terça-feira, 30 de setembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Nona Rodada - 30/09/2014

Ante à impossibilidade de realizar jogos no final da semana passada, a FIFUBO marcou a nona rodada para o meio desta semana, começando com dois bons jogos nesta terça-feira, onde o líder e o vice-líder atuariam. Vamos aos jogos!

RACING 3x2 SAN LORENZO

Vice-líder e com uma boa campanha, o Racing vinha para tentar diminuir a vantagem de 7 pontos para o líder, além de se manter distante dos times que vêm abaixo. Vindos de vitória sobre o Velez (5x4), enfrentavam uma equipe em crise, o que significava prato cheio para mais um triunfo. Do outro lado, em último, o San Lorenzo tenta ainda acreditar ser possível uma classificação. Sem vencer há 8 jogos (desde a primeira rodada), a equipe de Almagro tinha aqui uma oportunidade para se reerguer e, enfim, arrancar para algo digno no campeonato. No primeiro turno, San Lorenzo 1x3 Racing.

Quando a bola rolou, o San Lorenzo partiu para cima. Em velocidade, Buffarini chutou duas bolas, que passaram em frente ao gol sem levar perigo. Quando a segunda saiu pela linha lateral, o Racing arrancou para o gol. Enrique cobrou para Ruben Capria no meio e o camisa 10 deu mais à frente para Pelletieri. O camisa 7 se atrapalhou e atrasou o ataque, tocando mal para Martin Simeone. O camisa 8 teve que retardar a corrida e resolveu arriscar de longe. O chute saiu mascado, mas Simeone contou com o golpe de vista de Migliore, que só viu a bola entrar mansa em seu gol, com um minuto de jogo: Racing 1x0.

O San Lorenzo não dava sinais de que ia reagir e o Racing parecia satisfeito com o resultado. Não precisou jogar muito para chegar ao segundo gol, aos 6 minutos. A defesa do San Lorenzo afastou para o meio de campo e Pelletieri pegou a sobra, abrindo na esquerda para Ruben Capria. O camisa 10 viu seu irmão Diego correndo livre pela direita e inverteu o jogo para lá. O camisa 2 recebeu na lateral da área e chutou cruzado, vencendo Migliore e fazendo Racing 2x0.

No intervalo, Paralelo tirou Pelletieri e Acosta e colocou Fariña e Hauche. Já Nilson trocou Luciatti e Raul 'Pipa' Estevez por Tellechea e Bordagaray. O interesse aqui era reforçar a marcação pelas laterais e liberar os atacantes de vez.

Mas nada disso aconteceu e o Racing continuou dominando o jogo. O terceiro gol saiu aos 3 minutos, quando Ruben Capria recebeu de Hauche, adiantou a bola e deu um toquinho para o lado, sendo atropelado por Migliore. O próprio Ruben Capria cobrou o penal com força no canto direito. Migliore se esticou todo, mas não achou: Racing 3x0.

A partir daí, a torcida do San Lorenzo começou a deixar o estádio, enquanto a do Racing gritava "olé" ante o toque de bola da equipe de Avellaneda. O Racing se empolgou demais com a vantagem e quase se complica. Aos 6 minutos, Romagnoli fez jogada individual e chutou prensado contra Gamboa. O próprio Romagnoli cobrou o escanteio e Stracqualursi cabeceou sem chances para Saja, fazendo San Lorenzo 1x3.

O que parecia ser apenas um gol de honra foi o estopim para Romagnoli se incendiar. O camisa 10 passou a se movimentar mais e pedir a bola. Aos 9 minutos, ele recebeu e a bola ficou muito próxima a seu pé direito. Ele chutou de bico, a bola ganhou efeito e Saja se atrapalhou. A bola ficou pererecando entre a linha e a parte de dentro do gol e o árbitro Dula Rápio assinalou gol. Enquanto Romagnoli batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma, os jogadores do Racing cercavam o árbitro, que precisou do policiamento para afastar os descontentes e decretar o placar final: San Lorenzo 2x3 Racing.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Autor do primeiro gol, o camisa 8 foi peça importante tanto na defesa quanto no ataque. Marcou bem, foi uma alternativa para tabelar com Ruben Capria e ainda tratou de acalmar os ânimos e tocar a bola após o segundo gol do adversário.

HURACÁN 0x4 RIVER PLATE

Outrora saco de pancadas do rival, o Huracán hoje merece respeito. Em quarto lugar na tabela e vindo de vitória (3x1 no San Lorenzo), a equipe foi a única a não perder do River no atual campeonato. Sabendo que Boca e Velez se enfrentam no encerramento da rodada, o Huracán queria a vitória para se distanciar na zona de classificação. Do outro lado, embora só não tenha vencido justamente o rival de hoje, os jogadores do River sabiam que a sua vantagem era enorme. Embora os últimos 3 jogos contra o Huracán tenham terminado em empate, o River sabe que, antes disso, só havia vencido de goleada. E queria nova goleada para se manter na ponta e garantir, no mínimo, mais três rodadas na liderança. Francescoli dizia saber o que fazer para barrar o adversário. Resta saber se seus jogadores iriam assimilar sua tática. No primeiro turno, River 3x3 Huracán.

Pois bastou a bola rolar para se ter a certeza de que Francescoli descobrira a fórmula mágica. A equipe de Nuñez dominou as ações e não deixou o Huracán tocar a bola após passar da linha de meio de campo. Com saídas rápidas para o ataque, o River levava perigo e o gol era questão de tempo. Aos 3 minutos, Cigogna foi pego em impedimento, que Paz cobrou para Berizzo. O camisa 6 avançou pelo meio e, ao invés de passar para Gallardo abrir para as pontas, deu passe no meio da zaga. A bola encontrou Trezeguet livre e o camisa 7 só teve que tirar do goleiro da entrada da área e fazer River 1x0.

Apesar do domínio do River, o placar não foi alterado no primeiro tempo. No intervalo, Sr Rabina trocou Milano e Centurión por Barrales e Erramuspe, dando a entender que ia reforçar a marcação pelo meio para liberar Masantonio para encostar de vez nos atacantes. Já Francescoli tirou Ortega, que atrasava todas as jogadas, e colocou Funes Mori.

O River começou preguiçoso e o Huracán foi ganhando terreno, chegando a obrigar Carrizzo a fazer boas defesas. Mas a marcação do líder do campeonato era eficiente e os contra ataques também eram muito bons. Aos 5 minutos, em rápida jogada de contra ataque, Ferrari mandou para a frente e Trezeguet dominou de costas. Ele recuou para Funes Mori, mas o passe saiu errado. Placente vinha correndo e mandou Funes Mori abrir.  O camisa 3 tocou na direita para o 9, que recebeu livre de marcação e chutou do bico da área para fazer River 2x0.

O Huracán deu a saída de bola, aos 6, e Barrado roubou a bola, sofrendo falta de Villarruel. A cobrança foi rápida e Gallardo recebeu livre, avançando e chutando da intermediária com extrema categoria, para vencer Islas e fazer River 3x0.

A porteira foi aberta de vez e o Huracán percebeu que nada poderia fazer. Esta constatação veio aos 8 minutos, quando Cigogna recebeu a bola no ataque e se preparou para mandar o scopetazzo. Mas Almeyda apareceu igual fantasma e roubou a bola do mito com extrema elegância, para delírio da torcida millonaria. O passe do capitão foi para Berizzo, que deu mais à esquerda para Buonanotte. O camisa 30 avançou sem ser incomodado e, da ponta, chutou cruzado e venceu Islas, transformando o jogo em goleada e dando números finais ao confronto: River 4x0.

Destaque do jogo: Eduardo Berizzo. O camisa 6 foi impecável. Deu o passe para dois gols, armou jogadas, marcou e apareceu até na direita para fazer a cobertura. Depois do jogo, revelou a repórteres que foi um pedido de Francescoli para os laterais ajudarem na marcação pelo meio, uma vez que o Huracán não atacaria pelas pontas.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra nesta quarta, com Estudiantes x Independiente e Boca x Velez. Provavelmente, a próxima rodada se iniciará na sexta-feira, visto que domingo é dia de eleições.
  • Após o jogo, o TJB decidiu absolver o árbitro Dula Rápio e seu assistente, Promotor Corregedor, da reclamação feita pelo Racing no lance do segundo gol do San Lorenzo, onde se alegava que a bola não teria entrado. Além da imagem mostrar que a bola entrou, os auditores do TJB aplicaram a regra trazida no Bootecon deste ano, que diz que a decisão do árbitro é imutável.
  • Os jogos desta terça-feira são uma homenagem póstuma ao Orkut, a rede social que deixou de existir neste dia 30/09 e que foi o primeiro veículo de divulgação da FIFUBO. Deixará saudades.

domingo, 21 de setembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Oitava Rodada - 21/09/2014

O inverno se despede de 2014 com um dia típico: frio, chuva constante e vento. As condições climáticas afastaram o público do Itaquá Dome no encerramento da primeira rodada do returno. Bom para quem veio e viu uma chuva de gols. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 1x3 HURACÁN

Último colocado no campeonato, pior ataque e pior defesa, o San Lorenzo tem de tudo para entrar aqui e tomar mais uma sova. Mas, a única vitória no campeonato foi justamente contra o time que enfrentaria hoje e, por isso, Nilson falava a seus jogadores para se empolgarem e caírem dentro. Do outro lado, uma vitória poderia levar o Huracán à zona de classificação e recuperar a equipe da derrota na rodada anterior (1x3 pro Racing). No primeiro turno, Huracán 1x3 San Lorenzo.

Quando a bola rolou, um grande jogo se desenhou. O San Lorenzo tomou a iniciativa e o Huracán jogou à sua feição, nos contra ataques. Foi assim que abriu o marcador com um minuto de jogo. Em bola esticada, Islas saiu do gol e dividiu com Romagnoli. Barrientos afastou e a bola sobrou livre para Centurión. O camisa 8 avançou sem ser incomodado, driblou Reynoso e, da entrada da área, chutou com perfeição e venceu Migliore, fazendo Huracán 1x0.

Quem esperava desânimo do San Lorenzo se enganou. A equipe de Almagro dominou as ações e continuou em cima, sendo premiado com um gol aos 4 minutos. Johnathan Ferrari cobrou falta no campo de defesa para Stracqualursi. O camisa 9 deu mais à frente para Romagnoli e o camisa 10 fez que ia soltar uma bomba, mas mudou de ideia na última hora e deu um toque por cobertura. Pego de surpresa, Islas ainda tocou na bola. Mas ela acabou caindo no fundo das redes, enquanto Romagnoli batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

No intervalo, Nilson trocou Piatti e Raul 'Pipa' Estevez, completamente nulos, por Erviti e Bordagaray. Já Sr Rabina trocou Villarruel e Milano por Erramuspe e Barrales.

O jogo continuou bom e o Huracán encontrou as redes novamente com 2 minutos. Cigogna fez uma jogada de gênio ao cobrar o lateral para Centurión e girar em cima da marcação. O camisa 8 devolveu ao mito, que recebeu na direita e mandou o scopetazzo. Migliore nada pôde fazer e o Huracán fazia 2x1.

O San Lorenzo partiu pra cima e perdeu algumas oportunidades. O Huracán reforçou a marcação e buscou o contra ataque, matando o jogo aos 8 minutos. Centurión abriu na esquerda para Minici, que inverteu o jogo para Cigogna. O mito atraiu a marcação e rolou para Barrales invadir a área livre e tocar na saída de Migliore: Huracán 3x1.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito fez duas jogadas de gênio, iniciando e concluindo a jogada do segundo gol e atraindo toda a marcação na assistência para Barrales decidir o jogo.

VELEZ SARSFIELD 4x5 RACING

 Duas das sensações do campeonato se enfrentavam no jogo que encerraria a oitava rodada. Do lado do Velez, a apreensão por não vencer há 3 rodadas, que lhe fez perder primeiro a liderança e, depois, a vice liderança. A ordem era partir pra cima desde o início para tentar a vitória. Do lado do Racing, a invencibilidade de 4 jogos era o combustível para derrotar um adversário direto e se manter no segundo lugar. No turno, as equipes fizeram o melhor jogo da primeira rodada e empataram em 3x3.

Se no turno o jogo foi frenético, aqui não poderia ser diferente. O Velez deu a saída e fez linda jogada ensaiada para chegar à área do Racing. De última hora, Gamboa se esticou e tirou a bola, que sobrou para Quiroz reiniciar o ataque tocando para Ruben Capria no meio. O camisa 10 abriu na esquerda para Martin Simeone e o camisa 8 avançou sem ser incomodado. Quando Gago correu para chegar na marcação, Simeone já chutava para vencer Sosa e fazer Racing 1x0 logo a um minuto.

O Velez não se acanhou e partiu para empatar a partida. Aos 3 minutos, foi a vez deles puxarem um contra ataque, quando Gago interceptou passe que iria para Latorre, tocando para Claudio Hussain reiniciar o ataque. O camisa 8 tocou para Insua, que descobriu Dario Hussain no meio da zaga.  O passe foi preciso e o camisa 10 chutou de primeira, fazendo um golaço: Velez 1x1.

O jogo continuou de altíssimo nível. Aos 5 minutos, Papa avançou pela esquerda e tocou para Turco Assad. Diego Capria tentou tirar a bola e fez falta no camisa 9, próximo ao bico esquerdo da área. Insua cobrou por cima da barreira, Saja se esticou e não alcançou: Velez 2x1.

O Racing empatou logo na saída, aos 6. Ruben Capria tocou para Martin Simeone e recebeu de volta na direita, girando em cima de Lucas Romero e chutando forte. Sosa se esticou e não achou: Racing 2x2.

A virada da equipe de Avellaneda veio aos 7, com o erro na saída de bola do Velez. Em jogada ensaiada, Insua tocou para Romero e correu para a esquerda. O passe foi na direita, para Peruzzi, mas Ruben Capria conseguiu se adiantar e interromper a jogada conhecida como "figura 8", tocando rápido para Latorre na esquerda.  O camisa 11 tocou de primeira para Martin Simeone, que avançou no buraco deixado pelo lateral direito. O chute saiu perfeito e venceu Sosa: Racing 3x2.

Quando se achava que o excelente primeiro tempo terminaria assim, eis que o Velez criou linda jogada e chegou aos empate, aos 10 minutos. Gago abriu na direita para Peruzzi, que tocou no corredor para Dario Hussain. O camisa 10 voltou o jogo para Insua, que tocou de primeira para a frente, encontrando Claudio Hussain livre dentro da área. O camisa 8 dominou e chutou no alto, na saída de Saja, fazendo Velez 3x3.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Paralelo sacou Pelletieri e Acosta e colocou Fariña e Hauche.

O Racing deu a saída de bola com Ruben Capria tocando para Martin Simeone e correndo. O camisa 8 tocou de volta e Capria ajeitou o corpo para a bola cair no seu pé esquerdo e mandar a bomba, sem chances para Sosa, com apenas 20 segundos: Racing 4x3.

O Velez cansou, mas não desistiu. O cansaço, no entanto, abria buracos por onde o Racing se aproveitava para encaixar contra ataques.  E foi assim que chegou ao quinto gol, aos 6 minutos. Fariña mandou para a frente, onde Latorre ajeitou para Martin Simeone. Com lindo passe invertendo o jogo, o camisa 8 encontrou Ruben Capria livre. O camisa 10 invadiu a área trazendo a bola para o pé esquerdo e mandando um chute reto, porém violento, para fazer seu hat trick: Racing 5x3.

O Velez ainda partiu para cima, apesar do cansaço, e conseguiu descontar já nos acréscimos. Lucas Pratto recebeu de Insua, driblou dois e procurou Dario Hussain na área. Saja tentou cortar e derrubou o camisa 10. Quem cobrou o penal foi Lucas Pratto, na parede da rede. Saja se esticou, mas não alcançou: Velez 4x5.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Tudo bem que Martin Simeone fez uma partida espetacular, com dois gols, assistências e vários lances no ataque e na defesa. Mas Capria fez um hat trick e foi o grande organizador do time nesta que foi a melhor partida da rodada.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 22 pontos
2° Racing - 15 pontos
3° Boca Juniors - 12 pontos, 23 gols pró
4° Huracán - 12 pontos, 19 gols pró
5° Velez Sarsfield - 11 pontos
6° Estudiantes - 7 pontos
7° Independiente - 6 pontos
8° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 10 gols
2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 9 gols
3° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán) e David Trezeguet (River Plate) - 8 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Dois jogadores atingiram milestone neste domingo, chegando a 10 gols com as camisas de seus clubes. São eles Centurión, para o Huracán, e Claudio Hussain, para o Velez.

sábado, 20 de setembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Oitava Rodada - 20/09/2014

As equipes ganharam um final de semana de folga. Com isso, o returno do Clausura só foi iniciado neste sábado. O sol também resolveu tirar um fim de semana de folga, aparecendo timidamente e sumindo entre as nuvens logo depois, mas o tempo se manteve abafado e a torcida compareceu em bom número ao Itaquá Dome. Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 1x3 BOCA JUNIORS

Segundo Bayer, se a equipe de Avellaneda quer brigar por alguma coisa neste campeonato, é melhor começar a ganhar. A péssima campanha no primeiro turno os deixou em penúltimo. Do outro lado, a situação não era muito diferente. Em quarto, o Boca precisava voltar a vencer para recuperar a confiança da torcida, uma vez que a derrota no Superclássico (2x3) foi de virada, após abrirem 2x0. No primeiro turno, em jogo muito ruim, Boca 1x1 Independiente.

A péssima partida do primeiro turno se repetiu aqui. Lento e desorganizado, o Independiente irritava sua torcida. Desatento e também desorganizado, o Boca parecia não ter vindo a campo. O primeiro tempo passaria em branco não fosse um erro virar acerto aos 5 minutos. Vella passou a Parra na direita e o camisa 17 tocou para Gracián, se preparando para correr e receber na frente. Mas Gracián devolveu de primeira e Parra teve que frear e voltar para pegar a bola. Girando, o camisa 17 deu um violento chute de curva, que entrou no ângulo oposto de Abbondanzieri e fez Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer tirou Montenegro e Gracián (que saíram vaiados) e colocou Acevedo e Gandin. Do outro lado, Paralelo tirou Basualdo (que já tinha cartão amarelo) e Palacio e colocou Battaglia e Viatri.

O Boca voltou melhor pro segundo tempo, mas com Riquelme em tarde infeliz, nada produziu. Isso foi até os 6 minutos, quando Serna se lançou ao ataque e recebeu bola isolada por Schiavi. Ele tocou para Palermo e recebeu de volta. Tocou mais à esquerda para Palermo e o camisa 9 devolveu novamente. Só aí Serna percebeu que Palermo não queria concluir, pois não estava em boa posição para tal. O camisa 5, então, ajeitou para o pé direito e chutou à meia altura. Navarro se esticou, mas não alcançou e o Boca empatava o jogo: 1x1.

O Independiente errou a saída de bola, aos 7. Gandin tentou tocar para Fredes, mas Riquelme interceptou e tocou rápido para Battaglia. Percebendo Palermo correr, o camisa 12 tocou rápido e o camisa 9 recebeu livre, mandando uma bomba da intermediária e surpreendendo Navarro: Boca 2x1.

O Independiente não acertou mais nada e o Boca aproveitou para diminuir o ritmo e segurar o resultado. Nos acréscimos, após Parra perder a bola, os jogadores do Independiente perceberam que o jogo ia acabar e desistiram do lance. Arruabarrena tocou no corredor e Palermo avançou sem ser incomodado, chutando cruzado do bico da área e vencendo Navarro novamente: Boca 3x1.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Em jogo onde ninguém esteve bem, foi o responsável pela vitória de sua equipe. Marcou dois gols e deu o passe para o outro.

RIVER PLATE 3x2 ESTUDIANTES

Líder, único invicto, melhor ataque e melhor defesa. Essas são as credenciais do River para enfrentar o Estudiantes, sexto e com uma crise tripla, entre seus dois principais jogadores e o treinador. Todos evitam falar sobre a crise instaurada na vitória sobre o San Lorenzo na rodada passada (3x0).

Curiosamente, os primeiros dois minutos foram de pressão extrema do Estudiantes. Verón estava disposto a colocar uma pedra em cima de tudo e se movimentava, concluía e instava seus companheiros a correrem também. O River segurava a pressão com a elegância de sempre e saía tocando com maestria. Trezeguet se movia bastante e buscava a conclusão, acertando 3 bolas na trave no primeiro tempo.

Com o pé descalibrado de seu artilheiro, o River precisava de alternativas para inaugurar o marcador. Aos 4 minutos, após interceptar um cruzamento, Andujar tocou para Leandro Benítez reiniciar o ataque. O camisa 8 veio trazendo a bola para o meio e Ortega o desarmou, correndo para o meio e chutando da entrada da área para o gol aberto, enquanto Andujar voltava correndo: River 1x0.

O gol desanimou o Estudiantes e o River passou a rondar mais a área e desperdiçar mais chances. Seguindo a máxima do "quem não faz, leva", o Estudiantes recuperou uma bola aos 8 minutos e, desta vez, Leandro Benítez conseguiu trazer para o meio sem ser incomodado. Com um passe cirúrgico, o camisa 8 encontrou Gastón Fernandez livre na área e o camisa 10 chutou sem chances para Carrizzo, empatando o jogo em 1x1 e vibrando bastante. Verón não foi para a comemoração...

No intervalo, Francescoli trocou Gallardo, que estava mal no jogo, e colocou Funes Mori. Com isso, Ortega passaria à armação e Funes Mori faria a ponta direita. Já Cristaldo mudou o lado esquerdo, tirando Marco Rojo e Boselli e colocou Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez.

O Estudiantes voltou muito melhor e reequilibrou as ações. O River continuava jogando abaixo de seu nível, mas conseguia chegar ao ataque e Andujar tinha que se desdobrar para manter o placar empatado. Com isso, o jogo ganhou ares de pelada, com os jogadores saindo de suas posições e se espalhando pelo campo. Como o River joga de maneira organizada, se perdeu na bagunça e quem se aproveitou disso foi o Estudiantes. Aos 5 minutos, os dois zagueiros partiram para o ataque e viram os atacantes impedidos. Com isso, Federico Fernandez tocou na esquerda para Leandro Desábato, que avançou e chutou forte, vencendo Carrizzo, virando o jogo e fazendo seu primeiro gol com a camisa do Estudiantes: 2x1.

O River partiu pro desespero e se desorganizou de vez. Mas, no que pode ser descrito como "sorte de campeão", encontrou ânimo para virar o jogo. Funes Mori foi cobrar lateral na intermediária e todos estavam marcados. Buonanotte saiu da esquerda para receber e devolveu para o camisa 9, que arriscou um chute. A bola saiu mascada e pegou Andujar no contrapé, tocando na trave antes de entrar mansa no jogo: River 2x2, aos 8 minutos.

Aos 10, o River roubou a bola com Almeyda, que desarmou Verón. Ele tocou para Trezeguet, que perdeu o domínio e viu Lopez se aproximar. Na base da cara na grama, o francês dividiu com o uruguaio e conseguiu tocar na direita para Funes Mori, que trouxe a bola para o meio e chutou de trivela, encobrindo Andujar e fazendo River 3x2.

Destaque do jogo: Funes Mori. O camisa 9 saiu do banco para marcar dois gols e evitar que o River perdesse a invencibilidade, além de garantir sua equipe na liderança por mais 3 rodadas

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Martin Palermo. O primeiro gol contra o Independiente foi o de número 60 de sua carreira.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Avaliação das equipes ao fim do primeiro turno do Torneio Clausura 2014

Boca Juniors - Os campeões do Torneio Apertura chegaram com um ponto de interrogação em cima de suas camisas. Apesar do título na Liga anterior, a troca de treinador não tinha trazido resultados ainda. A estreia, empatando com o Independiente em jogo sofrível (1x1) e a derrota para o Velez (1x3) em outra partida sofrível fizeram a torcida protestar e pedir o retorno de Paralelo. A vitória na terceira rodada sobre o Estudiantes (7x4) foi a prova de que a equipe começava a se recuperar. Dois empates em 2x2, com Huracán e Racing voltaram a colocar pressão na equipe. A vitória na penúltima rodada, sobre o San Lorenzo (5x1) trouxe nova empolgação para o Superclássico na última rodada. Ao abrir 2x0, sem deixar o adversário jogar, o time empolgou seus torcedores, mas os deixou frustrados ao sofrer a virada (2x3) e terminar o primeiro turno em um quarto lugar.  O destaque da equipe até aqui é Riquelme, um dos três artilheiros do certame, com 8 gols.

Estudiantes de La Plata - O ótimo futebol, que o levou a terminar a temporada regular do Apertura em segundo e finalizar o campeonato em terceiro, não deu as caras neste Clausura. A equipe estreou perdendo para o River (0x2) e, logo depois, uma empolgante vitória sobre o Independiente (4x2). Depois, duas derrotas para Boca (4x7) e Velez (2x3) e um empate com o Huracán (2x2), seguido de uma derrota humilhante para o Racing (0x4), até finalizar com sua segunda vitória no campeonato, em cima do San Lorenzo (3x0). A equipe peca muito na finalização e isso se reflete no sexto lugar na tabela, distante 4 pontos da zona de classificação. O destaque até aqui é seu capitão, Verón. Artilheiro da equipe no campeonato, com 4 gols, o camisa 11 também é a referência. Se não joga bem, o time não vai bem.

Huracán - A derrota para o San Lorenzo na primeira rodada (1x3) dava a impressão de que o time jamais se aproximaria da zona de classificação. O empate com o River na segunda rodada (3x3) começou uma série invicta, que só terminou na última rodada, com derrota para o Racing (1x3). Até lá, a equipe se acertou e venceu o Independiente (4x2), empatou com Boca e Estudiantes (2x2 em cada jogo) e surpreendeu o Velez (3x2). O grande número de empates, porém, deixa a equipe em quinto lugar, empatada com o Boca, mas perdendo no número de gols pró (16 contra 20 do Boca). O grande destaque do Huracán até aqui é o mito Cigogna, artilheiro do time no campeonato, com 7 gols.

Independiente Avellaneda - Após o vice campeonato no Torneio Apertura (quando liderou com folga o certame) e na Copa Olé, os jogadores perderam o ânimo em recomeçar e isso se refletiu no futebol medíocre apresentado nas sete rodadas do Clausura. Após o empate medíocre com o Boca (1x1), a equipe amargou 3 partidas em que sofreu quatro gols, nas derrotas para Estudiantes e Huracán (ambas por 4x2) e no empate com o Racing (4x4). Somente na quinta rodada o Independiente conseguiu vencer (4x2 no San Lorenzo), terminando o campeonato com uma derrota para o River (3x5) e um empate com o Velez (3x3). Mesmo assim, os dois jogos sem vitória neste final de turno mostraram que o Independiente começa a recuperar o futebol que encantou no primeiro semestre. O destaque até aqui é Leandro Gracián, autor de 7 gols.

Racing Club Avellaneda - Vencedor do Torneio Início, o time novamente chegava a uma Liga cercado de expectativas. Desta vez, no entanto, não decepcionou. Comandado por Paralelo, o time do Racing começou a mostrar bom futebol desde o início, empatando com o Velez (3x3) no que foi considerado o melhor jogo da primeira rodada. Depois, uma vitória sobre o San Lorenzo (3x1) e uma derrota para o River (3x5) onde atuou muito bem. A equipe empatou duas vezes na sequência (4x4 com o Independiente e 2x2 com o Boca) até voltar a vencer com autoridade tanto o Estudiantes (4x0) quanto o Huracán (3x1), resultados que o colocaram em segundo lugar no campeonato. O destaque até aqui é Ruben Capria, maestro do time e autor de 7 gols.

River Plate - Líder do campeonato, dono do melhor ataque (25 gols marcados) e da melhor defesa (13 gols sofridos) e único invicto até aqui, o River garante a liderança, pelo menos até a metade do segundo turno, pois tem 7 pontos de vantagem para o segundo colocado. A única partida em que não venceu foi na segunda rodada, no empate com o Huracán (3x3). Fora isso, vitórias sobre Estudiantes (2x0), Racing (5x3), San Lorenzo (4x1), Velez (3x1), Independiente (5x3) e Boca (3x2), muitas delas com show de bola. Parece que o Clausura faz bem à equipe de Nuñez, que também fez isso no ano passado. O destaque até aqui é David Trezeguet, um dos artilheiros do campeonato com 8 gols, com hat tricks no campeonato.

San Lorenzo de Almagro - Último colocado do campeonato, o time é a grande decepção. Venceu apenas uma vez, na primeira rodada (3x1 no Huracán). Depois, acumulou 6 derrotas, a maioria por goleada. Lhe derrotaram Racing (1x3), Velez (2x5), River (1x4), Independiente (2x4), Boca (1x5) e Estudiantes (0x3). O único destaque é ele, sempre ele, Romagnoli, um dos artilheiros do campeonato com 8 gols.

Velez Sarsfield - O campeão da Copa Olé é um dos grandes destaques do campeonato. Chegou a liderar e só perdeu a vice liderança na última rodada por ter entrado em uma sequência de 3 jogos sem vencer. Começou empatando com o Racing (3x3) e engrenou 3 vitórias seguidas, sobre Boca (3x1), San Lorenzo (5x2) e Estudiantes (3x2), caindo pela primeira vez no campeonato diante do River (1x3), quando perdeu a liderança. Terminaria o turno perdendo para o Huracán (2x3) e empatando com o Independiente (3x3). A gordura parece ter se queimado. O destaque até aqui é Federico Insua, artilheiro empatado com Lucas Pratto com 5 gols, mas sendo o grande nome da equipe nas partidas, liderando o meio e sendo decisivo lá na frente.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Sétima Rodada - 08/09/2014

A segunda-feira apareceu para encerrar o primeiro turno do Clausura, na rodada adiada do sábado. Vamos aos jogos!

RACING 3x1 HURACÁN

O empate do Velez no domingo (3x3 com o Independiente) trouxe para esta partida uma cara de jogo de 9 pontos. Quem vencesse assumiria a vice-liderança na virada do turno. O empate manteria o Velez em segundo, mas faria os dois ficarem a um ponto daquela equipe.

Do lado do Racing, a goleada sobre o Estudiantes na rodada anterior (4x0) empolgava a torcida. Paralelo pedia a seus comandados que jogassem em velocidade, fazendo passes nas costas da defesa e evitando contra ataques. Do lado do Huracán, a vitória sobre o Velez na rodada anterior (3x2) era o combustível para derrubar outro adversário. Sr Rabina pedia a seus atletas que marcassem forte e evitassem os passes diretos do adversário. Para isso, os zagueiros atuariam na cobertura, com os volantes fazendo o primeiro combate.

A estratégia do Huracán deu certo e foram necessários 34 segundos para encontrarem as redes. Centurión deu o primeiro combate e roubou a bola que iria para Acosta, ligando para Minici na esquerda. O lateral tocou rápido para Cigogna, que puxou o contra ataque em velocidade. O mito adiantou para soltar o scopetazzo e percebeu que Saja se assustou com isso. Então, o camisa 9 tocou por baixo e venceu o goleiro, que se atrapalhou todo: Huracán 1x0.

Se o Huracán fez o gol a seu estilo, no contra ataque, o Racing tinha que impor seu estilo também para conseguir marcar. Aos 5 minutos, Diego Capria puxou contra ataque e viu Acosta se desmarcando na direita. O passe veio em velocidade, nas costas da defesa e o camisa 9 recebeu já dentro da área, tocando na saída de Islas e fazendo Racing 1x1.

No intervalo, Paralelo tirou Pelletieri e Latorre, colocando Fariña e Hauche. Já Sr Rabina tirou Centurión e Milano e colocou Erramuspe e Barrales.

As mudanças de Paralelo surtiram efeito imediato e o Racing dominou o jogo, chegando à virada logo aos 37 segundos. Martin Simeone roubou a bola de Masantonio na saída e tocou para Enrique. O camisa 3 tocou rápido no meio para Ruben Capria, que deu ótimo passe em profundidade para Fariña. O camisa 12 avançou e, da entrada da área, chutou rasteiro. Islas, que saía rápido do gol, foi pego de surpresa: Racing 2x1.

O Racing continuou dominando e conseguiu neutralizar os contra ataques do oponente, chegando à vitória aos 8 minutos. Masantonio tentou encontrar Cigogna no ataque, mas Pocchetino se antecipou e rebateu a bola. Fariña pegou o rebote e ligou para Ruben Capria no meio. O camisa 10 inverteu para a esquerda e encontrou Hauche livre. O camisa 13 avançou sem oposição, invadiu a área e tocou na saída de Islas, fazendo Racing 3x1.

Destaque do jogo: Sebastian Saja. Menção honrosa aos reservas Fariña e Hauche, mas o Racing só chegou à vitória graças às defesas milagrosas de seu goleiro. Após se assustar e falhar no gol de Cigogna, o goleiro se agigantou e defendeu várias bolas, inclusive um scopetazzo de Cigogna ainda no primeiro tempo, que poderia ter mudado o rumo do jogo.

SAN LORENZO 0x3 ESTUDIANTES

O último jogo do turno era o duelo dos desesperados, dos dois últimos colocados no campeonato. Vindo de mais uma goleada humilhante (1x5 para o Boca), o San Lorenzo ainda tinha problemas que desmontariam o meio de campo. Expulso na rodada anterior, Buffarini cumpria suspensão. Erviti entraria em seu lugar, atuando no lado esquerdo e empurrando Piatti para o lado direito. Os problemas não acabavam por aqui, uma vez que Buffarini atuava mais recuado, dando a Piatti a liberdade para ajudar Romagnoli na armação. Mas Erviti joga mais adiantado, o que força Piatti a atuar na marcação.

Do lado do Estudiantes, a goleada sofrida para o Racing na rodada anterior (0x4) explicitava um problema da equipe. Taticamente, o time joga bem. Mas peca nas finalizações. Isso sem contar que depende de Verón e esse é um problema que Cristaldo tenta a todo custo resolver.

O jogo foi sofrível. De longe, o pior jogo do campeonato. As duas equipes erravam muito, concluíam pouco e irritavam suas torcidas. A do San Lorenzo era pior, pois seus jogadores não acertavam dois passes. Na única vez em que conseguiu criar, aos 6 minutos, o Estudiantes chegou ao gol. Rodrigo Braña tocou para Enzo Perez, que deu lindo passe a Gastón Fernandez na direita. O camisa 10 ajeitou e chutou mal, com Migliore espalmando a lateral. Marco Rojo repôs para Mauro Boselli, que driblou Reynoso, trouxe para o meio e chutou para vencer o goleiro oponente: Estudiantes 1x0.

O gol não acordou o San Lorenzo e o Estudiantes levantou as mãos para os céus, pois também continuou sem criar nada decente. Somente aos 9 minutos conseguiu voltar a marcar. Raul 'Pipa' Estevez tentou passar por Desábato e perdeu a bola. O camisa 3 inverteu para Marco Rojo, que deu lindo passe em profundidade para Leandro Benítez. O camisa 8 avançou com a bola dominada, percebeu Migliore avançado e tocou por cobertura, vencendo o goleiro e fazendo Estudiantes 2x0.

No intervalo, Nilson tentava mudar alguma coisa. Debaixo de vaias, saíram os dois atacantes. Raul Estevez e Stracqualursi deram lugar a Tellechea e Bordagaray. O San Lorenzo passaria a jogar no 4-5-1. Quem pensava que as coisas estariam mais tranquilas para o Estudiantes, se enganou. Cristaldo comunicou a Verón que este sairia e um bate boca se iniciou. Acabou que Cristaldo tirou os dois líderes do time em campo (Verón e Gastón Fernandez) e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Federico Fernandez passou a ser o capitão.

Pro San Lorenzo, nada mudou. Pro Estudiantes, a discussão no intervalo acabou deixando os jogadores nervosos e o time parou de jogar, sem acertar nada. Mas, aos 8 minutos, conseguiu chegar ao terceiro gol. Federico Fernandez recuperou bola descartada pelo San Lorenzo e abriu a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 passou por 3 adversários, trouxe a bola para o meio e deu lindo passe para Hernan Rodrigo Lopez na esquerda. O camisa 13 ajeitou para o pé direito e chutou sem chances para Migliore, fazendo Estudiantes 3x0 e correndo para abraçar o treinador, trazendo consigo os companheiros.

Destaque do jogo: Marco Rojo. Difícil é dizer que alguém se destacou em um jogo marcado por erros. Mas se alguém mereceu, é o camisa 6 do Estudiantes. Participou ativamente dos 3 gols de sua equipe, dando assistências em todos eles.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 19 pontos, 6 vitórias, 1 empate, 0 derrota, 25 gols pró, 13 gols contra
2° Racing - 12 pontos, 3 vitórias, 3 empates, 1 derrota, 22 gols pró, 16 gols contra
3° Velez Sarsfield - 11 pontos, 3 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 20 gols pró,17 gols contra
4° Boca Juniors - 9 pontos, 2 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 20 gols pró, 16 gols contra
5° Huracán - 9 pontos, 2 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 16 gols pró, 17 gols contra
6° Estudiantes - 7 pontos, 2 vitórias, 1 empate, 4 derrotas, 15 gols pró, 20 gols contra
7° Independiente - 6 pontos, 1 vitória, 3 empates, 3 derrotas, 19 gols pró, 23 gols contra
8° San Lorenzo - 3 pontos, 1 vitória, 0 empate, 6 derrotas, 10 gols pró, 25 gols contra

ARTILHARIA

1° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), David Trezeguet (River Plate) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente) e Ruben Capria (Racing) - 7 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Federico Insua (Velez Sarsfield) e Lucas Pratto (Velez Sarsfield) - 5 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O primeiro turno chega ao fim. O segundo turno começa já neste final de semana, com Independiente x Boca Juniors e River Plate x Estudiantes.
  • Dois jogadores alcançam milestone na rodada. O primeiro gol da segunda-feira foi o de número 40 de Cigogna com a camisa do Huracán. Já Leandro Benítez fechou o primeiro turno marcando o seu 20° gol com a camisa do Estudiantes.

domingo, 7 de setembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Sétima Rodada - 07/09/2014

Por inúmeros problemas, que não dizem respeito a este espaço, ficou impossível realizar a abertura da última rodada do primeiro turno neste sábado. Porém, por ser um domingo de sol, feriado de Independência do Brasil e dia de Superclássico, os jogos do domingo (que encerrariam a rodada) foram mantidos. Os jogos de sábado serão disputados nesta segunda-feira.

RIVER PLATE 3x2 BOCA JUNIORS

Então é domingo de Superclássico! River e Boca vêm ao Itaquá Dome lotado, empolgados para atenderem às expectativas de suas torcidas apaixonadas.

O River, líder e único invicto no campeonato, vem de vitória sobre o Independiente (5x3) e sabe que terminará o turno na liderança, mas quer a vitória a todo custo. Para conter o avanço dos jogadores do Boca, que gostam de espaço para trabalhar, Francescoli quer adiantar a zaga e pede que os laterais ajudem os volantes na marcação.

O Boca, em quarto na tabela, vem de goleada em cima do San Lorenzo (5x1) e a empolgação pelo bom futebol apresentado. Madeirite pede a seus jogadores que apertem a marcação, a fim de evitar o toque de bola do adversário.

As instruções de Madeirite se sobressaíram logo no início da partida. O River não conseguia tocar e, nervoso, errava muito. A um minuto, Carrizzo sinalizou que passaria na esquerda para Almeyda. Mas errou e a bola saiu em lateral. Carrizzo ainda falhou, ao ver que Riquelme estaria livre na entrada da área e não voltou ao gol, preferindo marcar o camisa 10. Basualdo cobrou o lateral para Riquelme, que deu um drible de corpo no goleiro do River e empurrou para o gol vazio, explodindo a torcida xeneize e fazendo Boca 1x0.

O River continuou sem conseguir se organizar e ainda pecava pelo preciosismo de alguns jogadores. Em tabela com Ortega, Gallardo deu toques a mais e perdeu a bola, o que irritou o camisa 10 e os dois discutiram, enquanto a bola saía para tiro de meta. Abbondanzieri repôs no meio para Riquelme, que driblou Gallardo e tocou na esquerda, avançou e tocou no meio, no ponto futuro. Palermo apareceu por ali, ajeitou para o pé esquerdo e chutou sem chances para Carrizzo, fazendo Boca 2x0 aos 3 minutos.

Ali, o temor era de que o Boca partisse para a goleada, então os jogadores do River se trancaram na defesa à espera do fim do primeiro tempo. O Boca se empolgou e aí foi sua ruína. Aos 9 minutos, Basualdo retornou à defesa para reiniciar o jogo e quis inverter com qualidade para Ibarra, mas o passe saiu errado e a bola saiu para lateral. Berizzo cobrou para Buonanotte já dentro da área e o camisa 30 só teve que ajeitar para o pé esquerdo e chutar sem chances para Abbondanzieri, fazendo River 1x2.

No intervalo, Francescoli sacou Gallardo e Ortega, colocando Coudet e Funes Mori. A entrada de Coudet sinalizava uma maior marcação no meio, enquanto Funes Mori tentaria se aproximar de Trezeguet, completamente apagado na primeira etapa. Já Madeirite tirou Palacio e colocou Guillermo Barros Schelloto. Além de tirar o inoperante camisa 19, colocava alguém com mais velocidade para puxar os contra ataques, na esperança de ter mais espaço com os avanços do River.

O jogo virou uma grande pelada, pois as equipes não conseguiram impor seus ritmos uma à outra. O Boca marcava bem e evitava os passes do River, afastando-o de sua área. O River, por sua vez, não se  lançava às cegas para o ataque, evitando dar espaços para os contra ataques do Boca. Assim sendo, só com a interferência do sobrenatural poderíamos ter gols. E ele resolveu intervir...

Aos 6 minutos, o River fez uma marcação por pressão e passou a rondar a área do Boca, com chutes de Coudet, Almeyda, Buonanotte e Funes Mori, sempre acertando a zaga e voltando para o River. Até que um rebote sobrou no meio para Ferrari, que matou a bola e viu que muitos companheiros encobriam a visão de Abbondanzieri. O camisa 2, então, chutou rasteiro e colocado e o goleiro só percebeu quando a bola já ultrapassava a linha do gol: River 2x2.

A partir daí, o jogo melhorou. O River se empolgou a buscar a virada e o Boca se empolgou a recuperar a vantagem. Algumas jogadas de emoção para cada lado até que, aos 9 minutos, o River mostrou por que é o líder. Na única jogada de troca de passes, Paz tocou para Barrado, que procurou Coudet no meio. O camisa 8 abriu na ponta para Funes Mori, que deu mais à frente para Trezeguet. O camisa 7, até então sumido do jogo, deu lindo drible em Schiavi e chutou alto. Abbondanzieri voou e não encontrou: River 3x2.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Com a equipe do River jogando mal e bem marcada, coube ao camisa 30 promover a vitória. Com movimentação constante, buscou tabelas, arriscou e fez o gol que iniciou a virada.

INDEPENDIENTE 3x3 VELEZ SARSFIELD

Com a emoção sobrando no Superclássico, o jogo de fundo parecia ter gosto de fim de festa. Então, as duas equipes teriam que se sobressair para recuperar um pouco da emoção. Do lado do Independiente, a derrota para o River (3x5) foi somente mais uma na péssima campanha, mas empolgou os jogadores pelo bom futebol apresentado. O Velez, vindo de duas derrotas (1x3 pro River e 2x3 pro Huracán), precisava recuperar-se para assegurar o segundo lugar na virada do turno.

Se a intenção era fazer um jogo tão emocionante quanto o Superclássico, as duas equipes fizeram muito bem o seu papel, pois desde o início a partida foi de altíssimo nível. Tanto Independiente quanto Velez partiram para cima desde o início e tiveram chances de gol.

Aos 3 minutos, Navarro cobrou tiro de meta para Gracián no meio. O camisa 19 girou em cima de Insua, levantou a cabeça e viu Parra se deslocando. O passe foi preciso e o camisa 17 recebeu já dentro da área, chutando de primeira na saída de Sosa e fazendo Independiente 1x0.

Na saída de bola, aos 4, o Velez empatou. Insua foi tabelando com Romero quase até a entrada da área, quando recebeu mais do lado direito. Insua, então, arriscou de trivela e mandou uma bomba com efeito, vencendo Navarro e fazendo Velez 1x1.

O jogo continuou bom e as equipes se espalharam em campo. Mas as lindas jogadas não terminavam em gol. Então, tinha que ser na jogada estranha mesmo. Aos 7 minutos, Busse desarmou Dario Hussain e tocou para Fredes no meio. O camisa 8 avançou um pouco e viu um bloqueio na frente e, por isso, resolveu arriscar um chute de longe. A bola ganhou altura, mas perdeu força e caiu dentro do gol, encobrindo Sosa e fazendo Independiente 2x1.

No intervalo, Bayer tirou Busse e colocou Acevedo, visando melhorar a marcação pelo lado por onde os irmãos Hussain criavam muito. Já Tripa Seca tirou Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto.

A mexida do Velez deu resultado e a equipe pressionou o Independiente desde o início do segundo tempo. O resultado foi que Cubero invadiu a área e Navarro o derrubou. Pênalti que Lucas Pratto cobrou forte no lado esquerdo do goleiro, que foi para o lado direito e nem saiu na foto, aos 2 minutos: Velez 2x2.

O Independiente voltou a ficar na frente na saída de jogo, aos 3. Gracián tocou para Fredes, recebeu na frente e chutou de cobertura, vencendo o adiantado Sosa e fazendo Independiente 3x2.

O jogo continuou bom e as equipes desperdiçaram chances. Aos 5 minutos, após o Velez desperdiçar na saída, o Independiente se lançou ao ataque. Parra foi ao fundo e cruzou para Silvera, mas Sosa saiu e interceptou. A reposição foi pro lado esquerdo, para Emiliano Papa e o lateral tocou no corredor para Lucas Pratto. O camisa 12 avançou no contra ataque pela ponta, trouxe para o pé direito e chutou forte, cruzado e rasteiro. Hilário Navarro se esticou todo, mas não achou: Velez 3x3.

Destaque do jogo: Lucas Pratto. Sua equipe jogou muito bem, mas não ameaçava o gol do adversário. Isso até o camisa 12 entrar em campo e mudar a cara do jogo. Com dois gols e presença constante, foi o responsável por sua equipe pontuar na rodada.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra nesta segunda-feira, com Racing x Huracán e San Lorenzo x Estudiantes. Na quarta ou quinta, haverá uma postagem especial, esmiuçando a participação de cada equipe até aqui.
  • Uma coisa, porém, é certa. A espetacular virada no Superclássico garante ao River a liderança por, pelo menos, mais 3 rodadas, uma vez que abriu 8 pontos para o Velez (atual segundo colocado) e, mesmo que Racing e/ou Huracán vença (m), ficará com 7 pontos de vantagem para o segundo colocado. Isso é uma garantia quase certa de que a equipe estará nas semifinais.