terça-feira, 29 de julho de 2014

Torneio Clausura 2014 - Segunda Rodada - 29/07/2014

O sol voltou a brilhar, mas a temperatura não subiu muito no encerramento da segunda rodada do Clausura 2014. Ou melhor, em campo as coisas ferveram! Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 2x4 ESTUDIANTES

Em crise após os dois vice campeonatos no ano e um início ruim de Clausura (1x1 com o Boca, em jogo péssimo), o Independiente vinha para este jogo dos desesperados disposto a mudar o clima. Do outro lado do desespero, o Estudiantes tentava se recuperar da derrota para o River na estreia (0x2) e do péssimo futebol que assola a equipe desde as semifinais do Apertura. A crise bate às portas dos dois times que ficaram nas duas primeiras posições na temporada regular da Liga anterior.

A bola rolou e o Estudiantes logo tomou a iniciativa, partindo para cima. Com Rodrigo Braña fixo na entrada da área, Verón teve mais liberdade para sair jogando e conseguiu boas tabelas que resultaram em jogadas de perigo. Mas o gol só saiu aos 4 minutos, em boa jogada que começou com um impedimento do Independiente. Desábato tocou na direita para Angeleri, que tocou a Enzo Perez no meio e correu pela ponta. O camisa 7 tocou em profundidade para Gastón Fernandez, que invadiu a área e chutou para Navarro espalmar. A bola sobrou fora da área para Angeleri, que chutou por cobertura e venceu o goleiro do Independiente, fazendo Estudiantes 1x0.

O Independiente ainda errava muito, com seus jogadores apáticos e se arrastando em campo. Para piorar, abriram totalmente a entrada da área, por onde o Estudiantes podia ampliar. A sorte é que a equipe de La Plata também errava bastante. Mesmo assim, o time de Avellaneda queria entregar o ouro e, com um pedido cheio de jeitinho, o Estudiantes não podia dizer não. Aos 7 minutos, em uma sucessão de erros na lateral esquerda do campo defensivo do Estudiantes, Marco Rojo tocou para Federico Fernandez, que deu mais à frente para Verón. O camisa 11 tocou na intermediária para Leandro Benítez e o camisa 8 avançou sem ninguém por perto, até chutar da entrada da área e fazer Estudiantes 2x0, sem a menor dificuldade.

O Independiente ainda descontou no primeiro tempo, quando Verón fez falta em Silvera próximo à área. Gracián cobrou com perfeição, a bola tocou no travessão, bateu após a linha e saiu. O juiz, José Roberto Wright, não titubeou e assinalou gol, já nos acréscimos: Independiente 1x2.

No intervalo, Bayer sacou Montenegro (responsável pelo buraco na intermediária) e Gracián (que, apesar do gol, nada criava) e colocou Acevedo e Gandin, que jogaria novamente improvisado na armação. Já Cristaldo tirou Marco Rojo (figura nula) e colocou Mathias Sanchez. A intenção, além de substituir quem não jogava bem, era reforçar a marcação e deixar Verón com liberdade.

O Independiente ensaiou uma reação no início do segundo tempo, se aproveitando do cansaço do Estudiantes. O empate veio aos 2 minutos, quando Gandin tocou na esquerda para Silvera. Com um lindo drible em Rodrigo Braña, o camisa 11 trouxe a bola pro meio e, de frente pro gol, é impossível desperdiçar: Independiente 2x2.

O gol inflamou a equipe, que passou a buscar a virada, mas serviu para o Estudiantes acordar e, com isso, voltar a dominar o jogo. Aos 5 minutos, Angeleri cobrou lateral para Gastón Fernandez já dentro da área e o camisa 10 só teve que tocar na saída de Navarro para fazer Estudiantes 3x2.

O Independiente se lançou ao ataque para buscar o empate e o Estudiantes aproveitava os contra ataques. Em um deles, aos 8 minutos, Enzo Perez avançou, tabelou com Leandro Benítez e percebeu que Navarro abriu o canto. Assim, o camisa 7 só teve que ajeitar o corpo e dar um toque de categoria, para dar números finais ao confronto: Estudiantes 4x2.

Destaque do jogo: Marcos Angeleri. O camisa 2 abriu o marcador, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Estudiantes, deu assistência e foi a principal peça ofensiva da equipe.

VELEZ SARSFIELD 3x1 BOCA JUNIORS

O jogo seguinte colocava frente a frente duas equipes que empataram na primeira rodada, mas em situação completamente oposta. O Velez, que empatou com o Racing (3x3), vem jogando bem e mostrando um padrão de jogo. Campeões da Copa Olé, os comandados de Tripa Seca vinham empolgados, principalmente após golearem o mesmo Boca naquele torneio (5x1). Do outro lado, o empate com o Independiente (1x1) foi feito no pior jogo da primeira rodada. Ainda sem vencer sob o comando de Madeirite (1 empate e 2 derrotas), o time do Boca vinha para tentar vencer e acalmar a ira de sua torcida.

O jogo começou ruim, com erros de ambos os lados, até os 6 minutos, quando o Velez finalmente se acertou. Gino Peruzzi sofreu falta na direita e Lucas Romero cobrou rápido para Dario Hussain. O camisa 10 avançou pela ponta sem ser incomodado e, do bico da área, chutou cruzado e venceu Abbondanzieri: Velez 1x0.

Na saída de bola, aos 7, o Boca errou. Riquelme tocou para Basualdo, que foi desarmado ao tentar driblar Insua. O camisa 11 do Velez tocou na direita para Claudio Hussain, que chutou de longe. Abbondanzieri fez golpe de vista e a bola entrou rasteira em seu canto esquerdo: Velez 2x0.

No intervalo, Tripa Seca sacou Romero e Dario Hussain, que davam sinais de cansaço, colocando Cubero e Lucas Pratto. Já Madeirite foi radical e tirou os dois atacantes. Saíram Palacio e Palermo e entraram Guillermo Barros Schelloto e Lucas Viatri.

As mudanças deram um resultado imediato ao Boca, que encontrou o gol logo aos dois minutos, em lindo passe de Riquelme para Viatri, da esquerda para a direita. O camisa 7 recebeu dentro da área e chutou rápido, sem dar chances a Sosa, fazendo Boca 1x2.

Mas o Velez logo voltou a dominar as ações e ampliou aos 4 minutos. Sebá Dominguez tocou para Gago no meio, que deu mais à frente para Insua. O camisa 11 tocou a Lucas Pratto na direita e o camisa 12 fez uma jogada de gênio, chamando toda a marcação e invertendo para a esquerda, onde Turco Assad recebeu livre e chutou de primeira para vencer Abbondanzieri, fazendo Velez 3x1.

Destaque do jogo: Claudio Hussain. Se multiplicou em campo, marcando bem, armando jogo e até fazendo gol.

CLASSIFICAÇÃO

1° Velez Sarsfield - 4 pontos, 7 gols pró
2° Racing - 4 pontos, 6 gols pró
3° River Plate - 4 pontos, 5 gols pró
4° Estudiantes - 3 pontos, 4 gols pró, 4 gols contra
4° San Lorenzo - 3 pontos, 4 gols pró, 4 gols contra
6° Huracán - 1 ponto, 4 gols pró
7° Independiente - 1 ponto, 3 gols pró
8° Boca Juniors - 1 ponto, 2 gols pró

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols
2° Centurión (Huracán), Acosta (Racing), Ruben Capria (Racing), Marcelo Gallardo (River Plate) e Dario Hussain (Velez Sarsfield) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O TJB teve uma inédita sessão tripla após a rodada desta terça. O árbitro de Velez 3x1 Boca, Pedro Carlos Bregalda, e seu auxiliar (Defensor) foram absolvidos de um lance onde o Boca reclamou de que a bola teria entrado, quando na verdade tocou no travessão e não ultrapassou a linha.
  • O TJB também absolveu o treinador Madeirite, de invadir o campo para pressionar o árbitro após a partida supracitada.
  • Por fim, o árbitro de Independiente 2x4 Estudiantes, José Roberto Wright, recebeu uma advertência por entregar uma súmula incompleta. Sua pena não foi maior porque a parte incompleta da súmula em nada alteraria o entendimento da mesma.
  • O milestone da rodada vai para Enzo Perez, que chegou a 10 gols com a camisa do Estudiantes com o tento marcado contra o Independiente.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Torneio Clausura 2014 - Segunda Rodada - 28/07/2014

Como não houve tempo para jogos no fim de semana, a segunda rodada do Clausura 2014 começou somente nesta segunda-feira. Apesar do tempo chuvoso e frio, o Itaquá Dome recebeu bom público, que vibrou nos dois jogos. Vamos a eles!

SAN LORENZO 1x3 RACING

Vitorioso na primeira rodada, o San Lorenzo tinha a missão de continuar o bom futebol, para confirmar a liderança. Do outro lado, apesar do bom futebol apresentado, o Racing acabou empatando com o Velez (3x3) e precisava vencer para mostrar a evolução que se apregoa desde a chegada de Paralelo. Para piorar a situação, Pocchetino havia sido expulso contra o Velez e cumpria suspensão. Fariña atuaria em seu lugar.

A substituição não deu muito certo e Fariña começou muito mal, dando espaços e errando. Mas o San Lorenzo não aproveitava as chances, chutando sempre para fora. Em uma delas, saiu o primeiro gol. Aos 4 minutos, Saja cobrou tiro de meta no meio para Ruben Capria. O camisa 10 conseguiu dominar e trazer para a direita, dando bom passe para Acosta. O camisa 9 deu um lindo giro no bico da área e chutou forte, sem chances para Migliore, fazendo Racing 1x0.

No intervalo, Nilson trocou o lado esquerdo, tornando o time mais ofensivo. Saíram Luciatti e Raul 'Pipa' Estevez e entraram Erviti e Bordagaray. Já Paralelo colocou o único jogador que tinha no banco. Hauche veio no lugar de Latorre.

O Racing melhorou no segundo tempo e encontrou o gol logo a um minuto, em boa jogada de Acosta pela direita. O camisa 9 driblou dois marcadores e cruzou rasteiro para a área, de onde surgiu Ruben Capria livre, tocando de pé esquerdo para vencer Migliore, fazendo Racing 2x0.

O gol mostrou que o Racing era melhor. O San Lorenzo nada criava e as substituições mudaram pouco o panorama do primeiro tempo. Romagnoli estava muito mal, mas mesmo assim conseguiu sofrer uma falta na entrada da área aos 6 minutos. Saja saiu para cobrir o canto da barreira e Romagnoli bateu onde o goleiro deveria estar antes, para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2.

O gol deveria empolgar a equipe de Almagro, mas não surtiu efeito, pois o Racing continuava muito bem. O jogo foi decidido aos 8 minutos, quando Enrique roubou bola de Romagnoli com extrema maestria, tocando para Diego Capria na direita. O camisa 2 deu ao irmão Ruben no meio, que tabelou com Pelletieri antes de dar passe preciso para Acosta dentro da área. O camisa 9 só teve o trabalho de tocar na saída de Migliore e fazer Racing 3x1.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Ao lado de Acosta (autor de 2 gols), foi o grande nome do jogo. Porém, o camisa 10 teve participação mais decisiva, dando duas assistências, fazendo outro gol e sendo o principal articulador de jogadas que levou o time de Avellaneda à primeira vitória no campeonato.

RIVER PLATE 3x3 HURACÁN

Vencedores na primeira rodada (2x0 no Estudiantes), os jogadores do River celebravam a boa marcação imposta neste reinicio de trabalho. Sem Ortega (suspenso no lugar de Carrizzo), o time de Francescoli tinha Funes Mori aberto na ponta direita para tentar pressionar desde o início. Do lado do Huracán, a preocupação não é com a defesa, mas com Cigogna. Responsável por ser o último toque antes do gol, o camisa 9 vem atuando bem longe da área e não é nem um pouco decisivo. A equipe tinha esperanças neste jogo, uma vez que o River não lhes mete mais medo.

Mas deveriam temer. Desde o início, o River pressionou, principalmente com Trezeguet, que acertou a trave de Islas três vezes no primeiro tempo. O gol, no entanto, só veio aos 7 minutos, quando o próprio Trezeguet foi derrubado pelo goleiro adversário dentro da área. Pênalti que Ferrari cobrou bem, no canto direito de Islas, que até foi nela, mas não achou: River 1x0.

No intervalo, Francescoli desmontou a equipe. Com somente um jogador no banco (Coudet), tirou um atacante (Buonanotte) e passou a jogar com um losango no meio e dois atacantes em linha. Funes Mori, que vinha atuando na direita, foi para a esquerda. Trezeguet, que vinha atuando pelo meio, foi parar na direita. Já Sr Rabina tirou Villarruel e Milano e pôs Erramuspe e Barrales.

O River foi desmontado e ainda contou com falhas para passar um segundo tempo dramático. Logo a um minuto, Berizzo cobrou lateral para Gallardo no meio. O camisa 11 abriu as pernas e deixou a bola passar para Barrado, mas Centurión estava no meio do caminho e chutou de primeira. Para piorar a situação, Carrizzo estava fora do gol e pulou se esticando, mas não alcançou a bola, que entrou no canto: Huracán 1x1. 

O gol expôs a desorganização do River, que sofria para se acertar e abria a entrada da área, a despeito de jogar com 3 volantes. Assim, não foi surpresa quando o Huracán virou aos 3 minutos. Danelón saiu da direita para o meio, tocou para Masantonio e recebeu de volta na meia lua. O chute saiu fraco, mas Carrizzo tentou agarrar, se atrapalhou e viu a bola entrar pererecando, num frango de proporções gigantescas: Huracán 2x1.

No desespero, o River se lançou ao ataque e chegou ao empate aos 5 minutos, após Gallardo chutar e Islas fazer linda defesa, mandando a córner. Gallardo cobrou e Coudet subiu junto com Barrientos, para cabecear sem chances para o goleiro adversário: River 2x2.

O jogo pegou fogo e o River se lançou ao ataque. Aos 7 minutos, Gallardo recebeu de Barrado no meio, olhou para a frente e não viu com quem tabelar. Assim sendo, ajeitou para o pé direito e soltou um chute de curva. Islas voou, mas a bola foi fugindo de seu alcance, até entrar no seu canto: River 3x2.

Quando a equipe do River já comemorava a vitória, nova abertura na entrada da área permitiu o empate. Barrientos desarmou Gallardo e tocou a Masantonio no meio. O camisa 10 abriu a Centurión na esquerda e o camisa 8 avançou sem ser incomodado, chutando da meia lua e vencendo Carrizzo: Huracán 3x3.

Destaque do jogo: Centurión. O camisa 8 marcou duas vezes e ainda marcou bem em seu campo, sendo o principal responsável pelo primeiro ponto de sua equipe no campeonato.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se tudo conspirar favoravelmente, a rodada se encerra nesta terça-feira. A terceira rodada, a princípio, corre no final de semana.
  • O milestone da rodada vai para dois jogadores. O gol de cabeça marcado por Coudet contra o Huracán foi o seu décimo com a camisa do River. Já Romagnoli atuou mal, mas cobrou bem a falta e chegou a incríveis 50 gols com a camisa do San Lorenzo. Paloma agradece.

domingo, 20 de julho de 2014

Torneio Clausura 2014 - Primeira Rodada - 20/07/2014

O Torneio Clausura 2014 começou no último sábado, com apenas um jogo. Ante à impossibilidade de se fazer a resenha e com os outros três jogos no domingo, a resenha da primeira rodada será uma só. O domingo foi de sol e céu limpo, mas com temperatura um pouco baixa, condições perfeitas para o futebol, ao contrário do sábado, de tempo chuvoso, vento forte e temperatura bem baixa. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 1x1 INDEPENDIENTE

O campeão do Torneio Apertura vinha com moral pelo título, mas em baixa por não ter vencido suas duas partidas com o novo treinador. Madeirite ainda tentava dar uma cara à equipe, dizendo que o Boca vem para disputar o título. Do outro lado, um problema grande. O Independiente chegou à final dos dois campeonatos disputados em 2014, mas perdeu as duas, o que lhe rendeu o apelido de "Rei dos Vices". Vice campeão no Apertura e na Copa Olé, o time de Bayer tentava se reerguer e partir para a conquista do Clausura.

O jogo foi de um nível técnico baixíssimo, com muitos erros de passe, pouquíssimas finalizações e muito buraco deixado pelas equipes. O primeiro gol só saiu aos 6 minutos, quando Mattheu pegou bola perdida na zaga e tocou a Gracián no meio. O camisa 19 conduziu e encontrou Facundo Parra livre dentro da área. O passe foi preciso, no meio dos zagueiros, com Parra chutando de primeira e vencendo Abbondanzieri para fazer o primeiro gol do campeonato: Independiente 1x0.

No intervalo, Madeirite tirou os vaiados Cagna e Palacio e colocou Battaglia e Viatri. Já Bayer sacou Fredes (mal fisicamente) e Parra e colocou Acevedo e Gandin, indicando que iria se trancar na defesa e sair em contra ataques velozes.

O jogo continuou muito ruim. O Independiente realmente ficou no campo de defesa, mas deixava espaços para o Boca, que se armava e concluía mal. As boas chances que teve pararam nas mãos de Navarro. O empate surgiu após falha do Independiente. Basualdo passou a Viatri e Mareque o derrubou próximo à entrada da área. Riquelme cobrou a falta com precisão e deu números finais ao jogo: Boca 1x1.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Num jogo em que nenhum jogador de linha produziu algo decente, o goleiro do Independiente foi o destaque. As poucas bolas que chegaram pararam em defesas espetaculares. No gol de Riquelme, nada pôde fazer.

ESTUDIANTES 0x2 RIVER PLATE

Apesar do fim de Apertura ruim e das péssimas campanhas na Copa Olé e no Torneio Início, Cristaldo viu evolução em sua equipe. Do quinto lugar no Clausura ao terceiro no Apertura (depois de se classificar em segundo), a equipe de La Plata queria continuar evoluindo. Para isso, Rodrigo Braña tem que voltar a marcar bem na entrada da área, liberando Verón para ajudar na armação. Do outro lado, o River esqueceu o apelido de "Barcelona do Futibou de Butaum", passando a ser conhecido como "Rei dos Empates". Francescoli usou o Torneio Início para acertar a defesa e tentar reequilibrar o time e o vice campeonato naquele Torneio deu a impressão de que o trabalho foi bem feito.

Mas foi a bola rolar para se ver outro jogo de pouca técnica. O River dava espaços, não marcava bem, não trocava bons passes. O Estudiantes era um pouco melhor, graças ao bom futebol apresentado por Verón. Mesmo assim, errava muito e, quando chegava, Carrizzo defendia. O River era vaiado por sua torcida quando encontrou seu gol aos 7 minutos. E teve sorte para tal. Desábato tentou sair jogando, perdeu a bola e acabou derrubando Buonanotte na entrada da área. Gallardo cobrou com extrema precisão e fez River 1x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Marco Rojo e Mauro Boselli, colocando Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Francescoli tirou Ferrari e Trezeguet e colocou Coudet e Funes Mori.

O jogo continuou do mesmo jeito, com o Estudiantes pressionando e pecando nas finalizações e o River irritando sua torcida. Aos 5 minutos, Verón cobrou escanteio para a área e Placente recuou de cabeça para Carrizzo. O goleiro ligou rápido na esquerda para Berizzo, que tocou mais à frente para Almeyda. Sem encontrar oposição, o capitão do River avançou até a entrada da área, quando percebeu Andujar saindo do gol e tocou por baixo do goleiro: River 2x0.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. Se o River jogou mal e saiu com a vitória, o crédito é de seu goleiro. Com boas defesas, não permitiu que o Estudiantes marcasse. O único ponto negativo foi sua expulsão ao tocar fora da área no segundo tempo. Ortega foi sorteado para sair em seu lugar e cumprirá suspensão na próxima rodada.

HURACÁN 1x3 SAN LORENZO

Um duelo de opostos no ano. O Huracán perdeu as 3 primeiras partidas no Apertura, reagiu e quase conseguiu a vaga nos playoffs. O San Lorenzo venceu as 3 primeiras partidas no Apertura, caiu e terminou bem distante da zona de classificação. Nos torneios de meio de ano, o Huracán perdeu o ímpeto e o San Lorenzo recuperou o bom futebol. Sr Rabina queria marcação forte e queria Cigogna livre, mais próximo à área, para acabar com a má fase. Já Nilson pediu a Romagnoli que liderasse a equipe, pois foi o seu sumiço no Apertura que acabou com as chances da equipe de Almagro.

O primeiro gol saiu logo a um minuto, bem ao estilo do Huracán. Alexis Ferrero desarmou Stracqualursi e tocou na direita para Danelón. O lateral tocou no corredor para Mauro Milano, que invadiu a área em velocidade e chutou cruzado para vencer Migliore: Huracán 1x0.

O San Lorenzo passou a errar e o Huracán parecia satisfeito com o resultado e foi assim que o gênio apareceu. Romagnoli começou a procurar o jogo e atuar em dupla com os jogadores, para estimulá-los a jogar. Aos 9 minutos, ele voltou ao campo de defesa para cobrar uma falta, chamando Buffarini para receber a bola. O camisa 8 passou a tabelar com Romagnoli, dando o último passe para ele no bico direito da área. O camisa 10 chutou cruzado e venceu Islas para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

No intervalo, Sr Rabina sacou Centurión e Milano, colocando Erramuspe e Barrales. Já Nilson tirou Buffarini e Stracqualursi, colocando Tellechea e Bordagaray, indicando que o time ia reforçar a marcação.

A estratégia de Nilson deu certo, ao menos na parte defensiva. O time de Almagro não deixou o Huracán se aproximar da área e passou a explorar o contra ataque. Mesmo assim, não tinha ímpeto decisivo e foi necessário o gênio aparecer novamente para a vitória surgir. Aos 6 minutos, Romagnoli encostou em Piatti e o chamou para tabelar. A tabela foi sendo desenhada do lado esquerdo, terminando com o passe de Piatti para Romagnoli já dentro da área. Com um belo toque de cobertura, o camisa 10 tirou Islas da jogada para bater no peito, apontar ao chão e fazer novamente a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

O Huracán tentou buscar o empate e se abriu para os contra ataques, dando espaços para o gênio brilhar. Aos 8 minutos, Romagnoli encostou em Reynoso para ajudá-lo no posicionamento da marcação. Deu certo, pois Reynoso roubou bola de Barrales e tocou na esquerda para Piatti. O camisa 12 tocou mais à frente para Romagnoli, que chutou antes de ser bloqueado por Barrientos e acertou o ângulo de Islas para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma para comemorar o gol mais bonito da primeira rodada: San Lorenzo 3x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Quando um jogador faz um hat trick, dificilmente deixa de ser eleito o melhor em campo. Quando este jogador foi o responsável pela virada de sua equipe, encostando nos jogadores e instigando-os a render mais, o prêmio é dele e não se discute!

RACING 3x3 VELEZ SARSFIELD

O último jogo colocava frente a frente as duas equipes que apresentaram o melhor futebol no meio de ano, além da esperança de finalmente vermos um grande jogo nesta rodada. O Racing, de cara nova com Paralelo no comando, vinha com o título do Torneio Início do Clausura e uma nova atitude, com jogadores antes coadjuvantes atuando como protagonistas. O Velez também tinha cara nova com Tripa Seca no comando. O título da Copa Olé mostrava que a equipe vinha para disputar o título também no Clausura. Ainda é creditado aos dois times o melhor jogo deste segundo semestre até aqui, na vitória do Racing por 3x2 no Torneio Início.

A bola rolou e as expectativas do público logo foram atendidas. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que driblou Insua e, da intermediária, chutou antes da chegada de Gago. A bola pegou efeito e enganou Sosa logo aos 13 segundos: Racing 1x0.

O Velez se assustou com o gol e o Racing passou a sufocar o adversário no campo de defesa, principalmente com Martin Simeone. Mesmo com um a menos (Pocchetino foi expulso aos 5 minutos), o Racing continuou buscando o ataque, graças a uma mudança genial de Paralelo, que recuou Quiroz e adiantou Gamboa, colocando o primeiro volante e o zagueiro para atuarem em linha. Aos 7 minutos, o lance mais polêmico da primeira rodada. Martin Simeone disputou faltosamente com Sebá Dominguez e foi derrubado por Sosa. O juiz Chico Lírio não marcou falta (que seria passível de cartão amarelo) e deu o penal em Simeone. Ruben Capria cobrou no canto direito e marcou, mesmo com Sosa indo no canto certo: Racing 2x0.

No intervalo, Paralelo tirou Latorre e colocou Fariña, para recompor a zaga. Acosta passaria a atuar sozinho no ataque, centralizado. Já Tripa Seca tirou Romero e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto.

O Velez voltou melhor e começou a empurrar o Racing para o seu campo, uma vez que a equipe de Avellaneda voltou mais recuada para segurar o resultado. A pressão deu certo e, aos 2 minutos, o Velez descontou. Insua tocou para Cubero, que abriu na direita para Dario Hussain. O camisa 10 viu Insua correndo e tocou para ele. O camisa 11 trouxe a bola pro pé esquerdo e chutou com categoria para vencer Saja e fazer Velez 1x2.

O Racing apertou a marcação e passou a tocar a bola para queimar o tempo, mas sem abrir mão da ofensividade. Foi assim que ampliou aos 4 minutos, em linda jogada de pé em pé que passou por Enrique, Martin Simeone, Pelletieri e Ruben Capria. O camisa 10 viu Diego Capria entrando pela direita e fez um lindo passe, entre 4 jogadores. O camisa 2 invadiu a área e chutou cruzado, vencendo Sosa e fazendo Racing 3x1.

O Velez passou a buscar o ataque desordenadamente. O time descontou aos 9 minutos, quando Gago abriu na ponta para Emiliano Papa. O lateral foi ao fundo e cruzou para a área, onde Lucas Pratto chegou cabeceando forte e vencendo Saja: Velez 2x3.

O Racing se assustou e o Velez partiu de vez ao ataque, chegando ao empate nos acréscimos. Acosta adiantou a bola e fez falta em Claudio Hussain. O camisa 8 tocou na direita para Gino Peruzzi que fez bom passe em profundidade para Dario Hussain.  O camisa 10 deu um bom drible para tirar Quiroz da jogada e chutou forte, sem chances para Saja, fazendo Velez 3x3.

Destaque do jogo: Martin Simeone. O camisa 8 fez o gol mais rápido do campeonato, sofreu o penal que resultou no segundo gol e participou da jogada do terceiro. No primeiro tempo, incansável, fez as principais jogadas de ataque de seu time, atuando por todos os cantos do campo. No segundo tempo, com a vantagem, se limitou a fechar na marcação, no que saiu bem.

CLASSIFICAÇÃO

1° San Lorenzo - 3 pontos, 3 gols pró
2° River Plate - 3 pontos, 2 gols pró
3° Racing e Velez Sarsfield - 1 ponto, 3 gols pró
5° Boca Juniors e Independiente - 1 ponto, 1 gol pró
7° Huracán - 0 ponto, 1 gol pró
8° Estudiantes - 0 ponto, 0 gol pró

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o encerramento da rodada, o TJB já entrou em ação. A equipe do Velez entrou com ação contra o árbitro Chico Lírio, ignorando a falta de Martin Simeone que lhe renderia cartão amarelo e marcando pênalti que resultou no segundo gol do Racing. Os auditores decidiram suspender Chico Lírio por 2 sorteios. Curiosamente, o árbitro apitou duas partidas nesta primeira rodada (havia apitado o jogo de abertura).

domingo, 13 de julho de 2014

Torneio Início - Clausura - Semifinais e final - 13/07/2014

Neste domingo de céu limpo e temperatura agradável, foram realizadas as semifinais e a final do Torneio Início do Clausura 2014, antes da final da Copa do Mundo! O público, que compareceu em bom número ao Itaquá Dome, não se arrependeu e viu 3 jogos de grande qualidade. Vamos a eles!

VELEZ SARSFIELD 2x3 RACING

Duas equipes com novos treinadores e uma evolução latente. Do lado do Velez, além do título da Copa Olé, a empolgação pela vitória sobre o San Lorenzo (3x1). Tripa Seca deu chance aos reservas Cubero e Pratto, mas surpreendeu ao sacar Dario Hussain, além de Romero. Já o Racing, comemorando a nova mentalidade dada por Paralelo, a vitória sobre o Boca (2x0) também contava para empolgar. A equipe também tinha mudanças e Paralelo também surpreendeu, ao barrar Acosta (além de Pelletieri), colocando Hauche e Fariña.

O primeiro gol logo aos 10 segundos já deu a tônica do jogão que se avizinhava. Insua tocou para Claudio Hussain, recebeu na frente e, se aproveitando de Saja adiantado, mandou por cobertura e saiu para comemorar, enquanto Paralelo se desesperava pela falha de seu goleiro: Velez 1x0.

O Racing não se acanhou e chegou ao empate no minuto seguinte. Ruben Capria tocou a Martin Simeone, que driblou Insua e chutou antes da chegada de Gago, fazendo Racing 1x1.

O jogo foi tão igual que ambas as equipes conseguiram um escanteio, além de criarem excelentes jogadas que terminavam na trave ou nas mãos dos goleiros. O desempate só surgiu aos 5 minutos, quando Saja saiu a punhos em um escanteio e a bola sobrou para Martin Simeone. O camisa 8 jogou na ponta para Enrique, que deu a Latorre mais à frente. O camisa 11 avançou, invadiu a área e tocou no alto na saída de Sosa, fazendo Racing 2x1.

O Velez se abriu e partiu para o empate, dando ao Racing o contra ataque. A tática suicida deu certo nos acréscimos, quando Gino Peruzzi abriu na ponta direita para Lucas Pratto. O camisa 12 invadiu a área e tocou atrás para Insua chegar de surpresa e chutar sem chances para Saja: Velez 2x2.

Na saída de bola, a jogada mais bonita da partida. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que levou para o lado direito, devolvendo a Capria. Simeone fez a ultrapassagem por trás do camisa 10 e recebeu ao lado da área, enganando a marcação e chutando cruzado para vencer Sosa, levando o Racing à final: 3x2.

Destaque do jogo: Martin Simeone. 2 gols, participação tanto na defesa quanto no ataque e conclusão na melhor jogada da partida. O camisa 8 se sobressaiu, em ótima partida onde Insua também foi muito bem.

RIVER PLATE 1x0 INDEPENDIENTE

Celebrando a evolução defensiva, o River tinha verdadeiro teste de fogo contra o avassalador ataque do Independiente. Vindo de vitória sobre o Estudiantes (3x0), Francescoli promovia mudanças, sem ser radical. Saíram Barrado e Trezeguet e entraram Coudet e Funes Mori. Do outro lado, ainda abatidos pelo duplo vice campeonato no ano, o Independiente tentava juntar os cacos e evitar que o rival de Avellaneda fosse campeão. Bayer também dava chances aos reservas, tirando Montenegro e Parra e colocando Acevedo e Gandin.

O jogo não foi tão bom quanto o anterior, mas deu para ver a evolução defensiva do River. Marcando forte, a equipe de Nuñez não deixava o Independiente jogar. Não que o time de Avellaneda tivesse tanta empolgação para isso, pois somente Fredes corria. O gol da vitória veio aos 6 minutos em falha defensiva. Em jogada de contra ataque, Ferrari tocou na ponta direita para Ortega, que deu no meio para Funes Mori. Aproveitando-se do buraco deixado por Acevedo, o camisa 9 chutou e Navarro defendeu. A bola sobrou no meio para Buonanotte, que chutou o rebote para o gol vazio e fez River 1x0.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Em jogo de poucas chances, foi do camisa 30 as melhores oportunidades. Atuando aberto na ponta ou pelo meio, deu bons passes e ainda fez o gol da vitória, mostrando oportunismo.

RACING 2x0 RIVER PLATE

Na grande final, o Racing tinha o melhor ataque (empatado com o Velez em 5 gols) e tinha os retornos de Pelletieri e Acosta nos lugares de Fariña e Hauche. Do outro lado, o River tinha a melhor defesa, sem ter tomado gols, contando com os retornos de Barrado e Trezeguet.

A rigor, só o Racing jogou. A impressão que dava era que a missão do River era chegar à final para dar ritmo a todos os jogadores. A equipe de Avellaneda pressionou e encontrou o primeiro gol aos 2 minutos, quando Diego Capria cobrou lateral para Acosta. O camisa 9 inverteu o jogo para a esquerda em lançamento cirúrgico e encontrou Ruben Capria livre. O camisa 10 girou bem em cima de Ferrari e deu um chute perfeito, no ângulo oposto de Carrizzo e vazou a defesa do River pela primeira vez no torneio: Racing 1x0.

O River passou a procurar o empate e se abriu aos contra ataques. E foi assim que o Racing decidiu, aos 9 minutos. Pocchetino rebateu para a direita, onde encontrou Diego Capria. O lateral tocou profundamente no corredor e encontrou Acosta livre. O camisa 9 bateu de primeira, do bico da área, vencendo Carrizzo e dando números finais ao confronto: Racing 2x0.

Destaque do jogo: Acosta. O camisa 9 voltou ao time em grande estilo. Deu o passe para o primeiro gol, fez o segundo e foi a melhor peça de ataque do time de Avellaneda.

RACING CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO - CLAUSURA 2014

O título coroa o bom trabalho de intertemporada feito pelo Racing. A equipe apresentou seu novo treinador, que mostrou ter tino para conquistas. Após levar o Boca ao título do Apertura 2014, Paralelo já chega dando o Torneio Início do Clausura ao Racing, mostrando uma evolução tática e técnica, além de recuperar o futebol de alguns jogadores. O desafio, agora, é manter o ritmo e tirar do Racing a fama de jamais ir bem em Ligas.

NOTAS RÁPIDAS

  • O título do Torneio Início deu ao Racing a supremacia neste tipo de competição, uma vez que venceu os dois disputados em 2014 (do Apertura e Clausura).
  • O milestone da rodada vai para Federico Insua, que chegou a 10 com a camisa do Velez, e a Diego Buonanotte, que levou o River à final marcando seu vigésimo gol com a camisa da equipe de Nuñez.
  • O Torneio Clausura começa no próximo sábado. A Liga será disputada no sistema todos contra todos, em dois turnos, com as quatro melhores disputando semifinais em ida e volta, o primeiro contra o quarto e o segundo contra o terceiro.
  • As equipes de melhor campanha jogam por resultados iguais nas semifinais, sem distinção de gols marcados fora de casa (exemplo: 1x0 e 1x2 classificam a equipe de melhor campanha). Na final, não há vantagem. A equipe de melhor campanha jogará com o mando de campo, em jogo único.

sábado, 12 de julho de 2014

Torneio Início Clausura 2014 - Quartas de Final - 12/07/2014

O ano chega à sua metade e o calendário da FIFUBO segue. No próximo final de semana, começa o Torneio Clausura 2014, então é hora do Torneio Início para apresentar as equipes, além dos treinadores darem os ajustes finais para a liga do segundo semestre!

Relembrando as regras, o Torneio Início é disputado em partidas de tempo único de 10 minutos. Eliminatório, segue no torneio quem vence sua partida. Em caso de empates em gols, avança quem tiver mais escanteios e, persistindo o empate, a partida é decidida nos pênaltis. Substituições só podem ocorrer em caso de contusão. Vamos aos 4 jogos!

INDEPENDIENTE 2x2 HURACÁN

Com os jogadores ainda bem abatidos, o Independiente tentava juntar os cacos do vice campeonato na Copa Olé. Silvera promete bater o recorde de gols no Clausura. Já do lado do Huracán, a evolução da equipe é festejada por Sr Rabina, que quer o título do Torneio Início, mesmo sabendo que não vale nada.

O Huracán começou a mil por hora e fez o primeiro gol logo aos 18 segundos. Ruben Masantonio deu a saída de bola para Centurión, recebeu na frente e, da entrada da área, mandou sem chances para Navarro: Huracán 1x0.

O Independiente jogava mal, mas conseguiu o empate aos 5 minutos, quando Islas tocou na bola fora da área e recebeu o cartão vermelho. Milano foi o sorteado e acabou expulso em seu lugar. Gracián rolou a cobrança de falta em dois lances para Fredes, que chutou sem chances para Islas: Independiente 1x1.

Na saída de bola, aos 6, o Huracán repetiu a jogada. Masantonio tocou a Centurión, recebeu na frente, invadiu a área, tentou driblar Navarro e foi derrubado. Pênalti, que Cigogna cobrou deslocando o goleiro e fazendo Huracán 2x1.

O empate do Independiente só saiu nos acréscimos, quando Tuzzio desarmou Cigogna e tocou a Busse, que lançou Fredes. O camisa 8 invadiu a área e chutou na saída de Islas, fazendo Independiente 2x2.

Nos pênaltis, Islas pegou a cobrança de Tuzzio, mas Navarro pegou as cobranças de Centurión e Barrientos. Fredes cobrou a última e deu ao Independiente a vitória por 4x3.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. Marcou os 2 gols e ainda converteu o penal que levou o time às semifinais, em meio à melancolia que se instalou na equipe.

BOCA JUNIORS 0x2 RACING

Um duelo interessante, pois os novos treinadores iam encarar pela primeira vez seus antigos comandados. Ainda sem conseguir dar uma cara ao Boca, Madeirite testava alternativas táticas, porém o time era o mesmo eliminado na Copa Olé. Já Paralelo tentava ajustar seu trabalho aos jogadores e parecia começar a dar resultado, a contar as declarações dos jogadores.

O Racing dominou o jogo de fora a fora e, tirando a insistência de Saja em jogar adiantado, não levou grandes perigos do adversário. O primeiro gol saiu aos 4 minutos, em linda jogada ensaiada, onde Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria no meio. O camisa 10 avançou com a bola dominada e deu lindo passe para Latorre entre os zagueiros. O camisa 11 tocou na saída de Abbondanzieri e fez Racing 1x0.

Aos 6, em jogada idêntica ao primeiro gol, Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria no meio e viu o camisa 10 avançar, tocando para Latorre novamente entre os zagueiros. O camisa 11, novamente, tocou na saída de Abbondanzieri e deu números finais ao confronto: Racing 2x0.

Destaque do jogo: Diego Latorre. Autor de 2 gols (além de ter perdido outros 2), Latorre se consagrou. Jogando de uma forma diferente, mais próxima à área, mostrou que pode ser útil alternativa se Acosta não estiver bem.

ESTUDIANTES 0x3 RIVER PLATE

Ainda tentando recuperar o time que foi bem no Apertura, Cristaldo pedia a Braña que ficasse plantado à frente da zaga, para Verón poder ter mais liberdade ofensiva. Segundo o treinador, esta é a fórmula para o sucesso do Estudiantes, pois Leandro Benítez e Enzo Perez teriam companhia para desenvolverem jogadas e o ataque seria municiado. Do lado do River, a meta é tirar o apelido de "Rei dos Empates" e voltar a ser conhecido como o "Barcelona do Futibou de Butaum". Francescoli queria recomeçar do zero, a partir da marcação. A ordem era marcar forte e impedir os ataques do rival, pois na hora do ataque, o toque de bola refinado precisaria de pouca lembrança para ser executado.

O Estudiantes começou melhor e rondou a área do River algumas vezes, principalmente com Verón, mas o River foi apertando a marcação e saindo em contra ataques. Ainda contou com a sorte logo a um minuto, pois a bola sobrou para Berizzo, que tocou a Diego Armando Barrado. Sem ter com quem tabelar, o camisa 19 arriscou de muito longe e chutou mal, mascado. Andujar resolveu fazer golpe de vista e viu a bola tocar na trave antes de correr mansa a risca e entrar no gol: River 1x0.

O gol assustou o Estudiantes, que partiu pra cima para tentar o empate e o jogo ficou do jeito que o River quer. Aos 5 minutos, Placente dividiu com Verón e a bola sobrou para Buonanotte na defesa. O camisa 30 avançou pela esquerda e inverteu em lindo passe para a direita, onde encontrou Trezeguet. Dentro da área, o camisa 7 só teve o trabalho de concluir: River 2x0.

Daí em diante, o Estudiantes se perdeu e viu o jogo tomar ares de massacre aos 7. Gallardo puxou contra ataque e abriu na direita para Ortega. O camisa 10 tocou no meio para Trezeguet, que chutou para linda defesa de Andujar. Gallardo cobrou o escanteio e Trezeguet mandou de cabeça, desta vez sem chances para Andujar: River 3x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Marcou 2 gols e se movimentou bastante.

SAN LORENZO 1x3 VELEZ SARSFIELD

Com o bom futebol do início do Apertura reaparecendo, a equipe de Nilson queria continuar a evoluir, para chegar no Clausura com boas chances de classificação. Empolgado pelo título da Copa Olé e pela nova atitude da equipe em campo, o Velez entrava como favorito, bastando mostrar que a Copa Olé não foi uma competição atípica.

O jogo foi bom, com o San Lorenzo tomando a iniciativa e desperdiçando boas chances. Mas se abria aos contra ataques, tudo o que o Velez queria. Aos 4 minutos, Gago desarmou Raul 'Pipa' Estevez e tocou para Insua no meio. O camisa 11 avançou bem e inverteu o jogo com um lindo passe para Dario Hussain. O camisa 10 invadiu a área chutando cruzado e fez Velez 1x0.

Na saída de bola, aos 5, o San Lorenzo encontrou o empate. Romagnoli tocou para Buffarini, recebeu na frente, avançou e, da entrada da área, chutou sem chances para Sosa para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

O Velez não se acanhou e continuou marcando forte, à espera do contra ataque. Aos 7, Gago apareceu bem como líbero, interceptando passe para Stracqualursi. O camisa 5 tocou a Insua, que abriu na ponta para Emiliano Papa. O camisa 3 avançou, chamou a marcação e deu lindo passe para Turco Assad. Livre dentro da área, o camisa 9 chutou na saída de Migliore e fez Velez 2x1.

Com a desvantagem no placar e um escanteio a seu favor, o San Lorenzo se lançou de vez no ataque para buscar o empate que o levaria às semifinais, mas se abriu de vez para os contra ataques e, aos 9 minutos, Gino Peruzzi ligou rápido para Dario Hussain, que foi derrubado por Reynoso na entrada da área. Insua cobrou com maestria, a bola tocou no travessão e morreu dentro do gol: Velez 3x1.

Destaque do jogo: Federico Insua. A chegada de Tripa Seca foi muito benéfica ao camisa 11, que virou o maestro da equipe em campo. Participou dos dois primeiros gols e cobrou com perfeição a falta do terceiro.

NOTAS RÁPIDAS

  • As semifinais e a final serão neste domingo. Velez x Racing e River x Independiente lutam pela vaga na final.
  • O milestone da rodada vai para Hernán Fredes. Os dois gols marcados contra o Huracán o fizeram chegar a 20 com a camisa do Independiente.
  • Esta postagem é dedicada à família WWB, pelos 10 anos de comunidades completados neste dia 12/07/2014. Fica aqui meu agradecimento a todos os amigos que fiz neste período e que venham mais 10 anos!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Copa Olé 2014 - Final - 09/07/2014

Ante o clima fúnebre instalado após a impressionante goleada sofrida pelo Brasil na Copa do Mundo, ficou impossível fazer o jogo final da Copa Olé na terça-feira. Assim sendo, a manhã desta quarta trouxe o confronto, que foi um jogo digno de uma grande final.

VELEZ SARSFIELD 2x2 INDEPENDIENTE

Uma reviravolta surpreendente, essa é a história do Velez. Estreante no Apertura 2014, acabou em último com apenas 1 vitória em 14 jogos, apenas 17 gols marcados e incríveis 41 sofridos, alguns em goleadas bem dolorosas. Na Copa Olé, troca de treinador e nova atitude. Sob o comando de Tripa Seca, a equipe venceu seus dois jogos por goleada (5x1 Boca e 4x2 San Lorenzo) e mostrou um padrão de jogo muito interessante, semelhante ao São Paulo em 2011, que vai esquentando aos poucos. A equipe era a mesma dos dois jogos anteriores.

O Velez, formado antes da partida com seu treinador Tripa Seca, foi a campo com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez e 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero e 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain e 9. Turco Assad.

Melhor equipe da FIFUBO no ano de 2014, o Independiente chegava à sua segunda final em dois campeonatos disputados. Para pontuar ainda mais o poderio da equipe, era a terceira vez consecutiva que decidia a Copa Olé (campeão em 2012 e vice em 2013). Vinha de vitória impressionante sobre o Huracán (3x0), após ter saído vitorioso no Clássico de Avellaneda nas quartas (2x1). Mas nem tudo era festa para a equipe. Seu capitão, Tuzzio, cumpria suspensão em lugar de Navarro. Com isso, Acevedo iria improvisado na zaga, Montenegro seria o capitão e a equipe teria apenas Gandin no banco, não tendo alguém para a defesa.

O Independiente, com seu treinador Bayer, formado antes da partida com a seguinte escalação: 1. Hilário Navarro, 2. Luciano Vella, 4. Mattheu, 12. Acevedo e 3. Mareque; 5. Montenegro (c), 8. Fredes, 7. Walter Busse e 19. Leandro Gracián; 17. Facundo Parra e 11. Nestor Silvera.

Aquecidos os atletas e feito todo o protocolo inicial, as duas equipes foram a campo sem um favorito. Pela história, o Independiente levava vantagem, mas o Velez jogava melhor no torneio e ainda se aproveitava da ausência do capitão do adversário, que lutava para evitar a sina de vice (perdeu as duas últimas finais que disputou).

Tudo pronto para a grande decisão!

A bola rolou e o jogo começou nervoso, com as equipes se estudando, marcando forte e não conseguindo criar muito. Aos poucos, no entanto, as jogadas foram fluindo e boas conclusões encontraram a trave ou as defesas de Navarro e Sosa, o que mostrava que o jogo estava muito parelho.

Até que surgiu o primeiro gol, aos 6 minutos. Gracián lateralizou para Mareque, que avançou pela esquerda e tocou a Silvera dentro da área. O camisa 11 chutou e a bola explodiu na trave, sobrando para Mareque, que chutou para o gol vazio e fez Independiente 1x0.

Com a vitória parcial, a equipe de Avellaneda melhorou e passou a dominar mais as ações, com o Velez se perdendo em campo e dando espaços. Assim, o segundo gol não demoraria a sair e foi aos 9 minutos, quando Navarro cobrou tiro de meta para Gracián, que a jogada se iniciou. O camisa 19 tocou a Facundo Parra na entrada da área e o camisa 17 chutou para Sosa espalmar a lateral. Gracián cobrou para Silvera, que trouxe a bola pro pé direito e chutou sem defesas para o goleiro adversário, fazendo Independiente 2x0.

Ao contrário do que aconteceu com o Brasil contra a Alemanha, o segundo gol do Independiente deu garra aos jogadores do Velez. Claudio Hussain colocou a bola debaixo do braço e instou seus jogadores a correrem mais. Na saída de bola, aos 10, Insua tocou para o camisa 8, que driblou Gracián e chutou de longe. A bola ganhou velocidade e venceu Navarro: Velez 1x2.

No intervalo, Tripa Seca mudou o lado direito. Sacou Peruzzi e Dario Hussain e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Bayer fez a única mudança que podia, tirando Parra e colocando Gandin, para jogar em velocidade no contra ataque.

O segundo tempo foi dramático. Bem organizado, o Velez vinha para cima com tudo e se abria para os contra ataques mortais do Independiente, que desperdiçou várias oportunidades. Aos 8 minutos, Gandin fez falta na área do Velez, em cima de Sebá Dominguez. O camisa 6 tocou a Romero no meio, que deu a Claudio Hussain mais à frente. O camisa 8 tocou a Gago, que deu a Insua na direita, no bico da área. O camisa 11 driblou Acevedo, trazendo a bola pro pé esquerdo, e chutou de curva. Navarro se esticou todo e não alcançou: Velez 2x2.

Com isso, a disputa foi nos pênaltis e o que se viu foi uma sucessão de erros. 22 cobranças foram feitas e apenas 9 gols foram marcados. Quando os jogadores começaram a décima primeira rodada, saiu o campeão. Turco Assad cobrou bem e fez 5x4 Velez. Silvera, por sua vez, cobrou na trave...

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2014

O título veio para coroar a redenção da equipe, tão criticada. Tripa Seca, emocionado, falou sobre a conquista: "Quando eu cheguei, encontrei uma equipe desacreditada, massacrada por todos, e resolvi fazer uma mudança gradual. Primeiro, mexer com os brios; depois, a parte tática; por fim, a parte técnica. Jamais sonhei que pudesse fazer isso em três jogos e sair com o título. Mas o que importa é colocar o nome do Velez na história da FIFUBO!"

O diretor de imprensa da FIFUBO e presidente do Grupo Olé, Jorge Mario Trasmonte, entrega o troféu da Copa Olé ao capitão do Velez, Claudio Hussain

Outro que não se aguentava de tanta felicidade era o capitão do Velez, Claudio Hussain. Sobre a conquista, ele falou: "Nossa equipe não atuou bem no Apertura, talvez por estar estreando, talvez por não saber o que significava defender esta camisa numa Liga. Ao término do campeonato, nos reunimos e decidimos mudar. Treinamos forte e os resultados apareceram. Já joguei no River, mas sou Velez e, para mim, é um momento de felicidade suprema erguer uma taça vestindo esta camisa. Mais feliz ainda é poder fazer isso ao lado do meu irmão!"

Do lado derrotado, o treinador Bayer não escondia a tristeza. Muitos jogadores estavam em lágrimas e não puderam falar. Então, coube ao comandante transmitir o sentimento: "É muito frustrante você jogar bem o campeonato, ser favorito e, na hora da consagração, perde. Foi assim no Apertura, foi assim agora na Copa Olé. O que eu posso dizer? Pedir desculpas ao torcedor do Independiente, mais uma vez, prometendo mudar para o Clausura. Vamos trabalhar a cabeça dos jogadores, para eles entenderem a importância de se doar mais ainda numa final..."

Destaque do jogo: Claudio Hussain. O camisa 8 esteve ameaçado de perder a faixa de capitão, mas provou que é um líder nato neste torneio. Perdendo por 2x0, colocou a bola debaixo do braço e incentivou a sua equipe a buscar o empate. Fez um gol na sequência e liderou a equipe no segundo tempo, participando da jogada do gol que levou a partida aos pênaltis.

NOTAS RÁPIDAS

  • Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Leandro Gracián (Independiente) foram os artilheiros da Copa Olé, com 4 gols cada.
  • O título dá ao Velez a vaga na Supercopa FIFUBO, ao lado de Vasco (campeão da Copa 3 Corações) e Boca (campeão do Torneio Apertura), sobrando mais uma vaga no torneio, destinada ao campeão do Torneio Clausura.
  • No próximo final de semana, será disputado o Torneio Início do Clausura, com as quartas de final no sábado e as semifinais e final no domingo. No outro final de semana, começa o Torneio Clausura 2014!

Os campeões da Copa Olé dão a volta olímpica com o troféu e erguendo o treinador, Tripa Seca.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Copa Olé 2014 - Semifinais - 07/07/2014

Foi na tarde desta segunda-feira nublada, mas de muito calor, que os finalistas da Copa Olé foram conhecidos. Dois jogos de pura emoção!

SAN LORENZO 2x4 VELEZ SARSFIELD

Após o belo futebol apresentado contra o Estudiantes, o San Lorenzo queria mais. Apostando no esquema que deu certo, Nilson mantinha a equipe visando a final da Copa. Do outro lado, empolgação e dúvida. A vitória sobre o Boca por 5x1 empolgava qualquer um, mas a dúvida era se aquilo tinha sido um acidente de percurso ou se o Velez realmente tinha mudado e se agigantado com a chegada de Tripa Seca.

Quando a bola rolou, a impressão era de acidente de percurso. O Velez era desorganizado e via o San Lorenzo criar as melhores oportunidades. Foi assim que, com apenas 1 minuto, o placar foi inaugurado. Piatti deu lindo passe para Raul 'Pipa' Estevez dentro da área. O camisa 7 chutou, Sosa espalmou e a bola sobrou para Piatti, que ainda driblou Claudio Hussain antes de chutar sem defesa para Sosa: San Lorenzo 1x0.

O Velez continuou desorganizado e viu o San Lorenzo continuar desperdiçando chances. Assim, o empate só sairia por algum erro da equipe de Almagro. E ele veio aos 8 minutos, quando Buffarini perdeu bola para Turco Assad e teve que fazer falta no camisa 9 próximo à entrada da área. Insua cobrou com perfeição e marcou, a despeito do voo de Migliore: Velez 1x1.

Se um erro resultou em gol de um lado, outro erro também resultaria em gol. E foi assim que aconteceu, quando Insua partia para o ataque e se atrapalhou, encostando a mão na bola. Piatti cobrou a falta rápido para Romagnoli, que recebeu e, da entrada da área, mandou lindo chute. Ato contínuo, bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

No intervalo, Nilson trocou Luciatti e Raul 'Pipa' Estevez por Erviti e Bordagaray. Já Tripa Seca tirou Lucas Romero e Dario Hussain por Cubero e Lucas Pratto. Os dois substituídos do Velez não gostaram nem um pouco de serem sacados...

Mas foi a bola rolar e os dois deram razão a seu treinador. O Velez cresceu e encontrou o empate aos 3 minutos. Cubero roubou bola de Stracqualursi e tocou a Emiliano Papa na esquerda. O camisa 3 avançou e tocou para Turco Assad já dentro da área. O camisa 9 trouxe a bola para o meio e chutou na saída de Migliore, fazendo Velez 2x2.

O San Lorenzo se assustou e o Velez se agigantou. Aos 6 minutos, a equipe voltou a mostrar o futebol apresentado contra o Boca, quando Claudio Hussain interceptou bola que era para Bordagaray, recuando a Sabia. O camisa 4 abriu na ponta para Gino Peruzzi, que tocou em profundidade para Lucas Pratto. O camisa 12 recebeu, invadiu a área e chutou forte na saída de Migliore para fazer Velez 3x2.

Desesperado, o San Lorenzo foi ao ataque e se expôs aos contra ataques. E foi assim que o Velez carimbou a vaga à final. Aos 8 minutos, Sebá Dominguez desarmou Stracqualursi e tocou a Papa na esquerda. O camisa 3 tocou a Insua no meio, que deu lindo passe para Cubero. O camisa 13 avançou e, da entrada da área, chutou forte, vencendo Migliore e fazendo Velez 4x2.

Destaque do jogo: Fabian Cubero. Apesar de Sebá Dominguez ter sido um gigante na defesa, foi o camisa 13 quem mudou o jogo. Sua entrada (no lugar do apagado Lucas Romero) fez a marcação melhorar e a saída de bola ter qualidade. De quebra, ainda fez o gol que levou sua equipe à final, o primeiro com a camisa do Velez.

INDEPENDIENTE 3x0 HURACÁN

Vitorioso no Clássico de Avellaneda, mas criticado por não ter apresentado um bom futebol, o Independiente apostava na mística de crescer em jogos decisivos. Do lado do Huracán, a situação não era diferente. A equipe foi a única classificada sem vencer (derrotou o River nos pênaltis após empate em 2x2), mas Sr Rabina sabia que a única forma de parar um ataque mortífero era com uma defesa sólida. E isso, sua equipe tem de sobra.

Mas foi a só a bola rolar para saber quem é o time grande e quem é o pequeno ali. O Independiente partiu para cima desde o início, empurrando o Huracán para dentro da própria área e promovendo verdadeiro bombardeio. Logo a um minuto, uma linda jogada terminou em gol, quando Vella cobrou lateral para Fredes dentro da área. O camisa 8 levou a bola ao fundo e cruzou para trás, de onde Gracián surgiu testando forte e vencendo Islas: Independiente 1x0.

Com apenas um minuto de jogo e já vencendo, o dia parecia perfeito para o Independiente. Ainda mais depois que o Huracán errou a saída de bola. Mas os jogadores se atrapalharam e Hilário Navarro acabou tocando na bola fora da área, levando o cartão vermelho. Tuzzio foi o sorteado para sair de campo em seu lugar (Montenegro passou a ser o capitão) e os jogadores pressionaram o árbitro.

Era de se esperar que o Huracán partiria para empatar o jogo, mas os jogadores do Independiente se multiplicaram em campo. Após Cigogna errar o passe na cobrança de falta, a bola sobrou no meio de campo e Fredes deixou o corpo para Centurión lhe fazer falta. O próprio Fredes cobrou rápido para Facundo Parra, que invadiu a área em velocidade e deslocou Islas para fazer Independiente 2x0 aos 3 minutos.

Daí em diante, o Huracán não acertou mais nada e o Independiente se fartou de perder oportunidades, até o apito final. No intervalo, Bayer tirou Parra e colocou Acevedo, recompondo a zaga e deixando Silvera isolado no ataque, centralizado. Sr Rabina teve que inovar e tirou Barrientos e Centurión para colocar Erramuspe e Barrales. Assim, iria para um 4-3-3, com Erramuspe e Villarruel fazendo a cabeça de área e um ataque com Milano e Barrales nas pontas e Cigogna no meio.

Não mudou nada, pois o time do Independiente continuou gigante em campo. A cada desarme, a torcida vibrava e os jogadores tocavam sem pressa. Foi assim que conseguiram mais um gol aos 4 minutos, quando Islas repôs a bola no chutão e Acevedo pegou, tocando a Busse. O camisa 7 tocou a Gracián na esquerda e o camisa 19 só teve que ajeitar para o pé direito, antes de desferir belo chute que venceu Islas e levou o Independiente a mais uma final: 3x0.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. Menção honrosa aos 2 gols de Gracián, às lindas defesas de Navarro e a Busse, pela marcação implacável a Cigogna, mas o jogo foi de Fredes. O camisa 8 deu duas assistências que resolveram o jogo no primeiro tempo e foi um gigante, atuando tanto na marcação quanto na armação.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após os jogos, foi feito sorteio e se decidiu que o mando será do Velez, na final contra o Independiente.
  • Provavelmente, a partida será nesta terça-feira. Se o horário ficar apertado, por conta de Copa do Mundo, o jogo será na quarta sem problema algum.

domingo, 6 de julho de 2014

Copa Olé 2014 - Quartas de final - 06/07/2014

Neste domingo típico de verão (embora estejamos no inverno), a Copa Olé conheceu seus semifinalistas. Apesar de não termos tantos gols quanto no dia anterior, ainda assim sobrou emoção nas duas partidas. Vamos à elas!

INDEPENDIENTE 2x1 RACING

Ainda desanimados pela perda do título do Apertura, os jogadores do Independiente se viam diante do Clássico de Avellaneda para seguir adiante na Copa Olé. Do lado do Racing, a estreia de Paralelo era o combustível para a equipe avançar e defender o título da Copa Olé que havia conquistado no ano passado.

A bola rolou e já saiu o primeiro gol. O Racing errou na saída e Montenegro pegou a bola, tocando a Fredes. O camisa 8 avançou e chutou da intermediária, mascado e fraco. Saja fez golpe de vista e acabou engolindo um frango ao ver a bola entrar mansa na sua meta logo aos 24 segundos: Independiente 1x0.

O gol relâmpago era prenúncio de uma chuva de gols, mas isso não acabou acontecendo e o primeiro tempo terminou desta forma. No intervalo, Bayer sacou Fredes e Facundo Parra (cansados) e pôs Acevedo e Gandin. Já Paralelo tirou Diego Capria e Latorre e colocou Fariña e Hauche.

O jogo continuou muito ruim, as duas equipes não criaram nada de efetivo até um lindo lance do Racing aos 5 minutos. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que chutou para linda defesa de Navarro. O próprio Simeone cobrou o escanteio e Acosta cabeceou sem chances para o goleiro oponente, empatando a peleja: Racing 1x1.

O jogo continuou ruim, mas as equipes se lançaram mais ao ataque. O gol da vitória surgiu aos 8 minutos, quando Gandin perdeu o ângulo para chutar, mas ainda assim acreditou e invadiu a área, trombando com Saja. A bola sobrou limpa para Gracián, que só teve que empurrar para o gol vazio: Independiente 2x1.

Destaque do jogo: Luciano Vella. Difícil encontrar um destaque num jogo de nível tão baixo, mas o lateral do Independiente, ao menos, tentou levar sua equipe ao ataque. Avançou e defendeu sem jamais cansar e saiu com a honraria.

RIVER PLATE 2x2 HURACÁN

Disposto a desfazer a péssima impressão deixada no Apertura, quando trocou a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum" por "O Rei dos Empates", o River Plate vinha para cima do adversário, outrora conhecido freguês. Já o Huracán, apesar de ter ficado fora dos playoffs no Apertura, vinha empolgado pela boa campanha e, principalmente, por já não ter medo do River.

Aqui também bastou a bola rolar para sair o primeiro gol em falha do goleiro. Ruben Masantonio tocou para Centurión, que levou à frente e chutou. Masantonio meteu o pé na bola no meio do caminho e a pelota ganhou altura. Carrizzo desdenhou do lance, preferindo observar da entrada da área, quando a bola foi perdendo força e caiu no seu ângulo direito. Francescoli foi à loucura com a falha de seu goleiro e o Huracán fazia 1x0 aos 30 segundos.

Assim, o River passou a se lançar para o ataque desordenadamente e o jogo ficou do jeito que o Huracán gosta: nos contra ataques. Mesmo assim, o River conseguiu criar jogadas e se organizar. E foi em linda tabela de Ortega e Gallardo que Gallardo chutou de dentro da área e empatou aos 3 minutos: River 1x1.

Na saída de bola, aos 4, o Huracán mostrava que mandava na partida. Masantonio tocou a Centurión, recebeu na frente, levou até o bico da área e chutou cruzado. A bola, de novo, foi no ângulo de Carrizzo. Mas, desta vez, o goleiro não teve culpa: Huracán 2x1.

O River se lançou ao ataque, mas só conseguiu empatar no último minuto. Gallardo cobrou escanteio, Buonanotte saltou para atrair a marcação e quem cabeceou foi Ortega, livre: River 2x2.

No intervalo, Francescoli tirou Trezeguet e lançou Funes Mori. Já Sr Rabina tirou Villarruel e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Mas o placar não mudou e a partida teve que ser decidida nos pênaltis.

Gallardo e Cigogna converteram suas cobranças. Quando chegou a vez de Buonanotte, Islas voou no canto esquerdo e espalmou. Masantonio cobrou na trave e Almeyda também chutou para defesa de Islas no canto esquerdo. A partir daí, todos acertaram, inclusive Erramuspe, que fez a última cobrança e fechou em 4x3 para o Huracán.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os jogos de hoje finalizados, as semifinais estão confirmadas. Nesta segunda-feira, San Lorenzo x Velez e Independiente x Huracán decidem quem irá à grande final da Copa Olé.
  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. E ambos no Clássico de Avellaneda. Acosta chegou ao seu vigésimo gol com a camisa do Racing e Gracián fez o seu trigésimo com a camisa do Independiente.

sábado, 5 de julho de 2014

Copa Olé 2014 - Quartas de Final - 05/07/2014

Noite de sábado, temperatura agradável e Itaquá Dome cheio para o início da Copa Olé 2014. Dois jogos de alto nível e muitas surpresas. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 2x4 SAN LORENZO

Terceiro colocado no Apertura, o Estudiantes tinha como meta vencer a Copa Olé para desfazer a má impressão do final do último campeonato. A ordem era partir pra cima. Do lado do San Lorenzo, a ordem era esquecer o Apertura e recomeçar tudo.

Bastou a bola rolar para se ver que as ordens de Nilson seriam seguidas à risca. Aproveitando-se da má forma física dos jogadores do Estudiantes, o San Lorenzo partiu pra cima desde o início e chegou ao gol aos 4 minutos, quando Reynoso roubou bola de Boselli e lançou Piatti no contra ataque. O camisa 12 foi derrubado por Enzo Perez próximo à entrada da área. Romagnoli cobrou a falta com perfeição e venceu Andujar, para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O gol não mudou o jogo. O Estudiantes continuou errando, dando a impressão de que os jogadores estavam ainda em inter temporada e o San Lorenzo dava a impressão de que era a equipe dos três primeiros jogos do Apertura. Aos 8 minutos, Luciatti roubou bola na intermediária e tocou a Romagnoli, que tabelou com Piatti, recebendo dentro da área e tocando na saída de Andujar para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Cristaldo sacou Rodrigo Braña (que deixava espaços na defesa) e Boselli (nulo em campo) e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Nilson sacou Raul 'Pipa' Estevez e Johnathan Ferrari, colocando Bordagaray e Tellechea.

O jogo reiniciou e o San Lorenzo continuou dando show. Verón tocou a Gastón Fernandez e o camisa 10 foi desarmado por Reynoso. Romagnoli recebeu, tabelou com Piatti e avançou, tocando a Luciatti dentro da área. O lateral chutou na saída de Andujar, que fez ótima defesa, mas a bola caiu aos pés de Romagnoli, que empurrou para o gol vazio, batendo ao peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma para comemorar seu hat trick aos 2 minutos: San Lorenzo 3x0.

Ali, a classificação estava encaminhada e o San Lorenzo passou a tocar a bola, sob gritos de olé de sua torcida. Assim, chegou à goleada aos 5 minutos, quando Tulla interceptou passe que iria para Hernan Rodrigo Lopez e tocou a Romagnoli na intermediária. O camisa 10 saiu do campo de defesa tabelando com Piatti até deixar o camisa 12 livre dentro da área para chutar na saída de Andujar e fazer San Lorenzo 4x0.

A partir daí, o time de Almagro cansou e começou a ceder terreno. Na saída de bola, Verón tocou para Leandro Benítez, que avançou pela direita, girou o corpo e chutou de pé esquerdo para, enfim, vencer Migliore, fazendo Estudiantes 1x4.

O gol não parecia mais do que um gol de consolação e o San Lorenzo não desanimou. Mesmo assim, em uma saída errada aos 8, o Estudiantes descontou novamente. Ameli saiu no chutão e a bola caiu aos pés de Gastón Fernandez. O camisa 10 fez um lançamento primoroso para o outro lado e encontrou Hernan Rodrigo Lopez livre. O uruguaio invadiu a área e chutou forte na saída de Migliore, para dar números finais à partida: Estudiantes 2x4.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 voltou aos seus melhores dias. Fez um hat trick, deu assistência para o quarto gol e liderou sua equipe às semifinais do torneio.

BOCA JUNIORS 1x5 VELEZ SARSFIELD

O grande campeão do Apertura 2014 recuperou o status de time grande. Em sua primeira partida sob o comando de Madeirite (atual campeão da Copa Olé), a equipe estreava sob intenso favoritismo. Já o Velez continuava como grande incógnita. Último colocado no Apertura, com péssima campanha e sem jamais apresentar um padrão de jogo, a equipe também apresentava seu novo treinador, Tripa Seca, que prometia primeiro mostrar raça e, depois, começar a aparecer um padrão tático.

A rigor, a partida só começou aos 5 minutos, pois o Velez era muito desorganizado e o Boca não queria aproveitar as brechas, parecendo ainda estar de férias. Mas, aos 5 minutos, Sosa cobrou tiro de meta para Insua no meio. Ao invés de abrir na lateral, o camisa 11 conduziu mais pelo meio e deu lindo passe para Dario Hussain. O camisa 10 invadiu a área em diagonal e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Velez 1x0.

O gol empolgou o Velez, que começou a mostrar futebol. Na saída de bola, aos 6, Insua roubou bola de Basualdo e, em jogada conhecida como "Figura 8", tabelou com Lucas Romero e Turco Assad, com a bola sobrando para Assad dentro da área. O camisa 9 tocou na saída de Abbondanzieri e fez Velez 2x0.

1x0 não fez o Boca se mexer, mas 2x0 mudou tudo.  A equipe foi surpreendida pelo volume de jogo do Velez, que marcava forte e não dava espaços em seu campo de defesa, saindo em velocidade nos contra ataques. Foi assim que, aos 7 minutos, Insua roubou bola de Riquelme, tocando mais atrás para Sabia. O camisa 4 tocou rápido para Claudio Hussain, que puxou contra ataque em velocidade. Sem ser incomodado, o camisa 8 foi até a entrada da área do Boca e chutou forte, vencendo Abbondanzieri e fazendo Velez 3x0.

A essa altura do jogo, a torcida do Boca estava sem reação e a do Velez vibrava com a melhor atuação de sua equipe até então. Ainda marcando forte e deixando o Boca sem opções, o Velez continuava brilhando com suas variações de jogadas. Aos 10 minutos, foi a vez de Gago surgir como líbero para interceptar passe para Palermo, tocando a Sabia na defesa. O camisa 4 tocou a Gino Peruzzi, que tocou rápido a Claudio Hussain no meio. O camisa 8 conduziu até a intermediária e tocou a Insua, que ajeitou para o pé esquerdo e chutou. Abbondanzieri tentou agarrar e terminou agarrado à bola no fundo das redes, frangando horrendamente: Velez 4x0.

Desesperado, Madeirite trocou Cagna e Palacio por Battaglia e Guillermo Barros Schelloto, tentando melhorar a marcação no meio e sair em velocidade para o ataque. Já Tripa Seca tirou Romero e Assad por Cubero e Lucas Pratto, visando dar ritmo a todos.

O Velez diminuiu o ritmo, mas ainda assim continuou dominando, tocando a bola no campo de ataque. O Boca, perdido, só esperava o vexame terminar. Mesmo assim, o Velez ainda queria aumentar a goleada. Aos 2 minutos, Sebá Dominguez roubou bola de Schelloto e lançou Insua no meio. O camisa 11 deu lindo passe mais à esquerda para Claudio Hussain, que invadiu a área em diagonal e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri novamente: Velez 5x0.

A partir daí, o Velez passou a tocar a bola, relaxando mais. O azar lhe bateu à porta aos 8 minutos, quando após linda jogada de Insua, Pratto chutou no travessão e a bola saiu para lateral no campo de ataque do Boca. Palermo tocou para Riquelme, que viu Sebá Dominguez e Gago fazendo uma barreira à sua frente. Riquelme arriscou um chute e contou com a barreira que se formava para "cegar" Sosa, que não viu a bola entrar em seu canto direito: Boca 1x5.

Destaque do jogo: Federico Insua. O camisa 11 foi o grande nome do jogo. Bem colocado no meio de campo, distribuiu o jogo com inteligência, deu assistências, fez seu gol e saiu consagrado.

NOTAS RÁPIDAS

  • A Copa Olé segue neste domingo, com mais duas partidas. Na segunda, serão realizadas as semifinais e, provavelmente na terça, a grande final
  • No sábado e domingo, será a vez do Torneio Início do Clausura 2014.
  • O milestone da rodada vai para Hernan Rodrigo Lopez. O gol marcado pelo uruguaio contra o San Lorenzo foi o décimo com a camisa 13 do Estudiantes.