outros. O Racing buscava os pés de Ruben Capria, que avançava pelo meio e procurava um dos atacantes para a finalização. E assim o primeiro tempo terminou, com bolas na trave, boas defesas e 1x1 no marcador.

No intervalo, Nilson trocou Erviti e Raul 'Pipa' Estevez por Piatti e Bordagaray, mas as mudanças não ficaram só nisso. Com a entrada de Piatti, Nilson adiantou os volantes, expandindo o losango, pois percebeu que as laterais do campo estavam com muitos espaços. Já Madeirite só mudou um jogador: saiu Diego Capria (novamente apagado) e entrou Fariña.

O jogo deu uma queda na qualidade, mas ainda assim tivemos bolas que encontraram a trave. Tudo ia bem até os 6 minutos, quando finalmente uma jogada foi armada até encontrar as redes. Luciatti recuperou bola na esquerda e tocou a Romagnoli, que viu Bordagaray entrar em velocidade. O passe foi preciso e o camisa 13 só teve o trabalho de tirar Saja da jogada e fazer San Lorenzo 2x1.

Desesperado, o Racing partiu para o ataque, mas não conseguiu encontrar o caminho das redes novamente. O San Lorenzo comemorou a primeira vitória, quando Acosta chutou a última bola e Migliore defendeu.

Destaque do jogo: Pablo Migliore. Está certo que os dois camisas 10 foram importantíssimos. Romagnoli fez um gol e deu o passe para outro, já Acosta deu a assistência no gol de seu time e fez belas jogadas. Mas Migliore fechou o gol. Além de ótimas defesas (e sorte quando a bola batia na trave), o camisa 1 do San Lorenzo ainda fez a última defesa da partida, que levou sua equipe a pontuar pela primeira vez no campeonato.

INDEPENDIENTE 5x4 ESTUDIANTES

O jogo de fundo fechou o primeiro turno com chave de ouro. Do lado do Independiente, a vontade de deixar a impressão de time apático, pois se diz que quando eles jogam ninguém sabe se é o time bem armado e vitorioso ou o time preguiçoso e conformado que vai a campo. Para piorar, Fredes voltava de lesão e começava no banco. Acevedo atuaria em seu lugar, mas não é volante que sai para o jogo, é mais fixo, mais defensor. Bayer queria que ele jogasse mais avançado e isso era uma incógnita. Do lado do Estudiantes, empolgação. A equipe venceu a primeira na rodada anterior e mostrou estar recuperada, finalmente pronta para alçar voos maiores. Na opinião de seu treinador, Cristaldo, uma vitória colocaria o Estudiantes nos trilhos para buscar a classificação no segundo turno e se conseguisse isso, o título era questão de tempo.

Pois as dúvidas de Bayer quanto à capacidade de Acevedo atuar mais adiantado ficaram para outra oportunidade. Bastaram 13 segundos para o volante deixar o jogo, expulso após tentar alcançar a bola e atingir 3 oponentes. Com isso, o jogo ficou à feição do Estudiantes. Será?

Com um minuto, os jogadores do Estudiantes partiram para cima e deixaram espaços. Tuzzio recuperou uma bola mal passada e tocou para Mareque, que tocou rápido e em profundidade para Gracián. O camisa 19 correu, dividiu com o goleiro e conseguiu empurrar para o fundo das redes: Independiente 1x0.

Quem achou que a equipe ia se trancar na defesa para segurar o resultado se enganou. O Independiente passou a ser insinuante, agressivo, não dando espaços para o Estudiantes. E o segundo gol veio aos 4 minutos, quando Vella tocou para Busse, que tocou a Gracián na esquerda. Com um belo drible em Rodrigo Braña, o camisa 19 trouxe a bola para o pé direito e chutou sem chances para Andujar, fazendo Independiente 2x0.

Atônito, o time de La Plata não esboçava reação e viu o Independiente dominar. Vella passou a fechar a direita do meio de campo, se juntando a Montenegro e Busse em uma linha que impedia os avanços do Estudiantes. Assim, aos 6 minutos, Vella recuperou uma bola e tocou para Gracián, que conduziu pelo meio e tocou para Facundo Parra nas costas da defesa. O camisa 17 invadiu a área e chutou forte, para vencer Andujar e fazer Independiente 3x0.

Está bom? Mas ainda pode melhorar! O Independiente encontrou o quarto gol aos 8 minutos, quando Gracián chutou e Andujar mandou a corner. O camisa 19 tocou curto para Nestor Silvera, que driblou Federico Fernandez e chutou cruzado para vencer Andujar e fazer Independiente 4x0.

Com esse primeiro tempo de sonho, Bayer resolveu poupar jogadores para o segundo turno. Tirou os dois atacantes, Parra e Silvera, para colocar Fredes e Gandín. Com isso, recomporia o meio de campo em losango e colocaria Gandín para jogar centralizado, como único atacante. Foi bastante criticado por isso, pois de seus 3 atacantes, Gandin é o que menos se adaptaria a jogar centralizado. Já o Estudiantes, no desespero, trocou Braña e Boselli por Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Além disso, Cristaldo acertou o posicionamento de seus jogadores.

Foi o necessário para a equipe entrar no jogo. Com apenas 1 minuto, Verón tabelou com Leandro Benítez, ajeitou e chutou sem chances para Hilário Navarro, fazendo Estudiantes 1x4.

O Independiente não se importou, pois ainda goleava, e tocou a bola. Mas isso chamou o Estudiantes para seu campo e, aos 3 minutos, Enzo Perez tocou na direita para Gastón Fernandez. O camisa 10 avançou e chutou cruzado para vencer Hilário Navarro e fazer Estudiantes 2x4.

Esse gol já assustou mais a equipe de Avellaneda e recolocou o Estudiantes no jogo, tanto que aos 5 minutos, a equipe marcou outra vez. Leandro Benítez tocou para Hernán Rodrigo Lopez, que se atrapalhou e perdeu a bola. Marco Rojo recuperou e tocou para o atacante uruguaio, que perdeu de novo. Marco Rojo recuperou mais uma vez e, desta vez, tocou para Leandro Benítez. O camisa 8 trouxe para a esquerda e encontrou uma avenida, por onde avançou e chutou cruzado para fazer Estudiantes 3x4.

O que era uma goleada histórica se transformou em drama e o Independiente se perdeu de vez. Sem conseguir se organizar, era engolido pelo Estudiantes e, aos 8 minutos, viu o sonho virar pesadelo, quando Mathias Sanchez recuperou bola no meio e tocou para Verón. O camisa 11 avançou pelo meio e descobriu Leandro Benítez livre na esquerda. O camisa 8 recebeu, invadiu a área e chutou sem chances para Navarro: Estudiantes 4x4.

Ali a dúvida era se o Estudiantes viraria historicamente ou se o empate permaneceria. Mas aos 10 minutos, na chamada "primeira bola do jogo", Gracián conseguiu receber e acalmar, tocando no meio da zaga para Gandín. O camisa 9 recebeu, ajeitou e chutou para vencer Andujar e fazer Independiente 5x4.

Na saída de bola, na "segunda bola do jogo", Verón recebeu de Leandro Benítez e chutou. Hilário Navarro se esticou e fez bela defesa, garantindo uma vitória injusta pelo que o Estudiantes fez no jogo, mas justa pelo primeiro tempo perfeito de sua equipe.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Aqui podia ser resolvido na moedinha, pois o outro Leandro (Benítez) também fez dois gols e criou belas jogadas. Mas Gracián foi o nome de um time que teve um jogador a menos o jogo inteiro, marcou duas vezes, deu o passe para outros gols e foi quem conseguiu acalmar as coisas num jogo que sua equipe já devia ter perdido há muito tempo.

RESUMÃO DO CAMPEONATO AO FINAL DO PRIMEIRO TURNO

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 15 pontos - 6 jogos - 5 vitórias - 0 empate - 1 derrota - 21 gols pró - 10 gols contra
2° Boca Juniors - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 19 gols pró - 14 gols contra
3° Independiente - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 19 gols pró - 17 gols contra
4° Huracán - 12 pontos - 6 jogos - 4 vitórias - 0 empate - 2 derrotas - 13 gols pró - 14 gols contra
5° Racing - 4 pontos - 1 vitória - 1 empate - 4 derrotas - 14 gols pró - 16 gols contra
6° Estudiantes - 4 pontos - 1 vitória - 1 empate - 4 derrotas - 12 gols pró - 20 gols contra
7° San Lorenzo - 3 pontos - 1 vitória - 0 empate - 5 derrotas - 9 gols pró - 16 gols contra

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors), Nestor Silvera (Independiente) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 5 gols
3° Acosta (Racing) e David Trezeguet (River Plate) - 4 gols
4° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Hernan Rodrigo Lopez (Estudiantes), Juan Sebastián Verón (Estudiantes), Leandro Benítez (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente), Diego Latorre (Racing), Diego Buonanotte (River Plate) e Diego Armando Barrado (River Plate) - 3 gols
5° Ibarra (Boca Juniors), José Horácio Basualdo (Boca Juniors), Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Sebastian Battaglia (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Jeronimo Barrales (Huracán), Nicolás Minici (Huracán), Tuzzio (Independiente), Facundo Parra (Independiente), Luciano Vella (Independiente), Pelletieri (Racing), Ruben Capria (Racing) e Funes Mori (River Plate) - 2 gols
6° Cagna (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes), Daniel Islas (Huracán), Mauro Milano (Huracán), Ruben Masantonio (Huracán), Dario Gandín (Independiente), Fredes (Independiente), Lucas Mareque (Independiente), Walter Busse (Independiente), Enrique (Racing), Fariña (Racing), Martin Simeone (Racing), Ortega (River Plate), Berizzo (River Plate), Pablo Ferrari (River Plate), Erviti (San Lorenzo), Bordagaray (San Lorenzo), Julio Buffarini (San Lorenzo) - 1 gol

RESUMO POR EQUIPES

Boca Juniors - A equipe começou o campeonato goleando e mostrou que disputaria o título desde o início. Venceu suas duas primeiras partidas e perdeu, surpreendentemente, para o Huracán na terceira rodada. A vitória sobre o River no Superclássico, em partida que é considerada a melhor do campeonato até aqui (empatada com Independiente 5x4 Estudiantes) recolocou o time de La Boca nos trilhos e manteve-a na liderança até seu último jogo, quando perdeu para o Independiente (2x3) e os fez cair para segundo. Tem em Martin Palermo seu grande nome. O artilheiro do campeonato é o alvo de todas as bolas que saem da defesa para o ataque. E normalmente encontram o caminho das redes.

Estudiantes de La Plata - Uma das novas equipes que teve que ir para o recall fazia apenas figuração. Estreou sendo goleada pelo Boca (1x5), mas conseguiu empatar com o Racing na segunda rodada. Depois disso, foi perdendo, inclusive sendo goleada pelo River (1x5), até se encontrar no retorno do recall, onde venceu o San Lorenzo (4x2) e por muito pouco não derrotou o Independiente. A moral cresceu, junto com o futebol de uma equipe que tem como grande destaque Juan Sebastián Verón, que é uma espécie de treinador dentro de campo, orientando e ainda aparecendo para marcar.

Huracán - A grande sensação do campeonato, o time de Buenos Aires surpreendeu ao vencer seus 4 primeiros jogos, só perdendo os dois últimos. O esquema defensivo, quando funciona, faz a equipe triunfar, sempre pela vantagem mínima. Quando não funciona... derrotas para Racing (2x5) e River Plate (2x4). Seu destaque até aqui é Daniel Cigogna, artilheiro da equipe no campeonato e para onde as jogadas de ataque convergem.

Independiente - A equipe de Avellaneda é um tanto quanto estranha. Ao alternar altos e baixos, não confirmou a condição de favorita ao título que adquiriu ao vencer o Torneio Início. O bom futebol, fruto de um esquema tático eficiente e ajuda de todos os atletas, foi visto poucas vezes, quando a equipe triunfou, inclusive no clássico de Avellaneda (4x2 em cima do Racing) e no jogo que tirou a liderança do Boca Juniors (3x2). Mas não apareceu em jogos em que foi completamente apático, como na derrota para o River Plate (1x4). Não fosse tomar 4 gols do Estudiantes neste último jogo e teria pulado do quarto para o segundo lugar, pois empata com o Boca em pontos e gols pró, perdendo em gols contra (17x14). Seu destaque até aqui é Nestor Silvera, que vem sendo o artilheiro do campeonato jogando em uma equipe onde a rotatividade é grande.

Racing Club Avellaneda - A grande decepção do campeonato até aqui, o Racing chegou com status de favorito após o título da Copa Olé. Mas seus jogadores não conseguiram entrar no ritmo da competição até hoje e a equipe vem tendo resultados bastante insatisfatórios. Quando venceu, o fez com autoridade (5x2 no Huracán), mas empate com Estudiantes, derrota para San Lorenzo e derrotas para os três argolados colocaram a equipe em situação muito delicada. Está certo que para Boca e River (além do San Lorenzo) a derrota foi pela vantagem mínima, mas isso não mostra a apatia que passa em Avellaneda. Seu destaque até aqui é Ruben Capria, o único que joga da mesma forma que atuou na Copa Olé. Mas sozinho fica difícil...

River Plate - O líder do campeonato é a equipe que se esperava. Venceu 5 dos 6 jogos, com autoridade na maioria das vezes (2x0 San Lorenzo, 4x1 Independiente e 5x1 Estudiantes), mas a única derrota foi justamente para o Boca Juniors (3x4) em um jogo em que vencia por 3x1 no primeiro tempo e tomou a virada no último minuto. Mesmo assim, nada parece abalar a majestade da equipe de Nuñez, que tem dois destaques, mas um muito peculiar. Enquanto Gallardo é o craque do time, organiza e motiva, Diego Armando Barrado é a revelação. Reserva no início do campeonato, ganhou a vaga de titular por marcar muito bem, armar o jogo e marcar alguns gols, tendo sido eleito o melhor em campo algumas vezes.

San Lorenzo de Almagro - A equipe de Almagro é a pior do campeonato até o momento. Só conseguia jogar quando Romagnoli atuava por 11. Não é à toa que ele é o artilheiro do campeonato, ao lado de Palermo e Silvera, com 6 gols.  Mas, aos poucos, a equipe foi se encontrando, principalmente após o recall, onde passou a jogar de igual para igual com as outras equipes. Nilson ainda ajusta o esquema e tenta fazer alguns atletas entenderem o sistema da equipe e promete se recuperar no segundo turno. O destaque não podia ser outro que não Romagnoli. O camisa 10 sempre participa ativamente e faz gols, dedicando-os à sua amada Paloma.

RESUMO DO CAMPEONATO

O campeonato até aqui está muito bem disputado. As equipes fazem bons jogos, a média de gols está alta e somente um empate foi registrado até aqui (Racing 2x2 Estudiantes). Infelizmente, o problema com a bainha das equipes praticamente decidiu, ao final do primeiro turno, os classificados para as semifinais, pois a disparidade entre Estudiantes e San Lorenzo e o resto dos times os afastou de qualquer possibilidade de classificação. Só o Huracán, com seu início arrasador, conseguiu o que chamamos de "gordurinha para queimar". A distância do quarto (e terceiro e segundo) colocado para o quinto é de 8 pontos, sendo necessárias, no mínimo, 3 rodadas para haver uma troca nos classificados. Isso representa metade dos jogos de uma equipe no returno, o que torna quase impossível que os 4 classificados não sejam os que hoje ocupam esta zona. Mesmo assim, a recuperação das equipes é louvável e traz a esperança de novas emoções para o torcedor neste segundo turno.

NOTAS RÁPIDAS:

  • O milestone da rodada fica por conta de Leandro Gracián, do Independiente. O primeiro gol contra o Estudiantes foi o seu décimo com a camisa do Independiente.
  • O campeonato até aqui teve 21 jogos e 107 gols, o que dá uma média de 5.1 gols por jogo.
  • Os três jogadores que dividem a artilharia do campeonato estão com média de um gol por jogo.
  • O ataque mais positivo do campeonato é do River Plate, com 21 gols (média superior a 3 por jogo). Também é do líder do campeonato a melhor defesa, com 10 gols sofridos (menos de 2 por jogo).
  • O pior ataque é do San Lorenzo, com 9 gols (média inferior a um gol e meio por jogo).
  • Já a pior defesa é a do Estudiantes, com 20 gols sofridos (média de quase 4 por jogo), muito por conta das goleadas de 5x1 que sofreu para River e Boca.
  • O campeonato retorna nesta quarta-feira, com Estudiantes x Boca Juniors no duelo do returno.