sábado, 3 de dezembro de 2016

Supercopa FIFUBO 2016 - 03/12/2016

É chegado o momento da grande apoteose da FIFUBO. A Supercopa encerra o calendário, com os campeões da FIFUBO se encontrando para decidir quem é o super campeão. Como as ligas não foram disputadas neste ano, somente os campeões de copas se classificaram, jogando em uma super final quem seria o campeão da Supercopa FIFUBO 2016.

De um lado, o campeão da Copa 3 Corações, Imperatriz. Maior vencedor da Supercopa (com 3 conquistas), o time de Dircys não atuava desde janeiro, quando bateu Vasco e Dallas Stars para levantar mais uma Copa 3 Corações. A equipe confiava no talento de Zenden, o melhor jogador de futibou de butaum do mundo, para levantar a Supercopa pela quarta vez.

Do outro lado, o campeão da Copa Olé, Velez Sarsfield. Único a ganhar a Copa Olé duas vezes, o time perseguia sua segunda Supercopa FIFUBO (conquistou em 2014), para fechar o ano com a Tríplice Coroa (também conquistou o Torneio Início do Apertura). Ex jogador do Imperatriz, o técnico Tripa Seca conhece o esquema do adversário e, por isso, apostava na participação de Romero e Claudio Hussain, para atacar pelo meio, onde o Imperatriz costuma deixar espaços.

Antes da partida, a fonte do Itaquá Dome foi ligada, em homenagem às vítimas do acidente aéreo em que viajavam a equipe da Chapecoense, os jornalistas e demais tripulantes.
O Imperatriz foi a campo com 1. Charlie Brown, 3. Triton, 2. Leão, 4. Stam e 33. Ramon; 6. Cristóvão, 7. Etcheverry (c) e 10. Zenden; 11. Rodrigo Pimpão, 9. Elton e 16. Denilson. O técnico Dircys, auxiliado por Buchanan's, com Frômio como preparador físico e MST como médico, tinha ainda no banco 14. Anderson Lima, 5. Consuelo, 21. Numan, 19. Rodrigo Souto, 8. Paulo Isidoro, 12. Benjamin, 18. Dinei e 34. Vander Carioca.

O Velez foi a campo com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez e 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero e 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain e 9. Turco Assad. O treinador Tripa Seca, auxiliado por Parraguez, levava para o banco 12. Lucas Pratto e 13. Fabian Cubero.

Equipes prontas, a saída pertenceu à equipe do Imperatriz.
Assim que a bola rolou, o Velez tomou conta do jogo. Marcando em cima, não deixava o Imperatriz se organizar. Com isso, Rodrigo Pimpão perdeu a bola e fez falta em Papa, logo a um minuto. Tabelando com Turco Assad desde a cobrança da infração no meio de campo, Papa deixou o camisa 9 com a bola perfeita na lateral da meia lua. Com um chute no ângulo de Charlie Brown, Turco Assad abriu o marcador, fazendo Velez 1x0.

O gol relâmpago fez o Imperatriz ver que não seria uma partida calculista e fez com que a equipe partisse para o ataque, a fim de buscar o empate. Após tentativa de passe para Denilson, Gino Peruzzi surgiu e mandou a bola para lateral. Etcheverry cobrou para Zenden, que inverteu o jogo e encontrou Elton livre na esquerda, próximo à entrada da área. Com um chute de trivela, de primeira, o camisa 9 fez a bola descrever uma curva antes de entrar no ângulo de Sosa, fazendo Imperatriz 1x1 aos 2 minutos.

Com apenas dois minutos, o jogo já era sensacional e as equipes se equiparavam em força. Mas, aos poucos, o Velez foi dominando. Aos 4 minutos, Leão errou a saída de bola e Insua se aproveitou. Tocando para Turco Assad, o camisa 11 recebeu de volta dentro da área e tentou driblar Charlie Brown, mas foi derrubado. Pênalti que Gago cobrou no canto esquerdo do goleiro, que foi para o direito: Velez 2x1.

O Imperatriz começou a ver que estava sendo encurralado. Com Zenden bem marcado e os pontas em má atuação, o time dependia de Etcheverry para a bola chegar a Elton e se expunha a contra ataques. Foi assim aos 6 minutos, quando o camisa 9 recebeu dentro da área e chutou, acertando o travessão. A zaga aliviou e o Velez saiu em contra ataque, com Gago abrindo na esquerda para Papa. Seguindo a tática estabelecida por Tripa Seca, o lateral procurou o meio de campo, onde Insua deu lindo passe para Romero. O camisa 7 atraiu a atenção da zaga e rolou para Claudio Hussain, que recebeu livre dentro da área e chutou na saída de Charlie Brown, fazendo Velez 3x1.

O gol desequilibrou de vez o Imperatriz, que só torcia pelo fim do primeiro tempo, tamanho o domínio do Velez. Mas a equipe de Buenos Aires estava impossível e queria mais. Aos 8 minutos, novamente o jogo coletivo foi visto, quando a jogada começou com Gago no campo de defesa, passou a Claudio Hussain no meio, encontrou Romero mais à frente e, por fim, Insua na intermediária. Levantando a cabeça, o camisa 11 viu Turco Assad livre e lhe passou a bola. O camisa 9 recebeu dentro da área e, com um toque de cobertura, tirou Charlie Brown da jogada, fazendo Velez 4x1.

O Imperatriz descontou na saída de bola, em linda triangulação. Elton tocou a Etcheverry, que tocou a Zenden. O camisa 10 viu Elton fazendo a figura 8 e tocou. Elton recebeu na meia lua e mandou um chute forte e indefensável, fazendo Imperatriz 2x4.

O gol parecia diminuir o desastre, mas o Velez ainda tinha cartuchos a queimar. Já nos acréscimos, em nova jogada de contra ataque, Papa tocou a Insua na entrada da área. O camisa 11 invadiu, tentou driblar Charlie Brown e foi novamente derrubado. Desta vez, quem cobrou o penal foi o próprio Insua, que acertou o ângulo direito do goleiro, que até tentou chegar na bola, mas foi impossível: Velez 5x2.

No intervalo, Dircys resolveu partir para o tudo ou nada. Trocou os inoperantes Rodrigo Pimpão e Denilson por Benjamin e Dinei e rezou muito. Já Tripa Seca, ovacionado pela torcida, resolveu tirar Sabia e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto, a fim de deixar todos os jogadores pisarem no gramado antes da comemoração do título.

O Velez diminuiu o ritmo, mas continuou controlando o jogo. Com Insua em tarde de gala, a equipe tocava a bola de um lado para o outro até encontrar o camisa 11, de onde se partiam as jogadas de perigo. Numa delas, aos 5 minutos, Insua abriu a Lucas Pratto na direita. O camisa 12 foi ao fundo e cruzou rasteiro para a área, onde Turco Assad chegou chutando e fazendo seu hat trick: Velez 6x2.

À espera do apito final, os jogadores tocavam a bola, enquanto a torcida do Velez gritava olé. Ainda deu tempo do Imperatriz descontar aos 10, quando Charlie Brown repôs a bola para Etcheverry no meio e o camisa 7 descobriu Dinei se deslocando na direita. O passe foi preciso e o camisa 18 chutou cruzado, sem chances para Sosa: Imperatriz 3x6. Mas foi só um gol de honra...

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2016

O título veio para coroar a temporada perfeita do Velez, que conquistou tudo o que disputou (Torneio Início do Apertura, Copa Olé e Supercopa FIFUBO), além de mostrar seu amplo domínio sobre os rivais. A forma como a equipe se multiplicou em campo e ditou o ritmo das ações foi impressionante. Exímio estrategista, Tripa Seca arrumou uma forma de anular o melhor jogador do mundo, Zenden, e ainda foi feliz em sua leitura, de avanço dos meio campistas.

Insua teve uma tarde de gala, com um toque refinado e movimentação pelo campo inteiro, sendo coroado com um gol de pênalti, ainda no primeiro tempo. Já Turco Assad, criticado durante a Copa Olé, chegou a ser cogitado para começar no banco e terminou como titular, fazendo um hat trick e levando o troféu de artilheiro da Supercopa FIFUBO.

O artilheiro da Supercopa FIFUBO, Turco Assad, recebe o troféu das mãos do vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz.
O Imperatriz se portou como quem joga uma final. Não sentiu a falta de ritmo, criou boas oportunidades e marcou 3 vezes, com Elton mostrando faro de gol. Mas a equipe de Dircys não soube sair da armadilha do Velez, que os sufocou o jogo todo.

Jogadores do Imperatriz, em foto oficial após receberem a medalha de prata.
Antes da entrega do troféu ao time campeão, o presidente da FIFUBO fez um discurso em homenagem às vítimas do acidente aéreo, onde disse que o futebol está acima de qualquer coisa e, como instrumento de união, nos aproxima de todos. A FIFUBO está unida às famílias das vítimas nesta dor e é através de jogos emocionantes como este que nós queremos lembrar as brilhantes carreiras que foram perdidas.

Após o discurso, o presidente da FIFUBO, Gabriel Omar Batistuta, entrega ao capitão do Velez, Claudio Hussain, a Supercopa FIFUBO.
Já o Velez conquista sua segunda Supercopa FIFUBO, o quinto título da história da equipe, mostrando que são o time a ser temido e respeitado. O belo trabalho de Tripa Seca leva o Velez a um patamar mais elevado na FIFUBO e mostra que este é o time a ser batido, uma vez  que nenhum outro time argentino conseguiu levantar troféus em 2016.

Jogadores e comissão técnica do Velez posam com os troféus da Copa Olé, da Supercopa FIFUBO e o troféu de artilheiro da Supercopa, de Turco Assad.

Assim sendo, o calendário oficial da FIFUBO se encerra, mas ainda teremos amistosos neste ano, para promover o intercâmbio entre as equipes brasileiras e argentinas. A FIFUBO agradece àqueles que nos acompanharam neste difícil ano de 2016. Que 2017 seja melhor e nós possamos fazer, ao menos, uma das ligas do início ao fim.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Insua. Ao converter o penal contra o Imperatriz, ele chegou a 30 gols com a camisa do Velez.
  • Milestone de outras que não argentinas não podem ser computados ainda porque os arquivos das equipes brasileiras e do Dallas Stars ainda não foram recuperados.
  • Estão previstos até o final do ano, a título amistoso, os seguintes duelos: CROL x Estudiantes, Racing x Bangu, Vasco x Independiente e o Superclássico River x Boca.

Jogadores do Velez dão a volta olímpica com os troféus conquistados neste ano.